Capítulo 05: Tabuleiro do sete
"Na luta pelo trono não existem heróis ou vilões - apenas jogadores no jogo dos tronos. No fim, o papel de herói ou vilão será atribuído ao vencedor, ao sobrevivente que contará sua própria versão da história. Mas será que realmente há vencedores na guerra pelo trono? Quando as espadas se erguem, todos perdem algo.
Quem sou eu para dizer isso? Sou apenas um bobo da corte, com a cabeça tão grande quanto meu pau ..."
Trecho do livro "Relatos do Bobo da Corte"
Escrito por Meistre Ronald com base nas confidências de Cogumelo, o bobo da corte.
Blanca Beskha
Os grilhões em volta de meu pescoço pesavam e ameaçavam me asfixiar quando a menina ao meu lado caiu no chão, desacordada. Eu me ajoelhei para aliviar a pressão das correntes, tentando proteger o pescoço dela com meus braços presos, mas antes que eu pudesse tocá-la, um grito soou.
- LEVANTEM-SE! - bradou um homem ruivo, balançando o chicote no ar. Levantei-me com esforço, sentindo o ferro ferir a pele enquanto o peso do meu medo se intensificava. Ele não esperou. Com brutalidade, desferiu um chute nas costelas da menina caída. Quando ela não se moveu, ele se agachou, erguendo o rosto dela com descaso.
- Ela morreu? - perguntou o líder do grupo, sua voz indiferente.
- Não... mas não vai demorar. Tá com a pele amarela, já. - o ruivo respondeu, retirando os grilhões do pescoço da menina. - Melhor acabar com isso agora, antes que atrapalhe.
Eles a arrastaram até uma pedra chata no chão, posicionando sua cabeça de modo que o pescoço ficasse exposto. Meu estômago se revirou. Entendi o que fariam, eles fizeram isso com outra ontem que estava doente depois de passar um dia sem comer, ela se tremia e desmaiava durante o caminho, todas nós estavam com fome e sede mais aquela garota parecia pior do que todas nós, ela tinha fraqueza e tonturas fortes.
Uma espada estava sendo erguida mais parou no ar.
Olhei para espada de aço comum, sem brilho ou áurea das espadas de cavaleiros que via disputar nos torneios da corte escondida junto do meu amigo escudeiro Tibeirio que trabalhava para família nobre de baixo de status. Aquelas espadas eram brilhantes e belas, a postura dos cavaleiros eram ainda mais belas.
Tibeirio uma vez falou que tinha duas espadas mais bonitas do que dos cavaleiros que competiam, uma era do rei e a outra era do príncipe da cidade, mais ambas não poderia ver pois o rei raramente usava sua espada de aço valeriano. - Também nunca o vir, seu camarote ficava longe da ala dos cavaleiros, aonde eu ficava. - e a espada do príncipe, a irmã sombria era um pouco complicado de se ver pois príncipe estava exilado para pedra Runa mais mesmo se encontrava em Essos.
A espada sem brilho ou história heróica caiu com tudo no pescoço da jovem que abriu os olhos em uma última vista do céu.
Ninguém lembraria de seu nome, ninguém sabia, todos estavam ocupados demais com sua própria miséria. Mais todas as garotas se lembraria da morte dela em seus pesadelos e medos.
- Isca de peixe, essa aí deve ter pegando alguma doença estranha, ela veio da cidade livre. Melhor separar as que estavam perto dela, não quero mais prejuízo. - o líder olhou em nossa direção. - Se todas pegarem a doença, morrem antes de conseguirmos vendê-las teremos nossas cabeças em estacas.
Um tumulto se espalhou entre nós. Algumas garotas começaram a gritar e implorar por liberdade, entre elas uma loira de olhos claros, que puxava as correntes desesperadamente.
- Eu não sou escrava! Não quero ir! - ela soluçava, lutando contra o peso das correntes. O som de um tapa violento cortou o ar, silenciando-a de imediato. A marca vermelha dos dedos do agressor estampou-se em sua face.
- A próxima que fizer barulho vai conhecer o Estranho - disse ele com voz fria, passeando entre nós, que estávamos ajoelhadas em um círculo apertado.
Eu tremia, pensando que ali, talvez, encontraria o Estranho. Queria arrancar meu próprio cabelo branco, o que tinha me condenado a esse destino, e fugir para junto de meu irmão. Apertei os punhos e olhei para o céu, procurando as gaivotas que sempre sobrevoavam o Vale, onde eu tinha sido feliz.
De repente, o som de cascos ecoou à distância. Ergui a cabeça e vi um cavaleiro de manto branco seguido por outros de mantos dourados. A esperança surgiu, mas foi seguida pelo pânico dos homens ao nosso redor.
- MERDA! - rosnou o líder, sacando a espada enquanto os outros se armavam.
O cavaleiro de manto branco desmontou, espada em punho, e avançou em direção ao homem mais próximo. Ao vê-lo, meu corpo fraquejou. Mal conseguia me segurar de pé ao lado das outras garotas.
Era um dos guardas reais que protegia o rei em pessoa.
A luta que se seguiu foi rápida e brutal. O guarda de manto branco lutava com a força de um leão. Seus golpes eram precisos, sentir meu coração aquecer vendo aquele homem lutar, não conseguia desviar os olhos dele por um segundo sequer, cada um dos cavaleiros derrotou um dos homens que nos aprisionavam. Meu corpo fragilizado da fome e medo estava balançado para os lados me fazendo questionar se tinha pegando mesma doença da garota no chão.
O peso do grilhões em meu pescoço me puxou para chão, senti o mundo escurecer e desfalecei, vencida pela fraqueza e pelo esgotamento.
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No breu da inconsciência, sonhei com as gaivotas que pousavam na janela do meu quarto. Ouvi o som do vento subindo pelas montanhas da Lua , onde eu nascera e vivera até que minha mãe decidiu que devíamos partir. Lembrei-me do dia em que ela chegou em casa, rosto pálido, olhos assustados.
- Temos que ir embora do Vale, minha filha. Vamos viver perto de seu pai. Ele disse que em Porto Real poderemos nós ver com mais facilidade.- Mamãe parecia feliz com a mudança.- Ele quer te conhecer, isso não é maravilhoso filha? - ela me abraçou forte naquele dia.
Partimos para Porto Real, em busca de um homem que eu mal lembrava. Moramos por um tempo em uma pousada, minha mãe saia a noite do quarto e voltava de manhã, isso se seguiu até que um dia ela começou a chorar.
- Iremos embora da pousada. Seu pai... Seu pai... Não quer um filho que estou esperando... - sem qualquer explicação do por que aquele homem não queria mais um filho, ela me levou dali.
Moramos nas ruas da baixada das pulgas mendigando para conseguir comida, as vezes conseguia fazer favores para um nobre que aparecia no bairro da seda, ele pedia informações sobre os navios que estava na baia da água negra, mais mesmo assim mau tínhamos o que comer e minha mãe sofria com a gravidez, medigamos enfrete ao septo para conseguir um pouco de comida quando as ruas não tinha muito a oferecer. Depois que meu irmão nasceu, minha mãe conseguiu um emprego, mais esse novo emprego, a vida era dura em um pequeno quarto atrás de um bordel onde minha mãe trabalhava como faxineira. Ainda assim, estávamos juntas com meu pequeno irmão.
Um dia, implorei para que me deixasse trabalhar na Fortaleza Vermelha, para melhorar nossa vida, a filha da vizinha ganhava quase 5 vezes mais do que minha mãe em um mês trabalhando sem tirar folga ou ficar doente.
- Não! Prometa que nunca irá para lá, Blanca! - sua voz tremeu. Ela me segurou pelos ombros, os olhos cheios de terror.- os nobres são ruins, principalmente os Targaryen's. Me prometa que nunca irá para lá.
- E-Eu prometo, mamãe.
Ela suspirou, abraçando-me com força. Eu era tudo o que ela tinha, e, por sua ordem, fiquei longe da Fortaleza... e escondi meus cabelos brancos e os de meu irmão, como se fossem uma maldição. Passei a usar uma mistura de carvão esmagado com cinzas nos meus cabelos para esconder sua cor.
Mais depois que minha mãe morreu a dona do bordel nos expulsou do pequeno quartinho e nos levou para aquele orfanato aonde vendeu meu irmão e eu para dono. A mulher sabia que tínhamos cabelos brancos e por isso foi dando uma moeda de dragão dourada por cada um de nós a aquela mulher que sorriu segurando o dinheiro que recebeu pela venda.
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Blanca despertou com o ruído do metal se chocando. Ela abriu seus olhos devagar se deparado com os olhos azuis perto dela, o homem de manto branco removia de seu pescoço cumprindo o ferro que a prendia, ele pegou em seus pulsos finos tirando as correntes revelado a pele machucada escondida pelo ferro.
Ela estava livre...
Nal podia acreditar no que via, os homens que a aprisionavam estavam mortos ou subjugados, e guarda de manto branco lhe olhou gentil para ela, dizendo:
- Estás a salvo agora, criança. A princesa Rhaenyra Targaryen a herdeira do trono a lhe libertou.
Rhaenyra Targaryen, esse era nome que ela nunca esqueceria em sua vida.
