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PRÓLOGO

Onze anos antes

O tempo nublado indicava que Cibele não estava nada bem.

E ninguém poderia exigir que ela estivesse.

Apesar de tudo, ela tentava se controlar, não deixar água cair dos céus, causar o menor dano possível a um perfeito dia de sol.

Enquanto olhava pela janela, Calisto não sabia mensurar quanto tempo sua irmã demoraria para desmoronar de vez. Naquela data, em específico, completavam-se dois anos que Melina estava refugiada. Dois anos sem contato. Dois anos agarrados à fé de que ela e Nicolao estavam bem.

Calisto nunca havia cogitado ter filhos, apesar de Lucca querer, ele sabia que o príncipe não era a pessoa mais paternal do mundo. Quando Lucca morreu, qualquer chance de ter uma criança morreu com ele. Então, não podia ter a perfeita noção do que Cibele estava sentindo — a dor de ser afastada de sua filha.

Calisto sentia saudades de sua sobrinha. Era estranho caminhar pelos corredores do palácio sem ver uma pestinha saltitante correndo por todo canto. Calculou que a saudade que Cibele sentia deveria ser, no mínimo, dez vezes maior.

Saiu de seus devaneios quando ouviu passos próximos. Olhou para trás, para o pequeno cômodo onde estava. Estantes de livros e pequenas obras de arte decoravam as paredes. Havia uma mesa redonda no centro com duas cadeiras. Um ambiente perfeitamente agradável para uma reunião informal.

Da porta aberta, surgiu uma mulher trazendo uma bandeja com um bule, duas xícaras e aperitivos leves para um café da tarde. Com uma reverência, ela saiu do local. Menos de um minuto depois, surgiu outra empregada, junto do dono da casa — Tyro.

— Pode nos deixar a sós? — pediu Calisto para a funcionária que havia o recebido e levado Tyro até ele.

A mulher reverenciou-o e saiu, deixando os dois a sós.

— A que devo a honra da visita, Alteza? — perguntou ele, com as mãos unidas em frente ao corpo e feição curiosa.

Calisto suspirou e lhe deu um olhar longínquo.

Tyro, vendo o cansaço nos olhos do príncipe, convidou-o a se sentar. Assim, os dois sentaram-se à mesa, frente a frente. O senhor de Mínyma dava o seu melhor para conter o nervosismo. O rosto de Calisto indicava que ele não estava ali apenas para conversar à toa. Mesmo com a face severa, o príncipe posicionou-se de modo relaxado na cadeira antes de dizer:

— Eu quero saber o porquê de estar tão empenhado em matar minha sobrinha.

A expressão surpresa no rosto de Tyro não foi nada menos do que genuína. Em seguida, ele franziu o cenho, expressando raiva, sacudindo a cabeça negativamente.

— Alteza, eu não sei o que te disseram, mas eu garanto ao senhor que...

— Escute! — interrompeu. — Não tenho tempo e muito menos paciência, então, eu gostaria que pulasse a parte onde finge que não sabe do que estou falando, que jura sua inocência e que fica indignado com as acusações. Eu já sei que é o líder da Rhíza. Não precisa gastar saliva tentando me convencer do contrário. Eu não estaria aqui se não tivesse certeza e provas.

O rosto de Tyro transformou-se em segundos. O olhar ríspido e o queixo erguido dominaram sua face.

— Devo perguntar como descobriu?

— Tolice sua achar que eu não descobriria.

— Eu faço isso há anos. Ninguém nunca suspeitou.

— Fiz minha própria investigação — deu de ombros e viu Tyro olhar de soslaio para a porta que ainda estava aberta. — Planejando fugir? — arqueou uma sobrancelha. — Teria que passar por mim primeiro e nós dois sabemos que isso é impossível.

— Tenho, ao menos, o direito de saber o motivo de não ter um exército à minha porta para me levar para a prisão?

Calisto levantou-se e caminhou calmamente até a porta, trancando-a. Ainda de pé, respondeu:

— Você é mais útil para mim em liberdade.

Tyro virou o rosto para trás, para olhá-lo nos olhos, levantando ambas as sobrancelhas.

— Então quer trabalhar em equipe?

Calisto riu. — Não! Não trabalho em conjunto com pessoas burras.

— Não sei se estou compreendendo aonde quer chegar, Alteza — encarava-o de modo desconfiado e armado, como se estivesse temendo sua morte.

— Como eu já disse: acho você uma pessoa burra. Tentando assassinar uma criança, sequestrando e matando sacerdotes, pedindo ajuda para aquele deus, e tudo isso para que? Não te levou a lugar algum. Você é desorganizado, seus planos são estúpidos, é apenas um idiota dando tiros no escuro. Mas...

Demorou a prosseguir com sua fala. Andou até Tyro, sondando seus olhos com cuidado. O homem engoliu em seco.

— Até que concordo com seus ideais — disse Calisto, por fim. — Está tentando colocá-los em prática da maneira mais caótica e ridícula possível, mas, mesmo assim. Deve ganhar um crédito pela intenção.

— E agora? — Foi tudo o que conseguiu perguntar.

— Agora você irá parar de tentar matar Melina. — A firmeza em sua voz não deixou espaço para ser contrariado. — E também vai parar com todos esses ataques ridículos e sem sentido.

Tyro olhou para o chão por um momento. Sabia que não tinha escolha a não ser concordar.

— Tudo bem — assentiu, levantando novamente o olhar para Calisto. — Podemos fazer isso juntos.

O príncipe deu um sorriso de canto. — Esqueceu do que eu disse sobre não trabalhar em parceria com pessoas burras? Além do que, não confio nenhum pouco em você.

— O que quer dizer? — Sua voz saiu mais fina.

Como resposta, Calisto levou suas mãos à cabeça do homem, que arregalou os olhos antes de começar a gritar. Tyro não parecia disposto a facilitar, mas o telepata não se importava. Invadiu sua mente à força, parte por parte, enquanto seus olhos se tornavam brancos e toda a vida do senhor de Mínyma se revelava a ele.

Não parou até que chegasse à parte mais profunda da mente. A parte que lhe interessava. A parte que lhe dava controle sobre o homem.

Afastou-se dele e, a três passos de distância, o assistiu ficar um tanto desnorteado, até que batidas à porta foram ouvidas. A voz de um homem perguntando o que havia acontecido e como estavam.

Calisto olhou para Tyro.

"Abra a porta, diga que está bem", falou à mente dele.

Assim Tyro o fez. Com um sorriso divertido no rosto e ar de gentil senhor, dispensou o empregado.

Quando a porta se fechou outra vez, Calisto pegou uma das xícaras de porcelana e a bateu contra a mesa, quebrando-a. Pegou do chão a parte mais pontiaguda e afiada e a entregou ao outro homem.

"Corte seu pescoço", disse a ele.

Prontamente, Tyro levou o pedaço ao pescoço e começou a rasgá-lo.

"Pare", pediu Calisto, antes que fosse tarde demais. "Já é o suficiente."

Pegou de volta o caco de porcelana, brincando com ele em suas mãos e sorriu ao dizer para o não tão gentil senhor:

— Agora nós vamos fazer as coisas do meu jeito.














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