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33 - Fio vermelho do destino

Os dias passaram silenciosos no assentamento. Os sentimentos tiveram que forçadamente serem deixados de lado, visto que a batalha se aproximava no horizonte a passos mais rápidos do que deveria. Os treinamentos ficaram intensos, armamento foi distribuído e as estratégias foram traçadas entre Yahiko e Itachi.

O Príncipe Sasuke ficou se recuperando completamente isolado numa casa vigiada por vinte e quatro horas. Dadas as circunstâncias, o Imperador achou melhor que ele ficasse longe dos moradores. O homem mantinha-se sentado em frente à lateral com o olhar vazio fixo na madeira que queimava lentamente. O que mais invadia sua mente era como foi derrotado por um concubina. Logo ele, um guerreiro orgulhoso que carregava o sangue Uchiha, iria ser sempre lembrado daquela derrota amarga toda vez que olhasse para seu braço decepado.

Ele ouviu a porta abrir e apenas olhou de soslaio para ver quem entrava. A presença de Hinata fez o homem mudar o semblante e se virar para a ex-concubina que carregava Hiroshi no colo. O bebê naquele dia estava ainda mais rosado e radiante que de costume. Sasuke ao ver a mulher se levantou rapidamente e se aproximou dela, que deu dois passos para trás. Ele ficou constrangido ao ver a expressão de medo no rosto dela.

— Então, é assim que sou para você agora? — Ele disse com a voz embargada.

— Não. Você sempre foi assim. Desde a primeira vez que entrou naquele quarto após matar o meu noivo.

— Você também veio me humilhar, já não foi o bastante para você?

Hinata olhou pela primeira vez nos olhos do príncipe com uma determinação que ela nunca havia visto. — Não, não foi. Nada será suficiente para pagar toda a humilhação. Todos os abusos.

— Eu amei você!

— O seu conceito de amor é torpe! Eu teria amado você, por mais estranho que pareça dizer isso em voz alta. Eu teria amado você, porque isso é da minha natureza. Eu fui criada para isso. Eu teria feito tudo por você! Não precisava ter tomado à força, não precisava ter me agredido e me humilhado.

— Ainda dá tempo! Eu te faria minha esposa! Eu, você e nosso filho!

— Não dá mais tempo para isso, Sasuke. Eu só vim aqui hoje para te mostrar o Hiroshi. Apesar de tudo, ele é seu filho e isso nunca vou negar. Direi a ele que o pai dele é um guerreiro forte e corajoso que venceu grandes batalhas.

— Por favor, Hinata... jamais amei outra mulher como você...

— Eu sinto muito, Sasuke.

Sasuke olhou para o menino nos braços de Hinata e sentiu pela primeira vez o coração se aquecer. — Eu posso segurá-lo?

— Sim.

Hinata colocou o menino no braço do príncipe que o segurou com dificuldade com o único braço que ainda tinha. Ele olhou para o menino com uma expressão que Hinata ainda não tinha visto.

— Ele se parece comigo. — Ele disse sorrindo.

— Muito na verdade.

— Nós formaríamos uma família tão linda.

— Sasuke, não dificulte as coisas.

— Eu sou... — Sasuke começou a alterar o tom de voz.

— O príncipe, o regente, o Uchiha. Mas para mim isso não tem valor nenhum. Você poderia ser um camponês, se tivesse me tratado com o devido respeito, eu te amaria do mesmo jeito.

Hinata pegou Hiroshi do colo do príncipe e caminhou em direção à porta. — Hinata! Onde você vai? O que vai fazer?

— Seguirei minha vida Sasuke, bem longe de você.

— Você não pode! É o meu filho!

— E sempre será, mas não muda todo o asco e repulsa que sinto por você.

— Hinata! — O príncipe tropeçou no tapete que tinha no chão e caiu e ficou olhando para a mulher sair pela porta com o pequeno Hiroshi no colo. Pela primeira vez Sasuke sentiu o remorso tomar conta de seu corpo, o choro preso na garganta saiu queimando e o príncipe chorou desesperado. Havia alguma forma de redimir todo o mal que ele havia causado? Ou era tarde demais para isso?

(...)

Algum tempo depois, o príncipe solicitou a presença de Itachi em sua tenda. O Imperador ainda abalado pelos últimos acontecimentos chegou ao local com um olhar de pesar para o irmão que estava num estado que ele jamais havia visto: o de arrependimento.

— Sasuke, fico feliz que já esteja fora da cama.

— Eu... preferia ficar lá até desaparecer.

— Não diga isso. Ainda está vivo.

— Eu nem vou perguntar se a cretina foi punida porque já soube que você a libertou. Seu coração mole me enoja. Preferiu aquela mulher a seu irmão.

— As coisas não são bem assim.

— E se eu tivesse morrido? Talvez fosse melhor eu acabar com a minha própria vida.

— Drama não combina com você, Sasuke e também sei que é orgulhoso demais para isso.

Sasuke abaixou o olhar e ficou pensativo por um instante. — A Hinata veio aqui. Me mostrou o meu filho e disse que talvez teria me amado. Se eu tivesse sido mais gentil.

— Você sabe que isso é verdade.

— Tudo que eu mais queria na vida era ela. Juro para você que nem o Império me seduz.

— Eu sei disso. O império é um fardo muito pesado.

— Eu não posso obrigar ela a me amar no fim das contas.

— Não, meu irmão. Você não pode. Deverá seguir em frente. Ela viverá a vida dela e você a sua. Mesmo que tenham um elo que os una por toda a vida.

— Nosso filho Hiroshi que provavelmente será criado por outro homem.

— Sim.

— Eu poderia levá-lo para o Palácio que é o lugar dele.

— Isso pode ser negociado no futuro. Já que Hiroshi é o herdeiro legítimo do trono.

— Mas ainda terá seus filhos. — Sasuke disse olhando para o irmão que estava cabisbaixo.

— Creio que isso não será assim tão fácil. A mulher que amo já não pode me dar filhos.

— Então procure outra.

— Viu a diferença entre nós? Não tem como substituir a mulher que amo. Ela é única. A vida que planejei para o futuro era com ela, e nenhuma outra poderia ocupar este lugar. Você sabe disso. Não é assim que você se sente com relação à Hinata?

— Você me pegou. Tem toda razão. Não há mulher no mundo que substitua a Hinata.

— E o que pretende fazer, irmão? Você é um combatente forte, mesmo faltando um braço.

— Eu desse jeito só iria te atrasar. Além do mais, acho que preciso de um tempo para processar tudo que me aconteceu. Talvez viajar por aí. Ver como nosso império está. Sempre ouvi rumores que nosso pai era um tirano.

— Vai ver com seus próprios olhos?

— Vou tentar ser uma pessoa melhor, talvez algum dia eu seja digno ao menos do respeito da Hinata. Já que seu amor eu sei que será impossível.

— Considerando o que você fez, muitos iriam querer que você tirasse a própria vida ou até mesmo fosse torturado. Mas eu penso que o remorso vai ser seu castigo. Pensar dia e noite que se tivesse feito diferente a Hinata estaria ao seu lado.

— Você costumava pegar mais leve comigo, irmão.

— Agora é um homem adulto que responde por seus próprios atos. Mas saiba que eu gostaria de te proteger de tudo isso, de passar a mão na sua cabeça e dizer que vai ficar tudo bem.

— Nosso pai não foi nem de longe a figura paterna que precisava, mas você meu irmão, sim e serei grato a você por toda a minha vida.

— Não tem que me agradecer. Faço porque amo você.

Itachi deu um abraço em Sasuke sentindo o peso da despedida. Ele queria que tudo fosse diferente, mas Sasuke deveria seguir seu próprio caminho, não importava o quão doloroso fosse.

