30 - A mais forte das mulheres
Sasuke andava de um lado para o outro dentro da habitação onde Itachi estava. A mente dele era invadida por indignação. O imperador estava sendo mole, manchando o nome de seu pai que era um conquistador.
— Se tem algo a dizer, diga logo. — Itachi disse acenando para que uma das servas saísse.
— Itachi, devíamos ter apenas obrigado eles a te ajudarem. Por que ter tanta gentileza com a ralé? Você é o Imperador! Tudo que eles vêm aqui ao redor pertence a você!
— Sasuke, todo líder que precise gritar aos quatro ventos que é o líder, não é digno de tal. Eu preciso que eles me apoiem, não que me temam.
— Não acredito nisso! Nosso pai teria feito esses caipiras implorarem por misericórdia de joelhos.
— E quantos teriam morrido no processo?
— Um preço a se pagar.
— E outro Pain surgiria, outra Kurama. Sempre há alguém para lutar pelo que acredita.
— Tsc. Você é um tolo. Eu já teria ido atrás do Tobirama. Feito ele implorar por piedade. Teria feito ele me dizer onde minha Hinata está.
— Tem o direito de pensar o que quiser.
— Eu vou procurar algo para beber. Não quero falar sobre isso com você.
Sasuke saiu da casa batendo a porta violentamente. Konan estava do lado de fora observando o assentamento que um dia ela e Yahiko sonharam ter se tornado realidade. E isso a entristecia.
— O Imperador pediu que a senhora entrasse, Lady Konan. — Kabuto se aproximou da mulher que olhou para ele com os olhos marejados.
— Claro, já estou indo.
Konan entrou na casa sentindo o coração apertado. Ela não queria que o Imperador percebesse a sua inquietação. O Imperador estava sentado em frente à lareira, esfregando as mãos uma na outra.
— Alteza, mandou me chamar.
— Sente-se, Konan. — Ele disse apontando para a cadeira ao seu lado.
Ela caminhou devagar, ainda receosa e sentou-se ao lado dele com as mãos sobre o colo. — A noite está bem fria.
— Sei como se sente. Ver seu marido diante de seus olhos e não poder fazer nada. Konan, eu já te disse que é uma mulher livre. Que pode ir quando quiser. Se seu desejo é ficar ao lado dele, eu respeitarei. Mesmo que o certo fosse punir você por alta traição pelas cartas que trocou com ele, tem a minha permissão.
— Alteza, e o que direi a ele? Tanto tempo se passou. Eu já não sei mais nada sobre ele. Eu sou grata ao senhor, majestade, mas não irei a lugar nenhum.
Itachi tocou as mãos de Kona e olhou em seus olhos e depositou um beijo leve nos lábios dela. — Obrigada por seu carinho Konan.
— É o mínimo, depois de tudo que o senhor me fez.
— Venha, vamos nos deitar.
— Seria pedir demais, não nos deitarmos na cama dele?
— Pedirei que arrumem uma cama improvisada no chão.
(...)
A noite estava escura e fria, com o crepitar da fogueira iluminando os rostos cansados dos guerreiros. Sasuke estava sentado em um tronco, segurando uma garrafa de saquê. Seus olhos negros brilhavam com a luz das chamas enquanto ele contava suas histórias de vitória.
— Meus amigos — começou Sasuke, a voz rouca pelo álcool. — Vocês não acreditariam nas batalhas que enfrentei. Lutei contra demônios, dragões e até mesmo deuses. Mas a maior de todas as minhas conquistas foi quando invadi o castelo de Uzushiogakure.
Os soldados se inclinaram para frente, ansiosos para ouvir mais. Sasuke sorriu, lembrando-se daquela noite com certa alegria.
— O castelo estava protegido por muralhas altas e guardas ferozes. — continuou ele. — Mas eu tinha um plano. Esperei até a lua estar escondida atrás das nuvens e, com minha katana em mãos, me infiltrei silenciosamente. Gritei para aquele maldito que me enfrentasse. Lutamos com fúria, nossas espadas se chocando. No final, consegui um golpe certeiro. Naruto caiu, derrotado, manchando o piso daquele lugar com o seu sangue.
Nesse momento, uma jovem moça se aproximou, carregando uma bandeja de saquê. Seus olhos eram grandes e assustados, e ela tremia ao se aproximar de Sasuke.
— Príncipe Sasuke, aqui está sua bebida.
Sasuke a olhou, os olhos escuros percorrendo seu corpo. — Você é bonita, fique aqui comigo.
A moça engoliu em seco ao sentir a mão dele percorrer seu corpo, mas antes que pudesse responder, a bandeja caiu no chão. Ela correu, apavorada, mas um dos soldados a agarrou pelo braço.
— O príncipe a quer, não faça essa desfeita com vossa majestade. — disse, arrastando a jovem pelos cabelos.
— Por gentileza, Príncipe. Fico feliz que minha filha lhe interesse, mas gostaria que ela fosse honrada. — O olhar de Minato encontrou o do príncipe.
— Quem você pensa que é?
— Não sou ninguém, alteza, mas não ficará bem para o senhor que as pessoas vejam este tipo de conduta de seus soldados.
Sasuke olhou ao redor e viu alguns dos moradores observando de longe. — Solte a garota.
O soldado soltou a jovem que foi amparada por Minato e que a levou para longe dali. O assentamento estava envolto em silêncio naquela madrugada. Minato, conduzia a jovem assediada por Sasuke para longe da agitação. Seus passos eram firmes, e ele não olhava para trás. A garota tremia, mas confiava em Minato para mantê-la segura.
Enquanto caminhavam, Minato avistou Deidara conversando com Suigetsu, um dos servos eunucos de Sasuke. Deidara gesticulava com entusiasmo, suas mãos formando imagens invisíveis no ar. Suigetsu ouvia atentamente, seus olhos brilhando com curiosidade.
Minato ignorou a cena e continuou seu trajeto com a jovem. Ele a levou para um local mais afastado e sussurrou: — Você está segura agora. Fique longe deles. Sasuke não é alguém com quem você deva se envolver.
A garota assentiu, agradecida, e Minato se afastou, desaparecendo nas sombras.
Enquanto isso, Deidara e Suigetsu continuavam sua conversa. Deidara reclamava da monotonia do assentamento:
— Aqui é tão chato! Ninguém entende verdadeiramente a arte. Minhas criações são como pérolas jogadas aos porcos.
Suigetsu sorriu, revelando dentes brancos e afiados: — Talvez você devesse visitar o Palácio Imperial. Lá, há obras de arte magníficas, todas cuidadosamente preservadas. Você ficaria impressionado.
Deidara arqueou uma sobrancelha: — Tão impressionantes quanto você, Suigetsu?
O servo riu, e antes que Deidara pudesse protestar, Suigetsu o puxou para um beijo intenso. Os lábios se encontraram com urgência, e o mundo ao redor desapareceu.
Deidara quebrou o beijo, ofegante: — Vamos para minha casa. Quero ver se você é tão fascinante quanto as obras de arte do Palácio. Suigetsu concordou, e os dois seguiram juntos.
(...)
Sasuke, atormentado, fitava o fogo, os olhos escuros refletindo a dor que o consumia. A fogueira crepitava, suas chamas dançando como memórias vivas. Hinata, havia sido arrancada de seus braços naquela fatídica noite. Ele maldizia os abomináveis responsáveis por sua partida, prometendo vingança.
Ela era dele, e ninguém mais a teria. Nem que ele precisasse matar todos os que ousassem se intrometer em seu caminho. A obsessão o consumia, transformando-o em um predador implacável.
Enquanto Sasuke se afundava em suas lembranças, Suigetsu, se aproximou. Seus passos eram silenciosos, mas seus olhos brilhavam com uma notícia intrigante.
— Meu Príncipe — sussurrou Suigetsu — tenho informações que podem interessá-lo.
Sasuke ergueu o olhar, os olhos estreitando-se. — Fale
(...)
O vento sussurrava entre as árvores, enquanto a noite avançava. Sakura, Neji, Yuki e Hinata estavam reunidos na modesta casa de Yuki, escondidos como sombras na penumbra. O assentamento era grande, mas não grande o suficiente para esconder quatro fugitivos por muito tempo.
Hinata tremia, suas mãos apertadas em punhos. Ela se lembrava vividamente das violências que sofrera nas mãos do príncipe. Cada marca, cada palavra cruel, estava gravada em sua pele e em sua alma. Ela não queria enfrentá-lo novamente. Ter que olhar nos olhos dele, ser tocada por ele. Só de pensar isso seu estômago revirava.
— Temos que partir antes do amanhecer. — Yuki disse olhando preocupada pela janela.
— Há soldados do império para todo lado. — Sakura disse desesperada. — E eu não quero ir embora sem me despedir do Kakashi.
— Eu sei. Mas ficar aqui pode ser perigoso demais. Já chegamos tão longe. Não quero que ele nos veja. Só de pensar nisso eu fico desesperada. Eu não vou voltar para lá! — Hinata disse chorando.
— Eu não vou deixar Hinata! — Neji abraçou Hinata fortemente.
— Sem conversa gente! Vamos embora antes que seja tarde. Não há tempo para despedidas. Cada minuto conta. — Yuki disse ansiosa.
— E o Imperador? — Hinata disse aconchegando seu bebê.
— Isso ficou no passado. Ele já tem uma Imperatriz ao seu lado. E eu não tenho mais nada a oferecer. — Yuki disse arrumando a pequena bolsa de couro.
— Quando tudo acabar a gente volta, né? — Sakura disse chorosa.
— Espero que sim. — Yuki disse abraçando a amiga.
A madrugada começou a avançar. Yuki observava da janela a movimentação diminuir lá fora. