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Capítulo 19

⚡▫️LUDMILLA ▫️⚡

Assim que cheguei na garagem já avistei o carro de Patrícia com quem diabos Patrícia marcou para eu me encontrar meu Deus? Assim que desci ela saiu da garagem e se sentou no capô do carro dela.

— Cheguei mais cedo do que você esperava.

— Marquei para você se encontrar com um cara.

— Sério que vai me fazer ir se encontrar com macho? Porque não coloca a Emilly ou a Yris? – Falei e me encostei no meu carro.

— Lembra do rapaz do assalto? Ele é meu irmão, Kevin keller. – Ela falou e eu arregalei meus olhos, puta merda.

— Caralho Patrícia, seu irmão tá metido com a FagBure?

— Ele estava devendo dinheiro aos caras, ou entrava ou era morto, mas ele vai ser nosso rastro para chegar na FagBure.

— Você tem noção que seu irmão pode ser morto se descobrirem que logo a irmã do cara tá envolvida nesse caso com a polícia?

— Sim, só vou usufruir dele no início, depois pretendo tirar Kevin das mãos desses otários.

— O que você quer que eu faça?

— Você só precisa esconder isso no carro de Kevin, vai ser fácil, eu vou te deixar e ele vem te deixar em casa, depois de algumas taças de vinho ele já fica alterado. – Patrícia falou e jogou uma espécie de chip na minha direção.

— Pode me passar o endereço?

— Claro. – Ela pegou o celular e enviou um endereço pelo WhatsApp.

— Brunna vai comigo.

— Porque ela vai com você?

— Falei para ela que ia a um encontro e ela ficou puta.

— Estão tão avançadas assim? Mas vai ser bom ela ir com você, a polícia tem que saber que estamos dando algum passo para isso, quero minha grana.

— Não faço ideia do que temos.

— Beija o Kevin, vai ser interessante, a Gonçalves vai tomar alguma atitude sobre o que vocês têm. – Patrícia falou e eu cruzei meus braços pensando a respeito, bem na hora que Renato apareceu.

— Mandou me chamar Cristina? – Renato falou parando do meu lado.

— Ludmilla me falou que você manda bem em tecnologia, consegue achar os rastreadores desses carros e as câmeras? – Patrícia falou e Renato sorriu.

— Falou com a pessoa certa. – O garoto falou e já foi entrando no carro.

— Vai tirar de todos? – Disse para Patrícia.

— Quer ficar com o seu? Ela estava te vigiando não estava?

— Estava, pode tirar. – Falei e soltei uma respiração pesada.

— Vá se arrumar, use um vestido. – Patrícia falou e eu revirei os olhos para ela. Fui até o quarto de Evellyn e bati na porta.

— Entre. – Ouvi ela gritar e abri a porta.

— Eve pode me emprestar um de seus vestidos? – Falei a contragosto.

— Porque quer um vestido?

— Vou a um encontro.

— Com a delegada? Ludmilla você tem certeza de onde você tá se metendo?

— Não é com ela, é com um cara. – Falei e a expressão de Evellyn foi de preocupação para deboche.

— Você sair com um cara? – Evellyn falou e começou a rir.

— É sério Evellyn!

— Okay, vamos ver o que temos aqui. – Ela falou e começou a mexer no armário de roupas, logo me entregou um vestido de seda, meu Deus, que no final da noite seja ao menos a Gonçalves a tirar isso do meu corpo.

Fui para meu quarto, tomei banho, sequei meu cabelo, e vesti o maldito vestido, Evellyn apareceu no quarto e falou que ia fazer uma maquiagem clarinha, ela realmente acha que vou a um encontro, mas até que o resultado ficou bom.

— Deveria usar vestido mais vezes Oliveira, você ficou ainda mais gostosa. – Ela falou enquanto avaliava meu corpo. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Brunna informando o endereço que eu ia me encontrar com Kevin.

Guardei o celular na bolsa e calcei um salto baixinho, assim que cheguei fora ouvi Patrícia assoviar.

— Se kevin não quiser eu quero. – Ela falou avaliando meu corpo.

— Não precisa ir me levar, Brunna está vindo. – Falei sem dar cabimento para a fala dela.

— Eita que a delegada ficou mesmo com ciúmes, parece que se Kevin quiser ele vai levar é porrada. – Patrícia falou e começou a rir.

— Vai se foder Cristina . – Falei e vi o farol de um carro se aproximando, logo o vidro baixou e Brunna desceu do carro, ela andou até mim sorrindo e segurou minha mão.

— Vamos? – Ela falou e eu sorri vendo a roupa que ela usava, caralho eu quero ir um encontro é com essa mulher.

— Ei Gonçalves, o encontro dela é com Kevin e não com você. – Patrícia falou e ganhou a atenção de Brunna, que franziu a testa quando olhou para o que ela e Renato fazia.

— O que vocês tão fazendo? – Brunna falou e Patrícia se desesperou.

— Nada Gonçalves, vão embora, só estamos regulando algumas coisas. – Patrícia falou e Brunna resolveu não dar muita importância a ela.

Brunna segurou na minha mão e abriu a porta para que eu entrasse, eu tô me sentindo a própria passiva, mas eu amei ela toda atenciosa e entrei no carro, e que carro, essa mulher exala poder. Ela entrou no carro e o perfume dela tomou conta do lugar, assim que ela ligou o carro e saiu, eu passei minha mão alisando a perna desnuda dela.

— Ludmilla não faça isso, eu vou parar esse carro e você vai perder seu maldito encontro.

— Sinto saudades do seu corpo.

— Eu não tô me aguentando te vendo com esse vestido Ludmilla, porra. – Ela falou e se remexeu no banco de motorista.

— Eu quero você Gonçalves.

— Seja rápida nesse encontro, aliás me informe sobre ele, o que você vai fazer?

— Só preciso colocar um rastreador no carro dele.

— E precisa você sair com ele para isso? É só encaixar em baixo do carro.

— Patrícia falou para eu colocar dentro do carro.

— Deixa eu ver o que ela te deu. – Ela falou e eu tirei o pequeno rastreador entregando a ela.

— Como Patrícia conseguiu comprar isso? Esses aparelhos são caríssimos, foi com o dinheiro da carga que vocês roubaram?

— Não faço ideia.

— Não é difícil de esconder, se não encontrar nenhum lugar melhor, coloque em baixo do banco. – Ela falou me entregando o rastreador novamente e eu apenas concordei guardando ele na bolsa.

Assim que chegamos no lugar marcado, Brunna parou o carro e encostou a cabeça no volante.

— Não quero te deixar ir. – Ela falou batendo a cabeça no volante várias vezes. — Fique com essa escuta, eu quero ouvir o que vocês vão conversar. – Ela falou pegando um pequeno aparelho e colocou no meu ouvido cobrindo com o cabelo.

— Da para te ouvir?

— Sim. Vá antes que eu arranque com esse carro pra minha casa.

— Posso te ver quando isso acabar?

— Vou seguir o carro, quando ele sair entre no meu. Tenha cuidado. – Ela falou e me deu um selinho rápido, abri a porta e respirei fundo adentrando o local.

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