Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 30

- Ah... M-me desculpe. Foi s-sem querer - fico vermelha de vergonha - Mas quem mandou chegar de mansinho!? - mudo de tom e ponho as mãos na cintura, na tentativa de mostrar que fiquei irritada.

- Agora a culpa é minha? - ele diz já pegando a bandeja novamente.

- Totalmente - a essa altura, todos pararam para ver e rir da cena - deixe-me te ajudar - agacho e o ajudo a limpar.

Começo a rir da cara de surpresa que ele fez e da minha de constrangimento. E acabo o contagiando, pois ele também começa a rir. Esqueço que tem mais gente vendo a cena. Apenas foco no cara à minha frente. Nesse momento, só existe ele, eu e nós.

- Você não existe - ele se levanta.

- Nem você - faço o mesmo.

- Vou pegar outro - ele levanta a bandeja que contém o pão que antes estava no chão e agora todo despedaçado, o copo com o resto do suco e a laranja que está partida ao meio, mas com cabelo do chão agora.

- O lugar não está ocupado - Nós sorrimos um pro outro.

- Já volto então - ele se vai.

- O que acabou de acontecer aqui? - Marlene pergunta.

- Não sou fã desse cara - Guilherme fecha a cara.

- Não sei - aponto com a cabeça para Marlene - E vamos dar uma chance pra ele - olho para Guilherme.

- Que sorrisinho é esse na sua cara? - Marlene diz desconfiada.

- O que? - percebo que estou com um olhar bobo, tento me recompor.

- Você sente algo por ele?

- Você está gostando dele!? - Guilherme diz assustado.

- Quê!? Não!

- Pode confiar na gente.

- Marlene, somos só amigos - pego em suas mãos.

- E tudo o que você nos contou sobre ele? - Guilherme se indigna.

- Bem...

- Vamos descobrir logo, logo - Marlene dá uma mordida em sua pera para disfarçar.

- Não vai derrubar essa também - Fábio se senta e sorri.

- Foi mal - volto a ficar constrangida - trocou de calça? - reparo em sua roupa.

- Sempre tenho uma de reserva.

- É sempre bom - não consigo dirigir meu olhar pra ele.

- Quais são as suas intenções? - Guilherme pergunta de repente, com um tom de voz mais autoritário. 

- Quê? - Fábio fica perdido, como eu.

- É. Como você chega aqui e age como nosso amigo?

- Isso é ciúmes...? - implico. 

- Não. Só quero entender as coisas.

- Meninos! - Marlene se pronuncia - Nada de brigas. O tempo é curto. Vamos aproveitar.

- É! E respondendo a sua pergunta – mesmo a pergunta não sendo pra mim, eu acabo respondendo - ele é meu amigo - bom, não tenho certeza, mas o Guilherme não pode ter um ataque de ciúmes e esperar que eu não faça nada. Embora eu não ache que seja um ataque de ciúmes, somos só bons amigos. Ele deve estar só preocupado comigo, contei tudo o que aconteceu entre mim e Fábio desde sua chegada para Guilherme e Marlene.

- Não acha estranha a atitude dele? - Guilherme insiste.

- Não tem problema. Eu vou para outro lugar - Fábio ameaça a se levantar.

- Não - seguro seu pulso - O que deu em você? - encaro Guilherme.

- Já disse que não confio nele.

- Não precisa ser um idiota - droga! Escapou. Não queria o chatear - não foi o que eu quis dizer - me arrependo profundamente do que eu acabara de dizer. Guilherme sai da mesa e some em meio à multidão - Espera!

- Eu não queria isso - Fábio quebra o silêncio que se instalou. Mas eu o ignoro.

- Não foi culpa sua - Marlene diz. E eu agradeço mentalmente por isso.

Sem dizer nada, saio da mesa a procura de Guilherme. Sei exatamente onde ele estará. Preciso consertar as coisas. Me encaminho para a biblioteca e, como o previsto, eu encontro-o.

- Eu não queria dizer aquilo - me sento no Puff ao seu lado.

- Tá tudo bem.

- Não. Não está.

- Vi?

- Diga - sorrio, encorajando-o.

- Eu gosto de você.

- Eu também gosto de você.

- Não. Você não está entendendo.

- Olha. Porque não voltamos? Fábio ficou mal, ele deve ter saído já.

- Você não enxerga? Ele te trata mal e você ainda fica do lado dele.

- N-não é isso.

- É sim.

- Não vim aqui para falarmos sobre ele - o corto. E o que eu não esperava aconteceu.

Guilherme me deu um beijo de surpresa. Fiquei sem reação, não sabia o que fazer. Ele era meu melhor amigo. Isso não poderia acontecer.

O sinal toca.

- Tenho que ir - ele se afasta e eu logo digo e saio. Como vou olhar pra ele depois disso?

- Olha por onde anda! - na pressa, acabo esbarrando em alguém.

