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♤ DEZESSEIS ♤

As vezes, enquanto durmo, vejo sombras na janela, elas ficam lá, o tempo todo e me dizem que é tudo paranoia. Nada do que acontece é real, tudo não passa de um sonho ruim.

—Você deveria deixar pra lá, é tudo loucura, é melhor ir enquanto há tempo.— volto minha atenção para Abbey e vejo a sinceridade em seu olhar. O problema é que estamos falando de minha irmã e eu jamais a abandonarei.

— E você deveria procurar a sua mãe, fazer as pazes. Quem sabe não se tornam melhores amigas! — resposto, dando ênfase nas últimas palavras e vendo sua face tornar-se em um misto de desgostos e amargura. Titia fora uma promessa, como eu e a Cefeida, porém naquela época não era possível fazer trocas, as avaliações eram mais rígidas e as promessas deveriam ser perfeitas. Foi quando minha tia apaixonou-se por Dallas, que era príncipe de sangue, herdeiro da coroa e a fez dele apenas por uma noite, na qual ela engravidara. A avaliação eram exatos seis meses, sua barriga crescera e todos sabiam quem era o pai, o flerte era presente nos jantares e festas, ele pediu uma revogação, reparação para com ela, no entanto minha vó disse que sua filha não pertencia mais a família, ela perdera o título, as posses e tudo que garantisse o seu futuro com a criança, só restou entregá-la no nascimento, mas o rei não se tornara um homem bom e amável para com sua filha ou qualquer outra pessoa. 

— Pegou pesado, em priminha, muito pesado.— ergo uma de minhas sobrancelha em sinal de desafio, se houvesse um pouco de amor em seu coração, talvez, ela entendesse o porquê de estar me arriscando.

— Você também, deveria saber que pego bem pesado ao se tratar da minha família, olha para mim, acha que faço isso para ter meu nome em atos heroicos?— ela faz que não e joga os longos cabelos negros para frente. Seus olhos estão tão marcados por uma tintura negra, que a imagino como um ser maligno, porém sei que tudo isso não passa de rebeldia, uma raiva que ninguém consegue domar.

—Não está mais aqui quem falou, só não venha me pedir ajuda depois!— dou um sorriso de canto e deixo meus ombros erguidos, se tem algo que conheço em minha prima é o pavor por pessoas que se mostram vulneráveis, ela recorda-se da minha tia e por isso a odeia tanto. Tia Ana tentou aproximar-se da Abbey, mas todas as vezes recebia um não como resposta.

—Eu até iria pedir, porém até que entendo, não quer ver seu pai padecer ou ver o seu reino cair.— falo como quem não quer nada, dando a isca para o peixe comer, distingo bem seu desafeto para com seu pai e essa é a única vantagem que tenho. Eu usarei todas as armas que tenho, já experimentei a ira de um rei e não quero que minha irmã tenha esse desprazer.

— Priminha, me convenceu muito rápido... Conheço um caminho mais longo e nos levará até a biblioteca, as passagens de lá terão menos soldados e possibilitará que sua irmã reveja você e, por sorte, ambas saiam daqui .— depois que ela me explica tudo, vamos seguindo um caminho que ainda não tinha visto ou tomado nota, é como se a colina fosse descrevendo para o centro da terra.— Sabe, é estranho saber que a sua mãe não está entre nós. Eu sinto muito, de verdade.— fecho minha mão em punho, seria tudo mais fácil se a todo instante não me recordasse dela, se o medo de também perder minha irmã não estivesse presente.

— Eu sei que sente, nossas situações são semelhantes, de qualquer forma. Eu ainda tem um bom pai e pessoas adoráveis ao meu redor.— cuspo um pouco de tirana e depois, é claro, me arrependo por isso, essa não dou eu.

— Gostaria que pegasse mais leve, eu já decidi que vou ajudar.— vejo Abbey erguer as mãos em sinal de rendição e tento suavizar minhas emoções.— Olha, tem que me prometer que, se as coisas derem errado e vierem te buscar, porque sei que não é tonta para não ter um segundo plano, então, caso tenha e o seu rei encantado vier buscá-la, me leve ou me mate, mas não me deixe aqui.

— Jamais te deixarei aqui, você agora irá para Prylea, junto a mim e a Cefeida. Já havia feito essa proposta antes, antes de tudo isso começar e foi você quem não aceitou.— miro seus olhos, para que veja minha verdade através deles e recorde de que antes da avaliação eu já havia proposto que ela viesse morar conosco.

— Eu não suporto o Lucas, garoto imprestável! O rei, ainda por cima, me deu para ser desposada por ele, claro que para livrar-se de mim.— sinto sua raiva em cada oração e entendo perfeitamente o motivo de sua raiva. Vamos adentrando um túnel estreito, um corretor escuro e frio, paredes negras e piso de mármore escuro.

— Então, você está noiva? Quem diria!— digo, mais para me entreter do que para tirar brincadeiras com ela, passei horas andando e estou exausta, o peso da mochila sobrecarrega minha coluna e minha mente clama por um colchão fofo e travesseiros.

— Ei, porque eu não poderia estar? Sou tão repugnante assim?— percebo que estou pegando pesado e isso passa a me incomodar, não devo descontar minhas frustrações nela, porém ela tem sua pequena parcela de culpa, poderia ter me contado tudo isso e preferiu calar-se.

— Estou tentando manter a mente ocupada, sinto muito. Você é muito bonita, deveria olhar-se no espelho mais vezes e sabe disso.— desculpo me, sinto sua face ruborizar, algo tão incomum para ela e imagino que é efeito do cansaço, devo, agora, estar vendo coisas.

— Tudo bem, mas sempre sou eu que pirraço, tá legal! Não irá tomar meu posto de megera, não agora.—  a vejo fazer biquinho e faço que sim, se fosse em outro momento talvez eu risse com sua fúria por infantil. A observo acender as luzes, meus olhos, por estarem a tanto tempo no escuro, incomodam-se por conta da claridade fluorescente.

— Espero que não se sinta arrependida depois, terá que matar muitos homens para chegar até a sua irmã.— respiro fundo ao ouvir suas palavras, não sou caloura, mas não me sinto veterana nesses assuntos, matar alguém não é como brincar de bonecas ou atirar em madeiras.

— Algum inocente?— questiono, para preparar meu inconsciente.

— Nenhum que tenha que se preocupar. Todas as almas daqui já estão destinadas para o pior lugar após a morte.— tento sentir um alívio, entretanto a tentativa é em vão.

— Bom, sabe atirar?— observo a face de minha prima tornar-se um misto de certeza e ira. Não sei porque ainda pergunto, alguém que atira facas, com toda a certeza aprendeu a segurar uma arma e a manuseá-la.

— Vou buscar algumas belezinhas, que nos ajudará.— a vejo afastar uma parede e noto a luminosidade das lâminas que estão encaixadas em uma cratera improvisada. Reparo ela as pôr na bainha e segurar algumas, entrego-lhe algumas armas carregadas com projéteis e tento não imaginar que sujarei minhas mãos novamente. Ela abre a porta da biblioteca e dá sinal para que eu saia junto a ela, pois este corredor não há nenhum soldado. Andamos apenas três passos, até que percebo as câmeras de segurança.

— Abbey, as câmeras!— noto o seu praguejar e contemplo os cartuchos dos projéteis, que ela dispara, caírem no chão.

— Droga, segue meus rastros. Vou as desativando no caminho, são poucas, mas ele já sabe que estamos aqui.— vou seguindo-a como um cão atrás do seu dono. Andamos poucos metros até encontrarmos os primeiros guardas de vigilância. Não precisei usar a minha arma, como eram dois, minha prima fez questão de atirar duas lâminas em suas gargantas.— Bom, minha mente ainda está límpida, vamos sujá-la daqui a instantes. Dallas concentrou os guardas na câmara, ele sabia que você viria e muniu os guardas a ponto de todos terem capacidade de deter um pequeno exército. Eu adoro heroínas, são tão... Porra!— guardas aparecem em nosso campo de visão e pego o revólver para resolver o nosso problema, quando a primeira bala acerta a artéria do homem, que jaz no chão, tento lembrar de que eu não pedi por isso.

— Jade, não dá para resgatarmos a Cefeida assim. Uma precisa atirar, enquanto a outra invade a câmara.— entendo o seu recado, como já estava ciente, eu entrarei no ninho de cobras.

— Você me dá cobertura e eu entro lá dentro.— ela faz que sim e sinto um enorme medo, se abbey me odiar e, estiver sendo boa atriz o suficiente para esconder, agora será a hora de me por para dormir. Seguimos adiante, meu peito ganha um novo ritmo, a adrenalina faz meu corpo ganhar sentidos mais aguçados e cada passo é motivo para me preparar. Passo pelos corpos sem vida e sinto sua mão em meu ombro. 

— Tente decorar: três direitas são suficientes para pegar a avenida, segue o prado de petúnias e veja a águia roubar os filhos da raposa, a espada está lançada na pedra, é hora do destino final, seis sentinelas postos de guarda, tu não os verá, porém eles saberão que estará lá no instante que a porta abrir.— tento decorar cada palavra e a abraço sem retribuição.

— Obrigada, te espero na saída.— a vejo concordar e sigo o meu caminho de sozinha. Ela tentará impedir os guardas que tentarem vim até mim e eu tentarei derrubar aqueles que estiverem em meu caminho. Os corredores são brancos, boa parte é pedra e outra é algo impermeável, a prova de balas, no entanto ainda assim é tudo tingido em tons neutros e sombrios. Tento lembrar o caminho, vejo dois corredores, e escolho o da direita. Agora são sequências de corredores com várias saídas, direções opostas que me levaram de encontro a Cefeida ou a morte.