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Rhaenyra Targaryen
O silêncio dentro da carruagem era melhor coisa depois de tudo que aconteceu, achei que podia enfrentar tudo o que tinha de ruim no orfanato, mais a medida que andava pelo local e via pelo meus próprios olhos a situação que se encontrava... Me sentia inútil e incompetente afinal era para minha família prover ajuda a essas pessoas e segurança.
Ver rostos de crianças e adolescentes desnutridos e com medo afetou minha alma, lembro dos meus filhos que se Laenor não aceita-se eles o que aconteceria àquelas crianças? Seria jogadas nas ruas como muitos sussurros surgeria ou seria mortas?
A fé do sete condenava os bastardos como fosse praga a ser evitada, por isso que orfanato foi esquecido pelos nobres e devorado pelos ratos verdes.
Alicent estava pensativa ao meu lado, seus olhos ia em direção à janela na carruagem mais parecia perdidos em algo.
Suspirei aliviada ao chegar à Fortaleza Vermelha ao entardecer, exausta pela viagem e pelo peso dos pensamentos que não conseguir afastar. Descir da carruagem avistado ao longe sor Arrik que se aproximou em seu cavalo, ele desmontou do cavalo e veio até mim.
- Vim informa minha princesa que conseguir encontra o grupo de garotas perto rota que leva para norte, deixei somente o lider vivo para interrogatório. - ele fez uma reverência e saiu.
- Comodamente quero que diga a minha mãe é pai sobre o que aconteceu hoje, acho que rainha precisa saber que o homem que Lorde mão escolheu para cuidar da caridade feita por ela, falhou. - fale alto suficiente para os empregados presentes escutasse e espalha-se para toda a Fortaleza.
- Sim, minha princesa.
Entrei na Fortaleza vermelha sentindo uma necessidade de fica sozinha, dispensei Alicent e as servas, pedi para ficar sozinha em meu solar. Queria o silêncio e a solidão para ordenar as ideias e me libertar, ao menos por um instante, das inquietações que atormentavam minha alma.
Mas ao adentrar em meu solar, encontro Muriel já à minha espera. A mulher se inclinou respeitosamente e estendeu-me um pergaminho longo e enrolado. Sem muitas palavras, informou que aquele documento continha uma lista de crianças nascidas fora do casamento, filhos com sangue valiriano, ela usou a Rede de informações da Misaria e a porção que dei a ela.
- Há vinte e três bastardos conhecidos,- Muriel começou, hesitante, enquanto Rhaenyra desenrolava o pergaminho. -Treze vêm das casas Velaryon e Celtigar, e doze... trazem o nome da Casa Targaryen.
Rhaenyra fez um sinal para que Muriel se retirasse, e a dama de companhia obedeceu em silêncio, me deixando sozinha com aquele fardo que parecia mais pesado do que tudo que já havia enfrentado. A lista parecia ferir meus olhos enquanto lia, a lista tinha nomes e idades de cada um é seus possíveis pais, mais minha visão ficou turva quando vir o nome do meu pai em frente de alguns bastardos, tinha um que era muito mais velho do eu. Mais não era era certeza já que alguns eram filhos de prostitutas que atendiam muitos Targaryen na época em questão mais havia alguns que era bem jovens com 5 dias do nome...
E se alguns desses nomes forrem realmente meus meio-irmãos?
Um pensamento absurdo tomou conta de mim. Queria ter um modo infalível, um teste que carregasse consigo, algo que pudesse provar ali, sem dúvida, se alguma daquelas crianças era realmente filhos de seu pai. Não que se importasse com Daemon ou com o velho rei e seus descendentes; a questão não era sobre eles, era sobre seu pai que dizia amar mais do que tudo sua mãe. No passado ele a nomeou herdeira do trono por causa do seu grande amor por sua mãe.
Mas a ideia de que Viserys tivesse traído Aemma, sua mãe, enquanto ela se debatia entre a vida e a morte para lhe dar um herdeiro, corroía-a por dentro como ácido.
Ele se casou com Alicent pouco tempo depois da morte da Aemma.
Lançei o pergaminho sobre a mesa e foi direto para a banheira, mergulhando no calor da água como quem tenta escapar de algo.
Queria esquecer, mas não conseguia afastar da mente o sorriso de Rone, uma das crianças da lista, cujo rosto lembrava assombrosamente o de seu pai.
Emergir, encarando o teto do quarto, uma luta invisível em meus olhos. Murmurei para me mesma:
- Montanha da Lua... Vincerys passou dois anos no Ninho da Águia antes de eu nascer. Dois anos... - havia bastardos Targaryen no ninho da Águia.
Pressionou os lábios com força, segurando um grito de frustração.
Queria que aquelas crianças fossem filhas de qualquer outro homem, mesmo de Daemon, seu tio. Seria mais fácil de aceitar, mais fácil de suportar.
Mas o meu coração doía ao pensar que Viserys, meu pai, pudesse ter traído minha mãe, e justo no momento mais frágil de Aemma, aonde ela lutava em silêncio para engravidar e vivendo o luto por cada perda.
Sentia uma raiva crescente não contra aquelas crianças, mas contra Viserys. Não podia odiar os meio-irmãos que era inocentes. Minha mágoa estava toda voltada para o pai que agia como fosse melhor monarca da história de Westeros mais era mais tolo de todos.
Mergulhei outra vez na água que começava fica fria, uma angústia velada me fazia querer pegar Syrax para queimar a cidade toda, queria grita na cara do meu pai e pergunta se valeu a pena ter traído e desonrado a mulher que lutou e sofreu por ele.
Subir a superfície com decisão tomada.
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Pequeno Conselho
O vinho dornês parecia amargo na boca do meistre da moeda, que refletia sobre como substituir aquele vinho por um mais barato, produzido localmente, o que geraria renda e impostos à coroa. Esse pensamento o alegrava, fazendo-o esquecer o desconforto da reunião de última hora. Os outros membros do conselho aguardavam o rei, conversando sobre temas banais para mascarar a inquietação quanto ao motivo daquela reunião urgente, algo inédito desde que Viserys assumira o trono.
O rei entrou na sala do Pequeno Conselho, seguido pelo comandante dos Mantos Brancos, que se posicionou à frente da mesa, em vez de ficar atrás do monarca. Viserys estava visivelmente irritado. Todos se levantaram, reverenciaram-no e, ao se sentar, ele tomou um grande gole de vinho. Sentia-se que esta reunião seria sombria.
Lorde Beesbury estava à beira de um colapso com tudo o que presenciava. O comandante relatava os abusos e a corrupção nos orfanatos, enquanto o meistre da moeda fazia cálculos mentais sobre o montante desviado. Era muito ouro perdido, ele tinha certeza disso.
- Meu rei, sei que a situação é delicada, mas a princesa Rhaenyra ficou bastante abalada. Ela mesma ajudou a cuidar de algumas das crianças feridas e doentes - relatou o comandante, chamando a atenção de Viserys.
O rei franziu as sobrancelhas.
- O que minha filha estava fazendo em um lugar tão perigoso? - perguntou Viserys, sua expressão se fechando.
Lorde Beesbury quase arrancou os próprios cabelos. O rei não investigaria a má administração dos orfanatos? Não se preocuparia com as crianças? Ele desejava poder voltar no tempo e impedir que Viserys se tornasse rei; talvez Rhaenys tivesse sido uma rainha mais justa e prudente.
- A princesa organizou a visita junto com a boa rainha Aemma - continuou o comandante Sor Harrold Westerling, lançando um olhar para Lorde Corlys Velaryon, que assistia tudo com expressão neutra.
A insatisfação de Corlys com o rei tornava-se cada vez mais evidente. Se o rei fosse mais sábio, ele buscaria uma aliança matrimonial com os Velaryon para manter Corlys ao seu lado, mas o Grande Meistre Mellos, e especialmente Otto, poderiam interferir.
- A rainha foi? - perguntou Viserys, visivelmente nervoso. Ele idolatrava Aemma, mas essa adoração nunca o impediu de colocá-la em risco ao insistir em tentar um herdeiro homem.
Lorde Beesbury sabia que essa obsessão vinha da Fé dos Sete, que via a mulher como submissa. Em sua opinião, essa mentalidade era absurda, especialmente para os Targaryen, que tinham mulheres capazes como Visenya e Rhaenys. Por que Rhaenyra não poderia governar?
- A rainha não foi, apenas ajudou a princesa a organizar a visita para verificar se a caridade estava sendo realizada conforme havia instruído, antes de passar a função para Ormund Hightower - explicou o comandante. - A rainha já está sabendo que a princesa passou ao chegar no orfanato e exigir a cabeça do Ormund Hightowet.
Sor Harrold Westerling, por lealdade à rainha, decidira agir, informando-a da situação antes do próprio rei.
Viserys parecia encurralado entre agradar sua esposa e manter o apoio do influente Lorde Otto, cujo sobrinho estava envolvido nos crimes nos orfanatos.
- A rainha tem toda a razão. Roubo à coroa é crime com sentença de decapitação pública. A cabeça dos culpados deve ser colocada nas estacas da Fortaleza - declarou Corlys, frio.
