🎃 2 🎃
Os primeiros trinta minutos da viagem foram um fiasco, Jungkook permaneceu com seus fones de ouvido enquanto eu permaneci olhando para o teto do ônibus totalmente consciente do corpo gostoso dele ao meu lado.
Jungkook estava fantasiado de caçador de vampiros, algo que se encaixa demais com a minha fantasia, como se fosse obra do destino nos fazer ter uma ideia dessas.
Ele estava com os timberlands de sempre, dessa vez pretos, uma calça cheia de bolsos, como se em cada um deles tivesse um instrumento para capturar vampiros maus, um cinturão com um espaço que cabe perfeitamente uma estaca e uma camisa lisa preta de manga curta.
Por dentro da calça, devo dizer.
Jungkook fez algumas tatuagens recentemente, mas o uniforme da escola só permitia que pudéssemos ver as mãos dele, se ele havia fechado o braço ou não de tatuagens ainda era um mistério.
Até agora.
O antebraço de Jungkook está fechado, diversas letras e símbolos que pra ele deve ter algum significado especial. Devo admitir que aquela tinta no braço dele o fez ficar ainda mais másculo. Ô pedaço de mal caminho.
— Está tudo bem com você, Jimin? — Ouvi a voz de Jungkook e levantei a cabeça assustado para encontrar seus olhos.
Eu o estava encarando, encarava seu corpo e as tatuagens no braço que estava apoiado na janela do ônibus. Olhei pra Jungkook com a cara mais lisa do mundo.
— Estou bem.
Jungkook me olhou por mais alguns segundos, dentro dos olhos, como se não acreditasse no meu 'estou bem'. Eu senti uma absurda vontade de desviar o olhar, mas permaneci firme.
Ao menos isso.
Depois de me olhar um bocado, Jungkook baixou a vista e tirou os fones de ouvido, guardando eles em um dos diversos bolsos de sua calça, após isso ele se escorou mais na janela do ônibus, cruzou uma das pernas e se virou pra mim.
Despojado e lindo.
— Vamos conversar, você está parecendo um peixe fora dágua, tenho certeza que você não é assim. Me conte, o que está acontecendo?
"Você, você está acontecendo Jungkook"
— Nada de mais, só tô quietinho. — Me encolhi ao dizer essas palavras.
Jungkook estendeu a mão tatuada até as costas da poltrona da frente, então arranhou o tecido com a unha do indicador, como se estivesse pensando no que dizer.
— Por que você só age assim comigo? — a forma que ele falou isso deu a entender que era algo que já estava preso em sua garganta, e ele só soltou de uma vez.
Confesso que me pegou de surpresa.
— Assim como? — Me virei pra ele.
— Assim! — Jungkook balançou os braços em minha direção. - Quieto, não fala nada... Você brinca e se diverte com todo mundo, mas quando está perto de mim... Parece que a única coisa que você quer fazer é ir embora.
Então era isso que ele pensava de mim? Que eu não gostava de estar perto dele?
— Está incomodado em se sentar comigo? — Ele baixou a cabeça e desviou o olhar. — Acho que eu não devia ter te chamado.
— Não Jungkook... — Eu falei encostando no braço dele, mas antes que eu pudesse continuar o ônibus deu um puta solavanco que me fez quase bater minha testa na poltrona da frente.
— Eita, porra! — Jungkook falou enquanto se segurava na janela e na poltrona, fiquei de pé tal como outros alunos pra saber o que estava acontecendo.
Vozes dos outros começaram a encher o ambiente, coisas como "O ônibus parou" e "será que ele atropelou alguém" eram ditas pelo ônibus. Nós estávamos realmente parados, mas ninguém sabia o motivo.
— Está enxergando alguma coisa, Jimin? — Ouvi a voz de Taehyung me chamando, olhei pra ele e depois voltei a olhar pra frente pra tentar descobrir algo, mas haviam muitos alunos de pé e eu não sou tão alto assim pra enxergar por cima deles.
