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Capítulo 1 - atração em um olhar

Algumas pessoas entram em nossas vidas avassaladoramente, marcando-nos para sempre. São memórias que nos moldam, transformando-nos em versões mais complexas de nós mesmos. E mesmo quando os anos se esvaem, essas lembranças permanecem imutáveis em nossa mente, esperando para serem ressuscitadas ou apagadas por completo. Talvez Cora Vila Monte seja uma dessas pessoas?

Ela era uma mulher que despertava desejos e paixões com sua sensualidade natural. Seus traços exuberantes, curvas sinuosas e olhar penetrante com seus olhos negros profundos com notas de um tango apaixonado, a tornavam uma figura irresistível aos olhos de quem a contemplava. Sua pele branca, macia e delicada parecia convidar a toques suaves e beijos ardentes. Seus cabelos curtos, da mesma cor intensa de seus olhos, e seu batom vermelho-escuro eram a última palavra em elegância e sofisticação, refletindo as tendências da moda de 1932.

Ela, uma jovem encantadora, que trabalhava na sapataria de seu pai, porém, sua personalidade transbordava muito além de sua beleza física. Ela era intensa e teimosa, sempre buscando aventuras empolgantes para preencher sua alma sonhadora. Por trás da postura segura e altiva, Cora carregava uma imaginação vibrante, capaz de encontrar beleza nos detalhes da vida e transformar o comum em algo extraordinário.

Cora que cresceu em uma pacata cidade do interior. Sentia que seu coração ansiava por algo mais do que o cotidiano tranquilo. Ela sonhava com novos horizontes, conhecer novas pessoas e, quem sabe, encontrar o amor no meio de suas aspirações. Sua mente ágil e perspicaz tornava-a uma jovem única, sempre disposta a enfrentar os desafios que a vida lhe apresentava.

E pessoas como Cora são do tipo que anseiam por lugares que a convidam a crescer e explorar o seu máximo, e aquela pequena cidade onde vivia desde que nasceu não era esse tipo de lugar.

Uma cidadizinha encantadora, com uma atmosfera tranquila e um ritmo de vida mais lento. As ruas eram em sua maioria paralelepípedos, com poucos veículos motorizados e predominância de carruagens e bicicletas. As casas eram geralmente construídas em estilo tradicional, com telhados de coloniais e jardins bem cuidados.

No centro da cidade, havia a praça onde ficava a pequena capela com uma fonte e bancos onde as pessoas se reuniam para conversar e relaxar. Ao redor da praça, estavam as principais lojas, como mercearias, padarias e farmácias, que atendiam às necessidades básicas da comunidade.

E foi em um domingo de primavera, a pequena cidade parecia mais viva do que nunca. O sol brilhava forte no céu, as flores exalavam um perfume doce e convidativo, e a tranquilidade típica do fim de semana pairava no ar. Cora, vestida com seu melhor traje de domingo, um vestido amarelo com seu pequeno véu na cabeça, estava saindo da missa quando se deparou com um belo rapaz debaixo de uma árvore de ipê, na praça na frente da igreja.

Enquanto Cora caminhava, seus olhos se fixaram no rapaz à sua frente. Um frio intenso tomou conta de sua pele, começando no ventre e percorrendo cada parte de seu corpo. Nunca havia visto alguém tão belo e sedutor quanto aquele jovem. E ele, por sua vez, percebeu o olhar curioso de Cora, começou e se aproximou com um sorriso que deixava claro todas as suas intenções naquele momento.

"Paulo!" Esse foi o nome que saiu da boca daquele homem com uma voz de tom grave e aveludado que se apresentou a Cora, ele com sua habilidade incrível para conseguir seduzir as mulheres sem que elas percebessem, e quando se dessem conta acabavam em sua cama. Porém, isso era uma coisa que Cora desconhecia, como ele primeiro atraía com um sorriso dilacerador de corações, seu olhar intenso de cor amendoada ajudava a hipnotizar suas "vítimas".

Paulo era muito cativante, sempre impecavelmente arrumado, com os cabelos castanhos meticulosamente penteados, revelando sua busca pela perfeição e sua elegância natural.

Suas escolhas de roupas eram impecável, refletindo seu bom gosto e senso de estilo. Ele valorizava a primeira impressão e sabia que como se vestisse poderia deixar uma marca duradoura. Seus trajes eram sempre bem cortados, de tecidos finos e cores harmoniosas, transmitindo uma sensação de refinamento e confiança.

Mas era o perfume que emanava dele que verdadeiramente capturava a atenção das pessoas ao seu redor. Um aroma amadeirado, ao mesmo tempo, sedutor e intrigante, que parecia arder no íntimo das mulheres. O perfume era uma extensão de sua personalidade magnética, atraindo e envolvendo aquelas que tinham a sorte de cruzar seu caminho.

Seu rosto robusto, sempre bem barbeado, com sua pele branca levemente corada pelo sol revelava uma masculinidade marcante. Seus traços transmitiam uma sensação de determinação e confiança, criando um ar de autoridade e mistério ao seu redor. A combinação entre sua aparência e seu carisma criava uma presença magnética, capaz de atrair e prender a atenção de qualquer pessoa.

Quando ele começava a contar suas histórias, era como se um mundo de aventuras se abrisse diante dos ouvintes. Sua voz era constante, atraente e sedutora, fluindo com naturalidade e elegância. Cada palavra era escolhida com cuidado, tecendo uma trama envolvente que capturava a imaginação de todos ao seu redor.

Suas histórias eram incríveis e emocionantes, narradas com tal habilidade que pareciam se desenrolar como um filme diante dos olhos dos ouvintes. Ele sabia como envolver sua plateia, despertando sentimentos de fascinação e admiração. Seu tom de voz era hipnotizante, contribuindo para o charme e o poder de persuasão que emanava dele.

Ele falava sobre amor, aventura e descobertas, transmitindo uma sensação de que a vida poderia ser instigante e repleta de emoção. Suas palavras provocavam uma mistura de desejo e curiosidade, fazendo com que as pessoas se entregassem à sua narrativa e se permitissem sonhar por um momento. Ele sabia exatamente como despertar emoções... "nós nos permitirmos, sermos felizes nem que por uma noite!"... Dizia ele, deixando qualquer mulher suspensa, até que as palavras se esgotassem e a trama se desse por encerrada.

E com Cora não seria diferente!? Eles trocaram algumas palavras, da parte de Paulo todas vinham acompanhadas de um flerte, enquanto Cora tentava manter-se centrada, mostrar algum interesse, mas não muito. Cora se permitiu mergulhar no momento, porém mantendo sua racionalidade. Paulo a encantava com suas palavras, gestos e olhares, mostrava-se galante e divertido. E com o olhar de admiração era que Paulo notava que já tinha conseguido o que queria, envolver Cora com suas palavras, entretanto, Cora sabia muito bem lidar com homens assim, até porque não seria o primeiro a tentar conseguir algo a mais da moça. Antes de se despedir, Paulo convidou Cora para um passeio, para assim poderem se conhecer melhor. E a jovem, que também tinha suas artimanhas, deixou Paulo esperançoso com sua simples resposta. "Vou pensar em seu convite!" lhe dando as costas, o deixando apenas um sorriso. Ela saiu entrelaçando os dedos no pequeno rosário que ela carregava em seu pescoço.

O coração de Cora estava em êxtase, acelerado como um motor em alta rotação. A cada passo, seus pés pareciam flutuar no chão, como se a simples presença de Paulo a fizesse levitar. As risadas que escapavam de seus lábios eram como notas musicais, uma sinfonia de alegria e empolgação. Ao chegar em casa, ela mal conseguia conter a ansiedade de compartilhar todos os detalhes do encontro com sua mãe. Sua entrada na cozinha foi como um furacão, tão apressada e agitada que até mesmo sua mãe se assustou.

— Meu Deus! Que foi isso, menina?—sua mãe perguntou, colocando a mão no peito.

— Desculpa, mãe. Foi sem querer! — respondeu Cora, fechando a porta atrás de si.

Cora se aproximou de sua mãe, que estava vestida com um avental de cozinha florido e tinha uma toalha de prato em seu ombro. O cheiro de carne assada invadiu suas narinas e fez sua boca salivar. Ela sentiu uma onda de fome, e antes mesmo que ela se aproximasse mais sua mãe a divertiu.

— Pode ir para lá, já falei que não gosto de ninguém em cima de mim quando estou cozinhando... — disse a mãe de Cora a advertindo. — E como foi a missa? Eu ia com você, mas meu joelho voltou a doer.

— A missa foi boa! Mas o final foi ainda melhor! — Cora disse, mal conseguindo conter a animação.

— Menina! O que você aprontou? — sua mãe questionou, cruzando os braços.

— Nada, mãe! Credo! Nem comecei a falar e já pensa que fiz algo ruim. Também, dona Beatriz, não vou te contar do homem encantador que conheci na saída da Missa!—disse Cora desdenhosamente.

— E que homem foi esse? A cidade é tão pequena que todo mundo que você tinha que conhecer já conheceu! — disse Beatriz, a mãe de Cora, com um leve tom de desdenho enquanto se virava novamente para o fogão.

—Ra Ra! Ele é novo na cidade, ele é um rapaz muito inteligente! Recém-formado em contabilidade! — falou cora como se gabasse.

— Ai! Não me diga que é o filho da Derci? — disse Beatriz com uma expressão preocupada.

— Sim! Por quê?—Cora perguntou surpresa.

— Ai, minha filha! Esse rapaz não é flor que se cheire! Ele está aqui não faz uma semana e já não é bem falado. — disse Beatriz, balançando a cabeça.

— Ah! Mãe! Como em menos de uma semana dá para saber isso? Aposto que as más línguas são da dona Margarete e a dona Ana. Aquelas duas solteironas tem que arrumar algo útil para fazer em vez de ficar falando dos outros!—Cora disse, irritada.

— Não importa quem disse! O mais importante é que ele já está mal falado. O que mais tem são meninas caindo nas lábias dele. E eu espero que você não seja mais uma! Não foi para isso que criei você!—disse Beatriz, com um tom severo.

Cora suspirou, sabendo que sua mãe apenas queria protegê-la, mas achando difícil lidar com tanto controle.

"Ta mãe", ela repetiu, balançando a cabeça em resignação.

Pelos dias que se seguiram, Cora não viu e nem ouviu falar de Paulo, até um dia que ela estava atarefada ajudando seu pai na sapataria. Cora estava distraída atendendo um cliente, quando um homem entrou, ela sentiu um perfume que lhe era familiar. Ao levantar o olhar para cumprimentá-lo, Cora se surpreendeu ao ver que era Paulo. Seu coração disparou na mesma hora e tudo pareceu ficar em câmera lenta, seu rosto branco ficou rubro.

Cora sentiu uma mistura de surpresa e excitação ao vê-lo novamente, e sua mente se encheu de pensamentos e dúvidas. Será que ele se lembra de mim? Devo agir naturalmente ou tentar impressioná-lo?

Ele caminhou até o balcão da sapataria e cumprimentou o pai de Cora com um aperto de mão firme. Depois, se voltou para Cora e a cumprimentou com um sorriso malicioso.

— E como o senhor está? — disse ele ao pai de Cora.

— Estou bem! Como você cresceu, Paulo! Ainda me lembro de você brincando de bolinha de gude lá no campo.

— RS! Sim, senhor Matias! Bons tempos, agora as preocupações são outras, arrumar um bom emprego, uma boa esposa. — disse ele olhando para Cora.Cora, por sua vez, mantinha a cabeça baixa, mas dava para ver o sorriso de encabulação.

— Eh! Bem-vindo a vida adulta! — disse Matias sorrindo. — E em que posso lhe ajudar? — contínuo ele.

— É que eu gostaria de um sapato preto, assim que acabar o tempo que estou visitando meus pais, vou a uma entrevista de emprego. E quero passar a melhor impressão possível. — disse Paulo encostando-se ao balcão.

— Sim, claro, vamos tirar as medidas. — falou Matias.

Paulo assentiu, e Matias pegou uma fita métrica, medindo cuidadosamente o pé de Paulo enquanto conversavam sobre o mercado de trabalho e as oportunidades na cidade. Cora observava em silêncio, ainda sorrindo envergonhada, enquanto seu pai e Paulo trocavam histórias e conselhos.

Após tirar as medidas, Matias trouxe algumas opções de sapatos para Paulo experimentar. Enquanto Paulo experimentava cada par, Matias oferecia opiniões e conselhos sobre o melhor sapato.

— E você, Cora? Gostou do sapato? Você parece ser uma mulher de ótimo gosto! — indagou Paulo em um tom provocante.

— Sim, é bonito. — respondeu ela timidamente.

— Ótimo. Vou usá-los como amuleto de boa sorte. — disse ele.

E quanto Paulo pagava pelos seus novos sapatos, Cora pegou o dinheiro e se preparou para dar o troco. No entanto, assim que ela abriu a nota, viu um pequeno bilhete escrito por Paulo. Seu coração disparou enquanto ela lia as palavras cuidadosamente escritas: "Te espero às 18h na praça da igreja."

Cora ficou surpresa e animada ao mesmo tempo. Ela olhou para Paulo, que estava sorrindo para ela, e sentiu sua face corar novamente. Ela não sabia o que dizer.

Cora ficou parada, atordoada, tentando entender o que havia acabado de acontecer. Ela olhou para a porta da sapataria, onde Paulo acabara de sair, e sentiu uma mistura de emoções: surpresa, animação, medo e incerteza.

Enquanto ela se concentrava em seus pensamentos, seu pai se aproximou. Ele colocou uma mão gentil em seu ombro e perguntou:

— Está tudo bem, minha filha?

Cora piscou algumas vezes, tentando se recompor. Ela sabia que precisava manter a calma e não deixar que seu pai percebesse a mudança em seu comportamento.

— Sim, sim, pai! — ela respondeu, forçando um sorriso. — Eu só me perdi em meus pensamentos.

Ela, por sua vez, manteve a cabeça baixa. Seu coração batia acelerado, e uma mistura de emoções a envolvia. Ela estava curiosa sobre Paulo e seus olhos sedutores, mas, ao mesmo tempo, uma voz interior a alertava para ser cautelosa. "Será que ele é realmente confiável? As histórias que ouvi sobre ele são verdadeiras?", pensou Cora, enquanto lutava para manter uma expressão serena.

Cora se esforçava para se concentrar no trabalho, mas sua mente estava cheia de dúvidas. Ela não sabia se deveria aceitar o convite de Paulo. Por um lado, ela estava curiosa e um pouco empolgada com a possibilidade de sair com ele. Por outro lado, ela se sentia insegura, havia, sim, comentários sobre o nome de Paulo ser muito galanteador, porem ele era jovem e solteiro, nada era de tão alarmante.

Ela escondeu o bilhete no bolso de sua saia, focando novamente no trabalho. Mas, mesmo assim, ela não conseguiria deixar de pensar em Paulo e no convite que ele havia feito.

Ao chegar em casa, ela mal conseguiu conter a ansiedade de compartilhar todos os detalhes do ocorrido com sua mãe. Seu coração estava em conflito, e ela sabia que precisava de conselhos para decidir. Ao entrar na sala, Cora encontrou sua mãe, Beatriz, sentada bordando algumas toalhas.

— Oi, mãe! Bênça. — disse Cora, tentando parecer tranquila, mas seus olhos entregavam uma mistura de inquietação e curiosidade.

— Deus te abençoe! O que ouve que chegou sem seu pai? — disse Beatriz sentindo algo estranho no ar.

— Sabe, mãe.... hoje o Paulo foi até a sapataria... — falou Cora com uma longa pausa.

— Que Paulo?— indagou Beatriz.

— O filho da Derci! — respondeu Cora, ainda um pouco ansiosa.

— Ah, sim! O que tem ele? — falou Beatriz, enquanto ajeitava os óculos para enxergar melhor o que estava fazendo.

— Ele me chamou para sair, e eu não sei o que fazer! Não quero ficar mal falada, mas gostaria muito de conhecê-lo melhor. — desabafou Cora, expressando sua apreensão.

E soltando o bordado no colo Beatriz falou.

— Ai, minha filha! Eu não sei bem o que dizer, não falarei que não e nem que sim! Mas seja lá qual for a sua escolha, sei que você é uma menina inteligente, bem criada e que sabe lidar com um homem. E qualquer problema, seu pai ainda guarda a espingarda que ele comprou quando você nasceu. E ele ainda sabe atirar muito bem, rsrs! — Beatriz, com um pequeno sorriso e segurando as mãos de Cora, transmitiu-lhe conforto.A jovem riu timidamente, apreciando o toque de humor de sua mãe.

Ao sentir o carinho e o apoio de sua mãe, Cora se sentiu mais tranquila e segura para decidir. Ela sabia que tinha que seguir seu coração, mas também precisava estar atenta aos sinais e ser cautelosa.

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