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V.| Reconstrução do Passado Próximo

Era Noite de Natal... outra vez. Kardía fora lançada no recuar da nem tão inviolável marcha temporal. Dizem que tempo negativo não existe mas, pelos vistos, existem recuos no tempo. Está bem. Aquele 24 de Dezembro estava a tomar proporções absurdas para a veterinária. Desde Corujas Brancas com missões de restaurar o espírito natalício, a pinheiros que, na realidade, eram portais, a lobos feiticeiros e viagens no tempo, àquela altura, a mulher já pensava ter visto de tudo no que tange à dimensão da imaginação.

Nada parecia ter mudado. A maratona dos presentes de última hora e o andar apressado de quem, em feriado, passava a Noite de Natal. As chaminés a fumegar e o Pai Natal multiplicado que dava as Boas Festas.

Tal como fizera anteriormente no tempo anulado, a médica dirigiu-se até à clínica. Entrou e vestiu a bata. Foi até ao armário dos medicamentos e começou a selecionar os comprimidos para administrar aos pacientes animais.

- Kardía! Kardía! Desculpa o atraso! - Gritou uma figura masculina que corria a alta velocidade pelo hospital adentro.

- Que fazes aqui? Para quê tanta pressa?

- Não te lembras do que tínhamos combinado? - Retorquiu o recém-chegado, onde a mulher reconheceu um dos seus colegas.

- O quê? - Perguntou a veterinária, surpreendidíssima.

- Este ano ficarei eu no hospital. Fizemos uma escala de serviço, não te lembras?

- Ah, pois foi. - Mentiu Kardía, fingindo-se recordada.

- Calha um ano a cada um. Nos próximos anos, não terás de passar a Noite de Natal aqui. Há quem nunca cá tenha ficado enquanto o Pai Natal desce as chaminés.

- Pois é, pois é. Vou ver quem é que está a bater à porta. - Disse a médica, ao ouvir o som agudo da campainha.

Foi até à entrada acompanhada pelo rafeiro que também vivera a estranheza do mundo da Coruja Branca. Enroladas em gorros e cachecóis, estavam uma mulher e uma pré-adolescente, presumivelmente mãe e filha.

- Peço desculpa por estar em incomodá-la, - Começou a mãe, ao ver a veterinária de bata branca. - mas, por acaso, não sabe de nenhum cãozinho para adoção?

- Já tentou no canil?

- Estão fechados. - Lamentou-se a mulher. - É que a minha filha, já há uns tempos, anda-me a dizer que quer um cão. Já se conversou em casa e está tudo pronto para receber um animal. Achei que o Natal fosse uma data especial para este acontecimento.

- Olha, mãe! Ele é tão giro! - Exclamou a miúda, agachando-se para acariciar o farrusco que, à mínima oportunidade de mimo, ponha-se de cauda a abanar.

- Esse até está à procura de um dono. - Explicou Kardía. - Chegou aqui num péssimo estado, mas recuperou. É um cãozinho bastante alegre.

- Podemos ficar com ele? - Interrogou a menina, evidentemente à espera de um "sim".

Profecias, do que são feitas? Promessas de um lobo antropomórfico feiticeiro que se realizavam. O rafeiro encontrara o seu lar. Kardía passaria a Noite de Natal em casa. Reconciliar-se-ia com o marido. Visitaria o pai. Festejaria com a filha.

Natal, época mágica. Tempo de amor, de paz, de harmonia, de família. Era nas coisas simples que estes presentes, invisíveis mas de suma relevância, se encontravam. O que mais importava na Vida não estava à venda em montras iluminadas. Alcançava-se com o coração.

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(Total: 3154 palavras)

Monte, 2023

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