- Mais meu rei, a fé do sete falar que bastardos são um mal na terra, não precisamos nos preocupar com algo desse tipo, imagino que eles deveria viver na pobreza para espiar seu pecados... - miestre Mellos foi interrompido por Corlys Velaryon.
- Acho que você está ficando senil, o orfanato não tem somente bastardos, também tem filhos legítimos que ambos pais morreram, se não sabe lá fora há doenças mortais e violência, há muitos cidadãos de bem que morre deixado filhos para trás e parentes próximos se recusa a cuidar. Eles acaba em orfanatos. - O serpente Marinha parecia cada vez mais furioso, ele odiava a fé do sete, odiava o fato que aquele ninho que cobras esteja sempre sendo levado em conta em vez da fé das quatorze chamas.
Os deuses Valeryanos não condenava o incesto do povo Valeryano, não condenava os bastardos e muito menos relação entre pessoas do mesmo sexo, não colocava as mulheres em posição de uma égua reprodutora em vez de local de destaque. Ele sabia que seus filhos não combinava com fé, Laena era próprio mar buscando ser livre e Laenor gostava de homens, mesmo sua esposa tentando esconder dele, ele viu que seu filho nunca iria gosta de mulheres. Aquilo deixava tenso, se seu filho for diferente... Poderia ser julgado pelas pessoas que levaria ele a se matar como fizeram com outros igual a ele.
Corlys tinha que proteger seu filho, mesmo que isso significar no final casar ele com a princesa.
- Concordo. A punição foi determinada pelo Velho Rei - disse Sor Leonel Strong. - Devemos investigar a fundo. A venda de crianças é crime, bastardos ou não.
- Concordo com os lordes. A verba para caridade é de 15% do tesouro real. Foram mais de dez anos de má administração, e temo que o dinheiro perdido seja irrecuperável - disse Lorde Beesbury.
Otto, vendo o clima hostil, levantou-se, fingindo indignação:
- Meu rei, estou horrorizado com as atitudes de meu sobrinho, Ormund Hightower. Eu, como seu tio, sempre lhe ensinei os valores da Fé dos Sete. Mas temo que meu irmão tenha falhado em educá-lo adequadamente. Nada justifica os crimes cometidos, e ele deverá enfrentar a justiça com o rigor que a coroa determinar.
A fala de Otto foi meticulosamente calculada. Colocava toda a responsabilidade em Ormund e em seu irmão, protegendo sua própria imagem. No fundo, Otto via essa tragédia como uma oportunidade para reivindicar o título de Senhor de Vila Velha, finalmente superando o status de segundo filho.
O rei mexeu-se, visivelmente tenso. Lorde Beesbury e Corlys aguardavam sua resposta. Por fim, Viserys ergueu-se, com um olhar frio:
- Ormund Hightower será executado publicamente por traição e roubo. Além disso, sua família deverá pagar uma indenização pelos danos causados aos cofres da coroa. E como punição adicional, o título de lorde de Vila Velha será concedido a Lionel, o primogênito de Ormund.
Otto empalideceu. Ele esperava herdar Vila Velha, mas o rei acabara de nomear Lionel, com quem Otto tinha uma relação difícil e que, provavelmente, não aceitaria sua influência. Mais uma vez, Otto via seu sonho frustrado, sentindo o amargo sabor da derrota enquanto seu sobrinho enfrentaria o machado e Vila Velha lhe escapava por entre os dedos.
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Salão de banquetes
O rei Vincerys I ergueu a taça de vinho de Dornes enquanto gargalhava de cogumelo que pulava de maneira boba enquanto falava alguma besteira para todos no ali no recinto. Era um jantar com alguns poucos nobres presentes na Fortaleza vermelha, o rei queria um pouco de animação depois do ocorrido com orfanato, conseguia sentir que ele queria ignorar o ocorrido e dá simples advertências para tudo o que aconteceu para evitar qualquer problema mais o pequeno conselho foi reunido a pedido da própria rainha que mandou o comandante organizar sem falar com rei, ela exigiu a cabeça do Ormund Hightowet.
No final da sentença o pequeno conselho pediu uma investigação para saber o que mais estava acontecendo nos orfanatos, até o Corlys velaryon estava junto com os outros membros do conselho pedido uma investigação detalhada, mais o meistre Mellos era contra tudo alegando que bastardos não eram merecedores de tal honra, mais o que mais chamou minha atenção foi a falta de lealdade do Lorde mão com próprio sobrinho.
Mais Lorde Beesbury como responsável pelo tesouro real o calou sobre o assunto dizendo que as obras de caridade era financianda por dinheiro que vinha do tesouro real, que se mesmo fosse roubado era considerado traição é que tinha sim que haver uma investigação para saber o que aconteceu com dinheiro que era para caridade.
Os mantos brancos e dourados saíram em direção à Vila Velha para prender o Lorde Ormund Hightowet, sobrinho de Otto, assim que chegarem terá sua execução em praça pública, mais até lá meu pai estava mais ateto o que cogumelo fazia, sem preocupação sobre a investigação que estava em andamento ou não.
- Tenho uma cabeça grande igual ao de um cogumelo e tenho um corpo pequeno, mais meu pau é grande igual minha cabeça! - Declarou o bobo da Corte fazendo questão de lembrar todos alí no recinto mais uma vez que sua masculinidade era proporcional ao tamanho de sua cabeça.- Ontem foi numa casa de prazeres conhecer as novas prostitutas de Essos, vir uma com cabelos mais vermelhos do que o sangue, perguntei seu preço e ela deu preço padrão para as prostitutas recém chegada, então falei que pagarei somente a metade, ela " Não pode, já lhe dei meu valor. Todos os homens são tratados iguais. " lhe respondi " mais comigo será metade do serviço. "
Os homens riram com vontade enquanto meu pai riu com boca aberta.
Olhei de canto de olho para Otto que parecia visivelmente perdido, ele bebia vinho enquanto tentava manter sua fachada de neutralidade mais conseguia ver sua cara de derrota, Daemon daria uma gargalhada alta se visse seu maior inimigo tendo que recuar.
Sorri pequeno bebendo minha taça de suco de uva que parecia mais doce naquela noite.
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Solar da princesa Rhaenyra
- Quero que boatos entre o povo, que os Hightower estava roubado da coroa, o dinheiro que deveria ir para os orfanatos foram usado para aumentar a fortuna da casa deles. - peguei o papel para escrever a carta que estava evitando de escrever a bom tempo a luz do sol começava entrar pela janela, o dia começava e ainda não tinha descansando, estava tensa e não conseguia dormir, Misaria acabou aparecendo junto de Muriel com informações sobre a movimentação nas ruas sobre fé do sete está enviado novos pregadores para doutrinar povo comum a seguir à fé.
Misaria assentiu enquanto bebia o vinho. - Posso incluir a venda ilegal de garotas do orfanato para prostituição e garotos para lutas de rua apostado. - ela sorriu enquanto observou mais uma vez meu solar. - Muriel me falou uma vez que seu quarto era como entrar em mundo fora a parte, ela realmente tem razão.
Olhei de solaio para ela, a mulher mesmo vestida com um vestido branco de tecidos nobres parecia deslocada em meus aposentos, meu solar tinha tapeçarias valeryanas com fios de ouro, prata com joias embutidas aos desenhos, móveis feitos com melhor madeira que podia existir em Westero, até chão tinha tapete de pele de urso preto, além de tudo isso ainda tinha objetos de ouro e aço Valeriano. Era um solar luxuoso, não negaria.
- Sou até então filha única, tive meus privilégios. - sorri terminado a carta e entregando a Misaria. - Vou trasferir os bastardos para um lugar seguro até lá, mantenha eles escondidos. Depois que minhas damas de companhia chega iniciarei a construção do teatro, pode procura atores e pessoas para trabalhar lá, não se preocupe com dinheiro, mandarei por Celeste ou Muriel.
Ela assentiu pegando a carta e saindo sem mais delongas, respirei fundo esperado que carta que enviei não faça meu tio Daemon me odiar, a fúria dele era implacável igual seu dragão.
Me arrastei finalmente para cama, tentei dormir sem sonhos ou pesadelos, era única coisa que eu queria no momento.
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Uma semana depois.
Virei a última página do livro que Lorde Beesbury havia me dado. O cansaço do novo treinamento ainda pesava em meus músculos tentando se acostumar com nova rotina, Alicent tinha se afastado de mim depois da execução de seu primo, Otto deve ter mandado ela se afasta de mim por um tempo. Mais daqui poucos dias Alicent teria que dá as caras para mim já que minhas damas de companhia iria chegar.
Não iria força minha presença a ela não agora depois de tragédia em sua família, mandei uma carta com condolências e oferecendo meu ombro amigo a ela, não podia dá mais que isso numa situação delicada como aquela.
Agora iria focar em terminar a lista de leituras do meistre Beesbury, encarei o livro volumoso em tão pouco tempo conseguir terminar de ler, foi uma pequena vitória, ainda que houvesse muito mais a ler.
Do outro lado da sala, Lorde Beesbury e seu ajudante estavam ocupados com o cansativo trabalho de copiar documentos oficiais à mão. Três cópias de cada - uma para o Mestre da Moeda, uma para o rei, e outra para a Mão. Observava enquanto ele terminava de escrever uma carta, mergulhando a pena repetidas vezes na tinta antes de entregar o documento para secagem.
