XXXI - Richard Snow.
Clarissa Morey
Há algum tempo.
Desde que Arthur e eu nos casamos para que eu pudesse ser a rainha de vermênia e voltar a waterfall para pegar minha coroa de volta, as pessoas me tratavam com mais respeito. Não saberia dizer se era pelo fato de que mandei decapitar um homem há algumas horas ou simplesmente por eu ser a rainha.
— Com que reinos vermênia tem alianças? — questionei à Arthur na sala de reunião que ele odiava quando eu estava presente.
Eu costumava questionar tudo, era necessário saber mais sobre o reino que eu deveria governar, mesmo que waterfall fosse meu, eu ainda seria a rainha de vermênia.
— Nenhum. Tentamos aliança com crest um tempo atrás mas Candace se recusou a casar com Thomaz.
— Candace? A pequena princesa de Crest, ela está viva?
— Sim. Para a minha infelicidade. — revirou os olhos.
Não sabia muito sobre crest, mas Arthur me contou muitas coisas sobre Amélia e Candace e sobre Richard — coroado rei de casterly. — que era um amigo próximo de Amel.
O antigo rei de casterly fora tão imprudente para deixar alguém ilegítimo no reino.
— Devemos tentar uma aliança com overland, quando eu for para waterfall, vou assinar um tratado de paz entre nossos reinos. — alertei.
Eu já sabia que o rei não aceitaria antes de sugerir overland. Mas que opção nós tínhamos? Se em casterly tínhamos um rei ilegítimo, em crest uma menina que não sabia o que estava fazendo e em waterfall minha irmã que fingia reinar.
Precisava de um jeito de vigiar waterfall, não sabia o que fazer ainda mas logo apareceria uma ideia.
Não podia contar com ajuda dos súditos de Arthur, nem iria aceitar caso fosse sugerido para mim.
As pessoas que vinham até vermênia — rebeldes de waterfall, crest e casterly — e me dizem que Amélia mudou.
Ainda era a garota ingênua e doce, mas não era mais uma simples princesa e sim uma rainha e que não tinha intenção de nomear sucessor e nem sair de seu trono.
Mas ela teria de sair, eu estava viva e não a deixaria tomar meu lugar. Eu tinha muita afeição pela minha irmã, porém se ela achava que podia simplesmente roubar algo de mim e tudo ficaria bem, ela estava enganada.
Me casei com Arthur exatamente porque sabia que ela se recusaria a casar e por isto eu teria mais chance oferecendo um rei para waterfall.
Esperava que eu estivesse errada e que ela não resista em me devolver algo que meu pai deixou para sua filha mais velha, mas caso ela resista, não terei escolha a não ser cravar uma guerra contra ela.
— Por que não conquistamos mais reinos? — perguntou Arthur quando estávamos no jantar, Thomaz o olhou seriamente, mas permaneceu calado.
— Para que? Não queremos guerras por todo lado. — retruquei.
— Está há menos de um ano reinando como rainha consorte e já fala por mim? — percebi seu tom de ironia e até cogitei ficar quieta mas eu não pude.
— Não é o único que nasceu como sangue azul! Não esqueça que também sou uma monarca.
— Uma monarca sem reino. — corrigiu-me para me fazer raiva.
— Sei o que está fazendo, Arthur. — levantei e pus as mãos sobre a mesa para ficar bem na frente dele. — Está tentando me controlar para que quando eu reine em waterfall possa ser meu aliado porque sabe que aqueles que estiverem contra mim, não hesitarei em mata-los.
Sentei-me e continuei a comer, as pessoas me olhavam assustadas e eu sorri sem mostrar os dentes para que elas continuassem a comer, Arthur não disse nada após aquilo e eu não estava esperando que ele dissesse.
No outro dia antes de entrar na sala do trono tive o prazer, ou desprazer, de ouvir uma conversa entre Arthur e seu conselheiro mais próximo que nunca fiz questão de lembrar o nome.
— Fez uma boa escolha? — perguntava o conselheiro para Arthur.
— Não sei, imaginei que ela fosse como Amélia. Fácil de persuadir.
— Ela esquece quem é o verdadeiro monarca.
E ele esquecia que eu também era uma.
— Não posso romper isto, não posso entrar em guerra com waterfall se Clarissa for a rainha — afirmou Arthur.
Ele tinha medo de mim, era o que eu desejava. Era melhor ser cruel do que fraco.
Durante toda a minha vida eu fui preparada para reinar, avisada que seria a próxima e que uma rainha serve os súditos e não o contrário.
Não estou disposta a servir ninguém, me curvarei à reis e rainhas apenas para manter minha cabeça no lugar.
Quando eu voltar para waterfall antes vou visitar casterly, Henrique iria me ajudar naquela jornada. Ele era a pior pessoa que consigo imaginar depois de Arthur, eram pessoas ambiciosas e que não iriam temer Heitor ou quem quer que seja que estará com Amélia quando eu adentrar aquele castelo.
Não desejava entrar em guerra com crest, porém se a rainha Candace e seus fiéis vierem, mandarei meus rebeldes atacarem nem piedade. Rebeldes!
Me lembrei de Arthur dizer que os rebeldes de vermênia estavam vigiando Amélia dia e noite, fingindo ser seus aliados, até mesmo a espada de meu pai perdida foi devolvida como oferta de paz.
— Reúna todos os soldados rebeldes de vermênia. — ordenei para o guarda que estava fazendo a segurança da sala do trono mas ele não se moveu. — Vamos!
Ele saiu correndo para reunir o que pedi, era bom ser a rainha naqueles momentos. .
— Soldados rebeldes? Onde será a guerra? — Arthur tentou me assustar mas não conseguiu, quando se posicionou em meu lado entrei para a sala do trono em silêncio e me sentei ao trono em sua direita.
— Não haverá guerra nenhuma, eu espero. — ele me olhou confuso mas não questionou meus motivos. Ele nunca questionava.
— Só quero lembrar que não é um rei! Não tem poder absoluto aqui, eu te tirei dos
rebeldes que iriam mata-la. Devia agradecer-me e não me fazer curvar.— não me olhou quando disse isto, mas eu sabia que ele estava com raiva.
— Nunca pedi para que se curvasse a mim — revirei os olhos — Quer reinar em waterfall? Então mantenha-se calado e podemos prosseguir com o plano.
Os soldados entraram extremamente quietos e se curvaram diante de mim e Arthur.
— Como se chama o líder? — perguntou Arthur para todos.
— Jonh. — Um homem veio a frente e eu me levantei.
Caminhei até sua frente e o encarei, precisava saber se estava trabalhando para outra pessoa. Ele não desviou e por isto soube que era fiel a vermênia.
— Conseguiram conquistar Amélia? — questionei.
Arthur havia me contado que havia ordenado que eles fizessem uma bela bagunça em waterfall para que Amélia o chamasse e ele pudesse ver como as coisas estavam lá.
— Sim, Majestade.
— Está na hora de ela saber que não estão ao lado dela, matem alguém importante como aviso. — mandei.
— Quem, Majestade? — indagou o líder protestante.
Olhei para Arthur para que ele me dissesse quem seria adequado
— Richard Snow.
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