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𓆩וC A P Í T U L O 03•×𓆪

Oi!
Então neste capítulo falara como aconteceu o desgaste da relação entre o Daemon e Vicerys, a relação do rei e a rainha, também rhaenyra criança.

Queria esclarecer que estou demorado para atualizar porque não tô conseguindo escrever sobre capítulo da visita de Nyra com Alicent ao orfanato.
Um pequeno bloqueio no capítulo sendo que escrevia um capítulo para vir antes que no caso esse é outro para vim depois.
Ironia ou loucura?

Aviso de gatilho: Se você sentem desconforto com menções à sexo com animais e pessoas, pule a conversa do Daemon com Vicerys. Daemon faz uma menção de como os homens do Vale aprende a como fazer sexo, mais foi só menções sem descrição.

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O rei Vicerys I estava sentando no trono de ferro, mais era rei somente em nome. O verdadeiro rei era um homem que se vestia de verde e sussurava nos ouvindos do rei fantoche, o homem que deveria ser mais forte dos sete reinos era manipulado facilmente nas mãos do lorde mão, a cada sussurro mais o rei fechava os olhos para sua família e reino.
Sua rainha estava definhando a cada parto mal sucedido, sua filha e única herdeira estava cada vez mais próxima a o tio que tentava proteger do que acontecia ao seu redor, querendo proteger a inocência da jovem Rhaenyra.

O rei estava obcecado em ter um filho homem, devido aos Lordes sussurra que uma mulher não pode se senta no trono de ferro, assim como falavam da princesa Rhaenys, a rainha que nunca foi.
Um dia Príncipe desonesto, Daemon falou ao rei que deveria parar de força a sua esposa a ter filhos.
O rei ficou furioso depois que sua mão sussurrou em seus ouvidos que príncipe queria o trono para sí.
O coração do rei estava cada vez mais envenenado em relação ao seu irmão que ajudou a subir ao trono.

Trecho do livro " Reis Dragões e Senhores do mar" pág: 290 escrito por Baela Targaryen, "Donzela do Mar"


"Sussurros"

100° Depois da Conquista

- Já se passaram tantos anos desde que me tornei rei, mas a sensação de ser coroado ainda está presa em mim, como se tivesse ocorrido ontem. Achei que me tornar rei iria me fazer um homem digno, igual aquelas histórias fantasiosas que minha tia Gael gostava de ler para mim e meu irmão.- desabafou Viserys I, observando o horizonte da Fortaleza Vermelha. Sua voz carregava o peso da nostalgia, algo que ele raramente partilhava, exceto com Otto Hightower, seu fiel Mão. - Mas a realidade era mais bruta e cruel.

Otto estava sentado próximo, atento e em silêncio, esperando que o rei prosseguisse. Ele sabia que o reinado de Viserys não tinha sido fácil. A morte prematura de seu pai, o antigo herdeiro legítimo, ainda era uma ferida aberta, assim como a princesa Gael que rejeitou o sobrinho quando velho rei tentou casar ela com Vicerys.

- Meu casamento foi arranjado três vezes, Otto. - Viserys continuou, olhando para o vazio. - Meus avós fizeram isso, e, por mais estranho que parecesse no início, afinal eu estava apaixonado por Gael na época, Aemma era jovem demais mais no fim deu certo. Eu aprendi a amar minha esposa, e juntos construímos uma família sólida. - Ele suspirou. - E, no entanto, meu irmão... Daemon... não pode fazer o mesmo. Por que ele não pode seguir o mesmo caminho? Por que se recusa a consumar seu casamento?

Otto, vendo a oportunidade de plantar suas sementes de discórdia, ajustou-se em sua cadeira e respondeu cuidadosamente.

- Daemon, Vossa Graça, é... diferente. - Otto escolheu suas palavras com cautela, sua voz serena, mas suas intenções bem calculadas. - O que impede seu irmão de consumar o casamento não é mera incapacidade, mas uma escolha. Ele não quer se prender a Lady Rhea... ou ao Runastome. Daemon sempre olhou para além, sempre quis mais. E um casamento consumado, um vínculo selado, é uma forma de prisão para ele.

Viserys franziu o cenho. Ele nunca entendia por que Daemon se recusava a fazer aquilo que a tradição exigia. Para ele, o casamento deveria ser um ato de dever e respeito, mesmo que não houvesse amor no início.

- Preso? - repetiu o rei, intrigado. - Ele deveria ser feliz por ter recebido uma esposa de uma casa respeitável. Assim como eu, ele tem a chance de construir algo.

Otto deu um leve sorriso, sabendo que estava conduzindo a conversa na direção desejada.