-- Isso parece trabalhoso demais. -- comentei, aproximando-me.
- E é. Mas, infelizmente, é necessário. Cada detalhe deve ser replicado com precisão -- ele respondeu, esticando o pulso com um suspiro cansado. -- Na minha idade, esse tipo de tarefa pesa nos ossos.
Ao olhar para a mesa, abarrotada de papéis, tinteiros e penas, algo dentro de mim se agitou.
Não deveria ser tão difícil assim. -- pensei. -- na minha vida como Leona tinha máquinas para tudo, até para mover um apagar uma luz com som de palmas.
Se houvesse uma maneira mais eficiente de copiar documentos, Lorde Beesbury não precisaria se desgastar tanto. E então, uma ideia começou a tomar forma. Lembrei de uma vez que foi a um museu e tinha um tabuleiro com letras móveis, era simples e fácil de executar com as possibilidades desse mundo sem tecnologia.
Comecei a planejar o tabuleiro com letras móveis que pudessem ser rearranjadas para formar palavras e frases. Assim, em vez de escrever cada letra à mão, poderíamos simplesmente imprimir as palavras de uma vez.
Nos dias seguintes, dediquei meu tempo livre a desenhar o conceito do "Tabuleiro dos Sete". A ideia era simples: um tabuleiro ajustável, onde letras de madeira ou metal seriam dispostas para formar frases. Depois, uma folha de pergaminho seria colocada sobre as letras e pressionada com firmeza, transferindo a tinta para o papel.
Isso também resolveria o problema dos livros que são copiados por pessoas com letra feia, tem livros que são quase impossível de ler devido à letra ser ilegível.
Com a ajuda dos ferreiro Petros e artesão Jack da Fortaleza Vermelha, o projeto ganhou forma. Criamos moldes das letras e um tabuleiro ajustável. O maior desafio foi que os dois homens não sabiam ler, então precisei desenhar as letras para que pudessem replicá-las. A educação é algo que deveria ser básico, mas meu pai nunca deu importância para isso.
Só faz coias que o Otto fala...
No final, o resultado superou minhas expectativas. Cada letra podia ser movida e reorganizada, e, quando finalizadas, mergulhávamos um pincel para passar nas letras de maneira uniforme, depois com pergaminho pressionando por cima das letras e passa um rolo de madeira por cima para pressionar o papel contra as letras como um caribo ao contrário. O trabalho era rápido e preciso, muito mais eficiente que o antigo método manual.
-- A princesa é um gênio! --exclamou Petros, um dos artesãos, encantado com a invenção.
--Nunca vi nada assim, mas não sei se vai ser útil de verdade -- comentou Jack, o ferreiro de perna de ferro.
-- Se os meistre souberem disso, enlouqueceriam. Isso reduziria o custo dos livros e faria os Sete Reinos correrem atrás dessa máquina -- imaginei as expressões de espanto quando vissem o quanto o trabalho seria simplificado.
--Faremos mais tabuleiros? -- perguntou Petros, ansioso.
-- Sim, precisamos de mais para o banquete de apresentação dos meus irmão. Temos cinco meses até o nascimento do bebê da minha mãe, tempo suficiente para produzirmos mais. E tenho uma estratégia para popularizar o tabuleiro -- sorri, olhando para a invenção. -- Pretendo presentear o Sumo Sacerdote da Fé dos Sete com dez desses, sendo um de ouro. Isso fará com que os nobres também desejem tê-los.
Além disso, o "Tabuleiro dos Sete" seria útil para um plano maior: subornar o Sumo Sacerdote para anular o casamento de Daemon. Não permitirei que ele mate Rhea como fez na minha primeira vida. Ainda faltava alguns anos para isso.
--Então é por isso que você o chamou de "Tabuleiro dos Sete" -- riu o ferreiro, compreendendo minhas intenções. -- Vou aprimorar o design para que pareça mais relacionado à Fé.
-- Continue assim e terá muito ouro - ele me disse, enquanto eu saía com o tabuleiro em mãos. Agora, era hora de levar minha criação a Lorde Beesbury.
Cheguei à sala de Lorde Beesbury e, como de costume, ele estava imerso em seu trabalho, alheio ao que acontecia ao redor. Aproveitei o momento de silêncio para preparar o tabuleiro e organizar uma pequena demonstração. Com cuidado, dispus as letras e, quando tudo estava pronto, chamei a atenção de todos na sala.
