Entre armas e sangue
Ryan percebeu que ela ficava "bravinha" quando ele se aproximava dela fora de controle. Nessa situação toda ele deixou o copo em sua mesa e voltou para a frente dela( nisso tudo ele usa sua super velocidade):
Ryan- Você gosta do cheiro então Nilaka?
Não obteve resposta, pois ela estava ofegante demais para dizer algo.
Ryan- Thomas, leve ela até o quarto dela, se não ela vai acabar me matando ainda.- Falou somente na ironia.
Thomas- Sim chefe.
Ele a pegou cuidadosamente em seu braço e a estava direcionando até o quarto. Os dois estavam andando até que os joelhos de Nilaka acabaram cedendo e ela cai no chão.
Thomas- Por que não me disse que estava com fome? Tu não pode ficar desse jeito.
Nilaka- Se eu realmente pudesse me alimentar, acha que eu estaria nesta situação?
Ele ficou quieto e só ajudou ela a se levantar e ir para o quarto. Chegando no quarto dela, Thomas a fez sentar na cama e pegou seu braço novamente:
Thomas-Estique o braço por favor.
Assim ela fez, e depois ele colocou um aparelho de medir pressão, isso a deixou assustada e Nilaka começou a tremer.
Thomas- Relaxa, eu só vou ver sua pressão, não vai fazer nada de mal.
Ele viu que a pressão dela estava muito baixa, mais do que o normal.
Thomas- Que tipo de sangue você come?
Nilaka- Eu não quero dizer.
Ele acenou com a cabeça com sinal de respeito com a decisão dela, deu bom dia e ela foi dormir, pois não havia recuperado sua energia e sua pressão estava baixa. Anoiteceu e ela estava na cama pensativa, se perguntando o por que de Ryan ser mais forte que os outros vampiros. Alguém estava destrancando a porta de seu quarto e isso a assustou, pondo seu corpo em estado de alerta, mas era Ryan que estava lá. Ele abriu a porta:
Ryan- Você está melhor?- vai se aproximando dela silenciosamente.
Nilaka- Acho que sim... Não sei.
Ryan- Eu perguntei se você está bem, não quero resposta de "não sei". É sim ou não.
Ela olha para ele e quando percebeu, Ryan estava do seu lado, até demais.
Ryan- Não posso ter uma assistente que fica "bravinha" toda vez que vem me trazer comida entende?
Ela levanta e vai e direção a mesa, mas quando ela menos espera ele a encurrala na parede, Nilaka sente sua respiração muito aproximada.
Ryan- Por que não me responde?- Segura a cintura de Nilaka mas ele sente que ela ficou desconfortável.
Nilaka- Me solta primeiramente.
Ele a soltou e se afastou, dando espaço de 3 metros.
Nilaka- Segundo. Eu só preciso me acostumar com o cheiro... Só isso.
Ryan- O que mais me deixa intrigado é o fato de você ficar aquele jeito só por causa do cheiro. Thomas fazia o seu trabalho antes de você, e ele sentia nojo. Por que você não?
Ela revira seu rosto para o chão, seu rosto parecia um pouco pálido mas ela encara Ryan novamente:
Nilaka- Não tem motivo específico, já terminou de falar comigo?
Ryan ficou irritado com a resposta, avançou em Nilaka e apertou seu pescoço.
Ryan- Não fale assim comigo, se falar comigo nesse tom novamente vai ter consequências. Entendeu?!
Enquanto ele dizia isso para ela, sua pressão baixa mais a falta de ar a fez desmaiar completamente, fazendo cair no chão gelado da mansão. Ryan percebendo que ela caiu, a pegou no colo e pensou consigo mesmo:" Ela é tão leve. Ou será eu muito forte? Mas é como se ela não pesasse nada, estranho..." Então ele colocou ela na cama, mas notou algo estranho entre seus cabelos.
Analisando melhor percebeu algumas cicatrizes, e que ela suava frio. Chamou então Thomas para ver o que estava acontecendo com ela, já que isso não era tão comum em vampiras.
Thomas- Pode voltar no seu quarto, eu cuido dela.
Ryan- Tem certeza? Não parece que ela está muito bem...
Thomas- Pode deixar, ela vai ficar bem.
Ryan saiu do quarto e Thomas, alí mesmo tentou usar magia para tirar aquele suor frio, mas nada adiantou e ele chegou a uma conclusão, de que realmente era fome. Com magia não se pode curar os sintomas de fome, e isso é um problema. Ele recorreu aos remédios básicos e acabou dando certo, mas só para aquele momento.