- Mas Daemon nunca quis apenas uma casa respeitável ou uma esposa de prestígio. Ele quer o que Vossa Graça tem: o trono. Ao não consumar o casamento com Lady Rhea, ele mantém suas opções abertas, seus laços fracos. Se algo acontecer, ele não estará preso ao Vale, nem à responsabilidade de um herdeiro. Não é o coração de Rhea Royce que o impede, meu rei... é a própria ambição de Daemon.

Viserys se endireitou, o desconforto em sua expressão ficando mais evidente. Ele sempre teve um ódio escondido no fundo de seu coração em relação ao irmão mais novo. Ele desejava escondido de todos que Daemon morresse nas competições de espada ou alguma briga que irmão arrumava. O rei esperava ansioso a notícia da morte do irmão mais novo, ele deveria ter morrido no dia do seu nascimento no lugar da mãe deles. Mais a medida que Daemon era impulsivo, mais o rei desejava o fim do irmão, mas nunca tinha considerado a possibilidade de marta-lo com as próprias mãos pois lembrava do último pedido do pai de cuidar do irmão. Vicerys se via entre seu desejo e a a promessa.

Mais o rei também tinha sonhos como seu irmão se casado com sua filha e levado o reino ao caos, aquilo era um aviso para ele dos deuses, Vicerys iria proteger Rhaenyra desse fim máximo que pudesse e também estaria evitando que o casamento do irmão se desfaça, ele conseguia ver irmão deliberadamente evitando a esposa, fazendo ela sofrer tudo em troca de manter sua reivindicação ao trono intacta.

- Ele sempre foi assim, desde a infância - continuou o rei, a voz agora mais baixa, como se falasse consigo mesmo. - Fugia de suas responsabilidades, quebrava regras... Mas achei que, com o tempo, ele amadureceria.

- Infelizmente, não creio que isso acontecerá - disse Otto, baixando o tom da voz para que parecesse mais compassivo. - Seu irmão não aceita a ordem natural das coisas. Ele não quer ser apenas mais um lorde. Ele deseja ser livre para agir como bem entende... e para reivindicar o que acha que merece.

Viserys sentiu o peso das palavras de Otto. Por mais que amasse seu irmão, ele não podia ignorar o comportamento rebelde de Daemon - mesmo que fosse seu herdeiro até que Aemma tenha um filho homem.- e a crescente preocupação com os atos do mesmo que lhe trazia.

Daemon cortava cabeças de servos que fofocava bobagens... Imagina se ele tivesse o trono? Seria um mar de sangue...

- Meu casamento foi arranjado pelos meus avós, e apesar de tudo, eu fiz o que era certo. Criei uma família e segui o caminho que eles traçaram para mim - disse o rei, balançando a cabeça com uma mistura de frustração e ressentimento. - Por que ele não pode fazer o mesmo?

Otto inclinou-se ligeiramente, a expressão no rosto controlada.

- Porque, Vossa Graça, ele não quer ser controlado. O casamento com Lady Rhea, para Daemon, representa uma responsabilidade, um dever que ele não quer carregar. Ele ainda vê a si mesmo como um homem livre. E mais do que isso... ele ainda vê o trono como algo ao alcance. Afinal vossa Majestade ainda não tem um filho homem para assumir o trono de ferro. Isso dá a ele esperança de enquanto não estiver preso ao Vale e o um herdeiro do rei não nascer, Daemon pode continuar a sonhar com Westeros como seu.

Viserys cerrou os punhos, a raiva começando a surgir outra vez, alimentando seu ressentimento em relação ao irmão, tudo isso sendo misturada com a decepção. Ele sempre acreditou que Daemon, com o tempo, encontraria o caminho certo, mas agora parecia que seu irmão estava determinado a desafiar tudo o que ele, como rei, representava.

- Então você acredita que ele não consumou o casamento porque não quer perder sua reivindicação ao trono? - O rei perguntou, sua voz cheia de incredulidade.- Mais Aemma terá um filho homem... - mais última parte da conversa fez próprio rei dúvida um pouco disso, afinal sua esposa não conseguia segura uma gravidez direito desdo nascimento da sua única filha.

- Acredito que seja mais do que isso - disse Otto calmamente, sabendo que suas palavras estavam surtindo o efeito desejado. - Daemon é um homem perigoso, Vossa Graça. Ele não quer apenas poder... ele quer liberdade total para agir como deseja. E isso, meu rei, pode colocar todo o reino em risco.

Viserys, visivelmente afetado pelas palavras do Mão, voltou a encarar o horizonte. A sombra da dúvida pairava sobre ele. Poderia Daemon, seu próprio irmão, estar tão obcecado pelo poder a ponto de não respeitar os laços sagrados do matrimônio?

