Abigail estava deitada em sua cama,  abraçada a Roland, quando uma mensagem de sua mãe apareceu magicamente. A mensagem dizia que ela e Azriel somente voltariam na manhã seguinte para Velaris, pois além de resolverem os problemas de Eris e Astéria, também tinham que resolver algo para Rhysand.

Apesar da mensagem ser breve, dizia coisas confusas como "Eris morreu, mas passa bem", o que Abigail não sabia se era uma piada idiota de sua mãe ou Eris estava com algum problema. Ela supunha que se Eris estivesse com algum problema, sua mãe provavelmente teria surtado e não mandado uma mensagem daquelas.

-Está tudo bem?- perguntou Roland se levantando parcialmente para olha-la. Abigail sorriu para ele.

Era tão estranho para Abigail pensar que um dia havia odiado ele. Bom, não odiado de fato, mas implicado tanto. E agora, tudo o que restava, era um amor que ela não conseguia ao certo descrever ou demonstrar o suficiente. Ela esticou a mão e segurou a de Roland na sua.

-Honestamente, não sei.- ela disse se aproximando mais de seu parceiro e deitando a cabeça no peito dele. Roland deu risada e mexeu com carinho no cabelo de Abigail. Ela estava quase dormindo quando ele começou a falar.

-Preciso voltar pra casa hoje.- ele disse e Abigail fez uma careta. Aquela era a coisa que estava evitando ouvir a tarde toda.

-Precisa mesmo?- ela disse o olhando e ele riu.

-Pra quem me odiava você agora não vive sem mim.- ele disse e Abigail revirou os olhos.

-Infelizmente, você tem razão.- ela admitiu e Roland sorriu antes de se inclinar para beija-la.

Apesar de já terem feito isso muitas vezes, Abigail nunca se cansaria da sensação da língua de Roland deslizando pela dela.

Abigail se afastou dele o suficiente para olha-lo nos olhos. Roland passou a mão com carinho pela bochecha de Abigail.

-Se você ficasse aqui essa noite, eu não reclamaria.- ela disse fazendo Roland sorrir. -Afinal, Ayla sumiu e provavelmente não volta tão cedo.

-Eu só vou ficar porque não posso dizer não pra minha parceira.- ele disse a puxando para mais perto de si e Abigail deu um sorriso.

Eles ficaram em silêncio por um bom tempo. Roland ainda não tinha dito a ela o porque da visita inusitada, mas ela sabia que tinha algo errado. O conhecia bem o suficiente para notar até mesmo os pequenos detalhes, até mesmo o que Roland se esforçava para esconder dela. E, provavelmente, ele deixaria aquilo de lado, então Abigail teria que pressiona-lo. Ela podia sentir a tristeza dele pelo laço que os unia, apesar de ser tão suave que quase era inexistente. Mas ainda assim, estava ali.

-O que aconteceu?- ela perguntou o olhando nos olhos. Roland pareceu surpreso por um segundo com a pergunta repentina, mas fez sua melhor tentativa de parecer confuso. Não que Abigail fosse cair naquilo.

-Como assim?

Abigail se sentou na cama para olha-lo melhor e Roland, percebendo onde aquilo ia dar, suspirou e fez o mesmo. Não tinha escapatória, ele sabia; a conhecia bem demais para saber que ela não o daria paz até revelar.

-Consigo sentir sua tristeza, apesar de você ser mutio bom em esconder ela. Você não precisa mentir pra mim, Roland.- ela disse suavemente, segurando a mão dele na sua. Roland deu um sorriso fraco pra ela.

-Eu sei, Abbs.- ele falou a puxando para perto de si.

Abigail cedeu, se aproximando dele, deixando que Roland a puxasse para seu colo. As mãos dele deslizaram até a cintura dela e Abigail segurou o rosto de seu parceiro em suas mãos.