Após atravessar duas ruas seguindo a direita, observo um monte repleto de soldados. No solo, abaixo do monte, vejo uma plantação de petúnias, trinco a mandíbula, sentindo asco por toda a brincadeira do destino. Minha vantagem é que eles não olham em minha direção, posso passar meio caminho sem ser vista, porém, quando atravessar a última árvore, terei que matar todos antes que me matem. Vou me camuflando entre os arvoredos, sentindo todos aqueles sentimentos de volta, constato que minhas mãos soam e tremem, não posso falhar agora, não agora, Cefeida depende de mim, ela é minha irmãzinha. Aproximo-me da última árvore e sinto meus joelhos irem de encontro ao chão.

— Pensou que fugiria, fraca Haas?— a voz dela me causa arrepios, viro-me para trás e a vejo segurar um rifle de maneira desajeitada.

— Sue, que desprazer revê-la, pensei que havia morrido junto com sua amiguinha.— carrego minha voz com desprezo e percebo que seus olhos são chamas acesas, prontas para tirar a minha vida.

— Vadia esperta, conseguiu o que queria, pena que levou a mãe junto ao inferno.— não penso muito bem ao ouvir suas palavras e parto para cima dela, ficamos as duas entre tapas e chutes, retrocedo algumas árvores, assim os soldados não veem a nossa pequena briga.

— Calada, ou eu cortarei sua língua. Não fale da minha mãe, com sua boca imunda!— ela ri ao ouvir minha ameaça. Sua gargalhada é medonha e carregada de ódio. Sua perna acerta em cheio o meu quadril e arfo de dor, pego uma das facas que consegui com Abbey e imobilizo sua perna acertando-a com a faca.

— Vai, corta mais fundo querida. Pena que não terá tempo de soltar a sua irmã ou alguma parte do corpo dela.— não me contenho e ao ouvi-la falar de minha irmã, acerto o cano da arma em sua cabeça, fazendo a mesma apagar.

— Fala de novo, fofa. Queria fazer isso há tempo, mas pensei que já estivesse morta, pelo menos tive o prazer.— levanto-me e sinto algo pegajoso em minha face, ao passar a mão vejo que se trata de sangue e limpo com a manga da blusa, o chute que dera em minha perna me faz mancar e tento a todo custo suportar a dor. Ao voltar minha atenção para o monte, avisto que a mesma está vazia, praguejo mentalmente, pois essa ameaça de Sue foi apenas uma distração, para que eu esteja fraca quando enfim for atacada. Sinto um ranger entre um osso e outro e basta poucos passos para ver uma águia, entalhada, com um filhote de raposa na boca, parece que as coordenadas de minha prima estão certas.

Não há ninguém no meu caminho,  percebo que tudo está limpo e não ouço nada que dê indícios de que há alguém me espiando. Inspiro e expiro, a dor tornar-se pior a cada passo que dou e recordo-me que já passei por situações piores em treinamento.

Fito uma porta branca e ao lado admiro uma espada azul cintilante, feita de pepita, enfiada em uma rocha de bálsamo negro. Há uma vontade imensa dentro de mim de por lágrimas para fora, por saber que estou tão perto de minha irmã, mas tudo em mim é tão confuso que não consigo derramar uma lágrima. Abaixo-me e dou o primeiro disparo para o alto, ouço a movimentação e atiro contra a porta, tentando derrubar os guardas antes de tentar invadir. Não ouço mais nada e o que me resta é esperar que eu tenha os acertado. Abro a porta e vejo os seis guardas no chão, sinto um misto de alívio e medo, pois sei que não será fácil sair daqui.

— Cefeida!— grito na esperança de ouvir sua doce voz.

— Aqui, estou aqui!— corro em direção a uma porta que fica no lado da parede esquerda no fim do corredor e quebro a maçaneta com o cano do revólver.

— Pensei que não viesse, eles iriam me levar para a sala de tortura física.— ao adentrar o lugar vejo minha irmã chorar e miro a janela para não vê-la assim, o cômodo é todo cinza e com colchões de ar nas paredes, não há mais nada, apenas Cefeida e sua cadeira preta.

— Não chora Cefeida, não chora.— digo ao ver suas mãos amarradas, vou desatar os nós das cordas de suas mãos e sinto uma angústia por vê-la assim, uma necessidade de ampará-la, mas sei que não disponho de tempo, nem sei mais o que temos além de uma a outra.

— Eles não vão deixar a gente sair, é uma emboscada, não acha que conseguiu muito fácil?— ouço o desespero de minha irmã e sei que, de certa forma, ela está certa.

— Shi, não fala isso, vai ficar tudo bem.— tento acalmá-la, porém o peso em meus ombros incomodam, algo arde em meu interior, como litros de ácido, jogo a mochila no chão e tento acalmá-la.

— Mas Jade...— interrompo antes que ela diga algo que me deixe ainda mais aflita.

— Eu vi até aqui não vim? Olha pra mim, somos as irmãs Haas, somos filhas da mulher mais forte que já conhecemos e eu prometo que irei tirá-la daqui.— levanto-a de seu assento e sinto seu abraço, miro meu olhar em seus belos olhos verdes-azulados e percebo quando ela mira em algo além, que prende sua atenção.

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