- Precisamos de paz, Otto - murmurou o rei, a voz mais fraca agora, como se estivesse falando consigo mesmo. - A última coisa que preciso é de um Maegor.

Otto Hightower assentiu silenciosamente, satisfeito por ter plantado a semente da dúvida. O caminho para enfraquecer Daemon aos olhos do rei estava em curso.

Nesta conversa tem a menções dos tabus. Não contém descrição somente menções.

Vicerys I se encontrava no salão de audiências privadas, examinando a mais recente carta enviada pela Casa Royce. O tom da carta era formal, mas carregado de frustração. Era a terceira vez que a família de Rhea Royce solicitava que Daemon consumasse o casamento, algo que, até então, ele se recusava a fazer.

Ele temia que logo começa-se a receber cartas da própria cunhada pedido ajudar para que o casamento seja consumado. Vicerys achava que ela não fez até agora por vergonha e orgulho ferido pelas atitudes do marido.

O rei suspirou, passando a mão pela testa. Ele sabia que essa situação só aumentava as tensões entre Daemon e os Royces, uma casa poderosa no Vale, e que sua própria posição como mediador estava se tornando insustentável. Antes que pudesse refletir mais, a porta se abriu e Daemon entrou na sala.

- Meu irmão - começou Daemon, com o semblante carregado. - Vim falar sobre Aemma. Ela está cada vez mais debilitada desde o último aborto, encontrei ela tão abatida e fraca no berçário, já se passou um mês e ela não se recupera.

Viserys ergueu o olhar da carta e fixou-se no irmão. Embora houvesse certa preocupação em seus olhos, o rei não podia ignorar o peso da situação com o casamento de Daemon e a conversa com Otto sei bom amigo.

- Eu sei que Aemma está frágil - respondeu Viserys, com voz tensa. - Ela precisa de descanso, e estou fazendo o possível para apoiá-la. Mas há outras questões urgentes também. - Ele ergueu a carta da família Royce. - Recebi outra carta. Eles exigem que você consuma o casamento.

Daemon revirou os olhos, claramente irritado.

- De novo essa história? - murmurou, cruzando os braços. - Já te disse, irmão. Não há qualquer chance de eu consumar esse casamento amaldiçoado. Rhea e eu... somos como óleo e água. Ela me odeia, e eu sinto o mesmo por ela. Eu não me prenderei a essa vida no Vale, nem a essa mulher.

- Daemon - disse Viserys, sua voz agora firme -, meu casamento também foi arranjado. Nossos avós decidiram isso, e eu segui o caminho que me foi dado. Não amava Aemma no início, mas construímos algo sólido com o tempo. Por que você não pode fazer o mesmo?

Daemon sorriu de maneira desdenhosa, mas havia uma amargura em seu tom.

- Porque sua situação foi diferente, irmão. Aemma é uma mulher com sangue valiriano, uma mulher que entende você, que compartilha seus sonhos e valores. Rhea... - Ele balançou a cabeça com desprezo. - Ela me chama de "boceta" sempre que estamos no mesmo cômodo. Não há entendimento, não há respeito, só ódio.

Viserys franziu o cenho, começando a se exasperar.

- Não se trata apenas de sentimentos, Daemon. É sobre dever. Você tem responsabilidades. O casamento é mais do que uma união pessoal. Ele fortalece laços entre casas. E agora os Royces estão pressionando. Se você não consumar esse casamento, a tensão entre nossas casas vai aumentar, e isso pode trazer consequências. - O rei duvidava das palavras do irmão, ele acreditava que o casamento de Daemon não dava certo por culpa e exclusiva do irmão.

Daemon, com o fogo de sua raiva ainda queimando, deu um passo à frente.

- O que você quer que eu faça, Viserys? - perguntou, a voz mais baixa e cheia de frustração. - Que eu force ela a cumprir algo que nunca deveria ter acontecido? Você acha que Rhea e eu teremos um casamento harmonioso como o seu? Não vou tomá-la a força como animal. Apesar de que os homens do vale aprende a fazer sexo com ovelhas.

O rei sentiu levemente enojado com monções do irmão, dois tabus que traria maldições, ele sabia que os deuses repudiava estupro tanto é que os filhos de Maegor não viveram muito, maioria nasceu deformada, os deuses da casa valeriana odiava também sexo com animais tanto é que havia histórias contadas pelo seu pai sobre homens Valeryanos que morreram de forma vergonhosa ou trágica por prática esse ato imundo.

