Capítulo 12
❤️🧡💛💚💙💜🤎🖤🤍
O poder de um sorriso
Um simples riso
Poucas palavras
Zero letras
Você compreende
Até mais entende
Diga mais
Mas demonstre no olhar
Desabrochar
BelaDilly
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No primeiro intervalo
- Amiga, você está péssima - eu levanto minha cabeça e olho pra Ágata. Ela entende - mas nós estamos aqui e queremos o seu bem - ela arreda a cadeira para o meu lado e me abraça e Miranda sorri e faz o mesmo.
- Valeu gente - olho pra elas. A esse ponto, todos olhavam pra mim, me julgando, pensando em como eu estava cafona com essa roupa, como eu estava horrorosa com o meu rosto natural, ressaltando minhas imperfeições.
E acho que as pessoas já perceberam que eu ganhei alguns quilinhos extras.
O sinal toca.
- Tem certeza que está bem pra aula?
- Não. Mas não tenho escolha – digo fria, mas depois me arrependo – quer dizer... Estou melhor – dou um sorriso cansado.
Me viro e vou em direção à aula de álgebra. Entro e me dá vontade de sorrir. Fábio estava lá também.
- Boa tarde turma. Hoje vocês podem escolher se vão ou não fazer em duplas - Marina, a professora, diz. Logo, todos já estavam com suas duplas, menos eu e Fábio.
- Posso ser sua dupla? - ouço uma voz grave que eu conheço muito bem.
- Fábio? Han... C-claro - ele sorri e se senta ao meu lado.
- Está melhor? - ele diz olhando para frente e anotando os problemas que a professora passava no quadro.
- Um pouco... - faço o mesmo.
- Pode me contar se quiser. Sou um bom ouvinte - ele olha nos meus olhos.
Eu só posso estar sonhando...
- Agora você quer me ajudar? - eu gostei de que ele demonstrou preocupação. Mas não posso demonstrar que estou feliz com isso.
O que ele pensaria?
Pensaria que eu sou uma garota que corre aos seus pés. E não é assim que funciona. Não corro atrás de garoto nenhum!
Se ele acha que pode me desprezar e sair ileso está muito enganado!
- Eu me preocupo com você - ele volta a anotar.
Alguém me belisque com urgência!
- Sério? Não parece - escapou de minha boca.
- Por quê? - me pergunta.
- "Por quê?" - é sério isso? - Você me menospreza! - eu sinto. Não estou mentindo. E ao mesmo tempo que quero dizer, não quero. Tenho medo dele mudar e voltar com suas atitudes de antes. Mas é a verdade.
- Não é verdade - ele levanta suas sobrancelhas.
- Não? - desisto, meu cérebro está em desacordo com meu coração, e ele está ganhando. Resultando em palavras ditas que não quero proferi-las, mesmo querendo dizê-las.
- Sou sincero.
- "Sincero"?
- Talvez um pouco demais...
- Verdade mal dita pode machucar - digo anotando o que está no quadro, pois não quero ver sua expressão.
Quero costurar minha boca para ela aprender a nunca mais estragar um momento como esse
- Que foi? - ele começa a rir.
- Você ouviu o que acabou de dizer?
- Verdades podem machucar... aaaa... - que burrice - cacófato...
- Depois diz que é a mais inteligente...
- Eu sou! Foi um vício de linguagem super normal - não consigo esconder o sorriso de meus lábios.
Valeu Deus por me fazer dizer uma burrada dessa.
Agradeço mentalmente. Já que, foi graças a isso que o ambiente entre nós se suavizou.
- Deixa eu me redimir então? - senti como se ele pudesse ver dentro de mim, ver minha áurea e ler minha mente.
- O que pretende fazer?
- Já foi em algum show? - aaaaaaaaah! Se isso for um sonho, não quero nunca acordar.
- De quem?
- Pitty - como vai ter um show dela aqui, e eu não estou sabendo? - eu suponho que, pelas suas roupas, você goste de rock.
- Sim! - digo um pouco alto demais e todos olham para nós, enquanto Fábio ri.
- Algum problema? - Marina nos pergunta.
- Nenhum - ela finge acreditar e volta a fazer o que estava fazendo em sua mesa.
- Eu sempre gostei de rock - volto a minha total atenção para Fábio - eu admiro-os. Admiro suas forças - Fábio sorri, mostrando seus mais belos dentes brancos e alinhados - eu escuto suas músicas escondida - falo meio tímida.
- Então topa ir comigo?
Corpo, voz e cérebro, não me deixem na mão nesse momento.
- Eu quero muito ir!!! Que horas? Que dia?
- Hoje. Às dez horas.
- Sim!!! - ele sorri e volta com a sua atenção para os exercícios - mas não posso ir – penso melhor no assunto.
- Por quê? - ele olha pra mim surpreendido.
- Eu quero muito ir. De verdade. Mas não posso. Meu pai nunca deixaria - ele sempre vai achar um jeito de estragar a minha vida.
- Compreendo... - ele pega alguma coisa em sua mochila - mas fique com um. Quem sabe não muda de ideia? Estarei te esperando lá - ele me entrega um ingresso.
Ele já estava planejando isso?
- Não - tento o devolver - vá com alguém que te dê a certeza que irá.
- É seu - ele empurra o pra mim novamente.
- Mas... - ele me apresenta um olhar de súplica. Eu desisto e guardo o ingresso no meu bolso da calça. O silêncio reina entre nós. Isso até eu quebrar - como sabia? - ele sorriu.
- Quem se veste assim - aponta minha roupa - e não gosta da música? E se gosta da música, gosta da Pitty - ele sorri.
- Eu nem sempre me vesti assim. E eu podia muito bem gostar de todos menos dela - cruzo os braços.
- Sei que essa sempre foi você. E não tem como não gostar dela - nós rimos.
- Verdade... - penso um pouco mais.
- Mas não consigo pensar em um motivo para você ter os ingressos - enrugo minha testa.
- Minha tia comprou 3, pra ela, pra mim e pra minha prima. Mas a Pri não gosta. Então, disse para eu convidar alguém.
- Tendi... - o silêncio predomina.
- Você entendeu a 7-d? - Fábio me pergunta a respeito do exercício.
Eu o explico e ele fica encantado com o meu método, por ser diferente e mais fácil.
Depois da escola
Depois da conversa entre mim e Fábio, foi apenas a respeito dos exercícios. Descobri que ele é de humanas, ao contrário de mim, que sou de exatas.
Um completa o outro...
Meu celular toca.
- Vitória, nem se atreva a fugir de novo. Precisamos conversar. Venha direto pra cá! - meu pai diz bravo. Nem me dá a chance de dar um oi, e já desliga.
Aff.
Vou em direção ao local que Cameron sempre me busca.
- Como foi seu dia... - Cameron para de falar ao ver o meu estado.
- Segui os seus conselhos - mesmo sem querer, digo fria.
Meu pai tira qualquer um do sério quando quer.
- Fico muito feliz em saber que você tomou coragem e tirou a máscara que seu pai a colocou. Isso daria um belo livro de superação - eu sorrio para ele ao ouvir tão belas palavras.
- Quem sabe eu não escrevo uma música? - já tive vontade de escrever um livro, uma música ou até um roteiro pra teatro. Mas nunca tive cabeça.
- Seria um sucesso com certeza! - ele sorri e liga o carro. Ficando assim, um silêncio que é cortado apenas pelo barulho do motor.
Meu celular sinaliza a chegada de uma mensagem.
Thomas: Onde vc ta?
Droga!
Esqueci completamente dele.
O que eu vou dizer?
- Algum problema? - Cameron pergunta ao ver minha expressão.
- Nada! - digo rapidamente.
- Certeza...?
- Absoluta - ele sabe que não. Mas não pode fazer nada pra me fazer contar.
Digito apenas, que tive um problema com meu pai. Depois eu converso com ele direitinho.
- Chegamos - o ouço e percebo que já estamos estacionados na garagem.
- Obrigada. Tchau - saio correndo do carro e vou para o meu quarto. Isso, até ser interrompida por uma pessoa.
- Onde vai? Temos que conversar! - meu pai aparece no fim das escadas. Ele começa a descer e se senta no sofá. Entendo que é para eu fazer o mesmo.
- Sim? - digo receosa.
- Primeiro, o celular.
- Que?
- Você não vai ficar com ele. Faz parte do seu castigo.
- Mas e os pôsteres... - tento o que vem primeiro à minha mente.
- Qual foi o último? - abaixo a cabeça - além do mais, o que você vai gravar? Não está usando nem as da minha marca - Me rendo e o entrego - já marquei salão pra você amanhã. Só não marco hoje por falta de horário.
- Não.
- Como?
- E-ele está muito frágil. Muita química. Pode até cair - tento de novo.
- Vamos no melhor salão. Já expliquei a sua situação e eles me garantiram que não vai ter esse tipo de problema.
- Mas...
- Sem mas! - ele me interrompe - suba e tire essa roupa imediatamente.
- Mas...
- Faça o que digo. Ou irá se arrepender! - o olho encabulada e subo batendo os pés no mármore da escada.
- Vitória! - ele me chama novamente.
- O que!? - volto mais irritada do que eu já estava, se é que era possível.
- O que é isso!? - ele aproxima mais o celular e eu posso ver claramente o que está querendo me mostrar.
Meu mundo para, me sinto tonta, minhas pernas bambeiam e minha respiração fica desregulada.
Isso não pode está acontecendo.
Nunca aconteceu isso!
Eu nunca beijei Fábio!
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