♤25♤ Drystan
Enquanto o rei quase coroado ocupava o meu namorado, o fazendo andar de um lado para o outro ao seu lado, eu e a Amelie resolvemos começar o treinamento dela.
Eu fiquei extremamente surpreso quando vi os poderes de Amelie se manifestarem agora, depois de todos esses anos, me pergunto o que fez o mesmo ficar adormecido.
Agora estamos caminhando em direção à floresta de cerejeiras, precisamos de um lugar aberto com a menor quantidade de pessoas possíveis perto.
— Está nervosa?
— Não exatamente, até ontem eu não tinha certeza que eu tinha realmente poderes.
— Entendo, continuo surpreso e curioso do porquê só agora.
— Eu também, mas vamos aproveitar esse tempo sem o Haru e o Arik para nos concentrarmos em não matar ninguém nem a mim mesma com outro pico de poderes.
— Você quem manda, princesa. — Ela riu, soprando com o digo mostrando a língua como de costume.
Amelie sempre foi boa em escutar e seguir o que foi dito pelos seus treinadores, não é à toa que sempre foi uma das melhores alunas, sabe socar um rosto como ninguém. Por isso, não demora que ela entenda o que deve fazer para soltar os próprios poderes.
Amelie dá pulinhos de alegria quando as mãos começam a brilhar. Ela, assim como a mãe e irmã, é uma conjurada da luz, o que pode encurtar nossa viagem ao Reino Cinza, Amarelo e Verde. Só precisamos de mais alguns dias de treinamento.
— Eu estou morta! É sempre assim? Quando usamos os poderes, ficamos cansados? — Ela pergunta quando damos uma pausa para descansar, deitando na grama verde a baixo de uma cerejeira.
— Algumas vezes, sim, principalmente quando nos esgotamos, mas você está mais cansada por ser algo novo para o seu corpo. — Ela assente em entendimento. — Amelie...— O chamo temo pela atenção dos olhos doutos em mim. — Eu estava pensando o porquê de os seus poderes só aparecerem agora e, sem querer, liguei ao que aconteceu com o Arik.
— Você está falando da Astra manipular os pensamentos dele? — Eu assinto, percebendo que ela está entendendo onde quero chegar. — Você acha que alguém impediu que os poderes se mostrassem?
Penso no que dizer para não assustá-la, mas nada mais do que a verdade do que acho bem à minha cabeça.
— Talvez, sua família, assim como as das suas primas do reino Cinza, tem uma linhagem de controladores de mentes assim como de guardiões da luz. Uma ordem, Amelie e seus poderes nunca teriam saído se não fosse a situação de estresse ao você ver o Arik sendo torturado. — Digo, vendo ela parecer contrariada.
Eu não imagino o quanto deve ser difícil para ela acreditar que teve por toda a vida uma família ruim.
— Não sei se a Astra faria isso comigo, ele estava longe esse tempo todo, não é? — Ela se senta correndo os dedos pelos fios acobreados.
Confesso que minha língua coçou para lembrá-la que a irmã sentenciou-lá a morte.
— Me desculpe pelo que vou perguntar agora, mas e a sua mãe? — Ela arregala os olhos, parecendo em choque apenas com a hipótese.
— Ela parecia não gostar de mim, mas não quero acreditar que minha mãe faria algo assim comigo. — Lágrimas brilham em seus olhos, o que também me faz sentar, correndo o braço por suas costas, a abraçando de lado.
— Eu não quero te fazer sofrer mais, só quero entender o que aconteceu com você, saiba que mesmo não tendo mais o que tínhamos, você ainda é muito importante para mim. — Digo, vendo a primeira lágrimas correr por seu rosto.
— Você também, muito Drystan. — Ela me abraça forte como sempre faz.
Nos afastamos ao escutar um coçar de garganta, meus olhos correm na direção de onde vem o som e param assim que vejo Haru e Arik com expressões bem semelhantes. Ciúmes brilham nos olhos de ambos.
Ajudo Amelie a ficar de pé, recebendo um olhar atravessando do rei Arik, enquanto Haru nos fita de olhos estreitos.
— Cuida dela.— Digo baixo para Arik que me fita surpresa.
Seguro a mão de Haru, levando-o de volta para o castelo, deixando os dois conversarem a sós.
♤♤♤♤
Dois se passam rápido, meus treinos com Amelie tiveram grandes resultados mesmo em tão pouco tempo. Hoje será a coroação do Arik, e Amelie parece ansiosa enquanto está sentada ao meu lado na capela onde irá acontecer a cerimônia.
— Amelie, está tudo bem? — A questiono pondo minha mão sobre a sua, o que a faz parar de tremer freneticamente a perna.
Seu vestido azul-escuro, tomara que caia, parece deixar o cabelo dela ainda mais ruivo do que realmente é, seus olhos parecem combinar exatamente com os detalhes em dourado no tecido pesado de sua vestimenta.
Por incrível que pareça não me vestiram de azul, estou em um esmouquem escuro, com três peças, uma delas em cetim branco, até mesmo tive meu cabelo rebelde penteado para trás.
— Só estou ansiosa com o que vem depois, em como as coisas vão ser, sabe? O futuro parece tão incerto e assustador. — Ela diz apertando minha mão na sua.
— Não pense assim, eu estarei ao seu lado sempre que precisar. — A garanto com um sorriso que imagino ser acolhedor.
— Acho que é uma das poucas certezas que tenho é a sua presença ao meu lado. — Ela diz, devolvendo o sorriso.
— Que bom que sabe disso. — Lhe lanço uma piscadela.
— Para eu ter um futuro, preciso estar viva, não é? Tenho que ter o meu salvador comigo. — Ela diz aparentemente com um humor melhor.
— Eu estarei. — Digo, soltando minha mão sua e apertando sua ponta do seu nariz.
Amelie é a pessoa que conhece todos os meus defeitos e segredos, a única que conseguia me abrir, falar tudo que me afligia. Eu jamais irei prescindir da sua presença em minha vida. Como já fiz e faria mais mil vezes, eu a salvaria de tudo e todos.
Cerimônia começa junto à entrada do ex-príncipe, logo atrás vem Haru, segurando sua capa com detalhes brilhosos. Ele está lindo em seu uniforme azul, cabelo penteado para trás, assim como meu coração erra as batidas quando suas escuras com pigmentos roxos se encontram com as minhas.
Tão lindo, tão meu, eu jamais iria imaginar que um dia estaria tão apaixonado por alguém.
Como Arik pediu, não há muitas pessoas em sua coroação, aparentemente apenas pessoas importantes do reino Azul, algumas que olharam descaradamente para mim e Amelie como invasores, nada bem vindos.
Mesmo um pouco desconfortáveis, permanecemos até o momento em que Arik recebe uma salada de palmas após ter uma bela coroa sobre sua cabeça.
O rei sorriu, parecendo mais confinante do que quando entrou. Seu olhar fixou claramente na garota de olhos dourados ao meu lado, que sorriu largo para ele.
Eu e Amelie somos guiados para um jantar, onde nossos lugares são bem longe da cabeceira onde o rei irá ficar. Até mesmo Haru senta ao meu lado e lança um sorriso mínimo, como se já soubesse o que se passa em nossas cabeças.
— Não foi o Arik que escolheu os lugares, não quero ver a reação dele ao vê-la aqui.
— Não acho que ele vá se importar com algo assim.
— Você realmente não viu o quanto ele falou de você antes da cerimônia.
— E onde ele está? — Pergunto, mas antes que Haru responda, ao agora rei coroado adentra na sala, e claramente seus olhos procuram por alguém.
Ao ver que Amelie se encontrava até mesmo do outro lado da mesa onde eu e o Haru estamos, o olhar dos companheiros muda para um assustador.
Arik assim como Haru, prevendo que Amelie passe o jantar do outro lado da grande mesa, a levando para seu lado, fazendo o mesmo com o meu companheiro e eu, alegando que somos convidados especiais.
O jantar acabou calmo, Arik não deixou que o intimidassem por acharem a sua personalidade fraca e saiu de mãos dadas com Amelie, assim como fiz Haru. O qual dorme serenamente ao meu lado, após gemer alto enquanto eu o fudi localmente por horas.
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