O príncipe partiu na manhã seguinte, antes de cruzar o portão, Sakura o aguardava com o olhar tenso. — Vai virar rotina agora vocês me olhando assim? — ele disse sério.

— Queria ver você partir com meus próprios olhos. Saber se de fato estou livre.

— Está se deitando com outro, acho que já está livre há muito tempo.

— Eu dediquei a minha vida toda à você. Pensei que seria o casamento dos meus sonhos.

— Não sou responsável pelas suas expectativas.

— Sei que não. Mas quero que saiba que eu sonhei com isso. Com você me amando de verdade, como você dizia amar a Hinata.

— Eu amo a Hinata! Mas isso não era suficiente... — Ele abaixou a cabeça.

— O amor que senti por você também não. Mas eu nunca quis te prender e te humilhar.

— Já chega de humilhação por hoje. Se não tem mais nada construtivo a dizer, adeus.

— Espero que encontre a felicidade.

Sasuke seguiu sem olhar para trás. A partir dali era uma jornada que só ele deveria trilhar.

(...)

O enorme grupo partiu junto com o exército imperial cerca de duas semanas depois. O clima de despedida tomou conta do local. Yuki se posicionou ao lado de seu cavalo e subiu no animal sob o olhar atento do Imperador. A mulher apenas virou o rosto e bateu os calcanhares de leve no lombo do cavalo e seguiu para junto de seus companheiros.

Ela viu Sakura chorar abraçada a Kakashi, dizendo a ele que iria esperá-lo não importava quanto tempo passasse. Yuki tentou conter os sentimentos obscuros quando soube naquela manhã que Sakura estava grávida de Kakashi. A ex-princesa contou para ela com receio, mas mesmo assim Yuki sorriu e esboçou a felicidade pela amiga.

Yuki disse adeus à Hinata, Sakura, Hiroshi e Chiyo. Era difícil saber se ali seria a última vez que se veriam. Era uma guerra dura de se enfrentar e ela estava disposta a morrer se fosse preciso.

Todo o clima era de tensão. Durante toda a viagem Konan evitava olhar para Yuki, que evitava olhar para Itachi que encarava Yahiko que olhava com pesar para Konan. No fim, todos sofriam.

Itachi ainda tentou impedir que Yuki os acompanhasse, mas depois percebeu que seria impossível discutir com ela. Não com ela decidida como estava. Ele queria ter conversado mais, ter dito que estava tudo bem ela querer se vingar, mas o abismo que ela criou ao seu redor era grande demais. Era uma mulher coberta de amargura e desespero.

Depois de alguns dias da longa viagem, eles chegaram a Konohagakure. O grupo de Yahiko ficou acampado nos arredores do Palácio a pedido dele mesmo. Enquanto isso, o Imperador e seu enorme exército seguiu para dentro dos muros do Palácio do Fogo.

Yuki se aproximou de Yahiko que mantinha-se afastado dela desde que o Imperador passou pelos portões do assentamento. O líder estava limpando sua armadura já se preparando para a batalha que aconteceria em menos tempo do que gostaria.

— Yahiko, acho que lhe devo satisfação.

— Não me deve nada, Yuki. Você sempre foi uma mulher livre.

— Mesmo assim. Você foi meu apoio no momento mais difícil e eu saí correndo para os braços do Imperador.

— É o Imperador Corvo, Yuki. Não dá para competir.

— Não se preocupe. Eu vou seguir meu caminho e ele, o dele. Eu não posso lhe dar filhos. Eu... Perdi o útero em decorrência da infecção, quero que saiba disso também.

— Eu sinto muito por isso. Sinto de verdade. E quero que saiba que isso não me incomoda, nenhum pouco.

— A gente pode continuar de onde paramos, o que acha? Eu e você. Se o seu coração mandar assim, é claro. Dadas as circunstâncias já que Konan é o amor de sua vida.

— Amor é uma coisa bem relativa nesse mundo em que vivemos, não acha?

— Bom, tem uma lenda que minha mãe me dizia que todas as pessoas que têm seus destinos entrelaçados, estão ligadas pelo mindinho por um fio vermelho. Às vezes ele pode ser longo, às vezes curto. Vai depender das dificuldades que este casal vai enfrentar. Mas não importa quanto tempo passe, um dia essas almas ligadas uma à outra irão se encontrar.

— Caramba, bem que dizem que você é uma contadora de histórias.

— Eu não ouço isso há muito tempo.

— Quando essa batalha acabar, talvez a gente possa conhecer o mundo juntos.

— Sim. — Yuki abriu um largo sorriso.

A conversa entre os dois é interrompida por Shiranui que chega na tenda pigarreando. — Lady Yuki, o Imperador solicitou sua presença.

Yahiko acenou com a cabeça para que ela seguisse as ordens do regente. A mulher acompanhou Shiranui até o enorme Palácio que até então havia ficado apenas em sua lembrança. Eles caminharam devagar por entre os antigos pavilhões que ela observou, olhando naquele momento pareciam bem menores do que de fato eram. Ela pensou em quanto ela havia evoluído do dia que entrou ali até aquele momento da vida dela. Quantos sonhos e planos foram desfeitos como poeira no vento.

Ela adentrou o enorme aposento do Imperador olhando tudo ao redor como se aquilo fosse algo distante de sua realidade. Todo luxo, todo ouro, as esculturas. Itachi estava sentado à sua mesa e se levantou quando viu Yuki e se aproximou dela sorridente.

— Fico feliz que tenha vindo.

— Eu não podia recusar as ordens do Imperador.

— Não fale dessa maneira.

— Eu devo respeito ao senhor. Independente de qualquer coisa.

— Nós temos que conversar direito. Eu amo você e não me importo com não termos filhos! Hiroshi será meu sucessor, quando tiver idade trarei ele e a mãe dele para o Palácio.

— Itachi, as coisas não são tão simples.

— Você que dificulta. — Ele se aproximou de Yuki tocando o rosto dela de leve. — Não concordo com você na frente de batalha.

— Eu sou uma guerreira, alteza.

— Se algo te acontecer não me perdoaria.

— Muitas coisas aconteceram e eu sobrevivi. Me deixou mais forte.

Ele beijou os lábios dela delicadamente. Yuki não resistia quando se tratava de Itachi. Toda força, toda resistência ia embora quando se tratava dele. Ele era o amor de sua vida, não importava quanto tempo passasse.

— Kabuto! Por favor! Não faça isso!

— Lady Konan, eu não vou esconder isso do Imperador!

Os gritos do lado de fora dos aposentos do Imperador, chamou a atenção de Yuki e Itachi que pararam para ver o que estava acontecendo. Kabuto corria na frente à passadas largas sendo seguido por Konan sendo arrastada por um dos soldados.

— O que significa isso, Kabuto? Eu disse que não queria ser incomodado. — Itachi disse sério ao eunuco.

— Perdão, alteza, mas isso era algo de extrema urgência.

— Kabuto! Você me prometeu! Me soltem! — Konan gritou ao soldado que se mantinha firme segurando a concubina.

— Solte-a! — o imperador ordenou e o guarda manteve-se segurando a mulher.

— Ela estava fugindo, alteza!

— Konan é livre, Kabuto! — Itachi disse alterando o tom de voz. Yuki estava no meio da discussão sem entender nada e foi se afastando devagar na esperança de não ser percebida.

— Ela está grávida! E iria fugir sem contar ao senhor!

— Não... — Konan disse soltando o corpo no chão e cobrindo o rosto. Itachi ficou emocionado com a notícia. E Yuki ficou paralisada em frente à porta olhando para Itachi com os olhos marejados e uma lágrima silenciosa desceu em seu rosto.

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