Ele a deixou ali na cama dormindo até o amanhecer, e novamente Ryan foi até seu quarto, mas a porta estava trancada e isso o deixou um pouco irritado. Com sua magia ele conseguiu destrancar a porta, vendo Nilaka deitada em forma de concha e parecia que ela estava com frio. Ele se aproxima dela a encarando, se encantando a cada segundo que passava até ele querer encostar em seu ombro, o que não foi uma boa ideia no final.
No momento em que sua mão toca o ombro de Nilaka, ela acorda puxando seu braço que faz Ryan ser levantado até o outro lado da cama de forma bruta. Ela vendo que era ele, arregala os olhos e numa tentativa de pedir desculpas, Ryan fala espontâneamente:
Ryan- Não Sabia que você era ágil desse jeito. Mas só pelo jeito em que você acordou só com o meu toque, e me fez "voar" de forma bruta até o outro lado da cama, você não confia nas pessoas, nem mesmo neste lugar não é?
Ela fica em silêncio e fica com sua face preocupada, pensando no que de ruim ele iria fazer com ela, pois Nilaka era acostumada da seguinte forma: Fez algo de errado? Apanha.
Ryan- Eu não vou fazer nada. Só tome cuidado com quem você sai agredindo quando te tocam- Da um leve sorriso direcionado a ela.
Nilaka- Desculpe, eu fico assustada em locais novos.
Ryan- Eu percebi, mas logo você se acostuma, tenho certeza disso.
Ele se levanta e sai do quarto, fechando e trancando a porta novamente. Momentos depois ele volta e bate na porta.
Ryan- Quero você na minha sala as 11:00 entendeu?
Ela já sabendo o que era se levantou, quase caindo mas saiu do quarto e foi indo até a sala, onde sabia que gastaria a maior parte de sua energia ali todos os dias, e mais de 3 vezes. No corredor ela fica escutando chiados ecoando em sua mente, era Exeter, mas ele parecia não querer aparecer de imediato tão cedo, então estava tudo bem por enquanto. Ela faz a senha da porta e entra na sala, onde é o "refeitório" de Ryan, mas como ele é o chefe dali, ele exige que tragam para ele o sangue que estava ali.
Ela prende a respiração, mas isso não resultou em muita coisa, já que seus sentidos estavam falando um pouco mais altos. Nilaka consegue pegar e sair dali ilesa, uma parte feita com sucesso e agora só faltava lhe entregar e aguentar o cheiro. Ela volta pelo mesmo corredor e virando a esquerda, batendo na porta da sala de Ryan, onde ele revisava as coisas de sua máfia.
Ryan- Entra.
Ela abre a porta e um pouco apressada entrega a bolsa de sangue a ele.
Ryan- Você está realmente bem? Parece um pouco abatida.
Nilaka- Desculpe a resposta mas, realmente não importa se estou bem ou não.
Ryan ficou um pouco intrigado com essa resposta tão direta, lhe parecia que Nilaka já havia dado essa resposta para outras pessoas. Então ele decidiu perguntar mais.
Ryan- Por que não se importa consigo mesma?
Nilaka- Não tenho motivos para isso, afinal, não teria sentido importar comigo mesma, se ninguém ligar para o que acontecerá comigo.
Então ele pega um copo e coloca o sangue que estava na bolsa. Tudo isso na frente dela.
Ryan- Se não importa consigo mesma, não deve ligar para o que vai acontecer a seguir não é?
Os olhos dela ficam vermelhos, mas ela olha para baixo e fecha os olhos, mas instantaneamente Ryan pega seu queixo, direcionando para cima na direção de seu rosto, deixando ambos próximos.
Ryan- Abra os olhos. Eu não mandei que ficasse com os olhos assim.
Nilaka lentamente abre, e com sua visão já embaçada tenta se manter em pé. Como as coisas já estavam ruins, ficou pior ainda quando ele levanta o copo com sangue até próximo do nariz dela.
Em um movimento inesperado, Nilaka avança contra Ryan, derrubando o copo no chão e deixando algumas gotas de sangue em seu rosto. Ela o paralisa, agarrando seus punhos o deixando de costas para a mesa totalmente vunerável. Isso deixou Ryan impressionado com tamanha rapidez que ela o agarrou daquele modo.
Ryan- Me arrependo de ter te provocado. Pode me soltar agora?- Encarando os olhos avermelhados de Nilaka, esperando que ela o soltasse.
Ela não deu resposta e continuava apertando seus pulsos. Ryan com sua força sobrenatural conseguiu se soltar, ele agarrou firme os pulsos de Nilaka com uma única mão, ela ficou contra a parede, e ele a mobilizou tão rápido que a assustou, fazendo voltar a realidade.
Ryan- Não sabia que tinha força para isso- Sorriu levemente para o lado- isso me deixa cada vez mais encantado com sua tamanha beleza e habilidade.
Ela sente suas bochechas queimarem, mas Nilaka não queria isso, porém Ryan não facilitava as coisas para ela.
Ryan- Eu sei que já fez o seu trabalho hoje mas... Te quero no meu quarto as 22:00 da noite, entendeu?
Enquanto dizia isso, a mão que estava livre percorria o queixo de Nilaka, fazendo ir para cima. Mas além disso seu rosto ficava cada vez mais próximo, e ela estava sentindo sua respiração tão perto de sua boca que ela já não sentia mais as suas bochechas. Ryan vendo que aviam algumas Gotas de sangue nas bochechas de Nilaka, da selinhos e lambe o sangue que estava ali. Ele da uma última olhada em seus olhos. Mas lhe veio a vontade de morder seu pescoço, Ryan não sabia o motivo, mas o desejo ficou guardado por enquanto.
Ryan- Pode ir.
Ela sai e fechando a porta, respira o máximo que deu pois ela estava bem avermelhada e poderia chamar atenção de outros vampiros. Depois de um tempo ela vai para uma sala onde nunca havia ido antes, parecia um pouco suspeita já que havia sangue seco no chão.
Nilaka observando melhor o lugar, vê algumas bolsas, e ela fica se perguntando se era para colocar sangue, mas não foi só isso que chamou sua atenção, havia também alguns chicotes pequenos com ferrões na ponta, e isso a lembrou de sua infância horrível.
Thomas- Então você achou está sala? Foi bem rápida.
Ela olha para ele e depois para o chão, franzindo a sombrancelha querendo saber o que houve.
Thomas- Este lugar era usado por um humano. Ele possuía o sangue que nosso mestre gosta, então em vez de mata-lo criou está sala para coletar sangue dele, até que ele morreu infelismente.
Nilaka- Mas e aqueles sangues guardados na outra sala?
Thomas- Ele não gosta muito daqueles, ele preferia o do homem que ficava aqui.
Nilaka- E quem coletava? Não vejo ninguém aqui hábito para isso.
Thomas- Eu era responsável por isso, era tão bom ver ele se agonizando enquanto tirava o sangue dele.
Nilaka- Mas, ele morreu de causas naturais?- Ela estava pensativa, pensando de que Ryan descobrisse que ela não era uma vampira, sofreria eternamente.
Thomas- Bom, nós cuidamos dele mas veio a falecer com 40 anos. Ryan o matou, porque se cansou do gosto do sangue dele, simples assim.
Ela aperta a mão e evita olhar para a cadeira que estava ali, e ele percebe isso.
Thomas- Eu era muito bom nisso, nós poderíamos fazer o que quiser com ele. Tinha dois colegas meus que me ajudavam, mas eles morreram tão cedo.... Enfim, vou indo embora, pode esperar o resto da mansão o quanto quiser ok?
Ele sai do local em direção a sala de armas, e Nilaka foi para seu quarto tentar manter o controle pois estava sentindo que iria desabar a qualquer momento.
Nilaka on:
É bem legal aqui mas... Não posso simplesmente ficar sobrando aqui de boa no meu quarto. Há vários vampiros por aqui que já me olharam feio, eu não sei se isso é ruim, ou tão ruim.
Achei meio desnecessário o fato de ter várias facas no meu quarto, mas sinto que vou precisar delas em algum momento.... Preciso saber a me controlar direito ou vou acabar mordendo Ryan, e não é isso que eu pretendo.
Foi bem arriscado de minha parte ter aceitado entrar nesse máfia, o problema é que se Ryan sentir o cheiro do meu sangue... Eu nem quero imaginar o que irá acontecer. Toda vez que alguma criatura retira meu sangue de quaisquer formas, dói muito. Talvez pelo fato de eu ter sido cobaia daquele imbecil. Não queria me arriscar tanto desta maneira, mas se eu não aceitasse, morreria alí mesmo e naquela hora. Não pretendo adormecer por mil anos só por causa de um erro que cometi, seria um pouco de burrice mas errar faz parte da vida, eu espero.
Sinto falta de Hanzo... Eu fui descuidada o suficiente para deixar um dos dragões mata-lo, eu não mereço tal felicidade mas... Eu quero alcançar a luz no fim do túnel, ter pelo menos um ano com alguém que eu ame, e essa pessoa me amar. Não aguento mais sentir dor toda noite no abdômen... Dói muito e sinto meu corpo doer ainda mais quando sinto cheiro de sangue, eu tenho vontade de pegar... Morder e não deixar nada, mas não quero ferir ninguém, isso que me deixa mais triste. A fome em meus instintos fala todo dia em minha mente, eu não AGUENTO MAIS! Simplesmente, se eu não tiver felicidade, que então alguém me mate... Para sempre.
Nilaka off.
No que ela pensava, eram 21:32 da noite, Ryan a queria em seu quarto as 22:00. Isso foi interrompido por conta de uma máfia intrusa invadindo o território deles, logo chamaram Nilaka para ir junto. Uma guerra no telhado das cidades é travada e Nilaka estava no meio disso.
Ela vai atirando com suas próprias armas em vários vampiros, os matando mas ficava longe deles para não sentir tanto cheiro de sangue. Ryan sempre ficava a observando de longe, Thomas sentia a atração que ele sentia por Nilaka, mas não contava a ninguém sobre isso.
Nilaka já havia matado 36 vampiros, mas o chefe da máfia inimiga percebeu que quem estava causando problemas, era Nilaka não Ryan. Ele vai saltando em direção a ela, e os dois travam uma luta de armas, mas como Nilaka é ágil foi direto para seus pontos fracos do corpo, primeiro ela atirou na perna dele, logo em seguida em um dos braços.
Ambos estavam cansados e a máfia de Ryan havia matado todos os vampiros inimigos, e só estava Nilaka e o chefe inimigo lutando ali. Ryan não tinha percebido a briga dos dois, então no desespero gritou para Nilaka:
Ryan- Nilaka! Saia daí!
Thomas rapidamente avisa que ela poderia dar conta, mas em um momento de distração, e o chefe vendo o momento perfeito para atacar, atira 3 vezes contra ela. Uma bala foi no abdômen de Nilaka, e as outras duas foram um pouco abaixo de seu pescoço, um pouco a direita para baixo. Nisso resultou um choque no corpo dela, que imediatamente mesmo ferida saiu correndo sem rumo, só queria sair dali para que os vampiros não sentissem o cheiro do seu sangue.
Thomas mata o chefe inimigo e quando Ryan foi até o local onde ela tinha sido atingida, sentiu o doce e irresistível aroma do sangue dela, nisso todos os vampiros sentiram também e ficaram "loucos" para saber de onde vinha tal cheiro delicioso.
Thomas- Senhor.... O que vamos fazer?
Ryan- Me tragam ela viva... Agora.
Todos os vampiros ouviram as ordens de seu mestre e foram atrás do cheiro doce que vinha dos telhados.
Ela estava um pouco longe correndo com dificuldade, mas era uma velocidade um pouco acima a dos vampiros, ela nota de imediato que estava em perigo e tentou se manter firme com todas as suas forças para não tropeçar e cair.
Os vampiros obcecados com o cheiro corriam como animais, Nilaka observa mais a frente que havia um prédio bem afastado do outro, que era entre duas avenidas de mão dupla, os vampiros vendo que ela não tinha escapatória correram mais rápido, para pegá-la e saborear do seu sangue antes de entregar ela para Ryan.
Nilaka preparou seu corpo e num salto, pulou de um prédio para o outro, mas como isso era impossível para um vampiro normal e para ela também, usou suas asas que estavam invisíveis para planar um pouco no salto, que possibilitou a chegada dela no outro prédio. Não tinha como os vampiros a seguirem agora, e eles ficaram lá do outro lado sem saber o que fazer. Então um deles tenta pular, mas acaba fracassando e caindo de uma altura de 20 metros de altura, causando um trânsito danado para quem estava embaixo.
Os outros retornaram para a mansão sem sucesso e Nilaka vai correndo devagar para um beco que havia ali perto, sentindo muita dor e ficando sem ar, por causa das balas perto de seu pescoço.
Nilaka on:
Eu não... Consigo respirar direito... Não sei se vou conseguir sobreviver a tempo de me regenerar, precisava dormir para isso... Estou sem energia. Não queria que chegasse a esse ponto e com certeza vão me achar...
Nilaka off.
Ela desmaiou sentada contra a parede do beco, ninguém ia lá, então era o lugar perfeito para se esconder dos vampiros. Nilaka perdendo muito sangue, mesmo desmaiada sentia fortes dores e frio, pois começou a chover. Ela retorna a consciência por alguns segundos e abre um pouco os olhos, não vê nada mas ouve passos um pouco a frente, ela desmaia novamente.
Um ser incomum aparece na frente dela e cuidadosamente pega o corpo dela que estava no chão. O indivíduo aproxima seu rosto com o de Nilaka a da uma leve lambida na borda da boca dela, provando uma única gota de sangue que tinha ali.
Ryan- Finalmente te achei. Esses incompetentes não servem para nada mesmo- Dando um sorriso e inspira de alívio, por ter a achado antes de morrer, pois os batimentos cardíacos dela estavam fracos até demais.
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