De Novo Não...
Thomas estava na mansão procurando por Ryan, não o encontrava de jeito nenhum e começou a ficar nervoso. Ele foi até a sala onde havia as bolsas de sangue vazias, aquele lugar serve para retirar sangue das pessoas que Ryan quiser, e é super raro a sala ser usada. Mas naquele momento seria usada, e Thomas adorava seu trabalho:coletor de sangue.
Ryan chega com Nilaka em seu colo, um pano foi posto no corpo dela para não atrair atenção indesejada dos outros vampiros, e Thomas fica surpreendido, mas não demonstra isso na frente dele.
Thomas- Onde ela esteve?
Ryan- Ela estava em um beco, que é proibida a entrada de vampiros comuns. Por sorte eu consegui entrar.
Thomas- E o que o senhor irá fazer com ela?- Meio encolhido pela presença de Ryan, mas também tentava se controlar por causa do cheiro do sangue de Nilaka.
Ryan- Pegue ela e a coloque na sala principal, quero o sangue dela em alguns minutos. Entendeu?
Thomas- Sim senhor...- Ele diz isto com calma, mas no fundo ele está tão animado para voltar ao trabalho depois de quinhentos anos parado.
Ryan deu o corpo de Nilaka a Thomas, mas antes dele sair, ele deu um aviso:
Ryan- Acho melhor você cuidar dela antes, Nilaka está morrendo e não quero que isso aconteça. Sua respiração e batimentos cardíacos estão fracos, certifique-se de que voltem ao normal.
Então Thomas carregando Nilaka nos braços, a leva até a sala principal, colocando a em uma cadeira, parecida com a que ela ficou no passado. A cadeira era parecida, isso é um fato, mas tinha algumas coisas que eram agulhas acopladas na madeira, que causava uma dor horrível. E uma espécie de "tigela" que poderia se mover para a direita e a esquerda, que caso a pessoa começasse a sangrar pela boca, pegaria o sangue derramado.
Thomas a colocou na cadeira, prendendo seus braços, pernas, cabeça e sua cintura. Logo ele pega algumas seringas que continha remédio, era uma tecnologia um pouco avançada, pois se o remédio fosse inserido em um ser quase a beira da morte iria se recuperar instantaneamente, como um vampiro.
Ele aplica em Nilaka, e ela se move um pouco, sua respiração estava ficando ao normal mas ainda estava fraca. Thomas decide aplicar mais um pouco e o resultado não é o que ele esperava. Ela assustada estava ofegante, tentando ver onde estava mas pelo cheiro ela já sabia onde foi levada, e o pior estava acontecendo.
Nilaka- Me solta THOMAS!
Thomas- Foram ordens do meu senhor, não posso fazer nada a respeito - Ele dizia isso, mas estava tão empolgado que deu para perceber só de olhar, e Nilaka nem precisou usar um pouco de seu poder para perceber a falsidade no ar.
Nilaka- Me deixe sair! Quero falar com Ryan!
Thomas- Não posso te soltar e mesmo se eu quisesse, não faria isso- solta um sorriso maléfico.
Nilaka- Entendi... Mesmo você sabendo que eu não sou uma vampira realmente, tu sabia que ele descobriria uma hora ou outra. E descobri momentos antes da briga, que seu trabalho de verdade é esse...
Thomas- Exatamente. Eu esperei tanto para ele achar outra pessoa, que você não tem idéia. Mas só por que é você, não significa que vou pegar leve contigo.
O ódio que Nilaka estava sentindo dele era tanto que estava tentando sair da cadeira, mas não deu muito certo.
Thomas- Se na primeira agulhada não sair a quantidade que eu quero, vou te furar e cortar mais. Eu não sou muito paciente com esse tipo de coisa.
Ela sabendo do que iria acontecer em seguida tenta não ligar para o que iria sentir, mas isso era inevitável já que sentia dor toda vez que retiravam seu sangue. Ele virou o braço dela, e com uma agulha encontrou a veia e perfurou sua pele. Ele não ficou muito satisfeito, pois não saiu a quantidade que ele queria. Por conta dela estar com fome, seu corpo não produz muito sangue no corpo e isso a deixa mais cansada e sente mais dor ainda.
Thomas- vou ter que partir para minha parte favorita. Pena que você não tem tanto sangue nas veias do braço.
A memória agonizante do seu passado começou a fluir na mente de Nilaka, fazendo a tremer por inteiro. Sua mente fica bagunçada confundindo a realidade com o passado, então ela começa a chorar desesperadamente.
Thomas vendo ela chorar não sabia por que ela estava daquele jeito, e nem ligou para isso. Ele pegou uma pequena faca de 5 centímetros e corta uma parte de seu pulso, mas não que a levasse a morte, o corte era um pouco fundo mas não fazia mal algum, era o que ele pensava.
Para o azar dele, no pulso cortado não saia a quantia que ele queria, então cortou a beira do pescoço de Nilaka, nada de perigoso mas quando se trata dela, as coisas são diferentes. Começou a sair uma quantidade pequena de sangue da boca dela, então ele posicionou a "tigela" para não deixar nada escapar.
Pegando a quantia que Ryan queria, ele enfaixa o pescoço e o pulso de Nilaka, na tentativa de fazer parar de sangrar.
Thomas- Eu peguei o que eu queria, como meu senhor disse eu tenho que te manter viva. O que você come?
Ela não responde nada, só o encara com lágrimas nos olhos, sentindo tamanha dor por causa da quantidade de sangue retirada de seu corpo e por causa dos cortes. Mas essa dor não era só por causa destes fatos, mas sim por causa de outra coisa muito pior que vinha pela frente, seu corpo estava acelerando o prazo dela se esgotar por completo e dormir por mil anos, no caso ela iria morrer, mas retornaria e não é isso que Nilaka deseja. Ela estava morrendo por dentro, seu corpo que não tem sangue o suficiente para si mesma, quem dirá para outro ser.
Thomas pega duas bolsas, preenchidas com o sangue dela, e vai embora dali a deixando em um estado horrível, ensanguentada, com curativos horríveis e que estava sangrando tanto que começou a escorrer pelo seu corpo. Nilaka não se aguentando de dor começa a chorar, para tentar aliviar o sentimento preso que não poderia soltar ali. Ela acaba se sentindo enjoada, e vomita parte de seu sangue em si mesma, já que a "tigela" não estava na direção de sua boca, depois disso ela apaga totalmente e sua respiração e batimentos cardíacos estavam fracos novamente.
Thomas foi até o salão onde Ryan estava e lhe entregou as bolsas de sangue a ele.
Ryan- Se sertificou de que ela está bem?- um olhar amedrontador é lançado para Thomas.
Thomas- Sim meu senhor, fiz os curativos nela antes de vir aqui.
Ryan- Viu se ela estava cansada ou não? Geralmente todos os seres vivos ficam cansados quando perdem muito sangue.
Thomas- Não, eu irei verificar. Mas enquanto eu fazia a coleta, ela começou a chorar implorando para que eu parasse, não entendi o por que aquele drama todo.
Ryan- Veja isso por favor, não quero que ela fique traumatizada com isso. Amanhã quero uma bolsa só entendeu?
Thomas- Perfeitamente meu senhor.
Quando ele volta, se depara com Nilaka coberta de sangue, os curativos transbordando de sangue e ela desmaiada na cadeira, ainda chorando.
Ele se aproxima dela e toca no rosto dela:
Thomas- Na minha vida inteira nunca tinha visto um ser vivo chorar enquanto está desmaiado, Impressionante...
Thomas vai até a pia e enche um balde de água, um pouco gelada e joga em Nilaka tentando tirar o sangue que estava nela. Isso não adiantou muito, mas foi o suficiente para ele ver que ainda estava saindo sangue da boca dela, então jogou mais um balde de água e colocou a "tigela" na direção de sua boca.
Nilaka on:
Mesmo desacordada... Ele ainda coloca essa "tigela" na minha boca e diz que é fascinante um ser chorar enquanto está desacordado. As vezes o destino é engraçado... Eu não quero ficar nesta situação. Não aguento toda essa dor,todas essas memórias fluindo pela minha mente... Não consigo mais suportar! Isso chegou ao meu limite... Eu sei que faz somente alguns minutos que ele me prendeu aqui mais, isso dói demais, isso faz meu corpo desmaiar por conta do cansaço e para tentar recuperar o sangue que eu perdi...
Não esperava que... Ryan realmente iria fazer isto, eu juro que senti em seus olhos atração por mim mas, talvez tenha sido impressão minha mesmo... O que eu esperaria de um vampiro? Que ele me desse todo seu amor por uma pessoa que nem conhece direito? Realmente sou tola em acreditar que eu seria feliz nesta dimenção. Literalmente fui burra o suficiente para me distrair e levar três tiros no corpo. Fui inocente demais em acreditar que Ryan... Fosse me ouvir.
Nilaka off.
Thomas ficou algum tempo ali na sala até Nilaka acordar, e quando ela finalmente despertou ele queria saber o que ela come.
Nilaka- Você acha que... Eu vou falar para ti?- ela faz pequenas pausas por causa do cansaço.
Thomas- Eu só quero te ajudar. Não posso ficar pegando seu sangue com tu neste estado.
Ele vendo que ela não iria responder, sai da sala e deixa ela lá sozinha com a sala trancada.
Ryan on:
Sinceramente não sabia que ela tinha o sangue tão... Doce. Não acho que Thomas esteja cuidando bem dela, mas tenho que confiar no que ele faz já que não posso ir lá agora. Meu foco agora é agradar minha... "Namorada". Ainda não sei por que sou obrigado a ficar com essa peste, literalmente ela é metida e grosseira mas quando eu ergo minha voz ela simplesmente se rebaixa e eu não entendo isso.
Camilla- Hmm, por que está tão pensativo? Tens que pensar só em mim- passa a mão no abdômen de Ryan.
Ryan- Estava pensando em coisas importantes Camilla, não fico pensando em você toda hora.
Camilla- Mas você sabe que eu te amo, então tem que me amar e pensar em mim também! Afinal sou seu compromisso de maior importância- ela da um sorriso de lado um tanto perturbador pela parte de Ryan.
Eu pego uma das bolsas que Thomas me deu, e coloco em um dos copos pois estava com fome...
Camilla- De quem é esse sangue? Você não come faz anos, por que agora?
Ryan- Na realidade não te interessa de quem é.
Camilla- Pelo menos posso pegar um pouco? O cheiro é tão viciante.
Ryan- Tu sabe que não né. Isso é meu e de mais ninguém. Se eu pegar você chegando perto ou até mesmo tomando esse sangue, não vou ter uma conversa civilizada contigo... Entendeu?
Ela faz cara feia para mim e vai deitar na cama, mas eu nem ligo para o que ela fizer comigo. Me importo profundamente com o que vai acontecer com esse sangue. Faz anos que não como e tenho uma vontade imensa de ir lá e secar ela todinha. Não posso fazer isto pois seria desperdício total. Não sei por que eu não paro de pensar nela... Toda vez que eu tomo o sangue de Nilaka meu peito dói, é como se eu estivesse magoado com alguma coisa. Por algum motivo eu não sei por que eu não conseguia invadir a mente dela, e ver o que ela pensava, talvez seria pela causa de eu não ter tomado o sangue dela? Ah que seja, amanhã tenho uma reunião com alguns dráculas, e minha fome não sai de jeito nenhum.
Ryan off.
O dia amanheceu novamente e Thomas foi até Nilaka para coletar seu sangue novamente, mas ela ainda estava dormindo profundamente. Sem dó nem piedade ele perfurou mais fundo do que a outra vez, o braço dela com a agulha, só para ver se vinha mais sangue.
Nilaka acordou desesperada, e deu um grito de dor tão alto que Ryan conseguiu ouvir lá da sala onde ele estava. Thomas ficava retirando e colocando a agulha várias vezes e isso a fez gemer de dor, e começou a chorar muito mais do que a última vez, que fez ele ficar assustado.
Thomas- Fica calma, não vou tirar tanto sangue de você que nem ontem.
Ele faz outro curativo no braço dela, apertando muito forte, que começou a causar formigamento no braço dela. Ele pega a única bolsa de sangue que tinha ali e vai entregar a Ryan, trancando Nilaka na sala novamente.
Thomas- Pronto senhor.
Ryan- Eu ainda estou com fome...
Thomas- Tenha calma, ela está fraca e bem cansad-
Ryan- EU TE DISSE PARA VER SE ELA ESTAVA BEM! ALIMENTOU ELA PELO MENOS?!- Diz batendo forte na mesa, assustando Thomas logo em seguida.
Thomas- B-Bom, ela não quis me dizer o que ela comia, então eu não dei nada.
Ryan- Se ela não quer dizer o que quer, deixe ela sofrer de fome então, até ela decidir abrir a boca.
Thomas ouvindo as ordens de seu chefe, foi até a sala novamente, e já que seu chefe disse para ela "sofrer de fome" ele iria a fazer sofrer de todas as formas possíveis. Começando pelos arranhões em seu corpo.
Thomas- Ryan disse que quer mais, seja uma boa menina e me dê seu sangue- Ele pega um chicote de um único gancho, mas era bem curvo e afiado, talvez seja o motivo de ter um só.
Ele fica atrás dela e coloca pequenos potinhos em volta, e em seguida da uma única chicotada, a assustando e gritando novamente. Vários cortes estava em suas costas, além das cicatrizes que marcavam seu passado.
Thomas- hmm, parece que você tem algumas cicatrizes. De onde veio?
Ele não consegue nenhuma resposta, e de tantos cortes que ele tinha feito nela, ele conseguiu três bolsas de sangue. Ele ficou todo sujo de sangue.
E lambeu a própria mão só para ver se o sangue dela era bom ou não.
Thomas- De fato, não é atoa que ele gosta de teu sangue.
Ela começou a chorar novamente, mais era tão intenso que Nilaka estava soluçando seguidas vezes.
Thomas- Calma que quando eu te der o remédio seu corpo melhora. Não se preocupe.
Ele pega as bolsas de sangue, e injeta o remédio nela, saindo da sala e indo no salão onde Ryan conversava com dois Dráculas.
Thomas- Foi um pouco difícil, mas consegui isto.
Ryan- Ok, agora saia.
Ele saiu e Ryan conversou mais um pouco com os Dráculas, que saíram satisfeitos com a conversa. E indo no seu quarto, acabou com as três bolsas de sangue em alguns minutos.
Ryan on:
Estou com um sentimento ruim sobre Nilaka. Por que será que ela gritou daquele jeito? Minha alma estremeceu ao ouvir o grito dela... Sinto que Thomas não está a tratando da devida forma, e suspeito que ele está fazendo a mesma coisa quando fazia no passado. Ainda não posso ir até onde ela está, vou acabar matando ela desse jeito.
Ryan off.
Thomas voltou na sala onde Nilaka estava, e estava de olhos arregalados. Ela estava coberta de sangue novamente, ele notou que ela vomita sangue toda vez que fica fraca. Ele então se aproximou dela e ficou encarando seu rosto, que estava desacordado e percebeu que havia marcas visíveis dos ossos dela no rosto. Então ele foi ver as mãos e também era visível as marcas de ossos pela mão.
Ele foi correndo para avisar Ryan do que tinha visto nela, mas ele saiu tão apressado que esqueceu a porta aberta.
Chegando lá, ele abre a porta do quarto dele repentinamente:
Ryan- Que audácia é essa?! Por que veio desse jeito?!
Thomas- Bom senhor, é urgente!
Ryan- Então me conte! Simples!
Thomas-Eu a observei de perto e notei que os ossos estão aparecendo em seu rosto e mãos, mas não sei se aparecem em outro lugar também. Temo que ela vá morrer em breve...
Os dois se assustam ao ouvir o grito de Nilaka auto e claro, então Ryan olha furiosamente para Thomas.
Ryan- NÃO ME DIGA QUE A PORTA FICOU ABERTA?!
Ryan sai correndo tão rápido que fez um vento forte no corredor e em seu quarto. Quando Ryan chegou lá, se deparou com dois vampiros em Nilaka, um no pescoço dela e o outro no seu braço, a mordendo, e quando perceberam Ryan na porta ficaram assustados.
Ryan- Por que estão aqui? Eu disse para não chegarem perto da Sala...
Muito menos disse que poderiam encostar no que é MEU.
Os vampiros ficam assustados tentando se desculpar mais acabam sendo mortos por Ryan, e Nilaka tentava se manter acordada mas seus olhos estavam pesados demais para isso.
Ryan viu o estado que ela estava, suas costas estavam com feridas das chicotadas que Thomas fez, cortes aqui e ali, feitos com facas.
Ryan- Por que você não usou o remédio nela?
Thomas- Eu até dei mas parece que o corpo dela não aceita.
Ryan observa mais de perto e encara Nilaka nos olhos, a vendo tentando se manter acordada. Mas pela expressão que Nilaka estava fazendo, se ela fechasse os olhos ela não acordaria mais.
Ryan- Ei! Ei!- da leves batidas no rosto dela, tentando a manter acordada- Não feche os olhos! Não feche os olhos!
Ela infelismente apaga, e Ryan toma uma medida um tanto necessária para ele, mas não queria usar esse recurso caso acontecesse alguma coisa com ela. Ele vai correndo e pega uma bolsa de sangue que estava guardada.
Ryan- Rápido coloca isso nela!
Thomas foi rápido, se demorasse mais alguns segundos ela morreria e ele ficaria muito irritado, e possivelmente mataria todos ali por puro ódio.
Ela abriu os olhos, um pouco mas demonstrava bastante fraqueza.
Ryan- Você está bem?- vai falando com ela num tom bem suave- poderia me dizer o que você quer comer?
Ela não responde nada, mas escorre um pouco de sangue na borda de sua boca, e só por isso deixou Ryan super irritado com Thomas.
Ryan- Por que não me avisou que ela estava assim?
(Representação da cadeira onde ela está, só que mais limpa- só imaginem)
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