XIX - quem é o traidor?
Heitor havia partido para vermênia há alguns momentos atrás, devia estar próximo a Casterly, onde Henrique e Richard estavam, em breve eu estaria partindo para lá também.
Minha mãe não estava melhorando, mas também não estava piorando, seu humor estava bem variado ultimamente e aquilo me preocupava muito, nenhum de nós estava pronto para mais uma perda ou mais um de nós acamado, sempre vi minha mãe como uma figura forte que não se abalava com nenhuma palavra ou doença. Vê-la enferma para mim era incomum, quase nunca tínhamos contato com aquela Amy que eu havia visto, a Amy fraca que dependia de criados.
— Majestade. — Gideão reverenciou quando entrou no sala de treino. — Todos sabem que sua mãe está doente.
Larguei a espada que usava para treinar na mesma hora em que ouvi suas palavras.
— Como? Como eles sabem?
— O traidor. Provavelmente ele contou a todos.
A cada dia eu estava mais longe de descobrir quem era este traidor, havia apenas algumas horas que eu havia descoberto de sua existência mas ele já me causava problemas suficiente para um reinado inteiro. Não era bom ninguém saber que um membro real estava doente nesse momento, aquilo deixaria todos preocupados e com medo de novas pragas se espalharem.
Eu tinha de ir a Casterly mas antes precisava ir receber os pedidos das pessoas e ajuda-los com suas necessidades.
— Obrigada por me avisar, Gideão. Cuidarei disto hoje ainda.
Saí indo direto para a sala privada de meu pai, amava aquele lugar. Gostava de ver os quadros e de lembrar de memórias felizes.
Para mim, não era mais um fardo reinar. Eu gostava de reinar, acabou se tornando algo que comecei a apreciar.
Cuidar das pessoas, influencia-las e outras coisas me cativavam bastante. Amava este reino e poder ajuda-lo era o maior sonho de meu pai que acabou se tornando o meu.
Pela janela pude ver que sol estava demasiado quente, adorava o calor. O calor sempre esteve presente em Waterfall, o lugar mais frio que conhecia era Crest e sempre escolhia o período mais quente para resolver tudo lá que fosse responsabilidade pessoal.
Fiquei mais um pouco naquela sala escondida e depois me preparei para a tradição dos morey's, saí de lá e fui aos meus aposentos para arrumar-me seguindo a tradição de usar um cordão com a pintura de meu pai e um vestido vermelho sangue - que eu não gostava - andei para a sala do trono sem Heitor pois estava fora, mas seu lugar foi substituídos por Lina.
— É bom vê-la feliz. — comentou Lady Lina em um sussurro.
Sorri com este comentário feito por ela, eu realmente me alegrava em ajudar as pessoas.
Ao entrar na sala Lina e Gideão foram em direção aos seus lugares.
Haviam muitas pessoas esperando por mim, sorri quando todos reverenciaram e pedi para prosseguirem.
— Como está se sentindo? — questionei ao me aproximar de minha mãe.
— Pior do que deveria... — suspirou e sorriu para todos andando para o lardo esquerdo do trono — Não acredito que irá deixar seu reino sem governante
O drama de minha mãe, algumas vezes era muito incoveniente. Sorri para alguns súditos felizes e continuei a olha-los enquanto falava.
— Não deixarei o reino sem governante. Ficará aqui, certo?
— Se estiver me pedindo algo seria gentil se pudesse simplesmente pedir. — avisou sorrindo de forma desconfortável.
— Estou pedindo para ficar e reger por alguns dias. — talvez eu tenha implorado mas tinha certeza que ela não percebeu, caso ela tivesse teria feito um comentário desagradável e não simplesmente concordar com a cabeça.
Adorava ver isto, o quanto as pessoas precisavam de mim - a rainha - as coisas pareciam estar mais leves em dia como aqueles, mesmo com o peso de todo o reino em cima de mim.
Imaginava como estava indo as coisas em vermênia com Arthur e Heitor, ambos tinham um humor agradável e ao mesmo tempo eram estressados. De certa forma, Heitor e Arthur se pareciam muito mais do que imaginavam. Me pergunto também se Candace estava bem, sentia muito a falta dela naqueles momentos, Candace sabia como impressionar as pessoas.
— Majestade.... Eu ofereço minha propriedade
— aproximou um homem de meu conselho que não costumava ter muita voz — e em troca lhe peço uma chance de ser seu sucessor.
Eu não havia entendido o que ele estava querendo dizer com " uma chance de ser seu sucessor", não havia dito que nomearia sucessor.
— Como é? — perguntei sem entender
—Há boatos por waterfall que a rainha irá nomear um sucessor, pois não pretende ter filhos e certamente não deixará um bastardo.
— Quem lhe disse isto?
— Fora uma senhora, ela ouviu de um homem importante que ouviu de... — o interrompi antes que ele pudesse completar.
— Entendo. Não nomearei sucessor algum, caso um dia eu faça isto eu pensarei nesta chance que me pede. — olhei para Gideão que deu de ombros e voltou seu olhar para o homem decepcionado à minha frente.
O traidor? Ele estaria espalhando notícias falsas para me prejudicar? Gideão disse-me que era alguém me minha corte, quem poderia ser?
Desconfiei de Henrique em alguns momentos, mas logo descartei pois as informações que foram vazadas tinha certeza de que ele não tinha conhecimento sobre elas.
Cheguei a considerar Gideão, mas então percebi o quanto estava sendo tola, Gideão foi nosso pai tanto quanto Arnold.
Não havia muitas pessoas que possa desconfiar aqui no castelo, todos que sabiam dessas informações eram Heitor, Minha mãe, Lenox e Lina.
Heitor não faria isto, ele estava destinado à me proteger e proteger este reino desde que me lembro.
Minha mãe já liderou este reino, não conseguiria imaginar motivos para trair sua própria filha.
Por mais que queira desconfiar de Lenox, não achava que ele teria coragem de fazer tudo aquilo, porque ele não estava apenas estragando a imagem de minha família mas a do reino também
Lina era minha dama e em todos esses anos eu contei para ela todas as minhas dúvidas e aflições e elas nunca foram espalhadas, não tenho e nunca tive problemas com isto. Não poderia nem pensar em uma traição de sua parte.
Eu desconfiaria de algum membro do conselho ou de algum rebelde infiltrado em meu castelo, isto seria algo que eu poderia pensar e ao mesmo tempo não via razão para algo assim. Com meus próprios olhos pude ver que todos eles se curvaram para mim, como poderia duvidar deles?
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