-Meu pai aconteceu.- ele admitiu, e Abigail abriu a boca para começar a falar o que achava a respeito, mas Roland a impediu. -E eu não quero falar sobre isso. Pelo menos, não agora que temos um tempo contado juntos. Eu só quero ficar aqui com você e não pensar sobre isso.

-Roland...- ela começou, mas ele a calou com um beijo.

Roland a jogou para o lado com cuidado, ficando por cima de Abigail, a língua envolvendo a dela.

Era uma bela forma de fugir do assunto, ela supunha. Tudo bem. Ela daria espaço para ele, mas Roland não fugiria daquela conversa tão fácil.  Porém, naquele momento, ela se contentaria com aquilo.

Abigail esticou a mão e a passou de forma preguiçosa pela asa de Roland, porque sabia o como aquilo o levaria a loucura. Era uma boa forma de se vingar por ele a ter calado.

Ele estremeceu com o toque dela, parando de beija-la para olha-la. Abigail deu um sorrisinho.

-Você é maldosa. - ele disse beijando o pescoço dela, fazendo com que um arrepio subisse pela coluna de Abigail.

-Não faço ideia do que está falando.- ela disse inocentemente, passando novamente a mão pela asa de seu parceiro. E de novo, e de novo. Roland ficou tenso sobre ela e ofegou. Sensíveis, de fato.

-Se continuar fazendo isso, não vai dar certo.- ele disse trincando o maxilar para tentar manter seu autocontrole. Abigail riu.

-Porque?- Abigail perguntou e ele deu um sorrisinho para ela.

-Porque vou querer te agarrar.- ele disse a encarando e Abigail deu um sorrisinho.

-Então faça isso.- ela disse e Roland não esperou por um segundo aviso antes de beija-la.

Ela queria aquilo fazia um bom tempo. Seu corpo queimava, fervia e implorava por ele. Ela precisava daquilo tanto quanto sabia que ele precisava. Consumar aquele laço de uma vez por todas.

Então, ela não estava nervosa quando Roland tirou delicadamente sua camiseta. Quando ela mesma achou o caminho para arrancar a dele, suas mãos percorrendo pela pele exposta de Roland enquanto seu parceiro a beijava, a beijava e a beijava.

Ele desceu o pescoço dela com beijos lentos e provocativos e ela estremeceu com o toque de seus lábios suaves contra a pele dela.

Abigail passou a mão pela asa musculosa de Roland, as maiores asas que ela já tinha visto. Ele estremeceu com o toque, mas ainda assim não deixou de beija-la, suas mãos percorrendo pelo corpo de Abigail. A boca explorando cada canto de pele exposta.

Ela desceu as mãos até o cós da calça dele, ainda tentando se concentrar em tirar o resto de roupa que ainda tinham, mas era extremamente difícil focar em fazer isso com Roland a tocando, a beijando, a provocando.

Quando os corpos deles se encontraram daquela forma íntima que nunca havia acontecido com Abigail antes, ela arfou. E ele a segurou com carinho, esperando até que ela se acostumasse, que sua dor passasse. Que desse lugar a outra coisa.

Então, Roland se movimentou e Abigail o beijou. O beijou até sentir aquela explosão de sensações e emoções que nunca tinha sentido antes, e o beijou até mesmo depois, quando ele estava ao seu lado, a puxando, a abraçando com força.

Abigail deitou a cabeça no peito dele e o abraçou com força, permanecendo em silêncio enquanto o coração batia acelerado no peito.

-Eu nunca disse isso, mas eu te amo, Roland.

Roland a apertou ainda mais contra ele. E a voz dele estava embargada quando respondeu:

-Eu também te amo, Abigail. E não tem nada, nada, que eu não faria por você.

E também não existia nada que ela não faria por ele.

Bom dia meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Eu dei uma sumida graças ao Mackenzie (obrigada, bela universidade, por fuder meu psicológico) mas estou de volta!

Esse capítulo ficou tão boiolinha, socorro, o que aconteceu comigo KKKKK

Enfim, espero que estejam todos bem! E gostando!

Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 14/04/21