Capítulo 5
🤍🖤🤎💜💙💚💛🧡❤️
Briga só atrai uma coisa
Nunca tem poisa
Boa nunca é
Tenha fé
Não prefira tal negócio
Pois é sem benefício
Mas sim o diálogo
Seja um ideólogo
Sempre na paz
Sempre capaz
BelaDilly
❤️🧡💛💚💙💜🤎🖤🤍
- Podem começar! – a professora Camila diz e todos começam a escrever.
Eu não fazia a menor ideia do que escrever sobre o Fábio. E muito menos, o que EU ia dizer para ele.
- O que você está escrevendo? – me apoio em seu ombro quando percebo que ele já havia escrito a primeira frase em sua folha.
- Estou fazendo o trabalho mandado, ué – diz como se fosse o óbvio.
- Mas você não sabe nada sobre mim – cruzo os braços e arqueio uma sobrancelha.
- Eu sei muita coisa – ri com escárnio.
- O que, por exemplo? – enrugou minha testa.
- Você é popular, pra início de conversa. Então, você é uma falsa que é capaz de pisar em qualquer um que esteja em seu caminho. Faz tudo por aparência, inclusive, ficar com o capitão do time de futebol, sendo que você nem gosta dele – por um segundo, fico irritada pelas palavras mentirosas que saíram de sua boca. Mas, por outro, fiquei deprimente pela tal coisa que meu pai fez se tornar verdade.
Para mim, era tudo uma mentira, uma máscara. Entretanto, para o resto do mundo, era quem eu era. Então, pra que insistir em dizer que é falso, se eu insisto em dizer que é verdade. É como diz, "o ato diz mais que palavras".
- Só porque nos filmes é assim, não quer dizer que eu sou assim – tento rebater, na tentativa tosca de driblá-lo.
- Vai me dizer que você é diferente? – agora era a vez dele de arquear as sobrancelhas e cruzar os braços.
- É claro que sou! – penso, por um momento, no que dizer dali em diante - De acordo com o que você falou, tirou isso dos filmes. E nos filmes, quem é bonita, não é inteligente. E eu, sou bonita e inteligente – sorrio sem mostrar os dentes, tentando soar confiante.
- Vai me dizer que não cola nas provas? E que não usa sua popularidade para fazer os nerds realizarem seus deveres? – essa veio como um soco na barriga.
- Não! – depois dessa, meus sentimentos bateram de com força em mim, fiquei sem forças para rebater, segurar o choro... Eu estava a um fio de jogar tudo para o alto, sair correndo e nunca mais olhar para trás.
- E por que usa tanta maquiagem? Você por acaso tem alguma cicatriz ultra medonha? E o seu cabelo? Garota, ele está com as pontas toda espigada, está desidratado de tanta química – eu era boa em não demonstrar meus sentimentos, minha tristeza. Tive muitos anos de prática. Eu até achei que tinha ficado sem lágrimas. No entanto, ouvir ele falando dessa forma... Não estava conseguindo segurar. Minha vontade era de gritar, dizer que eu não sou assim. É uma máscara que Theo França me impôs. Eu nem gosto das maquiagens, sou alérgica, meu pai teve que comprar um antialérgico. E meu cabelo, não sei porque ele me fez pintar. Eu gostava do meu cabelo escuro. Escuro como a noite, eu gostava de comparar. E para deixá-lo loiro. Eu sofri!
- Não! – eu, sem a intenção, mas com intenção, gritei. Todos os olhares foram direto para mim.
- Algum problema senhorita? – Camila me pergunta.
- Não. Eu estou bem – não duvido de que seja a maior mentira daquele dia – quer dizer... Eu posso ir ao toalete?
- Pode. Mas vá rápido!
- Sim senhora - abaixo a cabeça e saio depressa daquele ambiente, saio de perto do Fábio.
Como ele pôde falar daquele jeito comigo? Ele acabou de chegar na escola. Não sabe, absolutamente, nada sobre mim!
Mal cheguei no banheiro e minhas lágrimas já caíam sem moderação. Minhas pernas estavam bambas, ameaçaram a me jogar no chão. E quanto a maquiagem, antes me fazendo bela, agora me enfeando.
Eu queria poder tirar toda a maquiagem – tudo que não era eu - e nunca mais ter que colocar novamente. Todavia, escutei alguém vindo. E ninguém podia me ver naquele estado. Então, fui pra cima do vaso sanitário, fechei a porta e levantei meus pés para não verem que eu estava lá. Pude ver, pela fresta da porta, que eram Cristina e Carolina.
Carolina era uma garota que fazia de tudo para não ser uma excluída. Ou seja, ficava atrás de Cristina, fazendo tudo que a outra mandava.
Uma tola sem opinião própria.
- Você é muito má, Cri – ouço Carolina dizer.
- Por que? Eu só aproveitei a situação – ela levanta os ombros – ele estava machucado. Eu apenas o tratei – elas riram.
Não duvido de que estejam falando sobre Thomas.
- Coisa que a namorada devia ter feito.
- Mas ela não estava lá – Cristina demonstra, por um segundo, irritação - Então... – suas gargalhadas ecoaram pelas paredes do banheiro, causando dor de cabeça em mim – a foto ficou perfeita!
- Eu sou uma fotógrafa profissa, né amiga?
- E eu sou uma gênia. Eu ainda vou conquistar ele – é "gênio" para ambos os sexos sua idiota! Ela sim, posso dizer que é bonita, ela tem sua beleza, e burra, quer dizer, desprovida de inteligência. Não vou desvalorizar os burrinhos, eles são animais inteligentíssimos – mas agora vamos. Tenho um trabalho de história para fazer.
- Você?
- Quer dizer... Guilherme – elas saíram dando mais altas gargalhadas.
Guilherme era um nerd da nossa turma. Ele se mostra ser caidinho por Cristina desde o sétimo ano. O garoto faz tudo por ela, até parece o cachorrinho de estimação da garota.
Bem que dizem: "O amor é cego".
- Essa garota vai ter o que merece! – falo entre dentes de frente para o espelho.
Então Thomas tinha dito a verdade.
Eu ainda estava de maquiagem borrada, sem meu kit e sem tempo. Ou seja, precisava me limpar, ir até meu armário – sempre tenho uma reserva - e refazer minha make.
O sinal toca.
Eu e minha boca grande.
Os corredores se encheram bem rápido. Tentei esconder minha face o máximo que consegui, todavia, era em vão.
- Olha por onde anda! – digo irritada após esbarrar em alguém.
- Olha pra frente! – droga! Era a voz de Fábio – olha só...
- Tô com pressa! – tentei me virar e ir embora, porém, ele foi mais rápido e me segurou pelo braço. Impedindo a minha saída.
- Você fica bem melhor assim – é a primeira vez que ele sorri pra mim. Eu, por um estante, paraliso com seu olhar, esqueço suas palavras frias e foco apenas em como ele me encantou uma vez – se eu fosse você, não passava essa porcaria novamente – ele aponta a minha maleta, onde deduziu, corretamente, estar a maquiagem.
- Err... – ele ergue meu queixo com o dedo indicador, me fazendo arrepiar com um simples toque seu.
- Vitória! – ouço uma voz masculina, irada, vindo atrás de mim – fica longe dela! – Thomas me puxa para seus braços e começa a gritar com Fábio.
- Eu só estava a ajudando.
- Ajudando a ser um idiota? Fica longe dela. Ninguém quer você aqui. Seu lugar não é aqui.
- Thomas, ele só estava me ajudando...
- Deixa que eu cuido disso, gatinha – ele me interrompe, usando uma voz que nem parecia que estava comprando uma briga.
- Ei, você não manda nela – Fábio, aparentemente, tenta me ajudar.
- Eu vou acabar com a sua raça! – Thomas dá um soco no olho de Fábio. Da mesma forma que ele tinha feito antes.
- Eu estava sendo educado. Mas foi você quem pediu – agora era a vez dele de dar um soco em Thomas.
- PAROU! – tento impedir a briga. Mas eu era uma garota em meio a dois grandalhões. Fica difícil fazer isso sozinha – GENTE! PARA! – Thomas me empurra pra longe e dá um soco no estômago de Fábio. Enquanto que a multidão, apenas vendo e gritando: "Briga".
- Você nem percebe o que faz. Ela não gosta de você! – já era. Agora, Thomas se irrita o dobro, o triplo, o quádruplo...
- CALA A BOCA! – Thomas dá golpes repetidas vezes. Pensei até que Fábio ia desmaiar, ele não tinha nem tempo para respirar.
- THOMAS! – cadê o zelador quando se precisa dele?
Eu apenas me lembro de ver Thomas em cima de Fábio antes de sentir algo duro em minha cabeça e minha visão escurecer.
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