Roland estava exausto depois de uma tarde de treino com Teddy. Não havia treinado as fêmeas illyrianas naquela semana graças a grande babaquice de seu pai, que havia dito que elas precisavam também aprender coisas de casa. Aquilo havia emputecido Roland, mas não teve muito que ele pudesse fazer além de dar o soco que estava desejando dar em seu pai fazia meses. E ai sim ele foi verdadeiramente expulso de casa, com direito a todas as suas coisas atiradas para fora.

Sua mãe não tinha ficado contente com a briga dos dois e ainda menos com Roland ter socado o pai. Mas ela havia ficado do lado dele, e agora, graças as atitudes do pai, ela sequer estava falando com o marido.

Bonnie tinha tentado dar um jeito nas coisas, mas nem mesmo ela conseguiu. Não quando nem Roland nem Thery queriam resolver as coisas entre si. Ou pedir desculpas.

E Haise, como o grande idiota que era, ficou do lado do pai. Não que Roland se importasse, não mais. Estava cansado, de saco cheio de tudo aquilo. E não pretendia voltar para casa nunca mais, principalmente depois de toda aquela merda familiar.

Ele voltou para casa que agora morava sozinho, a casa que sua tia havia doado para ele. Roland odiava aquela situação toda, mas estava cansado de fazer tudo o que o pai queria sem protestar. Ele era adulto o suficiente para decidir que tipo de coisas gostava e quais não aprovava.

Ainda assim, era uma merda estar naquela situação com sua família. E Roland odiava cada segundo daquilo, mas tampouco deixaria de fazer o que acreditava ser o certo porque seu pai não aprovava.

E jamais, em hipótese alguma, deixaria Abigail porque seu pai não aprovava o relacionamento deles.

-Você está com uma cara de merda.- Teddy disse e Roland revirou os olhos, largando a espada illyriana no chão.

-Ah, você jura? Se seu pai te expulsasse de casa, como você ficaria?- Roland questionou, cruzando os braços. Mas Teddy deu de ombros.

-Certamente ficaria menos revoltado que você. - o illyriano retrucou. Roland bufou.

-Como você foi de criança mais irritante do acampamento pro cara mais calmo entre os illyrianos?- Roland disse se jogando no sofá. Teddy franziu o cenho.

-Quando você é sequestrado aos dez anos por uma maluca psicótica, muda algumas coisas.

-E minha tia te deu uma lição de moral.- Roland disse e Teddy riu.

-Também. Já contou para Abby que foi expulso de vez de casa?- Teddy disse apenas para ver Roland fazer uma careta. O macho deu risada. -Eu sabia. Você nunca conta essas coisas pra ela.

-Não quero que ela se preocupe comigo. Sabe, agora que achou sua parceira, que é minha prima no caso, tem que começar a entender umas coisas sobre o laço, Teddy. Em resumo: NÃO CONTE TUDO PARA SUA PARCEIRA.

-Isso parece mais um o que não fazer com sua parceira a menos que queira ser esfolado vivo. Eu lembro bem o como Abby ficou furiosa quando não contou para ela o porque estava a evitando. Você é um idiota, Roland.- Teddy disse e Roland suspirou.

Ele sabia que Teddy tinha razão, mas era inevitável. Preferia deixar as coisas da forma que estavam e não queria que Abigail ficasse se preocupando com ele atoa. Apesar de não ser exatamente atoa. Ela já andava tensa demais depois que ele morreu e voltou a vida graças a Astéria, então quanto menos motivos para se preocupar ele desse a ela, melhor.

-Odeio essa merda toda. - Roland resmungou. Teddy deu um suspiro e se levantou.

-Eu estou indo visitar a Jess. - ele disse. -Sabe, contar para minha parceira as novidades, coisa que você não faz.

-Você já era insuportável antes de ficar com minha prima, agora parece que conseguiu piorar mil vezes mais. - Roland retrucou, mas Teddy riu.

O illyriano abriu a boca para dizer algo, mas batidas na porta fizeram os dois se calarem. Teddy e Roland trocaram um olhar antes de Roland se levantar e abrir a porta. E desejou não tê-lo feito. Pois parado ali, estava seu pai.

-O que você quer? - Roland disse, começando a ficar estressado. Teddy, sabiamente, deu um tapinha no ombro de Roland e foi embora. Belo amigo. -Vai me expulsar de uma casa que não é sua também?

-Essa casa é metade minha, se quer mesmo saber, Roland. - Thery respondeu, sem conseguir se conter. Roland fechou a mão com força, tentando controlar sua raiva. Entrar em outra briga com o pai não ajudaria de nada.

-Ah, ótimo, irei sair o mais rápido possível daqui, não se preocupe.- Roland retrucou, fechando a porta na cara de Thery. Mas Thery o impediu.

-Podemos conversar?- o macho disse e Roland bufou, mas abriu a porta para que ele entrasse.

-O que você quer, pai? Falar mais merda ainda?- Roland disse, cansado daquilo tudo. Thery suspirou.

-Estou aqui para me desculpar.- ele disse e Roland parou e piscou. E então:

-Veio aqui porque verdadeiramente sente muito ou porque mamãe te obrigou?- ele disse cruzando os braços. Thery revirou os olhos.

-Vim aqui porque é meu filho e te amo. E estou cansado disso tudo entre nós, Rol.

-Então deveria parar de agir dessa forma. Parar de agir como um idiota com as fêmeas e parar de falar merda da minha parceira. Estou cansado disso!

Thery abaixou a cabeça, algo que Roland jamais achou que fosse ver. Era até mesmo estranho ver seu pai ali, parecendo verdadeiramente querer acertar as coisas entre eles.

-Eu sei. E sinto muito por isso. - Thery disse, respirando fundo. -Aceitou o laço de parceria porque se sentiu obrigado a fazê-lo?

-Pai? Claro que não!- Roland disse perplexo. -Aceitei porque amo ela. Eu amo a Abby, pai, e nada do que você fizer vai mudar isso. Não me importa que você ache ela fraca por ser humana ou insuficiente pra mim porque jamais vamos poder ter filhos juntos. Eu estou pouco me fudendo para o que você acha. Eu amo ela, cacete.

Thery respirou fundo, passando a mão pelo rosto, pelos cabelos. E voltou a olhar Roland.

-Se ela te faz feliz... Fico feliz também. E eu gostaria que considerasse meu convite para você e sua parceira irem jantar lá em casa amanhã. - ele disse e Roland franziu o cenho, preparado para outra discussão. Mas o pai dele o cortou. -Porque acho que... Antes de me desculpar com você, devo me desculpar com ela.

Aquilo, de fato, terminou de chocar Roland. Mas ele aceitou mesmo assim. E talvez aquele fosse um começo. E, talvez, o pai dele tivesse uma salvação, afinal.

Boa noite meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Eu sou um lixo fazendo final de fanfic meu Deus, percebi isso ontem escrevendo o final de tbs. Nem quero ver a caca que vai sair o final dessa fic aqui

Aliás, se eu conseguir terminar de escrever acodar hoje, vai ter chuva de capítulos porque não vou ficar esperando pra postar rs

Enfim

Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 17/05/21