35 - A Batalha no Vale do Fim
Este capítulo contém cenas de violência.
Espero que gostem do penúltimo capítulo. O próximo será o desfecho final da história da concubina que virou guerreira.
O que será que acontecerá com nossa protagonista?
🌿🌿🌿
A neblina densa pairava sobre o campo de batalha, dificultando a visão dos soldados. O som das patas dos cavalos e o choque das espadas ecoavam como uma sinfonia macabra. A chuva começou a cair torrencialmente, pesando ainda mais as armaduras dos guerreiros.
Yuki avançava pelo lamaçal. Seu corpo estava encharcado, as mãos pareciam estar dormentes. Ela só conseguia enxergar o vulto branco e azul do inimigo à sua frente. O adversário era habilidoso, movendo-se com destreza e precisão. As espadas se cruzaram repetidamente, faíscas voando no ar. Yuki sentia cada golpe reverberar em seus ossos, mas ela não recuava. Seu sangue fervia, e ela lutava com a determinação de um tigre ferido.
Os gritos dos feridos e moribundos se misturavam ao som da chuva. O vale estava tingido de 🌱🌱vermelho, e a lama se transformara em um mar de sangue. Os olhos de Yuki nunca deixavam o inimigo. A adrenalina alta a impedia de pensar em qualquer outra coisa além de matar.
Yuki investiu contra o oponente. Suas espadas se encontraram uma vez mais, e ela viu nos olhos do inimigo a mesma fúria e determinação que sentia. O mundo parecia diminuir, reduzindo-se à luta entre os dois guerreiros. No fim cada um lutava pelo acreditava, sem haver lado certo ou lado errado.
E então, com um golpe certeiro, Yuki derrubou seu adversário. O vulto branco e azul caiu no lamaçal, e a luta continuou. Yuki estava exausta, a respiração cada vez mais densa e pesada. A katana cortava o ar, e o sangue dos inimigos manchava sua pele. Não havia espaço para piedade ou hesitação; apenas a sobrevivência importava.
Quando ela se aproximou de um dos soldados, a lama do campo de batalha a traiu. Ela foi derrubada de seu cavalo, a lama cobriu seu rosto,e a visão ficou comprometida e ela lutou para se levantar. O inimigo se aproximava, pronto para desferir o golpe final. Com violência, ela se debateu, afastando o soldado de cima dela. Ela agarrou sua katana e atacou o inimigo com ferocidade. O golpe foi certeiro, e o soldado caiu. Antes que pudesse se recuperar completamente, Yuki ouviu alguém gritar seu nome.
— YUKI! FIQUE ALERTA!
Yahiko, abatia mais e mais soldados no vale do fim, porém o número de inimigos parecia inesgotável. A tensão no campo de batalha era palpável, e o exército do Imperador Itachi enfrentava uma derrota iminente. Os Senju avançavam, encurralando os soldados do Imperador tanto na ponte quanto na água. O desespero pairava sobre todos.
Itachi, com uma determinação indômita, lutava como nunca antes. Seus aliados tombavam ao seu redor, e ele sentia o peso da vida daqueles que se sacrificaram por sua causa. Não podia deixar que eles desanimassem, então ergueu a espada e gritou:
— Avancem!
A sua frente o exército inimigo dos Senju se posicionaram em peso, enfrentando-os com igual ferocidade. A chuva parecia aumentar cada vez mais. O som da cachoeira ecoava, quase ensurdecedor. Ninguém ali percebeu o que estava por vir, era praticamente impossível quando lutavam por suas vidas. Itachi se aproximava da ponte, seu cavalo galopava em passadas largas e rápidas, o som da cachoeira ficou mais alto rugindo como uma fera. O imperador então viu alguns soldados olharem para cima, não dava tempo de reagir, nem de pensar, seu cavalo parou bruscamente, para sua sorte. Em questão de segundos uma enchente violenta varreu metade do exército Senju rio abaixo. A força da natureza se unia à carnificina da guerra, e o destino de ambos os clãs estava sendo decidido naquele momento.
Yuki avistou a água vindo em sua direção, ela tentou correr, mas acabou escorregando nas pedras e caiu na água. A armadura pesada a fazia afundar e ela lutava para vir à superfície. E para piorar, ela não sabia nadar. O desespero havia tomado conta dela. Afundava, se debatia, voltava à superfície, lutava para respirar e o ciclo se repetia. Estava desistindo, já não tinha mais forças, as pernas pareciam não obedecer mais. Num último ato desesperado ela conseguiu voltar para cima e sentiu alguém a puxar para cima de uma pedra mais alta enquanto a água levava amigos e inimigos.
Ela tossiu a água de seus pulmões e o frio começou a fazer seu corpo esfriar cada vez mais. Ela viu Yahiko e sentiu uma sensação de alívio. Ele e Kakashi haviam a retirado de dentro da água e estavam tensos vendo a água levar tudo à sua frente. Do outro lado, estava o Imperador ainda montado em seu cavalo, observando atentamente quem saía da água. Estava à procura do seu alvo e só descansaria quando estivesse morto.
Quem via a cena caótica podia jurar que era o fim da batalha, porém Tobirama Senju se levantou do meio da lama. Itachi ao vê-lo desceu do cavalo, sua fúria ardendo em seu olhar. Os dois guerreiros se encararam, Tobirama sabia que suas chances contra Itachi eram mínimas. O Imperador havia canalizado toda a sua raiva naquele confronto.
— Você mandou o feto do meu filho numa caixa! Seu doente! — Itachi rugiu, sua katana cortando o ar.
— Você nunca entraria numa batalha, sempre foi um pacifista. Eu apenas bati onde doía mais.
— Minha mulher e meu filho não tinham nada a ver com isso!
— O meu também não! E mesmo assim seu pai o matou!
— Eu não tenho nada a ver com isso!
— Seu pai não estava mais aqui. É Uma vida por outra. Eu ia matar mesmo era sua concubina, mas fui presenteado com a perda de seu bebê. Um uchiha a menos no mundo! E enquanto eu viver eu irei garantir que essa raça imunda seja exterminada da face da Terra!
Itachi avançou para cima do Senju, enquanto a chuva continuava a cair, o som das espadas se chocando ecoava pelo vale. A lama deixava os movimentos mais lentos, mas mesmo assim os dois lutavam com uma destreza que poucos tinham. Dois gênios de gerações diferentes.
— É tudo o que você tem? — Tobirama debochou com uma risada gélida que reverberou por todo o vale.
— Vai rir bastante no inferno. Ou não. Eu não estou nem aí, quero mais que sofra, seu filho da puta!
Num movimento rápido, Itachi desferiu um golpe mortal. Sua katana encontrou o pescoço de Tobirama, e o mundo pareceu congelar por um instante. O Senju caiu, e a batalha chegou ao fim. O Imperador havia feito justiça, mas a dor e a raiva ainda queimavam em seu coração. Não tinha como voltar atrás e corrigir todo o mal causado. Yuki, seu filho, tudo que haviam planejado juntos. Havia sido levado como as águas daquela enchente. O sangue de Tobirama se misturava à lama e a água daquele lugar dando um aspecto ainda mais aterrorizante. Um massacre sem precedentes.
A vitória ecoou pelo campo de batalha, o nome de Itachi foi ovacionado. Yuki correu até Yahiko, comemorando junto ao líder da Akatsuki. No entanto, como um dente-de-leão ao vento, a alegria se dissipou rapidamente. Yahiko fechou o semblante e empurrou Yuki para a direita. O inimigo encontrou uma fenda na armadura do líder e acertou seu peito em cheio com um lança.
— Não! — Yuki gritou, correndo em direção ao inimigo. Com um golpe preciso, ela decepou a cabeça dele. Yahiko caiu de joelhos no chão, tocando o sangue que escorria de seu corpo. Um sorriso frio se formou em seu rosto e o líder da Akatsuki caiu para trás. Yuki correu até ele e apoiou sua cabeça em seu colo chorando desesperada. — Não! Yahiko! Fala comigo! Por favor!
— Yuki... eu te prometi... agora viva... Bastante. — Yahiko tossiu sangue e em questão de segundos a luz da vida deixou seus olhos. A mulher fechou os olhos do companheiro e chorou copiosamente debaixo da chuva que parecia não ter fim.
E como em toda guerra, um lado teoricamente saiu vencedor, porém a duras perdas. No fim, não havia muito o que comemorar. Não para Yuki.
(...)
Luto é uma resposta emocional à morte de alguém próximo. Caracterizado por uma tristeza profunda, saudade e muita dor, o luto compreende a necessidade de saber como se despedir e lidar com essa separação. Quando sofremos uma perda significativa, como a morte de um ente querido, passamos por esse processo natural e essencial para nos reconstruirmos e nos reorganizarmos diante do rompimento do vínculo. Durante o luto, podemos sentir uma variedade de emoções, como tristeza, raiva, culpa, ansiedade e solidão. É um período singular e único, sem um roteiro predefinido, mas fundamental para seguirmos em frente após a perda.
E Yuki teve que lidar mais uma vez com isso. Yahiko era para ela a definição do que era um verdadeiro coração nobre e não tinha como não sentir a dor da perca dele. O retorno à Konohagakure tinha mais sabor de derrota do que de vitória. Metade do exército de Itachi pereceu. Uma parte pela batalha, outra parte pela enchente.
O velório de Yahiko foi feito em Amegakure, algo que ele sempre dizia a seus companheiros que era seu desejo quando morresse. O corpo do líder foi cremado e suas cinzas entregues à Yuki, uma cerimônia simples, nas ruínas de onde ficava sua casa antes de ser tomada e destruída em conflitos com o Imperador Madara.
Quando a guerrilheira deixou o local abraçada à urna, viu o Imperador parado ao lado de Konan que estava inconsolável. Ela se aproximou devagar dos dois que estavam cercados de soldados do império, assistindo a cerimônia de longe. Itachi ainda tinha as marcas da batalha, assim como Yuki. Ele avistou a amada e sentiu o coração acelerar. Tinha tanto a dizer a ela.
— Alteza... Lady... — Yuki reverenciou os dois. — Obrigada por terem vindo.
— Eu devia ter conversado com ele. Devia ter dito que o amava de todo o meu coração. Eu devia ter feito tantas coisas! Mas o que me resta agora? Lamentar pela morte dele? — Konan dizia entre soluços.
— Lady Konan, isso aqui deve ser entregue a você. E não a mim. Por mais que eu tenha sido sua companheira nos últimos meses, e tecnicamente sou a viúva, ele não amou nenhuma mulher como amou você.
Konan pegou a urna das mãos de Yuki e a abraçou contra seu corpo num choro tão sofrido que Yuki sentiu vontade de abraçar a mulher até que a dor dela passasse. Ela então tateou pelo quimono preto e pegou a carta entregue a ela por Yahiko. O papel um pouco amassado, manchado, que Yuki protegeu em seu corpo durante a luta. Nem mesmo a água conseguiu destruir.
— Ele deixou isso pra você. Ainda bem que coloquei por baixo da armadura e de muitos tecidos. Acabou protegendo a carta, se não teria se perdido na enchente. — Yuki estendeu o papel para Konan.
— Ele... para mim? — Konan pegou a carta ainda chorando.
— Eu sinto muito por tudo isso. Sinto de verdade. Alteza... — Yuki reverenciou o imperador e saiu na direção oposta. Ela queria sair dali o mais rápido que pudesse, ainda não estava pronta para conversar. Sobre nada.
— Yuki? — Itachi a chamou a apenas alguns metros dela. Ela se virou e viu o homem se aproximar devagar. Os olhos dele refletiam uma tristeza que nem parecia que havia sido vitorioso na batalha. — Onde... você vai agora?
— Eu preciso seguir meu caminho.
— Por favor... fique.
— Não posso, alteza.
— Ainda tem que me contar o final daquela história. Disse que me contaria quando eu voltasse.
— Eu vou voltar, Itachi. Quando eu voltar eu conto para você. Mas acho que no momento ela precisa mais de você do que eu.
— Eu te amarei para sempre...
— E eu a você. Adeus.
Yuki virou as costas e continuou seu caminho. Enquanto isso, Itachi sentia como se tivesse a perdendo de novo, mas desta vez parecia que ia demorar muito mais para vê-la, talvez nunca mais voltaria. Ela sentia isso no fundo do seu coração.
(...)
Quando tudo passou, Itachi e Konan voltaram ao Palácio. A concubina ainda segurava a urna de Yahiko sentindo a tristeza profunda no lugar mais escuro da sua alma. Ela entrou em seus aposentos que agora eram o que antes pertencia à Princesa Sakura, e sentou-se, colocou a urna num local que Kabuto havia separado para ela e depois, a mulher sentou-se em frente à janela e abriu a carta amassada. Havia molhado algumas partes e borrado a caligrafia de Yahiko, mas mesmo assim ainda dava para ler tudo.
"Querida Konan,
Se recebeu esta carta das mãos de outra pessoa é porque provavelmente eu não estarei mais por aqui. Eu realmente queria que nossa vida tivesse sido diferente. Eu e você numa casa simples nas montanhas criando nossos filhos. A gente teria fartura, uma casa quente, comida na mesa. Bem diferente de tudo que a gente viveu.
Quero que saiba que não fiquei chateado com você por seu amor ao Imperador. Quando eu não pude proteger você, ele fez. E eu sou grato a ele por isso.
Você combina com a nobreza, eu disse isso a você. Porque você é nobre de fato. Além de ser a mulher mais linda do mundo. Sou grato a você ter me amado, um menino pobre e sujo de Amegakure.
Não é culpa de ninguém que não terminamos nossas vidas juntos. Dentro do que vivemos, tudo foi mágico, mesmo com a pobreza, mesmo com as dificuldades.
Quero que viva bastante, Konan. Seja feliz. Onde estiver estarei torcendo pela sua felicidade.
Te amarei eternamente, Konan.
Do sempre seu,
Yahiko."
A dor de se perder alguém parece que dói na alma, como se estivesse se despedaçando. Em algum momento você sabe que esse dia vai acontecer, mas quando acontece de fato, você percebe que não estava pronto e nunca estará. A dor ameniza aos poucos e depois vira saudade, nostalgia, lembranças doces. Mas até esse dia chegar o sofrimento é intenso, a dor parece que nunca acaba. Você nunca mais verá a pessoa, ou abraçar, sentir seu cheiro ou ouvir sua voz.
Konan sentiu tudo isso, abraçada à carta de Yahiko sentindo o gosto mais amargo que se podia sentir: o do arrependimento. Ela não poderia se desculpar, responder aquela carta e tampouco dizer a ele que o amaria eternamente. A vida estava dizendo a ela que todas as coisas no mundo são perecíveis, por mais cruel que isso fosse.
(...)
Yuki caminhou por longos dias. Às vezes parava para acampar, dormia ao lado da fogueira e depois seguia viagem. Ela saiu sem se despedir de ninguém. Seria menos doloroso assim. O caminho até a mansão Nara era longo e ela devia fazê-lo sozinha. Não havia como ser diferente.
A casa nas montanhas estava cercada de guardas. Um local remoto em meio às árvores com uma escadaria tão extensa que sumia de vista. Yuki aprendeu em sua vida até ali que as mulheres podiam fazer tudo que quisessem. Ser o que quisessem.
Ela ficou em meio à floresta por duas semanas. Observando atentamente a movimentação da mansão. A vingança era um prato servido frio e deveria ser friamente calculado. Na hora certa ela atacaria.
Dentro da mansão naquela tarde fria, Kisame Hoshigaki se deliciava com um enorme javali que haviam caçado na noite anterior. Ele na verdade sempre foi um covarde na visão dos demais daimiôs. Mas sua lealdade à Madara o deu uma estabilidade que por muito tempo foi mantida. Até a ascensão de Itachi ao trono. Depois disso o daimiô se refugiou nas montanhas.
— Kykyo! Traz meu saquê! Kykyo!
O homem passava a maior parte do tempo bebendo e torturando as criadas. A maioria ia embora no primeiro dia, por isso havia uma troca constante de funcionários, mas ele sempre as chamava pelo nome da primeira.
Yuki ajustou o quimono com detalhes de folhas de bambu, seus olhos determinados refletindo a lua que se erguia sobre a mansão Nara. Ela havia planejado cada passo com precisão, cada movimento ensaiado para vingar a morte de sua família pelas mãos do Daimiô Kisame Hoshigaki.
A noite estava silenciosa, apenas o som dos seus passos leves contra o piso de madeira ecoava pelos corredores sombrios. As outras criadas não notaram a nova figura entre elas, todas ocupadas com os preparativos para o banquete que o Daimiô exigira.
Quando Kisame chamou por saque, Yuki estava pronta. Com uma bandeja em mãos, ela deslizou entre as sombras até o salão principal, onde ele estava sentado, cercado por luxo, arrogante como sempre foi, gostava de beber sozinho com os guardas do lado de fora, que apenas sentiam o cheiro do javali assado. Ela entrou no local de cabeça baixa, como eles nunca haviam se encontrado, as coisas ficaram ainda mais fáceis. Ela se aproximou, oferecendo-lhe a bebida com uma reverência.
— Aqui, meu senhor.
— Demorou demais Kykyo! — Pelo cheiro que exalava dava para imaginar que ele passava seus dias bebendo.
Kisame agarrou a garrafa, murmurando insultos sob sua respiração embriagada. Ele bebeu um longo gole, sem perceber o brilho vingativo nos olhos de Yuki.
— Isso é pela família Hitsugaya, pelo meu pai, e pela minha mãe. Olhe bem este rosto. Quero que se lembre dele no inferno. — sussurrou ela encarando o homem com uma fúria.
— O quê?
O veneno agiu rápido. Kisame caiu para trás, convulsionando e espumando pela boca. Seus olhos se arregalaram em terror, fixando-se no quimono de folhas de bambu que Yuki usava. Ele tentou gritar, mas o veneno selou sua garganta, e ele morreu com o olhar cravado na imagem da vingança.
Ela olhou para o homem sem vida no chão e percebeu que sua vida havia sido destruída por um homem patético, que morreu mais rápido do que imaginava. Ela nem se deu ao trabalho de lutar. Todos ao redor dele o odiavam.
Yuki não sentiu a satisfação que esperava ao ver o tirano cair. Ela se virou, caminhando calmamente pela porta da frente, passando pelos guardas que simplesmente fingiram que ela não estava ali.
— Se quiserem me prender, eu não irei reagir. — Ele disse olhando para o guarda por cima dos ombros.
— O daimiô estava bebendo demais, em algum momento isso iria acontecer. — O guarda disse friamente. — Vá pela floresta. Nunca diremos que esteve aqui.
Yuki agradeceu o guarda e seguiu entrando na floresta. A lua iluminava seu caminho enquanto ela refletia sobre as palavras que havia ouvido certa vez: a vingança nunca é suficiente para preencher o vazio.
Ela seguiu noite adentro, o vento sussurrando entre as folhas, carregando consigo a promessa de um novo amanhecer e a esperança de encontrar paz além da sombra da vingança. Não tinha sobrado mais nada além disso.
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