-- Meu lorde Beesbury, estive trabalhando em algo para facilitar suas tarefas, especialmente a cópia de documentos -- anunciei, com um sorriso discreto. Alicent voltou a ficar ao meu lado uns dois dias atrás, ela agora era mais como minha sombra mais conseguia enganar para conseguir meu espaço para trabalhar meus projetos pessoais. Ela estava alí provavelmente para me ajuda com as aulas e me acompanhar, estava ao lado do meistre da moeda, observava tudo com grande curiosidade sentia seus olhos brilha com curiosidade do que iria fazer.
Beesbury levantou o olhar cansado e curiosamente me encarou. Alicent franziu o cenho, atenta a cada detalhe.
Com gestos precisos, mostrei como as letras no tabuleiro podiam ser organizadas para formar palavras e frases. Depois de mergulha o pincel na tinta e pintar as letras, pressionei o pergaminho sobre elas e passei o rolo de madeira por cima. Um murmúrio de surpresa percorreu a sala quando levantei o papel, revelando uma cópia perfeita do texto em questão.
-- Com isso, meu lorde, poderá fazer cópias muito mais rápidas e precisas. O tempo que se perde com a escrita manual será reduzido drasticamente -- expliquei, exibindo o resultado.
Beesbury olhou para o pergaminho impresso, seus olhos se arregalando com a realização. Alicent deu um passo à frente, inspecionando a folha com um olhar de espanto.
--Isso é... extraordinário -- murmurou ela, maravilhada.
-- Como você pensou nisso? -- Lorde Beesbury perguntou, sua voz embargada, claramente emocionado. --Tanta preocupação... comigo? Com o meu trabalho?
Ele parecia profundamente tocado, quase incapaz de acreditar que eu dedicara tanto esforço para ajudá-lo.
-- O senhor sempre foi fiel à minha família, meu lorde, e à coroa. Este tabuleiro é uma forma de aliviar seu fardo -- respondi com sinceridade. -- Não posso ignorar seu esforço e devoção.
Beesbury piscou rapidamente, tentando esconder as lágrimas que ameaçavam escapar. Ele passou a mão trêmula pelo pergaminho, como se precisasse sentir a realidade daquilo.
--Isso... isso mudará tudo. Não só para mim, mas para todos nós. -- Sua voz quase falhou. -- Devemos apresentar isso ao Conselho do Rei imediatamente! Sua utilidade é inegável!
Antes que ele pudesse se entusiasmar ainda mais, levantei a mão com um sorriso suave.
-- Será apresentado, meu lorde, mas no momento certo. Quero esperar pela apresentação do meu irmão, que em breve nascerá. Será uma oportunidade mais solene para divulgar a invenção. Além disso, desejo enviar um tabuleiro ao Sumo Sacerdote da Fé dos Sete primeiro, para que ele abençoe o nome "O Tabuleiro dos Sete". Com o apoio da Fé, a aceitação será muito mais fácil.
Alicent, que até então mantinha uma postura de curiosidade, de repente sorriu, uma mistura de surpresa e entusiasmo iluminando seus olhos.
-- Você nomeou o tabuleiro em homenagem à Fé dos Sete? - perguntou ela, impressionada. -- Isso é brilhante, Rhaenyra! Os nobres vão se sentir compelidos a possuí-lo se acreditarem que é abençoado pela Fé.
-- Exatamente -- confirmei, satisfeita com a reação dela, meu trabalho de comrroper a Alicent estava funcionado, só precisei afastar do pai e levando comigo para conhecer mundo fora do castelo.-- O nome foi pensado com cuidado, para atrair não só os estudiosos e mestres, mas também os devotos e nobres influentes. Quero que o Tabuleiro dos Sete seja desejado por todos.
Lorde Beesbury assentiu lentamente, compreendendo a profundidade do meu plano. Sua emoção foi substituída por uma determinação renovada.
-- Sua sabedoria, princesa, nunca me decepciona. --Ele fez uma pausa, ainda segurando o pergaminho impresso. -- Se o Sumo Sacerdote aprovar, o Conselho não terá como ignorar sua invenção. E isso beneficiará todo o reino.
Satisfeita com sua reação e com o sucesso da demonstração, deixei o tabuleiro em sua mesa.
-- Agora, meu lorde, descanse. Em breve, não terá mais que desgastar suas mãos com tantas cópias.
Com isso, me despedi, sentindo uma leveza no coração. O Tabuleiro dos Sete estava pronto, e seu destino estava selado - não apenas como uma ferramenta, mas como um símbolo de poder e influência no reino.
Ele seria o primeiro de muitos...
Sorri lembrado que no mundo da Leona tinha muitas coisas que podia cópia para esse mundo.
5927 palavras
Queria fazer uma pergunta, capítulos longos são melhores do que capítulos pequenos?
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