Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

39 - A cortesã de cabelos curtos


Yuki levantou cedo aquela manhã. As rotinas eram pesadas. Antes mesmo do sol raiar ela já estava de pé. A cama dura a deixava com as costas doloridas e a inexperiência em cuidar de uma criança pequena também não ajudava muito. O sono era leve e acordava de tempos em tempos verificando se Sarada estava respirando. Algo extremamente desgastante.

Ela colocava a pequena num cesto bem quentinho para que pudesse levá-la a todo lugar enquanto cuidava da casa. Ela acendia as lareiras e o fogão, com a lenha que ela mesmo cortou com o machado no dia anterior. O café da manhã era preparado por ela assim como todas as rotinas daquela casa.

Enquanto a água esquentava, ela varria o enorme pátio que mantinha-se coberto de flores, folhas e sementes o ano todo. Em seguida, ela voltava para a cozinha e cuidava do café e servia a enorme mesa das cortesãs. Yaga exigia uma refeição balanceada, que Yuki preparava cuidadosamente.

Quando as cortesãs começavam a sair de seus aposentos, o café já estava servido. Enquanto isso, Yuki ia em todos os quartos trocar as roupas de cama e limpar os quartos e ia limpando todos os cômodos revezando entre as repartições ao longo da semana.

A limpeza da casa tinha que ser em duas etapas porque ela tinha que cuidar da pequena Sarada enquanto isso e ainda tinha o almoço para preparar. Escolher os ingredientes frescos no mercado, voltar para a casa, dar comida à Sarada, preparar a refeição de todas na casa. Quando todos almoçavam ela cuidava da louça, colocava Sarada para dormir e limpava o restante da casa. A casa de banho era a última porque era a que dava mais trabalho.

Quando terminava a limpeza lavava as roupas e depois cortava mais lenha para o próximo dia. Dava banho em Sarada, a alimentava durante o dia e tirava uns minutinhos para brincar com ela. Quando o fim do dia chegava, ela tomava um banho e ficava no bar da casa servindo bebidas, ouvindo lamúrias de clientes e expulsando devedores do bar.

O cheiro de cigarro, bebida, perfume adocicado, música e conversas altas faziam sua cabeça latejar e quando todo o ruído cessava parecia que ainda ouvia a risada escandalosa de Mei em sua cabeça. E no outro dia era tudo igual.

Ela passou a ir menos para Kirigakure. A esperança era de que quanto mais trabalhasse, mais sua dívida diminuiria. Algo que ela queria acreditar fielmente, mesmo que não passasse de ilusão.

Naquela manhã a casa amanheceu eufórica. As cortesãs se produziam em peso. Saíram para escolher os melhores tecidos, os melhores perfumes, cuidados com a beleza e dietas variadas. Yuki olhou a movimentação e puxou conversa com Chise.

— Por que essa alegria toda?

— Um cliente riquíssimo nos convidou.

— Cliente rico? Sério?

— Sim!

— Aí vocês ganham mais?

— Exatamente! O dobro ou até o triplo! Eles mandam um representante que vai escolher a dedo as cortesãs para levar ao local.

— E onde vai ser?

— Um elegante clube de cavalheiros extremamente reservado.

— Que legal! Espero que se divirtam.

— Pena que não pode ir.

— Mas fico feliz por vocês.

Yuki viu a mulher sair saltando de alegria e continuou seus afazeres. A casa Flor de Lis nunca esteve tão animada quando aquela manhã. A ansiedade pelo representante deixava tudo ainda mais animado. E o homem chegou, era alto de cabelos castanhos que entrou silencioso no local.

As mulheres enfileiradas olhando atentamente para o cavalheiro que as encarava como mercadoria. Yaga estava de olho apenas no dinheiro que iria ganhar com aquele investimento tão repentino.

— Seja bem-vindo à Casa Flor de Lis! Separei as melhores cortesãs para sua escolha esta noite. — Yaga apontou para as cortesãs sorridentes.

O homem andou olhando uma a uma como se olhasse para uma mercadoria. O que era de fato, em termos. Ele foi e voltou três vezes olhando-as dos pés à cabeça.

— São só essas? — O homem disse desdenhoso.

— Nenhuma te agrada? Todas são refinadas. Eu garanto.

— Meu senhor exigiu um tipo bem específico. Eu vou escolher sete cortesãs mais a que ele pediu e não vi nenhuma que se assemelha.

— E que tipo seria esse?

— Não tem nenhuma baixinha de cabelos curtos?

— Baixinha de cabelos curtos? — Yaga estranhou o pedido, embora soubesse que os homens tinham gostos muito peculiares. Ela olhou suas cortesãs, todas de cabelos longos e nenhunenhumas enquadrasse no quesito "baixinha". — Eu sinto informar, mas não temos este perfil.

— Então terei de buscar outra casa! Meu senhor é exigente.

— Espere! Eu... eu... — Yaga pensou então na única possibilidade naquele momento. Não podia perder aquele negócio. — Chise! Vá buscar Yuki!

Chise ficou surpresa com a investida da senhora da casa e ficou um tempo tentando processar a informação antes de sair correndo atrás da mulher baixinha que recolhia os lençois do varal.

— Yuki! A Madame está chamando!

— A mim? Para que?

— Vem rápido!

— E a Sarada?

— Eu cuido dela! Vai logo! Lá no salão!

Yuki saiu correndo até o encontro de Yaga temendo que houvesse algum incêndio ou uma invasão de ratos no estabelecimento. Mas quando chegou apenas viu os olhares fulminantes na direção dela. Ela chegou devagar e receosa olhando para a madame que acenou para ela.

— Venha rápido! Caminha como uma lesma.

— Me chamou?

— Lógico! Este cavalheiro deseja dar uma olhada em você.

— Pra que?

— Cala a boca e endireita essa postura!

— Senhora, seja lá o que for eu não vou fazer ando cansada demais para ter mais uma função.

— Calada! Me perdoe senhor. Fique à vontade.

O homem deu uma olhada em Yuki. A mulher estava suja, tinha as mãos calejadas e a jornada cansativa a deixava abatida e com olheiras profundas. Os cabelos mal cuidados e o quimono não era nem de longe digno de nota.

— É essa aqui? — O homem disse com desdém.

— Sim.

— Ela parece tão... mediana.

— O senhor pediu uma baixinha de cabelos curtos.

— E isso foi o melhor que pode oferecer? — Isso? Yuki ouviu o desprezo do homem com indignação e olhou para ele com uma das sobrancelhas erguidas.

— Eu garanto que um banho, uns tecidos caros, perfumes, uma boa maquiagem e ela fica apresentável.

Yuki olhava os dois falando dela como se ela não estivesse ali e ficava ainda mais indignada. Mei dava uma ou outra risada abafada.

— Já que não tem outra opção, terei de contentar com essa. Mas deixarei claro que se meu senhor desagradar dessa mulher, o pagamento será reduzido pela metade.

— Garanto que ela irá agradá-lo!

— Pois bem! Estejam todas prontas às sete da noite! Mandarei carruagens.

O homem saiu pisando firme deixando as mulheres eufóricas. Yuki olhou para Yaga com muita indignação e se aproximou da madame com fúria no olhar. — O que exatamente está acontecendo?

— Vai no trabalho de hoje a noite.

— Para que?

— Como para que? As meninas vão te produzir e te deixar pronta.

— Eu não vou fazer isso.

— Veio aqui querendo um trabalho de cortesã!

— Que a senhora disse que eu não servia para tal!

— E ainda acho! Mas vai me provar o contrário! Irá hoje e pronto. Metade ainda é melhor que nada. Não importa se ele não te comer, sua presença é indispensável.

— E quem cuida da Sarada?

— Eu cuido daquela melequenta!

— Você é péssima.

— Ingrata! Reduzo um terço sua dívida.

— Metade! — Yuki disse cruzando os braços.

— Um terço e arrumo mais alguém para te ajudar com as tarefas.

— E quero um quarto decente. Menos empoeirado.

— Gananciosa!

— Olha quem fala! — Yuki disse enquanto era puxada por Chise para os preparativos da noite.

Pó de arroz e batom, perfume doce e óleos por todo o corpo, depilação com linha e cabelos hidratados. O quimono de um vermelho vivo que destacava ainda mais a beleza de Yuki. Cada cortesã emprestou algo para ela.

Quando Yuki se apresentou junto com as escolhidas da noite, a surpresa no rosto dos presentes era visível. As joias que a adornavam deram um charme ainda mais à ex-concubina. O cabelo curto foi preso delicadamente com um prendedor de brilhantes rosa em formato de flor e ela desfilou pelo salão até a carruagem com uma certa timidez. O rosto corado, as mãos escolhidas debaixo das mangas e a cabeça baixa.

Já nem se lembrava da última vez que esteve tão adornada quanto estava naquela noite. Dos tecidos finos e os lençois brancos em que se deitara com Itachi tantas vezes. Todo aquele clima lhe dava nostalgia, algo que ela achava estranho de certa forma. Nunca havia se deitado com alguém se não fosse por amor ou por querer de verdade.

Quando pensou em se tornar uma cortesã havia agido por impulso e depois agradeceu a todos os deuses por Yaga a julgar inadequada. Mas ali prestes a se vender a um desconhecido ela sentia algo estranho tomar conta dela. Como a primeira vez em que foi para o Palácio do Fogo. Mas talvez ela não tivesse tanta sorte dessa vez.

O clube dos cavalheiros ficava num bairro mais afastado numa casa cercada de árvores por todos os lados. A casa era extremamente tradicional e cheia de janelas. O jardim zen dava um charme especial. Os servos já aguardavam para receber as damas na entrada e encaminhá-las para dentro do local.

Dentro da casa, dezenas de homens de um grupo muito seleto de políticos e senhores feudais bebendo e fumando sentados no chão com quimonos meio abertos enquanto contavam vantagens sobre suas façanhas. A luz amarelada das velas deixava o ambiente tenso, assim como o cheiro do tabaco e da bebida. As risadas altas e as piadinhas deram lugar às interjeições pejorativas quando as cortesãs adentraram no enorme salão.

Entretanto, Yuki foi direcionada separadamente das demais por um dos servos e a ansiedade tomava conta dela a cada passo que dava. A vontade era de sair correndo. O que a aguardava afinal?

O servo abriu a porta dos aposentos e ela entrou meio receosa. A sensação familiar de estar em apuros. Parecia que mal conseguia respirar. Suas pernas tremiam tanto que cada passo que dava parecia que ia cair ali mesmo. O local ainda estava vazio. O servo provavelmente iria atrás do tal senhor. E se ele não agradasse dela? Aliás o medo maior era se agradasse. A tensão foi tomando conta dela e cada segundo parecia uma eternidade.

A porta foi aberta devagar. Yuki se ajoelhou e se curvou diante do cliente enquanto ainda tremia sem parar. O coração parecia bater cada vez mais rápido. Os passos firmes ecoavam pelo quarto silencioso, a agora cortesã mantinha-se de cabeça baixa até segunda ordem. Ela só via os pés descalços sob a luz fraca das velas. Ele parou diante dela e a voz dele reverberou por todo o local.

— Então, era isso que você estava fazendo?

Uma voz familiar, tão familiar que fez Yuki se levantar no mesmo instante. O olhar avermelhado do Imperador Itachi parecia em chamas. O rosto era de desaprovação. Não. Era de decepção, mágoa e tristeza. O choque foi tão grande que Yuki não conseguiu sair do lugar. Ficou parada olhando para o homem que amava com o coração acelerado, as mãos trêmulas e a boca seca. O que ele iria pensar dela?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro