Tudo estava meio merda na vida de Roland, ele tinha que admitir.

Apesar de ter uma parceira incrível e que ele amava com todo o coração, as coisas em casa não andavam tão boas quantos as coisas com Abigail.

Sendo mais exato, seu pai era um problema. Um problema realmente insuportável, que fazia Roland querer mata-lo.

Ele sequer tinha vontade de sair de casa. Bom, não da própria casa, mas sim da casa que sua tia Alynia tinha nas estepes. A casa que seu pai havia crescido. Já que ele tinha, basicamente, sido expulso por seu pai por se recusar a rejeitar o laço de parceria com Abigail.

Agora, a única coisa que fazia, era enfiar porrada nos outros machos do Refúgio do Vento e treinar as fêmeas de tarde. Dessa vez, sozinho, já que sua tia estava grávida e não podia arriscar a vida do bebê indo até as estepes. Pelo menos não naquela fase inicial da gravidez.

Roland fazia de tudo para ignorar seu pai, mas parecia que agora Thery fazia questão de empacar a vida dele. Primeiro, tentando o desestabilizar e o humilhar como guerreiro, mas isso não deu muito certo porque todos do Refúgio do Vento sabiam que Roland era o mais forte da sua idade, e até mesmo que alguns machos mais velhos. Segundo, havia começado a colocar empecilhos no caminho de Roland, principalmente no treinamento com as fêmeas. E terceiro, havia conseguido fazer Haise virar a cara para ele.

Por mais que Roland dissesse a si mesmo que nada daquilo importava, era óbvio o quanto o magoava. E agora, estava evitando Abby.

Ele sabia que ela tinha noção que Roland não estava bem com tudo isso, e ele sabia que Abigail tentaria arrancar cada informação dele. E provavelmente iria dar uma surra no pai dele depois e, por mais tentador que isso soasse, Roland não queria que isso acontecesse. É claro que Roland sempre colocaria Abigail em primeiro lugar, não importava o que fosse.

Naquela tarde, sua tia tinha ido visita-lo junto com Lucien. Provavelmente eles eram as duas únicas pessoas com quem Roland se sentia confortável para dizer o que estava acontecendo. Aliás, eles eram os únicos a saber também.

Alynia estava com a barriga levemente inchada, já começando a ganhar forma. Ela estava com a mão pousada tranquilamente naquele buchinho enquanto Roland dizia os milhares de motivos para querer arrancar fora a cabeça de Conner, que havia ameaçado forçar uma das fêmeas da região a participar do Rito de Sangue. Lucien, que estava com a mão pousada na mão livre de Alynia, olhava com o cenho franzido para Roland.

-E você fez o que?- perguntou o macho e Roland arqueou a sobrancelha enquanto dava seu melhor sorriso arrogante.

-O que você acha? Eu dei uma surra digna nele e só não arranquei fora as bolas desse imbecil porque Sasha me impediu. - disse Roland e Alynia riu.

-É por isso que é meu sobrinho predileto. Mas não conte ao Haise que eu falei isso.- disse sua tia o fazendo rir.

-Ele não parece em nada com o seu irmão, Ly, ele parece você.- disse Lucien, fazendo Alynia dar risada.

-Eu teria sido um pai melhor do que Thery.- ela disse arqueando a sobrancelha. Roland suspirou. Impossível refutar aquilo. -Aliás, Roland, Abigail está começando a ficar impaciente com o estranho fato que ninguém tem tempo para atravessa-la até aqui para te ver. Sabe, a Abby, sua parceira.

Roland fez uma careta. Claro que aquilo, em partes, tinha sido ideia dele. E Roland sabia que não poderia fugir de Abigail para sempre.

-Ela te ama, Rol.- disse Alynia segurando a mão dele na dela. -Não a afaste.

Roland sabia que sua tia tinha razão. Na manhã seguinte, iria até Velaris visita-la. Resolver as coisas. E contar toda a verdade a Abigail.

-Precisamos ir.- disse Alynia se levantando. -Qualquer coisa que precisar, sabe onde me achar. Amo você.

-Também te amo, tia.- ele disse a abraçando de leve. -Tenho certeza que vou ser o primo favorito também.

Alynia e Lucien deram risada, provavelmente se lembrando do como Jesminda e Adrien eram grudados com Roland quando mais novos. Do como Haise ficava irritado porque era nítido que Roland era o primo favorito. Ele também sabia que seria o favorito de novo.

-Se seu irmão não fosse tão mimizento, você perderia pra ele.- disse Alynia e Roland riu, porque qualquer um sabia que era mentira.

Eles se despediram de Roland antes de Lucien os atravessar para de volta a Velaris. Roland deu um suspiro e se jogou no sofá, mas não teve tempo nem de fechar os olhos antes de baterem na porta.

Ele franziu o cenho e se levantou, e a medida que ia se aproximando, sentia aquele cheiro doce e familiar. Ele fez uma careta ao sentir a irritação também. Roland era um macho morto.

-Sei que está ai, Roland, abra agora essa porta ou vou arrebeta-la e depois arrebento você!- Abigail gritou do lado de fora, dando um murro tão forte na madeira que fez a porta estremecer. Roland arregalou os olhos. Ela estava bem, bem irritada.

Roland abriu a porta e deu seu melhor sorriso para sua linda e amável parceira que estava vermelha de raiva.

-Oi meu amor.- ele disse e aquilo pareceu irritar ainda mais Abigail. -Estava com saudades.

-Você é um cínico cara de pau!- ela disse, o dando um soco no braço a cada palavra. Roland sibilou e puxou para dentro de casa.

-Ai, Abbs, que violência. - ele choramingou.

-Quando ia me contar que seu pai te expulsou de casa? Descobri pela Bonnie! Cacete, Roland.- ela disse passando a mão pelo cabelo.

Ele respirou fundo e se sentou no sofá, colando a cabeça entre as mãos. Bom, pelo menos ela já sabia. Roland não sabia dizer se isso era bom ou ruim. 

Abigail se sentou ao lado dele, aquela irritação se dissipando. Ela puxou as mãos dele com cuidado.

-Poderia ter me contado.- ela disse e ele deu um sorrisinho para ela.

-Não queria te preocupar.- ele disse e Abigail revirou os olhos, se aproximando mais dele e se sentando em seu colo. Ela segurou o rosto dele em suas mãos.

-Eu sei. Mas estou aqui por você, Roland. Pra qualquer coisa.- ela disse e ele a apertou mais contra si.

-Eu sei.- ele disse com um suspiro, encostando a testa na dela.

Era incrível o como Abigail conseguia fazer tudo mudar para Roland. Ele não tinha motivos para ficar triste, irritado ou o que quer que fosse quando estava com Abigail. Era como se tudo, eventualmente, fosse dar certo.

Ela passou a mão com carinho e cuidado pelo rosto dele antes de o beijar suavemente. Roland tinha sentio falta daquilo, falta dela;

-Então me conte o que está acontecendo. - Abigail pediu.

E ele contou. O que Roland não sabia, naquele dia, é que teria problemas maiores para lidar do que seu pai. E o que ele também não sabia é que ainda perderia muita coisa. Coisas que jamais poderia repor.

Bom dia povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Eu não esqueci do meu bebê Roland não, jamais cometerial tal crime KKKKK só tava sem criatividade mesmo

Me acordaram 7h da manhã, então decidi postar. Apenas ódio

Agora, enquanto vocês surtam ai, irei mimir KKKK

Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 29/04/21