- Desculpa - vejo que é Safira. Trato logo de me desculpar para poder sumir.

- Você está bem? - por um momento, não vi aquela garota da aula de educação física, metida, mas sim uma colega querendo fazer amizade.

- Tô. Tchau - volto a fazer o que estava fazendo antes de trombar com ela.

Chego na sala e me sento do lado da janela no fundão. Baixo a cabeça e as cenas de minutos antes voltam à minha mente. Isso não pode ter acontecido. Pode estragar nossa amizade e isso eu não quero jamais.

Guilherme é um doce, gentil e carinhoso. Uma pessoa diferente do comum. Não é todo dia que se encontra um garoto nerd e skatista ao mesmo tempo.

Sorrio ao me lembrar da primeira vez que nos encontramos, digo, quando realmente reparei nele.

Ele é único.

Mas somos e seremos apenas amigos. Nada mais que isso. Ele vai ter que entender. O enxergo como um irmão que nunca tive.

Eu acho...

No segundo intervalo

- Por que estava correndo hoje mais cedo? - Safira chega perto.

Assim que bateu o sinal, fui para debaixo das arquibancadas. Não estava pronta para encarar o Guilherme.

- O que te importa? - digo irritada.

- Come torta - ela faz careta e eu rio.

- Isso não é muito infantil pra você? - arqueio uma sobrancelha.

- Tirei um sorriso seu - Safira diz e eu abro mais o sorriso.

- Por que está aqui? - volto com a minha cara séria.

- O que adianta implicar com você se tu não está bem para rebater? Fica chato - ela finge se chatear. Reviro os olhos.

- Valeu. Já me sinto melhor - me levanto.

- Tenho 5 irmãos mais novos. Sei como alegrar alguém. Muita prática... - ela segura meu pulso, me fazendo sentar novamente. 

- Vai ficar se achando agora é? - ponho a mão na cintura. Nós gargalhamos juntas - onde você fica nos intervalos?

- No ginásio, vendo os jogos quando tem. Na biblioteca ou no banheiro. Tanto faz - faz pouco caso.

- Sozinha? - me sento novamente.

- Fazer o que.

- Você é tão... intimidante – digo meio receosa.

- Me acha intimidante? - ela abafa o riso.

- Tenho que admitir.

- Protejo o que é meu - fala firme - sei que quer ser capitã do time. Então, lhe mostro que não conseguirá tão fácil - essa é a Safira que conheci na aula de educação física.

- Ok - finjo me render - me lembre de não implicar com você - ela ri - por isso que, quando Guilherme e Marlene falaram sobre você, nem acreditei que era você - ela ri.

- Já sou conhecida? - empina o nariz, me fazendo rir.

- Um pouquinho - um silêncio reina entre nós.

- Eu te admiro. Sabia? - Safira quebra-o.

- Oi? Eu? Quê? Por quê? - o que tem para admirar em mim?

- Mal te conheço. Mas... Me disseram que você era a patricinha, a popular. E, de uma hora pra outra, virou a rockeira do pedaço.

- O que tem para admirar nisso?

- Sua coragem. Acho que não é fácil mudar assim, drasticamente. E você mudou.

- Err... - fico sem palavras.

- Devia se orgulhar - Safira deita em meu ombro.

- Por que tá dizendo isso? Assim?

- Samuel é meu primo. Por isso meus pais me transferiram pra cá. Pra ele "ficar de olho" em mim - faz aspas com os dedos - de acordo com minha família, estou indo pro lado errado. Só porque gosto de esportes.

- Só por isso!? - busco seu olhar. 

- Digamos que sou meio obcecada - ela ri sem emoção - Além d'eu ser melhor do que muitos garotos. Eu que ensinei Samuel. Mas ele não admite. Não gosta.

- Machista - escapa e ela ri.

- Mas não é só isso... - ela suspira – na verdade, isso apenas contribuiu. Mais as roupas que gosto de usar. Disseram que já fui confundida com um menino. Eles surtaram! O verdadeiro problema é...

- Com esse cabelo?

- Ele era curto na época... Sabe, eu sempre fui rebelde, eu não os obedecia.

- Mas..., então, por que você resolveu obedecer? - Não achei as palavras certas.

- Porque eles me pegaram beijando uma garota. Não quero receber aquele olhar de novo - quero ajudar. Quero dizer algo para animá-la. Mas não acho as palavras.

- Não é fácil. Sei bem disso. E, mesmo parecendo impossível, não podemos nos rebaixar a seguir o padrão. Não podemos ficar infelizes, só porque o povo quer - ela sorri e levanta o olhar para o meu.

- Posso te perguntar uma coisa? Não precisa responder se não quiser – ela respira fundo antes de continuar - Você já pensou alguma vez... em...

- Pensei em...? - a encorajo.

- Ficar com alguma garota?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro