Capitulo 12
🔸🔶BRUNNA GONÇALVES 🔶🔸
Jason me mandou subir em uma maca e iria me cobrir com um lençol, Ludmilla estava vestida de enfermeira, e eu queria não ter me imaginado tirando essa roupa dela, Ludmilla tava toda de branco, com um jaleco e um estetoscópio no pescoço, para finalizar ela colocou uma máscara e uma touca. Olhei para um relógio na parede, já era quase meia noite.
— Pronta Brunna? – Perguntou Jason.
— Vamos nessa! – Eu me deitei e ele puxou o lençol me cobrindo.
Depois eu comecei a apenas ouvir tudo, ele saiu empurrando a maca e Ludmilla segurando um soro, no corredor era ouvido barulho de pessoas correndo, ainda devem estar procurando eu e Ludmilla.
— Doutor Jason? O que aconteceu? – Ouvi a voz de um homem e gelei.
— Uma das presas se machucou gravemente senhor, ela tem que ser transferida imediatamente para um hospital, já falei com o delegado Bernard, com licença. – Jason falou e voltou a empurrar a maca, mas dessa vez mais rápido.
Jason continuava empurrando a maca, até que ouvi uma voz no alto falante.
— PEGUEM O DOUTOR MORRIS!
— Merda, corre Brunna! – Jason falou e tirou o lençol de cima de mim.
Uns policiais que estavam perto já perceberam tudo e vinha em nossa direção, assim que pulei da maca, Ludmilla a pegou e empurrou em direção aos homens, ela tirou a toca e a máscara e jogou no chão, eu tirei meu revólver do coldre e sai correndo, Ludmilla puxou uma arma que estava no cós da calça e atirou em direção aos policiais.
— CONTINUEM CORRENDO! – Eu gritei e dei um tiro na perna de um policial que apareceu na nossa frente.
— É A DELEGADA BRUNNA, PEGUEM ESSA MULHER! – A voz masculina apareceu novamente no alto falante. Eu mirei minha arma pra câmera de segurança e dei um tiro nela.
— Venham por aqui! – Peguei um outro corredor que iria dar direto pra garagem, percebi que ninguém estava nos seguindo.
Chegamos na escada da garagem, quando pisamos no último degrau eu ouvi uma voz masculina.
— Brunna Gonçalves, fique parada aí mesmo, você está presa! – Uma voz falou do alto da escada, eu tava com meu celular na mão, fiz a ligação para Emilly sem me mover.
— Posso? – Emilly falou ao atender.
— Agora! – Respondi, e me virei dando um tiro em quem estava no topo das escadas, apenas para o assustar, eu não queria matar ninguém.
Ludmilla saiu correndo e entrou em um dos carros, logo eu e jason saímos correndo atrás dela e entramos também.
— Patrícia aqui seria muito útil, ela é melhor que eu no volante. – Ludmilla falou e girou a chave do carro. — Esse carro é perfeito. – Ludmilla falou abobada.
— Esse carro é do delegado, ele não vai gostar nada que você escolheu logo o carro dele. – Falei e Ludmilla engoliu em seco.
— Porra Brunna, por que você não falou antes? – Ludmilla falou olhando pra mim, no momento que ouvi um tiro acertar o vidro traseiro do carro.
— Acho melhor a gente sair daqui. – Jason falou e Ludmilla cantou pneu.
— Eu espero que Emilly tenha conseguido. – No portão estava alguns polícias, Ludmilla pisou no acelerador e eu comecei a rezar mesmo sem saber, já que eu não acreditava em religião alguma, mas nesse momento minha religião era Emilly, então eu comecei a rezar pra ela.
Quando olhei pra frente eu vi o barulho de algo explodindo e o cadeado caindo no chão, o policial olhou para o cadeado e olhou para o carro que ia em direção ao portão desgovernado.
— EMILLY FILHA DE UMA BOA MÃE, EU TE AMO DESGRAÇADA! – Ludmilla gritou e o carro se chocou com o portão, que acabou atingindo o vidro da frente e o trincando, mas a gente tinha conseguido sair, Ludmilla continuou dirigindo, mesmo não estando vendo quase nada por causa do vidro quebrado.
— Vocês são realmente loucas. – Jason falou do banco de trás, quando eu o olhei tive medo dele desmaiar, Jason tava tremendo de medo. Eu peguei meu revólver e dei três tiro no vidro da frente, foi o bastante pra ele terminar de se despedaçar, e Jason desmaiar no banco de trás.
— Eu sempre quis saber como é a sensação de andar em carro da polícia. – Ludmilla falou animada e ligou a sirene do carro. — WIIIILLL WIL WIL WIL WIL PRIPRIRPRIRPRIRP. – Ludmilla gritava tentando imitar o barulho e eu acabei rindo.
— Você é uma idiota. – Eu falei e ela acabou rindo também.
Desliguei as sirenes e liguei o rádio para saber o que os policiais falavam.
— Elas tão na avenida pasadena. – Alguém falou no rádio e Ludmilla olhou desesperada pra mim.
— Como eles sabem?
— O carro com rastreador, precisamos se livrar dele. – Falei e Ludmilla entrou em um beco escuro.
— Onde estamos? – Jason falou do banco de trás, parece que enfim a bela adormecida acordou.
— Fugindo da polícia, como sempre, nenhuma novidade pra mim. – Ludmilla o respondeu e ele permaneceu calado.
— O que vamos fazer? – Falei sem ter nenhuma solução.
— Vamos deixar o carro aqui e se esconder em baixo da ponte enquanto Patrícia vem nos buscar. – Ludmilla falou com precisão e eu concordei, ela parou e eu desci já ia correndo em direção a ponte quando ela segurou em minha mão.
— Que foi?
— Larga de ser boba, eles estavam nos ouvindo, vem comigo. – Ludmilla me puxou pela mão e eu pareço ter acordado, realmente os carros da polícia tem escutas, eles estavam nos ouvindo, ela deve ter lembrado pois sabia que eu a ouvia quando elas estavam trabalhando com a polícia.
— Vocês tem alguma ideia pra onde vamos? – Jason falou atrás, ouvi as sirenes da polícia se aproximando.
— Eu nunca vou entender o porquê da polícia ligar as sirenes quando estão atrás de algum bandido, eles não percebem que isso é um aviso aos bandidos? – Ludmilla falou e eu fiz uma careta.
— Boa pergunta. – Nós corremos em um beco e demos de cara com um caminhão de galinha, o cheiro daquilo era horrível.
— Acho que encontramos nossa passagem pra casa. – Ludmilla falou sorrindo.
— Ludmilla nós não vamos roubar um caminhão fedido de galinha não é?
— Sim, nós vamos. – Ela deu um tiro no vidro do caminhão no lado de passageiro, eu temi o alarme do caminhão, mas parece que não tinha, Ludmilla apenas subiu na escada, e abriu a porta por dentro. — Vamos entrem rápido. – Ludmilla foi para o lado do motorista, eu e Jason entramos atrás.
As sirenes da polícia ficaram mais perto, nós se abaixamos esperando eles passar, passou ao menos uns 15 carros da polícia, enquanto estávamos abaixados, Ludmilla tava tentando arrancar a cobertura de plástico em baixo da direção para tentar uma ligação direta.
— Brunna clareia aqui com a lanterna do seu celular. – Ludmilla falou e eu fiz o que ela mandou.
Ludmilla pegou um canivete que tinha no sapato e descascou uns fios, ligando outros, eu não entendia nada do que ela tava fazendo, mas logo o caminhão funcionou.
— Como você sabe fazer isso? – Falei um pouco abismada.
— Eu sou amiga de Patrícia Cristina, ela me ensinou quando estávamos presas, não tínhamos muito o que conversar, mas eu nunca tinha tentado, fico feliz que deu certo. – Ludmilla falou e eu fiquei mais abismada ainda, a prisão é uma escola pra bandidos pelo jeito. — Ligue pra ela ir nos buscar em frente a seu antigo apartamento.
Ludmilla falou e saiu pelas ruas com o caminhão, deixando os policiais para trás, passamos por alguns carros da polícia mas nada anormal no caminho até o meu antigo prédio, quando chegamos, já avistei o carro de Patrícia, Ludmilla encostou o caminhão e desconectou os fios para o desligar.
— Jason sua carteira tá com você? – Ludmilla perguntou.
— Sim, porque?
— Me empresta 100 dólares. – Ludmilla pediu e Jason abriu a carteira entregando a nota a ela.
— Por que você quer 100 dólares? – Eu perguntei, Ludmilla não respondeu abriu o porta luvas do caminhão, tinha um caderno lá dentro, ela pegou abriu, e escreveu um bilhete "Tive que pegar seu caminhão emprestado amigo, desculpa pelo vidro, deixo 100 dólares para você arrumar". Ela deixou a nota de 100 junto do bilhete no porta luvas e desceu. Entramos no carro de Patrícia e enfim eu respirei aliviada. Que noite!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro