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59 minutos restantes...

Não havia ar.
Não havia gravidade.
Eu só estava lá, flutuando sozinho assim como no meu último instante antes de tudo piorar.

Destroços flutuam ao meu redor. Apenas um corpo dos que fugiram comigo é visível. Não há movimento. Provavelmente está morto.

Suspiro.

Não era isso que eu achei que ia acontecer.

Então eu fugi da morte em Primux simplesmente para morrer no espaço. Que ótimo.

Era assim que tudo acabava? Tudo pelo que eu passei minha vida inteira, todas as minhas paixões, minhas desilusões, minha carreira na Nasa, tudo isso foi para nada?

Eu achei mesmo que sobreviveria. Eu evitei todos aqueles monstros, todos os humanos desesperados, não cheguei perto da nuvem estranha de poeira e, por fim, peguei a única cápsula de viagens curtas que não foi atingida por aquelas criaturas pequenas bizarras nos cabos. A Space Union estava próxima, tudo parecia colaborar. Eu tinha o queijo e a faca. Não tinha como dar errado.

Ou pelo menos era o que eu achava.

Como tudo pôde terminar assim? Se eu soubesse que isso ia acontecer, teria continuado do lado de fora, arrumando o painel solar quebrado, imerso em uma paz impossível de conseguir na Terra.

Eu nem tirei o traje. O que foi a melhor coisa a se fazer, já que não entrei em contato com a fumaça estranha que transformava todos em criaturas estranhas e perigosas. Ryan não teve a mesma sorte. Na verdade, se os aparelhos estivessem sem aquela misteriosa interferência que os fazia parar de funcionar, talvez eu tivesse o alertado sobre a burrice que era entrar no meio daquela bagunça sem um capacete bem colocado. Quero dizer, nós fizemos o treinamento. Havia a possibilidade de vazamento de algum gás tóxico em um dos cenários de desastre. Nós, os engenheiros (ou, como eu gostava de chamar, os "mecânicos astronautas"), tínhamos um protocolo a seguir, o que incluía não entrar em meio a uma fumaça suspeita sem o traje completo!

Ryan devia estar muito distraído para não se lembrar disso ou mesmo reparar nas luzes vermelhas de alerta e no alarme tocando.

Eu já estava achando estranho o fato de ele não ter respondido nenhuma das piadas que eu fiz durante o trabalho com um "Cala a boca, Francis! Você faz piadas piores que o meu tio.". Na verdade, cheguei a pensar que ele estava em um dos "dias ruins", mas o chiado do microfone me fez perceber que talvez o aparelho estivesse sofrendo interferência. Isso acontecia se ficássemos perto demais de uma antena.

Ryan voltou para dentro da nave e eu observei o trabalho feito. Eu merecia uma pausa também.

Olhei para trás, a Terra quase não estava azul atrás da camada de lixo espacial que flutuava ao seu redor. A Equipe Internacional de Recolhimento de Detritos Espaciais (ou, como eu gostava de chamar, os "lixeiros do espaço sideral") estava chegando perto, eu quase podia ler o letreiro da velha Space Union. Talvez eu finalmente chamasse a engraçada Mary Watson para tomar um sorvete na Área de Alimentação Leste.

Pensei nessa possibilidade durante alguns segundos e logo fui para dentro também. De imediato, percebi que tudo estava muito estranho. Luzes vermelhas brilhavam nas paredes, uma fumaça estranha preenchia o corredor, vultos de jaleco corriam. Chamei Ryan e vi que ele se aproximava da porta, aparentemente não me ouvindo. O fone chiou de novo.

Alguma coisa tinha dado errado.

Ryan apertou o capacete em seus braços e entrou na fumaça. Eu ia atrás dele, mas ele começou a tossir muito e só então colocou seu capacete. Recuei. Isso era terrivelmente idiota. E se fosse um ar venenoso?!

Sempre suspeitei das experiências confidenciais que os cientistas faziam em Primux, especialmente na Ala Noroeste. Só um grupo de quatro engenheiros podia ir pra lá e eles eram muito calados, quase como robôs. Eu nunca excluí essa opção na verdade. Eles eram muito esquisitos. Muito... "Não-humanos". Provavelmente eram mesmo robôs, vai saber.

Talvez algo tivesse acontecido por causa de um dos experimentos da Ala misteriosa. Ou talvez um meteorito só tivesse passado pelo casco de Primux e atingido algum cano de gás. Era provável, já que coisas assim vinham acontecendo desde que finalmente conquistamos a sofrida passagem para além do Cinturão de Asteroides.

O que quer que tenha acontecido de fato, não importa pra mim, pois o que eu vi logo depois me deixou muito assustado.

Ryan se aproximou de uma mulher de jaleco que parecia estar passando muito mal. No instante seguinte, ela começou a virar um monstro horrendo e bizarro que começou a perseguir o rapaz. Ele tentou fugir, mas as garras dela - garras que pareciam feitas de petróleo ou de pedra, líquidas e sólidas, firmes e disformes ao mesmo tempo - alcançaram o homem. A monstruosidade o agarrou e jogou com força contra a grande parede de metal que começava a bloquear a passagem para a Ala Nordeste.

Ryan ficou caído lá enquanto algo como raízes saíam das saídas de ar e o enrolavam como uma cobra gigante. Eu permaneci congelado, em choque, não entendia necas de pitibiribas nessa situação toda, mas sabia de uma coisa: eu não queria ser visto ou pego por aqueles monstros.

Algo líquido e escuro caiu no vidro do meu capacete, se movendo como uma cobra. Eu gritei de susto e pulei para trás, derrubando o que quer que aquilo fosse no chão. O troço pareceu derreter e subiu a parede como uma poça viva. Só então eu vi que as paredes se cobriam por uma enorme mancha escura que se movia no teto ao esticar longos tentáculos e braços deformados. A massa escura gigante caiu no chão como se fosse de gelatina e seu aspecto ficou mais bizarro quando pude notar que rostos humanos distorcidos tentavam sair dela com gritos de agonia.

Meu almoço quase voltou, mas aí ouvi um guincho animalesco.

Me virei para o portão de isolamento. Ela agora tinha um grande amassado em um de seus lados, permitindo que a massa escura passasse por lá e chegasse à Ala Nordeste. Gritos ecoaram daquela direção.

Mas não foi isso que me assustou.

Ryan sumia conforme aquela substância escura o cobria como um manto. Foi bizarro. Ele se movimentava, tentando sair. Andou alguns passos, cambaleante, procurando se desprender, mas caiu a poucos metros de mim. Arfei, hesitante. Eu sabia que eu não poderia salvá-lo, mas ele provavelmente iria virar algo tão perigoso quanto aquela mulher de antes. O capacete quebrado dele foi expelido pela bolha escura que o encobriu, formando algo bem diferente do que o que eu tinha visto antes, mas não mostrava sinal de que seria mais inofensivo.

Aquilo me trazia duas informações importantes.

A primeira era que eu não deveria respirar aquela fumaça estranha e levemente violeta.

A segunda era que eu precisava achar um jeito de sair dali.

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Helo, peoples! Esse é a parte 1 de um breve spin-off de CONTÁGIO.

Se você gostou e quer mais, mete o dedo nessa estrelinha e deixa seu comentário! 😁

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