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Capítulo 25

🏳️‍🌈▫️NARRADORA ▫️🏳️‍🌈

— Fudeu!

Yris falou assim que viu Ludmilla sendo levada para o galpão com uma arma na cabeça.

— Você quem vai falar pra Brunna.

Emilly se pronunciou enquanto olhava pela mira de seu fuzil de precisão.

— Por que eu? Fala você.

— Tá com medo da Gonçalves?

— Óbvio!

— Eu tenho uma probabilidade de uns 75% de chance de acertar Richard daqui, mas se eu errar e acertar Ludmilla ela tem 100% de chances de morrer na hora.

— Então não atire, se Brunna vai ficar pistola que Ludmilla foi pega por Richard, ela vai ficar mais ainda se você matar a namorada dela.

Emilly respirou fundo e se levantou do chão, bateu um pouco a terra que estava em sua roupa e pegou o fuzil do chão.

— O que faremos? – Yris perguntou meia perdida.

Yris acompanhou Emilly e saíram pelas mata em direção a onde o carro estava escondido.

— Já chega de esperar, ligue pra Brunna e mande eles vir, vamos invadir essa joça. 

Brunna acordou atordoada com o toque do celular, assim que sua mão passou na lateral da cama e não sentiu a presença de Ludmilla, ela abriu os olhos rapidamente e atendeu o telefonema, no fundo ela já sabia que Ludmilla tinha aprontado alguma coisa.

— Oi Yris... – Disse ainda com voz de sono, mas era perceptível a preocupação.

— BrunnaLudmillafoisequestrada.

Yris falou com uma voz rápida e trêmula que Brunna não entendeu nada.

— Yris fale devagar.

Emilly sem paciência alguma, tomou o celular da mão de Yris e falou de uma vez sem rodeio.

— Ludmilla foi sequestrada por Richard.

As pernas de Brunna falharam, o sangue sumiu de seu corpo, ela só não caiu no chão, porque estava deitada em sua cama, os olhos encheram de lágrimas.

— Brunna?

Emilly a chamou depois de um longo silêncio. A expressão de ódio tomou conta do seu rosto imediatamente, ela secou as maçãs do rosto em uma velocidade desnecessária, franziu os olhos, as imagens de Richard e Zack tomaram conta da sua visão, como também as trezentas formas diferente que Brunna estava planejando de matar os dois.

— Eu vou matar Richard e Zack, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.

Ela desligou a ligação, se levantou rapidamente, vestiu uma calça militar na cor nude, uma camiseta preta, pegou uma jaqueta de couro e uma bota. Colocou um coldre em cada perna, uma faca presa na bota, e para garantir, colocou mais uma arma dentro da jaqueta. Foi até sua caixinha com munição, pegou um punhado de balas de 38 e enfiou dentro do bolso da calça. Como não queria nada te atrapalhando, pegou uma liga de cabelo e fez um rabo de cavalo, colocou um boné preto e passou um batom vermelho.

A primeira pessoa que ela acordou foi Larissa , explicou por cima o que aconteceu e saiu para acordar os demais. Rômulo levantou da cama em um pulo, o coração batendo a mil, ele poderia ver seu amor em algumas horas se tudo desse certo.

— Larissa eu vou sim! – Patrícia tentava argumentar enquanto andava pelo quarto puxando a perna.

— Você não vai Patrícia Cristina, está decidido.

Larissa fechou a porta do quarto e trancou por fora, deixando Patrícia inconformada para trás.

— Mas que inferno!

Ela ficou na janela do quarto do segundo andar apenas observando todos os carros saindo da casa e ela ficando sozinha para trás. Com raiva da perna deu um soco forte em cima do hematoma, fez uma careta de dor e caiu no chão chorando, ela odiava se sentir vulnerával.

— Só quem pode matar meu irmão é eu!

Patrícia se levantou, pegou a muleta do chão, e pulou a janela, saiu escorregando pelas telhas até chegar no fim. Quando olhou para baixo que viu o chão, engoliu em seco.

— E agora Patrícia Cristina?

Ela jogou a muleta para ver mais ou menos o tamanho da queda, quando ouviu o barulho do alumínio colidir com o chão, percebeu que iria se machucar pra diabo se pulasse.

Então ela teve a brilhante ideia de tirar algumas telhas e se pendurar nos caibros, assim o impacto com o chão ia ser menor.

Patrícia fez alguns movimentos dolorosos por sua perna estar machucada, segurou no caibro e ficou pendura faltando alguns metros do chão. Fechou os olhos e contou até três, caiu de bunda no chão, sentiu uma fisgada dolorosa na perna, alisou um pouco o machucado em forma de uma massagem, mas a dor não passava. Ela balançou a cabeça tentando afastar a dor de seus pensamentos, pegou a muleta e se apoiou para levantar.

— Okay! Cheguei em baixo, e agora? Será que esse velho tinha algum carro por aqui? Nem que seja um trator.

Patrícia saiu rodeando a casa,  puxando a perna apoiada na muleta, até que encontrou um portão e sorriu. Clicou no botão e as portas se abriram, viu um carro coberto por um lençol, foi até ele e retirou, dando de cara com um Fusca.

— Podia ser pior! Será que eu sei dirigir um Fusca?

Ela jogou a muleta no banco de trás, girou a chave e ouviu o barulho exagerado do Fusca.

— Caralho esse motor deve ser mais velho que eu.

Passou a macha do carro com uma dificuldade exagerada, já que as machas eram duras e complicadas.

— Vamos lá fusquinha!

Enquanto Patrícia tentava se entender com o novo amigo, Ludmilla e Kevin estavam sendo transportados no caminhão, Emilly e Yris estavam na cola deles, mas sem demostraram que o estava seguindo. Elas achavam que iriam invadir o galpão, mas foram surpreendidas e iriam ter que resolver isso na velocidade, e o pior, que dessa vez não iriam poder contar com as habilidades de Patrícia no volante.

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