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♤ VINTE E SETE ♤

Era uma vez, um sonho, nele haviam lutas, guerra e sangue. Eu observava os muros dos castelos baixarem com um impacto assombroso, admirava as espadas cortando o vento e ossos, o sangue cobrindo à terra já molhada pela chuva. Era desconexo, pois, no fim, seus olhos não possuíam vida. Quando acordei, respirei fundo, felizmente era apenas mais um sonho.

A face de Lucas se tornou um misto de desespero e agonia, pois seus planos estavam todos arruinados. Iniciaram uma troca de disparos, pessoas corriam e buscavam algum lugar para se protegerem e eu ainda o encarava, aguardando seu próximo passo. Tudo ao redor se tornara um eco longínquo, uma mistura de incertezas e desatino.
Lucas tem o seu revólver apontado para mim e eu tenho o meu apontando para ele, mesmo sabendo que nenhum de nós irá atirar. Derek, nesse intervalo, já havia invadido o porto junto com uma generosa quantidade de soldados, tudo passou a ser engraçado, uma cena cômica, uma reprise que já vivi em outrora. As ladeiras derramavam sangue, o sol escaldante passou a dar lugar a uma tormenta, com direito a raios e trovões. Se não estou enganada, as armas estão falhando, uma a uma, nos resta apenas lutar com a força braçal e tentar empurrar nossos oponentes para a correnteza. Lucas, tenta me machucar com o cano de seu revólver, mas saio do transe em tempo de me defender, o nosso confronto é desnecessário, pois já sabemos o resultado final de toda essa disputa. Busco não sentir medo, mas, nesse momento, qualquer tentativa é em vão. O ódio é presente em seu olhar, sinto seus braços segurarem os meus e suas pernas deferindo chutes em mim, que tento desviar a todo custo, pois é como ele soubesse de minha fragilidade, de todo o infortúnio dos últimos acontecimentos.

— Porque está se rebaixando tanto, Lucas? Tem medo de apanhar para uma mulher?— provoco, sentindo as gotas gélidas caírem sobre a minha face. Uma brisa paira sobre nós deixando tudo entorpecido, como se até mesmo o nosso universo desejasse nos congelar para evitar toda a desgraça.

— Não pense que será vitoriosa, minha joia rara. Sempre irei perseguir você, nessa ou em qualquer outra vida!— rebate ele, ofegante, por estarmos deferindo chutes e socos um contra o outro. Para mim, que estou ferida, se torna um risco maior, os pontos podem abrir e causar um ferimento que será difícil recuperar tão rapidamente, como o primeiro. Com tudo isso, observo que, com toda a euforia, vamos nos aproximando da ponte que separa o mar do continente e Lucas está próximo da beirada, tão perto, que cairia espontaneamente.

— Ah! Lucas. Em minhas veias há um desejo de derramar sangue e sempre serei assim. Não pense que mudarei mesmo a milhares de anos a nossa frente.— ironizo, o fazendo perder a cabeça e vim ainda mais para cima de mim, enquanto impulsiono meu corpo para frente.— Juro que poderia ser piedosa, mas, na guerra, sempre seremos inimigos.

— Sabe que um de nós terá que morrer para o outro ter paz, não é? Já sujei minhas mãos com o sangue dos escravos de mamãe; fora reconfortante os ver ajoelhados diante de mim, desejava vê-la assim, como minha escrava, no entanto creio que não teremos tempo! — comenta e observo a guarda do lado inimigo ser combatida. Um suspiro de alívio passa por meus lábios e reconheço que nada do que fiz foi em vão. Recebo mais um de seus chutes e ele vai certeiro para o local onde foi ferido, me fazendo soltar um gemido sôfrego. Através da minha visão periférica, observo que Derek tenta vim até aqui, mas é impedido por aqueles soldados que ainda vivem.

— Irei te decepcionar, meu querido! Também tenho as mãos sujas e o sangue da sua mamãe jorra, como o temporal que agora despenca do céu, assim não teremos que pesar a consciência, somos dois insistentes assassinos que levará um ao outro para a ruína.— digo semicerrando os dentes e sinto as palavras saírem de meus lábios como lâminas afiadas. Por um rompante, volto minha atenção para Lívia e desejo que ela me perdoe futuramente, meio que a vejo respirar profundamente e menear a cabeça em positiva, como uma autorização, ao mesmo tempo, que retira as armas dos braços e sai do meu campo de visão. A dor é pungente, como se estivesse recebendo o impacto outra vez e, por isso, preciso acabar com isso o quanto antes.

— Vejo que o seu pai a treinou bem.— elogia Lucas e percebo que ele não possui a ciência de que está em uma zona perigosa, onde eu tenho controle sobre sua vida, me dando a oportunidade perfeita. Não é confiável um vilão deixar seu destino em minhas mãos, pois não possuo mais o medo em destruir.

— Isso agradeço a minha mãe, ela fez a melhor máquina que Ulyere poderia ter. Ela me ensinou a ser quem sou, a ter a força que tenho, e mesmo quando não me deu amor, ainda assim me ensinou que na vida nosso trajeto não será tão fácil, é um caminho amargo e repleto de espinhos venenosos. Agora, dá adeus para o mundo, meu bem!— passo minha perna esquerda dando uma rasteira nele e o seu desequilíbrio o faz cair no mar, o impacto audível por todos ao redor. Percebo que Derek tem seu olhar sobre mim e respiro fundo, por saber que pela segunda vez sou eu a machucar alguém de sua família, porém, sei que ele entende que, somos filhos de nossos pais e eles nos educaram assim.