Fiquei na ponta do pé pra tentar ver melhor, assim que eu me estiquei o máximo possível as luzes do ônibus apagaram.
Veja bem... É noite de Halloween, então qualquer merda que aconteça já é tratada como sobrenatural, e eu não sou dos caras mais corajosos, então meu cu trancou bonito quando as luzes desligaram do nada. Mas o pior não foi isso.
O pior foi eu sentir uma mão demoníaca na minha cintura.
— MEU JESUS CRISTINHO!
Eu pulei com o susto e bati com a minha cabeça no teto baixo do ônibus, então recuei pra trás falando um monte de 'ais' e tropecei na perna de Jungkook, caindo bem em cima dele.
— Puta que pariiiiuuu...
Balancei minhas pernas e braços parecendo uma lagartixa tentando sair o mais rápido possível de cima daquele homem, minha sanidade já estava indo pro inferno só de estar estabanado no colo dele, então Taehyung ligou a lanterna pra saber se eu não tinha morrido.
Assim que a luz focou na minha cara, todo mundo do ônibus olhou pra mim, eu saí voado do colo do JK e me sentei na minha poltrona todo amuado murmurando um "desculpa" esfarrapado.
Taehyung desligou a lanterna e começou a rir, outros seguiram ele.
— O Jimin tá bem, pessoal. Alguém sabe que merda aconteceu?
O momento da minha gafe passou e a atenção de todo mundo voltou pra tentar descobrir o que havia acontecido com o ônibus.
Já eu... Acho que nem todo o pó branco que eu passei na minha cara conseguia esconder minhas bochechas vermelhas.
— Eu só ia pedir pra você se sentar, não queria te assustar Jimin, foi mal. — Jungkook falou, se desculpando.
Ah, então a mão demoníaca na minha cintura era ele.
— Galerinha, estamos com um pequeno problema no ônibus, esperem todos aqui dentro que vamos ligar pra o pessoal da mecânica vir o mais rápido possível.
O professor responsável pela nossa turma falou lá da frente, estava um breu do lado de dentro e do lado de fora do ônibus, não dava pra enxergar absolutamente nada, então só fiquei ali quieto tentando esquecer que estamos no meio do nada em uma noite de Halloween.
— Vamos contar histórias de terror pra passar o tempo? — Um idiota que estava sentado mais na frente gritou pro povo, então a galera começou a fazer sons de aprovação enquanto se arrumavam pra ouvir as histórias.
Um deles acendeu uma lanterna na parte da frente do ônibus e colocou ela debaixo do queixo, iluminando sua cara de uma forma meio macabra, ainda mais com a maquiagem de difunto que ele estava usando.
Parecia que seria o primeiro a contar a história.
Sabe aquele gesto que o padre faz? Em nome do pai, do filho e do espirito santo? Pois eu fiz inúmeras vezes enquanto olhava o cara começar a contar sobre uma mulher que foi assassinada debaixo da ponte de Daegu.
Eu sou medroso sim, me julgue!
A luz de lá da frente mal chegava na gente, mas fez com que Jungkook visse meu desespero, ele segurou meus braços e me fez parar com as preces, me virando para ele.
— Pra que você veio pra festa se tem tanto medo assim do Halloween? — JK perguntou ainda segurando meus braços, dei de ombros tentando não pensar naquelas mãos em mim.
— Porque não era pra ser assustador, era pra ser uma festa com música e gente dançando.
Parece que Jungkook se deu conta de que ainda estava segurando meus braços, porque os soltou rápido e depois se arrumou de novo em sua poltrona. O lugar aonde estavam suas mãos ficou frio, senti falta delas.
— Bom... Festas de Halloween tem que ser obrigatoriamente assustadoras.
JK parou de me olhar e começou a escutar a história de terror que estavam contando. Eu sinceramente nem me atentei a ela, já estava com medo só pelo problema no ônibus, então preferi não prestar atenção, enquanto isso eu fiquei pensando no que Jungkook disse antes disso tudo.
"Está incomodado em sentar comigo? Quando está perto de mim parece que a única coisa que quer fazer é ir embora"
Ele realmente pensa que eu não gosto dele?
Fiquei olhando seus dedos brincando com os bolsos da calça, talvez seja minha culpa ele pensar assim, eu nunca consigo chegar no garoto.
Desculpa vovó.
— Turma, o pessoal do conserto vai demorar um pouco, tem uma lanchonete ali na esquina se vocês quiserem sair, pode deixar que eu chamo todo mundo de volta quando o ônibus estiver pronto.
Como se fosse ensaiado, todos se levantaram ao mesmo tempo pra sair do ônibus, engoli em seco enquanto me preparava pra virar pra Jungkook e falar algo.
Eu precisava que ele soubesse que eu gosto de estar com ele.
— Você, err... Você quer dar uma volta JK? — Perguntei para o garoto, que ainda cutucava os bolsos da calça sem saber o que fazer.
— Eu quero sim. — Ele sorriu pra mim, um sorriso meio frouxo, mas ainda assim um sorriso. — Vamos chamar Tae e Naety.
Virei pra trás junto com Jungkook pra chamar os dois para andar, mas a cena que vimos nos fez desistir na hora.
Parece que não foi um sacrifício pedir pra Taehyung sentar com Janety pra eu ter a chance de sentar com Jungkook, a língua dele dentro da garganta da garota provava isso. É o que eu disse, aonde o cara enxergar um buraco ele já está enfiando o pau, daqui a pouco os dois vão aproveitar o ônibus vazio pra transar, aposto.
Conheço meu amigo.
— Acho que eles não vão querer ir com a gente, Jungkook. — Ele assentiu.
— Vamos só nós dois então. — Eu saí primeiro e Jungkook veio atrás de mim, quando descemos do ônibus eu fiquei com as mãos juntas olhando pro nada, nós só iríamos andar sem rumo? Ou andaríamos só até a lanchonete pra comer? Eu sinceramente não faço ideia.
— Você não vem, Jimin? — Estava tão perdido em pensamentos que não percebi Jungkook na beirada da pista me esperando, assenti com a cabeça e fui pra perto dele, nós estávamos andando na direção contrária da lanchonete.
O que ele tinha em mente?
Nós andamos em silêncio (novidade). O ônibus parou em uma parte escura daquela cidade, a única coisa que podíamos ver era floresta de um lado e de outro e apenas um posto de combustível lá longe onde ficava a lanchonete, que era o único lugar com luz elétrica dali.
Jungkook e eu éramos apenas iluminados pela luz da lua, era o que nos fazia enxergar para onde estávamos indo naquele breu. Mas estarmos indo pra longe da lanchonete era o que ainda me deixava encucado.
— Nós não íamos pra lanchonete, Jungkook? — Perguntei enquanto desviava a cabeça de alguns galhos que invadiram a estrada.
— Você está com fome? — Ele parou de andar e olhou pra mim, preocupado. — Se quiser nós podemos voltar e eu compro algo pra você.
Jeon Jungkook queria me pagar um lanche. Alguém me abana.
Vovó, você está vendo isso? Eu tô no paraíso.
— Eu não estou com fome, é só que... como todo mundo estava indo pra lá eu pensei que... sei lá... iríamos também. — Cocei a cabeça e depois de me olhar por alguns segundos Jungkook voltou a andar, apressei meu passo pra acompanhar ele.
— Não gosto de ficar no meio de muita gente, como não estou com fome eu achei que seria melhor só caminhar um pouco.
— Caminhar tá ótimo. — Eu falei e nós voltamos pro silêncio de novo.
Aos poucos nós fomos nos afastando do ônibus, olhei ao redor com um cagaço básico por causa do medo da noite do Halloween e toda aquela parada de véu fino, vai que a loira do banheiro decida cagar aqui na floresta e dar um susto básico nos que insistem em profanar seu banheiro improvisado.
Eu sei, eu tô piradinho.
O barulho de grilos e dos sapos coachando me fizeram ficar totalmente na defensiva, depois a estrada ficou naquele silêncio sepulcral de filmes de terror, quando seu coração fica a mil porque você sabe que alguma coisa vai vir te dar um susto daqueles. Eu fiquei esperando um demônio sair do meio da floresta, e isso me fez pagar um mico mais feio do que o de dentro do ônibus.
Jungkook se virou pra mim pra falar alguma coisa, mas eu estava tão cagado que puxei uma cruz de madeira que eu tinha no bolso e estendi pra ele.
— MORRE, LOIRA DO BANHEIRO!
Jungkook se assustou um pouco comigo e depois ficou com uma cara irritada.
— Caralho, Jimin! — Ele arrancou a cruz da minha mão e guardou em um dos seus muitos bolsos. — Pra que você tem uma cruz? Você é um vampiro! E esse medo todo, garoto? Se acalma!
— Desculpa. — Me encolhi um pouco afetado, posso ser todo descolado e divertido, mas eu ainda sou um nenê.
Jungkook passou a mão nos cabelos e depois olhou pra mim.
— Foi mal gritar com você, é que... — Ele olhou para os lados e me pareceu muito mais afetado do que eu com tudo o que estava acontecendo. — Porra... Você é muito lerdo, Jimin!
— Desculpa? — Pedi de novo, Jungkook apenas revirou os olhos e continuou andando.
No começo eu estava tentando mostrar pra ele que eu gostava da sua companhia, mas depois dessa eu comecei a acreditar que ele não me quer mais por perto, pelo menos por agora, então toquei em seu ombro pra ele parar.
— Acho melhor nós voltarmos, Jungkook. Você tem seus amigos lá, é muito melhor do que ficar andando comigo nesse silêncio todo. — Eu estava cabisbaixo, mas esse era o melhor a fazer.
Desculpa, vovó. Eu vacilei.
— Acha mesmo que eu quero ficar em outro lugar que não seja com você? — Jungkook me perguntou com os olhos arregalados, eu engoli em seco.
— É o que? — Foi a única coisa que eu consegui dizer.
Taemin do céu, me diga que eu não escutei errado.
— Você é muito lerdo, Park Jimin! — Ele empurrou meu peito parecendo indignado. — Estou tentando me aproximar de você há anos, ANOS! Mas toda vez que eu chego perto você surta. — Cada frase era um empurrão, e eu estava entorpecido demais para revidar ou responder alguma coisa.
Jungkook queria se aproximar de mim?
— Eu sou apaixonado por você desde o maternal, seu bundão! Pensei que em algum momento você flertaria comigo já que flerta com todo mundo, mas eu fui o único cara da escola que você nunca chegou junto, isso faz mal pra auto estima, sabia? — Jungkook me deu um último empurrão e eu tomei coragem suficiente pra segurar suas mãos em meu peito enquanto eu raciocinava o que ele estava dizendo.
— Está apaixonado por mim? — Perguntei como um bebê que descobriu a existência dos doces. Olá cáries!
— Você é surdo? — Jungkook perguntou, mas ele parecia mais calmo, como se um peso enorme tivesse saído de suas costas.
Pensei em todas as vezes que me aproximei de Jungkook pra flertar com ele tal como eu fazia com os outros, aquilo era tão fácil pra mim, o jogo da conquista. Era só chegar e jogar uns papinhos que eu já conseguia a transa para o fim do dia.
Mas nunca foi fácil com Jungkook.
Ele estava certo, todas as vezes que vinha falar comigo eu travava e saia correndo, e quando eu tomava a iniciativa pra falar com ele... Bom...
Você viu no ônibus, eu me preparei todo pra colocar um basta nisso tudo e quem acabou fazendo o serviço foi Jungkook.
Ele me chamou pra sentar ao seu lado, ele ficou puxando assunto, ele colocou a mão na minha cintura pra me fazer sentar (por mais que eu tenha caído sentado naquas coxas gostosas dele), ele se ofereceu pra pagar um lanche pra mim, ele se declarou primeiro.
Finalmente eu descobri que o amor que sinto pelo meu crush é recíproco, mas eu precisava acalmar o coração do garoto e dizer que eu estava gamadinho nele também, mas como meu nome é Park Jimin e eu só faço merda, acabei assustando o cara.
— Sabia que eu bati uma punhetinha pra você hoje?
Vamos descrever o que aconteceu:
Jungkook me empurrou assustado, já que suas duas mãos ainda estavam no meu peito. Aquela série de empurrões de antes já haviam me deixado bem na beirinha da pista, esse último me fez capotar de vez pra dentro da floresta, o que me fez ter noção de uma coisa: O matagal que estávamos vendo da pista não era o começo da floresta, com árvores baixas, nós estávamos vendo a copa das árvores, e eu capotei em um barranco de quase três metros de altura pra dentro daquela floresta densa.
— Meu Deus! Jimin, você 'tá vivo? — Jungkook gritou pra baixo esperando minha resposta.
— Seria muita sacanagem Deus decidir me matar logo quando eu descubro que você 'tá afim de mim. — Tentei brincar com a situação, mas eu estava morrendo de medo.
Puta merda. Muito medo.
— Vou descer pra te buscar. — Enxerguei malmente Jungkook se sentar na beirada do barranco e descer com cuidado pra não chegar ao chão rolando como eu.
Assim que ele pisou no chão eu fui mancando pra perto dele.
— Jungkook? — O chamei sentindo um pouco de dor, acho que torci a merda do pé.
— Jimin? Você se machucou? — Ele veio correndo pra perto de mim e me ajudou a sentar em um tronco de árvore ali perto.
— Acho que torci o pé, e meu braço está ardendo. — JK pegou o celular do bolso da calça e ligou a lanterna, depois apontou para meu braço.
— Foi só um arranhão, estou mais preocupado com seu pé. — Ele segurou meu pé e o virou para o lado direito, eu gemi de dor. — Tenho que te levar lá pra cima e descobrir se apenas torceu ou se quebrou um osso. — Jungkook colocou meu pé com cuidado no chão e depois se sentou ao meu lado.
— Me perdoa por te empurrar do barranco, é que você é imprevisível demais com as palavras e eu não consegui lidar. — Eu ri, estava me sentindo leve pela primeira vez em anos.
— Eu que preciso pedir desculpas, eu devia apenas abrir a boca e falar que também gostava de você, mais aí acabei dedurando a minha punhetinha no banho. — É, Park Jimin! Fala de novo e deixa o menino mais constrangido.
— Você realmente bateu uma punheta pra mim? — Ele perguntou rindo.
— Não é como se tivesse sido a primeira vez. — Respondi dando de ombros, o que mais eu tinha a perder?
— Primeiro eu vou te tirar daqui, depois eu pergunto as fantasias sexuais que você tem comigo durante o banho. — Jungkook se levantou e me puxou com ele, me jogando em seus ombros logo em seguida.
— Hey! Eu não vou te falar nadinha, não! Neca de pitibiribas! 'Tá me ouvindo? — Ele riu.
— Você mesmo se entregou, agora aguente! — Então ele deu um apertão na minha bunda, o safado! — Sempre desejei passar a mão nessa sua bundona, agora eu posso, não é? — Ele riu e tirou a mão da minha bunda.
— Você ta muito safado pro meu gosto, Jeon Jungkook!
— Me fez esperar por mais de dez anos, Jimin! Da um tempo.
Eu estava reclamando daquela ousadia toda, mas no fundo eu estava gostando. Principalmente por ter aquele gostosão me carregando no meio de uma floresta escura, eu devia estar com medo, mas era impossível com Jungkook me distraindo com apertões periódicos na minha bunda.
Não que eu esteja reclamando, sempre quis ele pegando na minha bunda mesmo.
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