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Capítulo 21

- Q-quê? Mas por quê? - minha mãe gagueja de olhos arregalados.

- O que tem para eu fazer aqui? E foi por causa disso, da minha rebeldia, que ele está assim – o encaro com lágrimas nos olhos.

- Você não precisa ir se não quiser. Eu entendo. Está tudo bem - ela se aproxima mais de mim.

- Eu quero! - falo mais autoritária, ela respira fundo.

- Você sairia daqui amanhã à noite. Pra chegar de manhã no dia seguinte - não esperava ser tão cedo.

- Eu vou!

- Não vou te impedir - ela me abraça e beija o topo de minha cabeça.

- Obrigada – sussurro.

Segunda-feira

Meu despertador toca.

Ontem, passei o dia todo no hospital. Fiquei conversando com meu pai, coloquei todo o papo em dia, tudo aquilo que eu poderia ter falado ao invés de ter brigado.

Minha mãe disse que tem casos que, quem está em coma, podem ouvir tudo o que dissemos, só não conseguem responder.

Espero que seja verdade.

Dessa vez, minha mãe voltou pra casa comigo. Ela vai ir junto comigo para o colégio pra avisar sobre o meu intercâmbio e acertar tudo direitinho. Não será muito tempo, 3 meses passam voando. E ela me garantiu, que irá me deixar por dentro de tudo.

Então, hoje irei me despedir de todos. Sentirei muita falta, mas vou ficar bem e sei que eles também.

Me levanto e tomo um banho rápido. Visto uma blusa, três vezes o meu tamanho, preta, com duas asas em chama na frente, um short jeans preto destroyed hot pants, tênis preto de cano alto ozzy verniz, prendo meu coque com um palito de madeira e ponho os meus óculos.

Desço e pego uma maçã apenas.

- Não vai comer mais nada? - minha mãe me pergunta.

- Estô sem fome - dou uma mordida - vamos?

- Sim - ela pega sua bolsa e me arrasta para dentro do carro de Cameron.

Na escola

Passo pelos portões do colégio e ignoro os olhares direcionados a mim.

- Eu já vou para a sala da sua diretora. Eu irei vim junto com Cameron para te buscar.

- Ok - ela aperta o passo, me deixando pra trás.

- Oi, como você está? - Ágata para na minha frente.

- Nós vimos a foto. Depois seu pai sofre... - Miranda para de falar ao ver a expressão de repreensão da Ágata - Enfim. Como você está?

- Bem... - respiro fundo - meninas, eu tenho que dizer uma coisa a vocês.

- Diga - as duas disseram em uníssono.

- Eu estou indo embora.

- Mas... Como? Quê?

- Por quê?

- Eu vou pro Canadá fazer intercâmbio.

- Agora!?

- Meu pai já tinha programado - elas levaram um tempo para absorver o que eu estava dizendo.

- Que dia?

- Hoje à noite...

- Mas já?

- Sim. Mas vai ser rápido. 3 meses é pouco tempo - tento rir para descontrair.

- Há! É uma frouxa mesmo... - Cristina aparece - não aguenta nada. Nunca pensei que fosse tão fácil me livrar de você - ela gargalha alto.

- Então, além de ignorante, é uma intrometida - ela escolheu o dia errado para me encher o saco - não sabia que escutar conversas dos outros é errado? À, esqueci, você não sabe diferenciar o certo do errado - cruzo os braços e jogo todo o meu peso na perna esquerda.

- Você não sabe de nada. Não PODE dizer nada. Que pelo jeito, você também não sabe diferenciar - ela ainda concorda... - Não sabe que traição é errado?

- Eu não traí ninguém! - meu sangue começa a ferver. Uma coisa é ela ser uma idiota, outra, é inventar mentiras sobre mim.

- Não é o que essa foto diz - ela gargalha mais alto e mostra a porcaria da montagem.

- Isso é uma mentira!

- Eu te avisei para se afastar dele... - Algo desperta em minha mente.

- Então foi você?

- Aprenda a dar valor ao que tem. Bobeou, perdeu - ela sorri vitoriosa. Mas, mal sabe ela, essa batalha, ela pode até ter ganhado, mas não a guerra. Não vou deixar barato!

- Você sabe muito bem em quem as pessoas vão acreditar - ela joga o cabelo descolorido e espigado na minha cara - vem meninas, vocês não precisam mais fingir com essa daí. Já consegui o que eu queria. Ela vai embora. 

- Quê? - eu ouvi errado?

- Vai me dizer que você nunca percebeu? - Cristina, mais uma vez, gargalha.

- Do que ela está falando? - me viro para quem eu pensava ser minhas amigas.

- Você vai acabar sujando nossa imagem - Ágata dá um passo pra mais perto de Cristina. Olho para Miranda.

- Ela está certa - Miranda faz o mesmo. Enquanto que eu olho encabulada para as duas.

- Como podem? - tento mais uma vez, mas... - Não quero olhar nunca mais pra vocês! Bando de interesseiras - passo pelas duas, as empurrando de forma bruta. Só escuto a risada maléfica de Cristina ao fundo.

Corro direto para o banheiro e limpo as lágrimas que aquelas duas não merecem.

- Aquelas idiotas! - grito para o espelho à minha frente com vontade de socá-lo. Porém, não sei como, me seguro.

- Está tudo bem...? - Vejo, pelo reflexo do espelho, uma garota atrás de mim.

- O que você acha!? - me viro e vejo que é Marlene - desculpa. Só... estou sem cabeça - jogo mais água em meu rosto.

- Eu vi... - levanto meu rosto pra ela - queria saber se você está bem. Eu sempre soube quem elas eram...

- O que você quer? - pergunto impaciente. Ela sempre foi zoada pelo povo do colégio por causa de sua pele, inclusive, por Ágata e Miranda. E eu, como uma trouxa, fui na onda. Então, por que ela está sendo legal comigo? Sendo que eu fui péssima com ela.

Marlene é uma negra que tem a doença do vitiligo, que causa despigmentação da pele na forma de manchas. Ela é alta, tem o cabelo black power e olhos castanhos.

- Eu quero fazer uma coisa que você nunca fez comigo - ela chega e me abraça. De início, fiquei completamente sem reação, mas depois, eu lhe correspondi e desabei a chorar em seu ombro, como se fôssemos amigas desde sempre.

- Por que está sendo legal comigo? - a olho nos olhos, tentando, sem sucesso, à decifrar.

- Porque eu sempre soube quem era você - ela sorri.

- Não sei se isso faz muito sentido pra mim... - ela acaba rindo - desculpa.

- Você não fez nada...

- Mas eu não fiz nada pra impedir... E o pior, eu fiquei do lado delas.

- Mas agora você acordou...

- Mas...

- Está tudo bem - essa garota caiu dos céus - Então, vai embora mesmo?

- Sim. Eu preciso de um tempo.

- Entendo. Espero que possamos ser amigas quando você voltar - ela mostra os dentes em um sorriso gracioso.

- Sem dúvidas - e, pela primeira vez, senti que eu não estava mais sozinha.

Na aula de educação física

As duas primeiras aulas passaram lentamente. Não consegui prestar atenção em NADA. Meus olhos ardiam com os rios querendo ser formados pelas minhas lágrimas. Minha garganta me traía, não me deixava dizer uma só palavra. E meus braços desanimados a se levantar para escrever qualquer coisa.

Nem sei o porque d'eu ter participado das aulas. 

Melhorei, um pouco, na hora do intervalo. Marlene se mostrou uma verdadeira amiga e uma garota que não guarda mágoas.

E Guilherme foi um amor. Eu havia ido na biblioteca devolver um livro e acabei o achando lá. Ele e Marlene se deram bem de cara. Ficamos nós três conversando e rindo. Eu sentia alegria na presença deles, sentimentos que, agora parando para pensar, nunca tinha sentido com Ágata e Miranda.

E eu não havia encontrado Fábio. Espero que ele tenha vindo, não quero partir antes de me despedir dele.

- Vitória? Está aí? - o professor, Alexandre, para em minha frente na arquibancada, me tirando dos meus devaneios - tenho uma novidade pra te contar - ele dá um sorriso de orelha a orelha.

- Oi? O quê? - forço um sorriso. Mas, pela cara que ele fez, não obtive sucesso.

- Que desânimo é esse? - ele senta ao meu lado.

- Hoje não é bem o meu dia.

- Talvez essa notícia te anime - ele faz suspense - consegui abrir um time feminino de basquete!

- Quê? Isso é ótimo! - realmente, me animou.

- E como foi graças a você. E você joga bem demais. Que tal ser a capitã? - ele joga a bola pra mim e eu a agarro.

- Eu iria amar!

- Por que "iria"?

- Eu vou ficar fora por 3 meses - devolvo-lhe a bola.

- Isso é realmente uma pena - ele dá uma pausa antes de continuar - Então, que tal uma partida para despedir?

- Ok - dou um sorriso mais animado e vou para a minha posição.

Dessa vez, mais garotas participaram. Mostrando interesse em jogar desde sempre, mas nenhuma com atitude. E mesmo sendo graças a mim essa realização, elas continuaram a me olhar como se estivessem com dor de estômago.

Essa escola está cheia de hipócritas, interesseiros, duas caras e críticos sem coração. E todos têm uma coisa em comum: o querer ser popular.

Todos fazem de tudo para entrarem no padrão e virarem os "tops do colégio". Mas, mal sabem eles, que vão acabar adoecendo com esse pensamento.

Não existe um padrão a ser seguido. Todos são diferentes, e ninguém devia ser excluído por SER diferente.

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