🔱 DEZ 🔱
Ele era como uma correnteza, engolia o que via pela frente e não sentia remorso por isso.
🔱POR LUCAS 🔱
As pessoas desejam dominar o mundo, isso é fato. Minha mãe era uma dessas pessoas e eu seguia seus princípios, ideologias e desejos. Eu sempre fui seu melhor filho e jamais tentaria trai-la, como o fraco do meu irmão. Seguirei o seu legado e terminarei aquilo que ela começou, darei fim aos que restaram da família Haas e não se enganem, isso não começará com a minha joia rara. Óbvio que eu fui em seu aposento para sentir seu medo e ver como ela estava, senti um prazer considerável ao vê-la tão destruída, é como uma fonte de poder: eu a sugo, tomo de suas dores e fortaleço a minha ira. Tenho algumas surpresas preparadas para ela, presentes que ela não irá gostar e isso será apenas o começo de sua ruína, vou destruir todos os pilares que a erguem, destruirei tudo que ainda a sustenta. Eu dominarei toda Sandelle e terei todos os reis e rainhas aos meus pés.
— Alteza Serena Príncipe Lucas Maris, me acompanhe por gentileza. Vossa Majestade Dallas Sharon que reina Sereno, já o aguarda para a reunião no concelho.— saiu do meu aposento, agora em Abeiron e sigo o mordomo irritante, penso em como meus planos seguem com o planejado e um sorriso glorioso atravessa meus lábios. Atravesso alguns corredores e observo o ambiente tão careta, de tons frios e sem vida, pessoas incapazes de sentir emoções profundas e com uma capacidade intelectual que faz jus aos boatos que são tão recorrentes. Ao passar por tantas portas e paredes, fico exausto de ver tantas estrelas desenhadas, é tão enfadonho viver em outros reinos, esses sempre vão tentar mostrar que o lugar é deles e você é apenas um intruso em suas imensas construções de pedra. Reviro os olhos ao ouvir as apresentações, realizadas pelo mordomo imprestável.
— Um excelente dia, senhores, excelentíssimos e majestades.— faço uma pequena reverência e adentro o lugar sentando na outra ponta destinada a mim.
— Alteza, creio que, enfim, iremos nos unir para detalhar nosso ataque a Limbell. Fico animado com a hipótese de o ver administrando o reino ao invés do Rei Derek, cujo é seu irmão. Não se sente mal por traí-lo?— o rei Dallas tem um sorriso presunçoso, poderia até dizer que ele tem uma feição diabólica, pronta para matar qualquer um que adentre o seu caminho.
— Creio que sabe de minha animosidade para com meu irmão, ele não é capaz de comandar um reino tão poderoso. Eu aprendi os ofícios de minha mãe, compartilho de suas ideias e entendo o motivo de tudo que fizera, no entanto meu irmão é incompetente não saber reger tropas e comandar uma nação. Por ele, nosso maior desafio será realizado, Dorinlea e Haffínit se tornarão um só e nós seremos diminuídos por eles.— enquanto realizo meu pequeno discurso, observo o brilho nos olhos do rei. O mais ganancioso de todos os reis e capaz de destruir tudo por aquilo que quer.
— Convoquem a Princesa Abbey!— seu comando é direcionado a um serviçal que apresenta olhos arregalados ao ouvir tal nome, ainda não vira a moça, mas ouvimos de tudo nas paredes de um palácio. — Tenho uma condição para nosso trato. Eu garanto ajudar com tropas e recursos monetários em uma nova guerra, em troca quero que case-se com minha herdeira. Única princesa de nosso reino e garanto que tem os mesmos pensamentos que nós comungamos.— assim que sua fala dá-se por encerrada, noto uma jovem adentrar a câmara do concelho. Ela é o próprio inferno em Sandelle, ela veste um vestido justo no tom carmim e adornos pratas por todo o corpo, seus olhos são de um tom castanho avermelhado e seus cabelos enormes e negros caem em cascata por seus ombros, colo e cintura, sua pele tão clara quanto neve e seus lábios tão vermelhos quando o sangue presente em seu corpo. Noto traços negros delineando seus olhos, suas unhas enormes e tingidas de um tom negro, pelos modos, penso que já está em idade para participar das avaliações, só preciso descobrir o motivo pelo qual ainda não foi.
— Vossa Majestade, tem minha permissão para preparar os papéis de nossa união.— percebo o sorriso ampliar nos lábios do rei, porém um olhar desafiador, um arquear de sobrancelhas da minha futura esposa.
— Abbey, creio que agora tenha que voltar para seu quarto. Mandarei que sua mãe prepare algo para você, ela levará em instantes.— a vejo entregar o seu olhar mortal para o próprio pai, sinto o rei travar o maxilar, há algo que apenas os dois sabem, algo que me fará ter o rei em minhas mãos.
— Claro, Majestade. Deseja mais alguma coisa ou já posso me trancar? Quero dizer, me retirar?— sua voz é doce, apesar de seus desafios. O rei apenas movimenta a mão indicando que ela pode retirar-se do aposento.
— Príncipe Lucas, peço que tenha paciência com a Princesa Abbey. Ela pode ser um pouco instável e capaz de intimidar algumas pessoas, no entanto é passageiro, coisas da idade.— franzo o cenho, ela me parece jovem demais para intimidar alguém, apesar dos seus modos tão peculiares.
— Creio que não será um problema para mim, agora precisamos entrar em acordo com relação as tropas e valor que será requisitado para mim, tenho homens montados ao norte, esses são de confiança e treinados por minha mãe. Nem toda a guarda foi retida após a guerra, os piores continuam soltos e prontos para unir a quem pagar a maior oferta.— Dallas põe a mão sobre o queixo e passa a divagar por um tempo. Os poucos conselheiros que vejo não interrompem o nosso diálogo ou diz qualquer opinião sobre o assunto, os homens devem ser de extrema confiança para estar diante de tal organização.
— Lembro-me de ter escutado algo relacionado a volta das apresentações cívicas de Ulyere, podemos iniciar nossas apresentações por lá também.— ergo minha sobrancelha e tenho até ideia de como iniciar minha vingança pessoal e unir ao desejo de ter todos os meus pés.
Passamos horas montando estratégias de ataque e situação de risco, tivemos ideias para o combate e locais propícios para instalar homens fiéis, porém disfarçados. Volto para o meu aposento e noto que a porta está entreaberta, uma cascata negra está no meu campo de visão, enquanto sua dona observa o vão disposto à mim.
— Serei breve, não tenho intenção de demorar próximo de alguém tão desprezível. Não facilitarei a sua vida, hoje você aceitou o pior acordo de sua existência. Realizar tratos com meu pai é o mesmo que fazer com o próprio demônio, só espero que não reclame das consequências.— noto o seu caminhar lento e a vejo sorrir ao olhar para uma bandeja de alimentos. Ela para seu caminhar e volta sua atenção para mim.— Meu pai me mandou trazer, talvez, esteja envenenado.
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