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3 - Herói

Ali parados, sem saber o que fazer, os dois esperaram.

O barulho foi ficando mais alto. Curioso, Eastar resolveu seguir em frente na direção em que vinha o som. Quando passou pela primeira árvore, saindo da clareira, ouviu um barulho ainda maior, e um tronco caiu atravessado na sua frente.

Ele olhou para a esquerda e viu um animal enorme, lembrava muito um touro, com uma pelagem negra e lustrosa, chifres do tamanho de um homem se curvando em arco, os cascos criando sulcos no chão enquanto ele pastava, o problema é que este deveria ter pelo menos cinco vezes o tamanho de uma mimosa qualquer.

O jovem abriu a boca sem conseguir dizer uma palavra. Parecia uma casa ambulante que bufava muito pela boca.

A criatura parecia vir pastando por aquelas partes e sem querer foi dar no lugar onde estavam. Ele não viu o garoto que se achava atrás de uma árvore, mas viu Sindar, ela olhava boquiaberta para aquele grande touro.

A criatura bufou e bateu as patas dianteiras no solo. Não gostava nem um pouco de humanos e tinha cicatrizes no dorso que lhe davam motivos para isso. De repente se arremeteu na direção da princesa.

Eastar não teve tempo de pensar,  viu o animal partindo para cima da garota e correu atrás dele. Em questão de segundos estava ao lado das patas dianteiras do bicho e lhe deu um empurrão com o ombro, o touro foi jogado para o lado, rolando e parando perto da cratera.

Sacudindo a cabeça e mugindo, o touro se levantou furioso.

— Vamos lá, chifrudo, por que não pega alguém do seu tamanho?

Assim que completou a frase percebeu que não era bem esse o caso. O touro resolveu que ele faria um alvo melhor e disparou na sua direção, que bem no último momento pulou para o lado, escapando por pouco dos chifres.

O jovem estelar rolou no chão e deu uma olhada para conferir se a princesa estava bem, ela estava muito pálida, seus olhos estavam arregalados e sua boca estava aberta em espanto, ele decidiu que estava tudo normal e se virou para a casa chifruda ambulante.

— Muito bem, grandão, se é assim que vai ser... Então venha!

O touro mais uma vez investiu para cima de Eastar que, agora preparado, gritou e correu ao encontro do animal. No momento em que a criatura abaixava a cabeça e preparava para enfiar seus chifres nele, o garoto deu um passo para o lado com uma velocidade incrível, e com o impulso da corrida, deu um soco na lateral da cabeça do touro usando toda a sua força. A pancada foi tão forte que se ouviu o som de ossos se quebrando e o touro foi jogado no chão, deslizando para o lado devido à força do golpe que recebeu.

— Opa! — Eastar recuperava o equilíbrio pulando em um pé só. — Aaaahh, então é assim que se freia... — Se virou para a princesa, sorrindo. — Que bicho enorme! É esse o tipo de coisa que você fica caçando? É um pouco perigoso, não?

Sindar não respondeu, estava sentada no chão olhando para ele, perplexa com a naturalidade que ele falava a respeito de abater um animal que dez humanos ou sirions juntos não conseguiriam.

— O que foi? Tá me olhando como se eu fosse outro desse bicho — disse apontando o animal caído perto dele.

— Cornaro.

— Oi?

— Cornaro é o nome dessa raça de touros, vivem ao oeste nas encostas das montanhas.

— Ah, pensei que isso era um obrigado.

— Como? Ah, sim. — Ela se levantou e foi caminhando em direção a Eastar, ficou na ponta dos pés, passou os braços em volta do pescoço dele, abraçando-o e apoiando a cabeça no seu ombro. — Muito obrigada.

Ele sentiu o corpo dela tremer e percebeu o quanto ela devia estar apavorada.

***

— Ao nosso herói! Que Belron lhe ilumine e que Sorya guie seus passos no escuro!

Uma grande ovação fez vibrar as paredes do enorme salão. O Rei Herimbor ergueu sua taça de vinho junto a todos os convidados e deu um longo gole.

Eastar vestia uma camisa de linho branca, calça de couro e botas pretas, já que seu macacão de poeira estelar estava em farrapos e foi jogado fora.

O garoto estava entre o rei e Aros. Estavam de pé atrás da mesa que havia sido posta diante dos tronos, no momento, cercada de cadeiras para os convidados mais nobres. Outras duas mesas foram postas no salão e todas se encontravam cheias de homens e mulheres rindo e cochichando sobre o que havia acontecido naquela tarde.

O jovem herói estava gostando de toda aquela emoção, ele finalmente entendia o porquê de o pai fazer todas aquelas coisas. A sensação de agradecimento no rosto das pessoas quando o olhavam era fantástica.

— É bom ser o centro das atenções, não é, garoto? — disse seu pai, rindo ao seu lado, depois se inclinou mais para perto do filho e sussurrou: — A propósito, foi um belo soco, mas você continua se distraindo muito fácil.

— Você viu? Onde você estava? Podia ter ajudado! — Eastar olhou para o pai, indignado, o que fez Aros rir antes de responder:

— Estava olhando pela janela do meu quarto. Vi o touro se aproximando da clareira e então vi você e a princesa lá... — Ele pôs a mão na barba, pensativo. — Por um momento pensei em ir ajudar, acho que daria tempo, mas queria te ver em ação.

— Você estava me testando? — Eastar não podia acreditar que o pai pudesse ser tão frio.

— Não estava te testando, eu tinha confiança que você saberia o que fazer, só isso. Treinei você por mais de um milhão de anos, pivete, eu sei do que você é capaz.

O garoto se espantou com a seriedade no rosto do pai, seu peito inchou de orgulho de si mesmo pela confiança que havia adquirido dele, sorriu então para o velho e se virou para o outro lado, onde Sindar estava sentada em seu trono de prata logo depois do pai, ela olhava para o jovem, e os dois sorriram um para o outro.

A festa se estendeu noite a dentro, homens bêbados começaram a assediar as criadas e a dormir em seus pratos de comida. O cornaro foi servido em partes postas em cima de uma grande fogueira e temperado com ervas, mel e pimenta, a carne do animal era incrivelmente macia e saborosa.

Eastar comeu tudo o que podia e experimentou um pouco do vinho, tossiu ao sentir a bebida descendo quente na garganta, e seu pai lhe deu tapinhas nas costas, rindo.

— Olhe só, está virando um legionário!

Gargalhou enquanto o rei dizia que mandaria entalhar uma figura da batalha no grande portão, mas era difícil ter certeza se ele lembraria daquilo quando estivesse sóbrio.

— Graças à Ulmo você estava lá, garoto, se não, temo que não veria minha aguiazinha de novo.

— Ora, papai. — Sindar retrucou agarrada ao braço do pai. — Mas não entendo, cornaros costumam ficar bem a oeste daqui.

— Provavelmente veio parar aqui fugindo de caçadores. — Aros entrou na conversa.

— Caçadores? Então vocês realmente caçam esse bicho? — Eastar disse, com a boca cheia de carne.

— Caçamos. Percebe como a carne é saborosa? Além disso, os chifres fazem ótimos arcos, além de ser um bom anestésico quando se raspa a área perto da cabeça. — Herimbor sorriu e o garoto percebeu que suas bochechas já estavam bem rosadas. — Mas geralmente fazemos isso com grupos de quinze a vinte pessoas e, mesmo assim, a maioria é sempre experiente.

— Aquele bicho não tinha cara de que fugiria de algo...

— Pode ser... — Aros coçou o queixo e deu de ombros. — Bem, foi só o que imaginei depois de ver as cicatrizes no dorso dele.

***

Mais tarde, enquanto os homens eram retirados do local carregados por guardas ou de braços dados com jovens criadas aos risos e gritinhos divertidos, Eastar pediu licença ao rei e também saiu do castelo. O vinho já o estava deixando um pouco tonto, e ele seguiu o caminho para os muros da cidade.

A cada curto passo que dava era parado por alguém que lhe agradecia por salvar a princesa, ou pedia para contar novamente a história, que apesar de ele não saber, estava crescendo entre todos os habitantes da cidade. Muitos diziam que o seu soco havia criado uma cratera no chão e destroçado a cabeça do cornaro até virar uma pasta, outros diziam que sua velocidade era tanta que o touro não conseguia vê-lo enquanto o jovem o cutucava e o fazia de besta antes de dar o golpe final.

Finalmente, chegando aos muros da cidade, ele subiu as escadas ao lado do portão, se apoiou nas ameias olhando toda a vastidão de terras a sua frente sob a luz da lua. Matas densas com árvores enormes, cadeias de montanhas longe demais para que ele conseguisse vê-las direito. Alguns guardas faziam a ronda, mas deixaram o jovem em paz.

— Acredita que até hoje nunca fui muito longe de Londrian?

Ele olhou para trás e viu Sindar nos últimos degraus da escada, ela foi até o seu lado, apoiou os cotovelos na borda das ameias e olhou para a frente. Os guardas se afastaram, sumindo de vista.

Eastar sorriu, imaginando que a princesa deveria odiar ser vigiada.

— Mesmo à noite, só com a luz de Sorya e seus colegas, a vista continua sendo muito bonita, não acha?

— Sim, mas eles ainda não são meus colegas. Ainda não entrei para a legião.

A princesa fez uma cara confusa, e ele pensou em explicar todo o processo para entrar na legião, mas pensou melhor, balançou a cabeça e deu de ombros.

— Não importa. Eu sempre quis descer para ver como eram as coisas daqui, é difícil acompanhar ou entender as coisas lá de cima. O tempo pra gente passa diferente, muito mais rápido que aqui em baixo.

— Imagino que vocês devem nos ver como pequenas formigas que mal sabem o que fazem, não é?

— Alguns sim, mas esses são poucos. Minha mãe vive estudando os terráqueos, principalmente os humanos, adora entender como e por que fazem as coisas. — Eastar olhou para o céu, sorrindo. — Acho que puxei sua curiosidade.

— Meu pai me conta sobre os humanos, ele também os acha interessantes, mas acho que tem mais medo que curiosidade.

— Medo? — Ele olhou de volta para a princesa, que olhava o horizonte.

— Sim, diz que eles são muito instáveis, que podem ser seus amigos, mas que lhe enfiariam uma faca entre as costelas por um punhado de ouro... Claro, ele não diz que são todos assim, mas prefere não arriscar.

— E você? Também pensa assim?

— Não sei. — Ela abaixou a cabeça. — Não quero julgá-los, sendo que nunca convivi com eles. Mas imagino que suas vidas curtas os influenciem bastante, talvez por isso sejam tão "selvagens" como alguns nobres daqui dizem, acho que isso é uma vontade de aproveitar a vida ao máximo.

— Rá! Você está começando a lembrar a minha mãe com essas teorias profundas. — Ele balançou a cabeça. — Sabe, eu observava os humanos às vezes com ela, e sua visão é bem parecida. Meu pai simplesmente diz que são mais divertidos e que adoram uma boa briga, mas acho que essa é a maneira dele de fazer um elogio.

— Você já sente falta dela? — A princesa perguntou com uma expressão triste e cansada.

Eastar percebeu onde o assunto estava indo, era tão estranho, ele, um estelar, tinha mãe, já a princesa não tinha mais a dela.

— Desculpa... eu...

— Tudo bem, eu nem conheci a minha mesmo. — Ela tentou sorrir para ele.

O garoto a encarou. A luz emitida pelos olhos dos dois iluminava o vestido dela, deveria ser branco, mas naquele momento mantinha um tom esverdeado, ia até o tornozelo em um pano fino com desenhos de ramos de árvores e folhas prateadas, não tinha mangas e o colarinho descia em um v que chegava quase até o umbigo.

— Meu rosto é um pouco mais pra cima. — Ela parecia ter esquecido o assunto anterior, levantava uma sobrancelha para ele com uma expressão divertida. — Sei que você é alto, mas não sou tão baixa assim.

Eastar sentiu alívio por ver que ela estava sorrindo, continuou olhando na direção de antes... e se assustou... percebeu que estava olhando para o decote dela por um bom tempo, olhou para o seu rosto e viu que agora ela estava séria.

— Desculpa! Eu... achei seu vestido muito bonito.

— Sim, sei, meu vestido.

Ela o encarou e cruzou os braços, o que só fez seus peitos saltarem mais à vista, e os olhos de Eastar caíram neles de novo.

— Assim você dificulta as coisas para mim!

Sindar olhou para baixo e percebeu o que tinha feito.

— Uau, eles realmente crescem quando faço isso. — Ela começou a apertar e afrouxar os braços, fazendo os seios mexerem.

Os dois riram juntos e Eastar adorou a sensação que tinha, era excitante, e ele se sentia quente.

Sindar parou de rir, soltou os braços e olhou dentro dos olhos azuis.

— Muito obrigada por hoje. — Ela se aproximou. — Eu sabia que vocês, estelares, eram mais fortes e velozes que qualquer raça que vive na terra, mas foi absurdamente impressionante!

— N-não foi nada. — Ele levou a mão a nuca, sem jeito. — Sei lá, eu nem pensei direito na hora, só vi você lá e aquele bicho enorme indo na sua direção... Eu-eu nem sabia se conseguiria fazer algo, não tinha noção se minha força seria prejudicada por estar no planeta e-ee... 

Soltou uma risada involuntária, percebendo que estava ficando nervoso de falar com uma mulher, definitivamente tinha algo muito errado, talvez o fato de ela ser ma princesa o estivesse deixando desconfortável, muito provavelmente era isso. Ele suspirou para se acalmar e completou?

— Que bom que não foi.

— Bom mesmo. De qualquer forma, obrigada. — Ela tocou o peito do estelar com a mão, e ele sentiu o local arder.

Percebendo a proximidade dos dois, a princesa corou e desviou os olhos.

— Deve estar sendo ótima a sensação de ser herói, não é? Eastar, aquele que salvou a jovem e bela princesa Sindar!

— Jovem e convencida princesa Sindar daria mais certo.

A garota mostrou a língua para ele, que riu de novo e continuou:

— Mas realmente é uma sensação incrível, e também deu para perceber que eles se importam com você. Todos pareciam bastante agradecidos quando falavam comigo.

— Imagino. As histórias estão ficando cada vez mais absurdas! Já tem alguns dizendo que eram três cornaros e outros dizendo que você o matou com apenas um dedo!

— Um dedo? Caramba! Até o meu pai ficaria com inveja.

— Com certeza. — Uma nova risada explodiu dos dois. Olhando para ele, ela se decidiu, e deu um pequeno sorriso. — Bem, acho melhor eu me deitar antes que o Grande Rei ilumine tudo isso aqui. Boa noite, Eastar — dizendo isso, ela se pôs na ponta dos pés e pressionou seus lábios contra os dele.

Ele arregalou os olhos, surpreso, a princesa abriu os dela e rapidamente afastou os lábios, tampando a boca, tinha uma expressão assustada no rosto.

— O que foi? — perguntou confuso. — Não me diga que já está arrependida.

— Não é isso, olhe para as suas mãos.

Eastar olhou e viu que brilhava um pouco, um brilho azul e muito fraco e que se apagava enquanto observava.

— Ah, isso. Acontece às vezes.

— Como assim?

— Como posso te explicar. — Ele pôs a mão no queixo. — Digamos que acontece quando tenho uma emoção forte.

— Então quer dizer que você teve uma "emoção forte" agora. — Sindar levantou uma sobrancelha para ele, com um sorriso torto na boca.

— O que você queria? Me pegou de surpresa! Ainda mais depois daquela de cruzar os braços. Você não pode me culpar, princesa. — Ele piscou para ela, que riu também.

— Olhe só! Ele é mesmo um tarado! Muito bem, senhor pervertido, vou seguir o meu caminho antes que você se empolgue demais. Boa noite.

— Espere!

Ele puxou a princesa por um braço, passou o outro braço pela cintura dela e pôs uma mão ao lado de seu rosto enquanto se aproximava para beijá-la. Sindar  abraçou o pescoço dele e nem reparou no fato de os primeiros raios de sol começarem a aparecer atrás das montanhas ao longe. A luz azulada e quente que vinha do jovem estelar iluminava mais que eles.

Os dois ficaram assim algum tempo, até que ela o afastou.

— Eu tenho mesmo que ir. — Ela começou a descer as escadas e continuou: — Espere alguns minutos antes de vir.

Eastar não entendeu o porquê daquela recomendação. Depois daquele beijo não viria outras coisas?

Da janela do seu quarto, Aros sorria assistindo a cena.    


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