- Não estou pedindo harmonia, Daemon, muito menos que faça algo extremo.- retrucou o rei afastado os pensamentos do último cometário do irmão, Vicerys tentou voltar olhar o irmão com um olhar sério. - Estou pedindo que você faça o que é esperado. Somos filhos da tradição da antiga Valiria. Eu te dei chances de resolver isso de maneira pacífica, mas você se recusa a fazer o mínimo.

Daemon soltou um riso sombrio.

- Não é só sobre o casamento, é? Você está agindo como eu estivesse feito algo terrível.- disse, a voz cheia de sarcasmo. - É porque Otto está sussurrando no seu ouvido, te dizendo que eu sou um perigo para o trono. Ele quer me ver fora daqui, e você está jogando o jogo dele.

Viserys balançou a cabeça.

- Não torne isso mais complicado do que já é, Daemon. Estou te pedindo que cumpra com o seu dever, como eu fiz. Mais você está distorcendo tudo e culpado Otto por suas falhas. - rei suspirou casando da conversa que serviu para cutucar seu medo sombrio.- Consuma o casamento e traga estabilidade ao reino. Então estou exilado para casa de sua esposa, cumpra seu dever como nosso avós desejava antes de morrer.

Daemon o encarou por um longo momento, o fogo em seus olhos quase incontrolável, mas por fim, ele apenas se virou para sair. Enquanto caminhava pelos corredores, seu corpo queimava de raiva e indignação. Ele se sentia injustiçado. O irmão o havia exilado por não consumar o casamento, preferindo ouvir o venenoso Otto Hightower ao invés de confiar em seu próprio sangue.

Daemon odiava a esposa tanto quanto ela o odiava. "Vaca de bronze", como ele a chamava, o insultava a cada oportunidade, e o apelido "boceta" era só um dos tantos com que ela o atormentava. Ele não via vantagem alguma em manter esse casamento maldito, muito menos em consumá-lo.

Chegando em seus aposentos, Daemon começou a empacotar alguns pertences para a viagem ao Vale. Enquanto se preparava, ouviu a porta se abrir atrás de si. Era Rhaenyra, sua pequena sobrinha, no auge de seus sete dias de nome. Seus cabelos loiros desciam até os ombros, e ela trazia consigo uma inocência que aquecia o coração de Daemon.

- Tio, aonde vai? Vai voar? Posso ir junto? - perguntou ela, com olhos curiosos.

Daemon sorriu tristemente. Rhaenyra era a única coisa naquela fortaleza que fazia com que ele sentisse alguma alegria. Ele a amava profundamente, e a mimava sempre que podia. Levou-a para seu primeiro voo de dragão e lhe ensinava Alto Valiriano. Ela era seu pequeno dragão.

- Seu pai me mandou embora, pequena. Tenho que ir para o Vale, cuidar da vaca de bronze. Mas você, Rhaenyra, cuide da sua mãe. Ela precisa de você.

A menina se agarrou à perna de Daemon, começando a chorar.

- Não! Você não pode ir embora! Quem vai cuidar de mim? - Ela soluçava, lágrimas grossas descendo por seu rosto.

O coração de Daemon apertou. Ele a pegou no colo, acariciando seus cabelos.

- Meu pequeno dragão, seu pai é o rei, e um rei idiota, mas ainda assim o rei. Eu tenho que obedecer. Mas não se preocupe, voltarei em breve. E quando voltar, voaremos juntos de novo.

- Promete? - perguntou ela, entre lágrimas.

- Prometo, pequeno dragão - respondeu Daemon, com a voz suave.

Ele a colocou de volta no chão, guiando-a até o berçário, cheio de brinquedos e lembranças que ele mesmo trouxera para ela ao longo dos anos. Rhaenyra era a única pessoa na Fortaleza Vermelha que genuinamente desejava que ele ficasse.

Daemon montou em Caraxes, seu imponente dragão vermelho, sentindo a familiar sensação de poder pulsar sob si enquanto a criatura se erguia do chão com batidas de asas que ecoavam pelo céu. Os laços entre homem e dragão eram profundos e antigos, uma conexão quase telepática que os unia em perfeita harmonia. O vento do mar varria seu rosto, e ele sabia que a jornada para o Vale seria longa, mas ao menos no ar, em seu dragão, ele podia esquecer momentaneamente a injustiça que havia sofrido.

Ele cruzava o céu sobre o Mar Estreito quando algo peculiar chamou sua atenção. Um movimento no horizonte, uma sombra dourada que cintilava sob o sol. Ele franziu o cenho, desacelerando o voo de Caraxes para olhar mais de perto. Um dragão menor, muito menor, com escamas douradas como o sol, o seguia de perto. O coração de Daemon disparou. **Syrax.** O dragão de sua sobrinha.

