O ódio é algo fora da minha zona de conforto. Mesmo sentindo a raiva no meu sangue, esse não é o tipo de sentimento que me consome. Ela tem sua função, ela me distraí. Também é algo que vem fácil, ela é uma forma de escudo para os dias difíceis.
A verdade é que sempre será mais fácil sentir raiva do que admitir o erro. Gritar até os pulmões entrarem em combustão. Espernear e fazer birra. A raiva vem fácil, destrói fácil. Ela pode ser santa, justa, mas nunca complicada, é algo fácil de se alcançar, se apegar.
Eu tenho até canções especiais para esses momentos. Tenho uma música especial para quando estou com raiva dele: "Que ela te troque por outro, e que sua tatuagem fique verde cor de BOSTA". Eu canto e canto e sinto minha raiva. Mas é solitário e triste, no fim percebo que a minha aversão está direcionada para minhas burrices cotidianas e não para o ele indefinido dos meus textos clichês.
O pior nesse cenário é a popularização do ódio, a cultura do indivíduo fundamentalista, imaginando ter razão. Ela tem disparado mais corações do que o amor e isso me deixa triste. Nada devia ter mais poder sobre o coração do que o amor. Ele é mais benéfico, e menos solitário.
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