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31 - Céu nublado e sem estrelas


Yuki sentia como se o chão tivesse aberto embaixo de seus pés. Parado diante dela com uma expressão de decepção estava Itachi Uchiha. Seu amo, seu Príncipe, seu Imperador. Ela olhava intensamente em seus olhos, seu peito subia e descia como se tivesse esquecido como respirava. Ela olhou ao redor e havia um mar de rostos olhando para ela aterrorizados. Ela havia perdido a noção até de onde estava. A raiva que sentiu do príncipe invadiu seu corpo.

Ela viu um dos soldados se aproximar de Hinata e Sakura, e o príncipe se arrastando em direção à espada. Ela chutou a katana para longe e pegou o príncipe ferido pelos cabelos e colocou a lâmina em seu pescoço.

— Se der mais um passo, corto a cabeça do príncipe.

— Solte o príncipe, mulher! Não tem para onde fugir! — Um dos soldados gritou.

— Se encostar na Hinata e na Sakura ele morre e eu não estou brincando!

— Ahhh! Me solta sua vagabunda! — Sasuke gritou enquanto segurava o braço decepado que sangrava sem parar.

Itachi olhou para a mulher ainda em estado de choque. Não era nem de longe a doce Yuki de que se lembrava. Seu olhar era de uma fúria e uma tristeza palpável. Os braços estavam fortes, e ele jamais imaginou que uma mulher tão pequena derrotaria seu irmão, que era um habilidoso lutador.

— Lady Yuki... por gentileza, solte o príncipe. Não torne isso uma guerra. — Kabuto tentava amenizar a situação ao ver o choque do Imperador.

— Garanta pra mim que nenhuma das duas será feita de escrava de novo!

— Lady Yuki...

— Garanta! E se me chamar de Lady de novo cortarei seu pescoço também.

Kabuto olhou para o Imperador, o regente ainda parecia tentar entender o que via. Itachi acena para que os soldados deixem as duas mulheres. Em seguida, volta seu olhar para Yuki.

— Seu pedido será acatado. Agora solte-o. Infelizmente devido à sua afronta contra o império, será presa e levada a julgamento. — O burburinho começa a surgir ao redor da população, Yuki solta o príncipe Sasuke e joga a espada para longe. O Imperador olha para a jovem que mantém a cabeça baixa e continua — Kabuto, leve o príncipe para cuidados médicos.

— Yuki! — Yahiko se aproxima do alvoroço e toca os ombros da mulher. — Você está bem? — A forma como ele toca a jovem chama a atenção do Imperador, que estreitou os olhos.

— Ela será presa, Yahiko. Ela atentou contra a vida do príncipe.

— Imperador, tem uma explicação. Eu garanto ao senhor.

Os guardas se aproximam de Yuki e a seguram com os braços para trás. Yahiko nota o desespero das amigas de Yuki que se sentiam impotentes diante daquela situação.

— Imperador! Eu peço que perdoe Yuki. Tudo que ela fez foi para nos ajudar. — Sakura implora se ajoelhando e se curvando diante de Itachi.

— Não permitirei tal afronta, Princesa Sakura. Ela decepou o braço dele. Estava disposta a matá-lo.

— Alteza, eu acho que podemos conversar a respeito. — Yahiko disse se colocando diante de Yuki.

— Yahiko, vai ficar tudo bem. — Yuki disse tentando confortar o líder.

— Yuki, eu não posso ficar de braços cruzados, não depois de tudo que você passou.

— É só o preço da liberdade delas, Yahiko. Por tudo que elas fizeram por mim. — Ela se vira para Sakura e Hinata — Meninas, minha dívida está paga. Não deixe nenhum homem escravizar vocês outra vez! Arranque a espinha dele se for preciso!

— Yuki! — Hinata disse chorando. — Nunca teve uma dívida.

— Eu sei, querida. É só uma questão de honra. E vocês merecem a felicidade.

Yuki foi levada pelos soldados em meio aos protestos. A cela improvisada foi uma das casas que estavam vazias. A mulher foi jogada com força para dentro da casa e todo o local foi vigiado por guardas fortemente armados. As janelas pregadas com tábuas.

Ali a jovem ficou o dia todo, o Imperador proibiu visitas, comida e até mesmo água. Ela pensou que certamente seria executada. Mas não se arrependia, se tivesse tido oportunidade teria cortado a cabeça dele. Por todo mal que ele fez à sua família: Hinata e Sakura.

O sol começou a se esconder no horizonte, o frio começou a se fazer presente mais uma vez. Em sua mente havia dezenas de coisas ao mesmo tempo, assim como os olhos do Imperador de decepção. Ela queria ter desaparecido naquele momento.

Quando a noite finalmente caiu sobre o assentamento, a porta da "prisão" foi destrancada e a pessoa que ela menos desejava ver naquele momento passou pela porta. Imponente como sempre, o Imperador entrou na casa acompanhado de um dos guardas que ele acenou para que os deixasse.

— Alteza, não posso permitir que fique sozinho com essa mulher.

— Deixe-nos, ela não se atreveria a me enfrentar.

O guarda iluminou o local com tochas revelando a mulher sob uma luz amarelada e deixou o Imperador receoso encarando a prisioneira que mantinha-se sentada no chão de cabeça baixa.

Itachi ficou em silêncio por um longo tempo e depois soltou um suspiro pesado e deu um passo para frente. Yuki mantinha-se cabisbaixa olhando para um trilho de formigas que se formava no chão da casa.

— Eu esperava que ao menos fosse se justificar quando me visse, Yuki

— Não tenho nada para justificar, alteza. O que o senhor viu foi um fato. Eu tentei matar o príncipe e não me arrependo.

— Eu vi sim, mas ainda não acredito. Você costumava ser mais doce e gentil, do tipo que não fazia mal a uma mosca.

— As coisas mudaram, alteza.

— Ao menos olhe para mim. Deixa eu ver seus olhos, preciso ver se a mulher que conheci ainda está aí dentro.

— Não está.

— O que aconteceu com você?

Yuki queria gritar. Dizer a ele tudo que estava preso em sua garganta, em como se sentia. Mas havia prometido a si mesma que não seria uma vítima. Nunca mais. — Eu tive que ser mais forte, alteza.

— Deixe as formalidades, Yuki. Quando me trata dessa forma parece que o abismo entre nós fica cada vez maior.

— Eu sinto muito por isso, alteza.

Itachi começou a sentir a raiva tomar conta de seu corpo. Por que tanta frieza? Para que aquilo tudo? Ela já não o amava mais? — Eu procurei você em cada canto desse mundo, segui o maldito Tobirama em cada esconderijo. Eu jurei matar aquele desgraçado e arrancar o coração dele e fui atrás de cada aliado dele e matei todos eles. Se a guerra está prestes a acontecer foi porque eu fiz tudo para encontrar você! E agora, te encontro escondida em meio às montanhas com um bando de rebeldes. Me olha com desprezo, é tão fria quanto a noite que está lá fora!

— Eu não pedi por isso!

Itachi começa andar para cima dela e Yuki se levanta rapidamente e encara o Imperador sem um pingo de medo no olhar. Os olhos dele num vermelho vivo como ela não tinha visto antes, os punhos fechados, os dentes cerrados.

— Se vai matar, mata logo.

— O que houve com você? — Ele disse com a voz grave.

— Eu escrevi meu próprio destino. Meu próprio caminho. Não vou ser uma pessoa frágil de novo.

— Eu sei que ficou presa no cativeiro, sei que eles torturaram você.

— Não tem a menor ideia do que passamos. — Yuki disse com lágrimas nos olhos, os lábios tremiam, a voz embargada. — Eles fizeram das nossas vidas um inferno. Eu chorei noite e dia, passamos tanta fome e tanta sede que a boca ficava seca e a barriga roncava tão alto que era o único som que ouvíamos. Eles bateram em nós por cinco dias seguidos e nos jogaram dentro daquela cela podre onde moramos dentro da nossa própria sujeira. Ainda tem coisas que ficam gravadas na minha mente. Coisas que não dissemos a ninguém, nem eu e nem Sakura. Juramos guardar segredo para ver se a vergonha diminuía. Como a quantidade de vezes que o guarda que ficava na porta nos estuprou.

Itachi engoliu seco e a fúria tomou conta dele. Cada vez mais desejava a cabeça de Tobirama presa numa estaca. Ele então olha para ela e diz com a voz embargada. — Ele mandou nosso filho numa caixa.

Yuki olhou para Itachi surpresa e abaixou o olhar ao lembrar-se do trágico momento. — Ele... mandou?

— Sim. Yuki, eu me sinto culpado. Devia estar lá para te proteger. Eu devia ter ido te salvar.

— Nós nos salvamos sozinhas. Na verdade, Hinata e Sakura me salvaram.

— Você fala como se não me importasse com você! É por causa do Yahiko? Você é a namorada dele?

— Sim, eu sou! E não tem o direito de me cobrar isso depois que colocou Konan como sua Imperatriz!

— Konan não é minha Imperatriz!

— Mas se deita com ela, não deita? Ou vai me dizer que a forma como se olham é por mero carinho e amizade?

— Isso... é diferente.

— Não é! Não para mim! Ela é sua favorita agora. Eu não sirvo para mais nada para você. E além de tudo, atentei contra a vida do seu irmão. Estou pronta para que a sentença seja cumprida. — Yuki disse se afastando do Imperador.

— Acha que é só isso? Te executar e pronto? Não vai ao menos se defender?

— Não, eu não me arrependo.

— É o seu príncipe! O meu irmão!

— Um porco estuprador! Que fez da vida daquelas duas mulheres um inferno e o senhor sabe disso.

— Não precisa ser assim.

— Ele iria atrás delas até os confins da terra.

— Yuki! Se demonstrar arrependimento poderei pensar em algo, eu posso te conceder o perdão e voltaria para o Palácio.

— Não, Imperador! Eu não me arrependo e não voltarei para aquele Palácio por livre e espontânea vontade e se me forçar eu escolherei a morte.

— EU TAMBÉM PERDI UM FILHO!

— MAS SÓ EU QUE VOU SOFRER!

O silêncio se fez presente naquele momento. Yuki sentia o peito pesado e os olhos ardiam e a garganta queimava. Ela soltou o corpo no chão e se curvou para a frente chorando, fragilizada pela primeira vez desde que o Imperador chegou ali.

— Eu entendo sua dor, Yuki.

— Eu perdi tudo, Imperador. Meus pais estão mortos. Meu filho está morto.

— Seus... pais? — Itachi ficou atordoado com a informação. — Você... já sabe?

— Então, o senhor sabia? — Yuki disse decepcionada.

O Imperador abaixou a cabeca.— Meu pai... deu a ordem sem me contar, eu só fiquei sabendo muito tempo depois.

— E o que pretendia?

— A gente já estava bem. Eu iria te fazer minha esposa.

— Foi por isso que disse que seria sua Imperatriz? Por pena?

— Não! Disse porque te amava. Ainda amo, na verdade.

— Sou grata por seu amor, majestade, mas eu não tenho mais nada a te oferecer. Como pode ver não sou nem de longe a Lady que conheceu. Acho que um quimono de seda em mim seria uma afronta a todas as ladies de Konohagakure.

— Não me importo com nada disso.

— Além disso, eu tentei matar o príncipe.

— Daremos um jeito.

— Eu me deitei com outro homem, além dos estupros que sofri.

— Eu também me deitei com outras mulheres. — Itachi se ajoelhou diante de Yuki e segurou seu rosto com as duas mãos. Os olhos do Imperador molhados, escorriam lágrimas silenciosas. — Eu amo você, Yuki eu te aceito de qualquer maneira, em qualquer condição.

— Eu perdi nosso filho, alteza.

— A gente pode tentar de novo. Quantas vezes você desejar.

Yuki naquele momento teve as palavras desaparecendo de seus lábios. Ela se lembrou de algo que lutava para esquecer com todas as forças. A negativa que fazia a si mesma, as mentiras que disse para tentar amenizar a dor que dilacerava seu peito. Se lembrou do porque ela queria morrer naquela cachoeira. Se lembrou das palavras de Chiyo.

As lágrimas escorreram pelo seu rosto, o ar parecia não entrar em seus pulmões. Tudo veio à sua mente de uma única vez. A garganta queimava e um nó havia se formado e as palavras saíram quase rasgando seu pescoço.

— Não podemos...

— Yuki... claro que podemos. Você e eu. Será minha mulher. Eu vou te amar com todas as minhas forças e teremos muitos filhos.

Eu sinto muito, menina.

Yuki havia apagado aquilo de sua memória, guardou numa caixa profunda trancada em seu coração. E desde então tem mentido para si mesma. Não haveria uma próxima vez.

— Eu não posso... não posso...

— Yuki.

O choro desesperador reverberou na casa. Como se seu coração tivesse se partido mais uma vez. Como se estivesse vivendo tudo de novo. Não haveria uma próxima vez. E pela primeira vez ela disse o nome dele com uma frase que o destruiu por completo. Em meio a um choro doloroso.

— Itachi, eu perdi o útero.

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