- Rhaenyra... - murmurou, um misto de surpresa e preocupação.

Ele puxou Caraxes para uma curva acentuada, direcionando-o para uma praia solitária logo abaixo, onde pousou com suavidade. Ao aterrissar, Daemon olhou para trás e viu Syrax descendo logo em seguida, com sua pequena cavaleira de cabelos prateados segurando firmemente as rédeas. Rhaenyra, em sua primeira montaria solo, desceu do dragão com os olhos brilhando de excitação, embora um pouco trêmula.

Daemon marchou até ela com passos largos e furiosos.

- O que você pensa que está fazendo?! - sua voz soou mais severa do que ele pretendia, mas a preocupação o dominava. - Você quase se matou! Voar sozinha? E se algo tivesse acontecido? Se Syrax não tivesse obedecido?

Rhaenyra, no entanto, não recuou. Seus olhos estavam fixos no tio, uma mistura de desafio e tristeza.

- Eu não me importo! - ela gritou, as mãos pequenas cerradas em punhos. - Ninguém liga para mim lá na Fortaleza. Mamãe está sempre triste, e papai nunca olha para mim... A única pessoa que se importa é você. Eu só queria ficar com você, tio. Eu faria qualquer coisa para não ser esquecida de novo.

Daemon parou, seu olhar suavizando. Ele sabia que Rhaenyra estava se sentindo sozinha, mas não imaginava que a situação fosse tão grave para ela. A menina tinha o espírito de um dragão, mas também o coração de uma criança que ansiava por amor e atenção.

- Rhaenyra... - Ele se ajoelhou à sua frente, colocando as mãos em seus ombros pequenos. - Você não é esquecida. Você é uma princesa, e será a herdeira do trono um dia. Seu pai... ele pode estar cego agora, mas você é o futuro de nossa casa. Eu nunca deixarei que te esqueçam.

Rhaenyra olhou para ele com os olhos úmidos, ainda lutando para segurar as lágrimas.

- Mas você vai embora - sussurrou ela. - Quem vai me ensinar? Quem vai me proteger? Não há ninguém como você, tio...

Daemon respirou fundo, sentindo uma onda de frustração e dor crescer dentro de si. Ele não queria deixá-la, e o pensamento de que sua sobrinha estivesse tão solitária e esquecida o corroía.

- Eu volto logo, pequeno dragão - disse, suavizando o tom. - Isso eu prometo. E você... - ele sorriu de lado, acariciando seu rosto. - Voou sozinha pela primeira vez. Isso foi... impressionante.

Ela sorriu timidamente, visivelmente orgulhosa de si mesma.

- Voar é a única coisa que me faz sentir viva. Como você me ensinou.

Daemon a abraçou apertado, o calor de seu corpo pequeno o aquecendo, e por um breve momento, ele esqueceu de todas as outras preocupações.

- Agora, ouça-me - ele disse, soltando-a gentilmente. - Você precisa voltar. Voou bem, mas não está pronta para uma jornada tão longa. Volte para a Fortaleza. Cuide da sua mãe. Eu estarei de volta antes que você perceba.

Rhaenyra assentiu relutantemente, embora ainda quisesse ficar.

Daemon observava Rhaenyra subir em Syrax, mas algo o deteve antes de deixar sua sobrinha partir de volta à Fortaleza Vermelha. Uma ideia maliciosa se formou em sua mente, e o típico sorriso desdenhoso voltou a seus lábios. Ele conhecia bem a política da corte e sabia que, por mais que fizesse, ele sempre seria o alvo. Mas Rhaenyra? Ela era intocável, a princesinha adorada do rei. E, ainda por cima, ninguém ousaria puni-la, não com a tragédia recente que assombrava a rainha Aemma.

Ele olhou para sua sobrinha, que, mesmo tão jovem, já demonstrava uma força incomum, e se inclinou, baixando a voz em um tom conspiratório.

- Rhaenyra... - chamou. Ela virou-se para ele, ainda um pouco relutante por ter que voltar. - Sabe o que seria divertido? Uma última coisa antes de você voltar para casa.

Ela o olhou, curiosa.

- O quê? - perguntou, a excitação voltando a seus olhos violetas.

Daemon sorriu, o olhar predador como o de um dragão prestes a atacar.

- Que tal mostrar à Fortaleza Vermelha que o pequeno dragão dourado tem fogo em suas veias? Um Dracarys, assim como eu fiz ontem enquanto voamos sobre o mar. Mas desta vez, vindo de você. Aposto que todos lá dentro perderiam a cor ao verem Syrax cuspir fogo sobre suas muralhas. E melhor ainda... ninguém ousaria repreendê-la.

Os olhos de Rhaenyra se arregalaram de surpresa e excitação. A ideia de lançar um ataque simbólico à Fortaleza a encantava. Ela sempre fora ignorada a menos que fizesse birra, mas com o comando de fogo, todos teriam que olhar para ela com respeito - até mesmo seu pai.

- Você acha que eu posso? - ela perguntou, com uma pitada de hesitação.

Daemon deu uma risada baixa, pousando a mão no ombro dela.

- Não só pode, como deve. Você é um dragão, Rhaenyra. O sangue da velha Valíria corre em suas veias. Eles esquecem disso, mas você tem o poder para lembrá-los. Faça isso, e verá o medo em seus olhos. E quem vai te punir? Seu pai? - Ele soltou uma risada zombeteira. - Ele te ama demais para isso.

Rhaenyra sentiu uma faísca de coragem se acender dentro de si. Ela olhou para Syrax, seu dragão dourado, e para as muralhas distantes da Fortaleza, pensando no que significava. Não era apenas sobre se divertir; era sobre mostrar que ela, mesmo pequena, também era um dragão, e que eles não podiam ignorá-la.

Ela virou-se para Daemon, seus olhos brilhando de excitação.

- Está bem. Vou fazer isso. - E com isso, montou em Syrax novamente, puxando as rédeas para guiar o dragão de volta na direção da Fortaleza Vermelha.

Daemon a seguiu de perto com Caraxes, pairando acima dela como uma sombra protetora. Quando estavam suficientemente perto das muralhas da Fortaleza, Rhaenyra respirou fundo, sentindo o peso do poder sob si, o calor do dragão pulsando em suas veias.

Ela ergueu o braço, sentindo o vento bater contra o rosto e gritou com toda a força que tinha, a voz ecoando pelos céus.

- Dracarys!

Syrax soltou um rugido agudo e uma explosão de chamas douradas disparou de sua boca, atingindo uma parte das muralhas da Fortaleza. O fogo lambia as pedras e o som do impacto fez ecoar um estrondo ensurdecedor. Guardas e servos dentro da Fortaleza olharam para o céu em pânico, o caos rapidamente se espalhando. O pequeno dragão dourado acabara de soltar seu primeiro rugido.

Daemon assistiu a tudo com um sorriso satisfeito. A diversão estava completa. Ele sabia que aquela demonstração ficaria marcada na memória de todos ali, e nenhum deles ousaria esquecer o poder de Rhaenyra, nem que fosse por medo.

Quando Rhaenyra olhou para ele com um sorriso radiante, ele aplaudiu levemente com um sorriso orgulhoso.

- Muito bem, pequeno dragão. Eles não vão esquecer isso tão cedo.

Rhaenyra, ofegante de excitação, ainda observava as chamas, um misto de orgulho e diversão preenchendo seu peito. Ela havia feito aquilo. Ela, a pequena princesa esquecida, agora estava gravada nas lembranças de todos.

- Agora - disse Daemon, aproximando-se de Syrax com Caraxes -, volte para casa, e deixe que eles lidem com o que acaba de acontecer. Se perguntarem, apenas sorria e diga que você é uma Targaryen. Eles vão entender.

Rhaenyra assentiu com um último olhar satisfeito para a Fortaleza Vermelha. Então, puxou as rédeas de Syrax e voou de volta para casa, com Daemon acompanhando de perto. E enquanto os dois dragões desapareciam no horizonte, Daemon sabia que, em breve, ele estaria de volta também. Mas, por agora, deixaria o fogo fazer seu trabalho.

Norte / Winterfell

Viserra sorriu enquanto lia a carta de seu marido, sentada confortavelmente perto da lareira, aquecida pelo calor do fogo e satisfeita após o voo em seu dragão, Winter. A leitura da carta de Rickon Stark era o toque final perfeito para o seu dia.

- O que a faz rir tanto, mãe? - Cregan Stark entrou no quarto, seguido por seu lobo gigante, Odin.

Os olhos azuis e intensos de seu filho mais velho lembravam Viserra de Rickon na juventude. Cregan era a cópia fiel do pai, e isso sempre a enchia de orgulho. Ela se lembrava de como o destino a guiou até Rickon, o jovem lorde do Norte. Ela nunca esqueceria o dia em que sua vida mudou.

Quando era mais jovem, Viserra fora prometida em casamento a um senhor de uma casa menor do Norte, um homem velho e viúvo, com várias filhas. A perspectiva de viver como a esposa de um homem que só desejava um herdeiro a enojava. Naquela época, ela havia começado a beber para afogar suas mágoas e, em um momento de desespero, roubou um cavalo e cavalgou pelas terras do Norte, até que o animal, assustado por algum bicho, disparou. Embriagada demais para controlar o cavalo, Viserra quase caiu em uma colina íngreme. Mas, ao invés da queda certa, ela foi agarrada por braços fortes. Era Rickon, que a resgatara no último momento.

Após aquele dia, ela não voltou para seu casamento arranjado. Ao invés disso, cortejou Rickon Stark por um mês, até que se casaram. Juntos, tiveram três filhos e uma filha, cada um mais especial que o outro.

- Seu pai está me contando as novidades de Porto Real - respondeu Viserra com um sorriso.

- Deixe-me adivinhar, Daemon colocou fogo em algo ou finalmente matou a esposa? - Cregan riu, conhecendo bem a natureza de seu primo. Ele não o julgava. Se fosse forçado a se casar com alguém que desprezasse, essa pessoa logo conhecia os dentes de Odin.

- Ainda não - Viserra respondeu, rindo ao pensar no caos que Daemon causava. - Mas ele fez Rhaenyra queimar parte das muralhas da Fortaleza Vermelha. A menina fugiu em seu dragão atrás do tio. Ele usou nossa pequena dragão como parte de sua vingança. - Ela riu de novo, imaginando a cena de Syrax, ainda um dragão jovem, espalhando o medo com suas chamas. - Pena que Syrax ainda não tem fogo o suficiente para derreter pedra.

Cregan franziu o cenho ao ouvir a última parte. Ele sabia que sua mãe guardava um certo rancor pela Fortaleza Vermelha, especialmente por causa do avô, que havia se recusado a reconhecer o casamento de Viserra com Rickon até que seu segundo filho nascesse.

- E qual foi o motivo do exílio de Daemon desta vez? - Cregan perguntou, curioso sobre os primos que via apenas em raras ocasiões.

- Daemon se recusa a consumar o casamento com Lady Rhea. Contando com essa já é terceira vez que ele é exilado por isso - Viserra suspirou, lembrando de seu próprio destino quase trágico. - Ele deveria ter feito como eu, fugido para bem longe.

Ela pensou em voz alta, refletindo sobre a vida que poderia ter levado. Se tivesse se casado com aquele velho senhor, estaria agora mendigando ou trabalhando em bordéis, como o destino cruel que atingiu a casa daquele homem, que havia perdido tudo e vendido suas filhas para sobreviver.

- Mamãe estava apaixonada na época - comentou Cregan, trazendo de volta à memória o caos que o casamento de Daemon causara em Porto Real. Ele sabia que o tio Baelon, embora não aprovasse o casamento, não se opôs abertamente, considerando a saúde do Rei Jaehaerys era frágil na época.

- Isso é verdade. - Viserra sorriu ao lembrar de Baelon. - Meu irmão sempre soube lidar com Daemon. Ele planejava anular o casamento quando se tornasse rei, mas os deuses o levaram cedo demais.

Seu sorriso se desfez, dando lugar a uma tristeza silenciosa. Baelon fora mais que um irmão para ela, ele fora como um pai. Sempre repreendendo-a por suas escolhas, mas também sendo o primeiro a parabenizá-la quando conseguiu seu dragão e quando se casou com Rickon. A falta de Baelon ainda pesava em seu coração.

- Mãe... a senhora gostava muito do tio Baelon - Cregan comentou suavemente. - Sempre fala dele com tanto carinho. A tia Gael também sempre conta histórias dele para meus irmãos quando nos visita.

- Gael tinha uma ideia romântica sobre nosso irmão se tornar o maior rei da história, ele era um homem capaz assim como Aemon, os deuses levaram antes de sentarem no trono.- Viserra comentou com um sorriso melancólico. - E quem sabe se um deles tivesse vivo e assumindo trono teria sido um grande avanço para todos. Ambos sonhava em ajudar o povo e teriam cuidado de seus filhos.

Cregan apenas assentiu. Ambos sabiam que tanto Aemon e Baelon teria sido um rei de verdade, não teriam abaixado a cabeça para as ovelhas igual Viserys.

Porto Real / Fortaleza Vermelha

- Viserys, o que significa isso? Acorrentar Syrax não vai resolver nada, apenas vai afastar ainda mais nossa filha! - A rainha Aemma estava furiosa. Rhaenyra havia sido trancada no quarto, e seu dragão, Syrax, acorrentado. A filha estava devastada, e Aemma não conseguia compreender por que o rei não havia sequer conversado com a menina.

Viserys olhou para a esposa, exausto e querendo apenas se isolar com sua maquete de Valíria e uma taça de vinho.

- Ela recebeu o que merecia, Aemma! Tentou incendiar as muralhas da Fortaleza. Eu não podia ignorar isso. - Ele tentou manter a voz firme, mas a impaciência estava clara.

Aemma ficou em silêncio por um momento, observando Viserys como se estivesse diante de um estranho. Onde estava o homem que havia jurado protegê-la e amá-la na noite em que se casaram? Agora ele parecia obcecado apenas com sua própria vontade de ter um filho homem.

- Você sequer conversou com ela antes de punir? Sabe o que aconteceu ou apenas decidiu que ela estava errada? - Aemma estava furiosa. Ela soubera da situação por uma dama de companhia, como se não fosse importante o suficiente para o marido compartilhar.

Aemma sentia-se cansada. Anos tentando conceber um filho homem haviam a esgotado. Seu único consolo era Rhaenyra, a filha que havia trazido ao mundo contra todas as expectativas. Mas agora até sua relação com a filha estava fragilizada pela falta de atenção do marido.

- Você mima demais essa menina! Ela ateou fogo nas muralhas! - Viserys explodiu. - SE ELA FOSSE UM MENINO...

- E o que mudaria, Viserys? Se ela tivesse um pênis, poderia queimar o mundo impunemente? - A indignação de Aemma cresceu, e quando a mão do rei se ergueu e a atingiu no rosto, ela recuou, atônita.

Ninguém nunca tinha levantado a mão para ela...

- Olha o que você me fez fazer, Aemma. Se tivéssemos um filho homem, nada disso estaria acontecendo! - Viserys tentou se justificar, mas Aemma apenas o olhou com uma mistura de raiva e tristeza.

- Você... me bateu... - Ela murmurou, tocando o rosto machucado. Uma lágrima solitária rolou por sua bochecha, enquanto sentia o fogo Targaryen ferver em seu sangue.

Ele está quebrado as promessas que te fez no dia que se casou com você. - uma voz zombou dela por dentro de seu coração.

- Aemma...

A rainha queria naquele momento ter um dragão, ela queria queimar seu marido ali e ir embora com sua filha, mais a mulher tinha medo de não conseguir sobreviver com sua filha fora da Fortaleza vermelha, ela sabia quanto era difícil para uma mulher viver sem um homem ao lado, Aemma não queria que filha tivesse que crescer com medo igual ela.

Além do fato de que se ela matar o marido, ela estava se condenado a morte por traição, quem iria cuidar de Rhaenyra? Quem iria garantir que sua filha não fosse entregue à qualquer homem quando chega-se o momento de se casar? Daemon estaria ocupado com sua própria vida, afinal ele algum momento teria sua família e não teria mais espaço para sua sobrinha com agora.

- Está certo. Não falarei mais nada - ela respondeu em tom baixo e gélido, virando-se e saindo sem olhar para trás. Ela sabia que não podia fazer nada agora.

Rhaenyra precisava dela.

Aquela noite, Aemma decidiu que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para garantir que sua filha tivesse um futuro digno, diferente daquele que Viserys estava cegamente criando para si mesmo.

5713 palavras

Oi oi oi
Acabei tendo a ideia de trazer um capítulo da Rhaenyra jovem/ baby.
Isso só pra incluí mais Targaryen e dá ponta em algumas coisas e pontos.

Vocês acham que decisão do rei em relação em castiga antes de conversar errada? Acho fuleira o pai que castiga o filho sem explicar pq está sendo punido, aquele negócio você sabe pq está sendo punido, é idiota. As vezes a criança não entende ou não sabe pq está sendo punida. Se até os presos é dito o motivo da prisão, pq os filhos não podem ser explicados do pq estão sendo disciplinados?

Viserra torcendo pra Fortaleza vermelha vira Cinzas kkkk

Então minha cabeça tá cheia de plots para a casa do dragão kkkk sério tenho fanfic para Viserys, Aemma, Trisal entre Daemon, Rhaenyra e oc, Alicent e Aemond com oc.

Kkkk kkkk

Tem uma que já tenho dois capítulos escrito junto com epígrafe fora a parte. É sobre uma fã de game of Thrones e a casa do dragão que morrer e renasce na série/livro com missão dada pelos deuses de imperdi o fim dos Targaryen's, o shipp seria Rhaenyra x Daemon e outro Oc x Aemond ( porque vir muito vídeo com teoria que ele gosta de mulher velha e experiente).

Kkkkk se quiser posso fazer um livro de plots sobre série para doar.

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