Sinto lágrimas voluntárias esvaírem de meus olhos, a certeza de que de certa forma estou livre de toda a maldade que me cercava, nada mais é uma ameaça para mim, além do meu próprio reflexo.

A cidade tornou-se um caos, onde tudo que era ouro se tornara rubro. Entretanto, sinto-me aliviada por ter livrado meu povo de mais um sofrimento, de toda a dor e perda, e faria tudo novamente se preciso fosse. Vejo meus amigos exauridos por todo o confronto que tiveram e me permito chorar ainda mais, por saber que é minha culpa o motivo deles estarem nesse estado, mas também derramo as lágrimas de quem tanto lutou e não perdeu as esperanças, mesmo com todo o impedimento existente. Observo que minha roupa está molhada, não pela garoa que ainda derrama seu fluido acima de nós, e sim um líquido de tom escarlate que transborda do meu ferimento, porém não me apavoro. Que assim seja feita a vontade do céu, já cumpri com tudo que estava destinada a fazer.

Não sei quais as aventuras que ainda estão por vim ou o que o destino tem preparado para mim, porém, sei que enfrentarei todos os desafios até que meu coração pare de bater, pois, jamais irei desistir.

Horas se passaram desde que terminamos com toda a batalha. Os corpos que não pertenciam ao reino foram jogados no mar e aqueles que possuíam família foram entregues para serem velados da maneira que a cultura permite. Todos nós demos um tempo para pensar e imaginar o que faremos daqui por diante, pois muitas indagações serão realizadas e questões pendentes deverão ser resolvidas. Depois que senti o sangue esvair do meu corpo, senti uma leve tontura e os braços de Derek me apararem, não sei como ele chegou até mim, porém sei que novamente ele estava aqui para me ajudar a passar por mais um dilema.

Passei o fim do dia sendo atendida por médicos e tendo os devidos cuidados, porém estou entorpecida, não há dor presente em mim, é como se tudo não passasse de um mero devaneio. Não participei das últimas reuniões do dia, muito menos estou a par das novas decisões dos reinos, no entanto me informaram, horas atrás, que toda Sandelle  está ciente do acontecido e os líderes reias já se encaminham para cá.

Agora, recuperando-me em meu aposento, resta apenas a incerteza do meu amanhã. O pequeno felino, esquecido depois de todas essas inquietações, se aninha em minhas mãos e lambe alguns de meus dedos, desejando um pouco de carinho. Inicio uma brincadeira descontraída, enquanto meus pensamentos estão em Derek e em como ficaremos daqui por diante. Imagino a situação em casa, após todas as notícias chegarem aos ouvidos de meu pai e em Cefeida, que até então não sei como está a passar. Apoio minha cabeça no travesseiro e noto o trinco da porta sendo destravado, logo observo um par de olhos dourados me analisarem por algum tempo e o meu coração ganhar uma nova e acelerada batida. Passamos tantos dias longe um do outro que temo tê-lo feito mudar de ideia, sendo que a única que tem a perder sou eu, que terei o coração partido e alma dilacerada.

— Como está se sentindo?— indaga, ainda segurando a maçaneta da porta. O cansaço é aparente em sua postura e nas olheiras aparentes abaixo dos olhos, vejo que lhe entregaram uma habitual vestimenta daqui, com cores vibrantes, ao invés de seu costume verde-escuro repleto de pins reais.

— Creio que melhor do que poderia estar e você, como está?— respondo e replico a pergunta, temendo que entremos em um silêncio perturbador ou em um assunto que desagrade a nós dois.

— Não sei ao certo, estou exaurido e sonhando com uma boa noite de sono.— responde e faço que sim. Sinto minhas mãos suarem pelo nervosismo e o contemplo se aproximar de meu leito, ficando poucos centímetros de distância. Sinto um desejo de sentir seu toque e, como se lesse meus pensamentos, sinto suas mãos tocarem minha face. Fecho os olhos para absorver o toque e me afasto com cuidado para que ele fique ao meu lado na cama. — Senti a sua falta, nos últimos tempos não tivemos tempo um para o outro.

— Depois de tudo, ainda deseja casar comigo?— indago temendo a resposta e percebo que por algum motivo, ele também está fugindo do assunto, relacionado ao que vivemos nas últimas horas, e o agradeço mentalmente por isso. Sinto o colchão afundar e a sua face a poucos milímetros da minha, nossos olhos se enamoram por segundos incontáveis e desejo que, esse espaço entre nós, seja findando. Antes mesmo de saber sua resposta, passo minhas mãos por seus cabelos castanhos e inicio a recordar de todas às vezes que já o fizera. É uma sensação de plenitude e pertencimento, de saber que essa textura pertence a alguém que amo. Elimino a distância, unindo nossos lábios e iniciando um beijo leve e contido, como se fosse necessário nos lembrar de como é sentir os lábios um do outro. Sinto sua mão na minha cintura, do lado oposto ao ferimento e vejo surgir um desejo desenfreado de aprofundar o nosso contato. Me contenho, mas não paro o que estou fazendo até que o sinto diminuir o ritmo, separando nossos lábios e sinto sua mão segurar meu queixo para que eu olhe bem para os seus olhos. Ouço suas palavras serem ditas como uma brisa fresca no verão, a voz levemente rouca como um breve sussurro, e tenho a certeza de ainda somos como antes.

— Pode destruir o mundo e, ainda assim, eu continuarei a te amar.

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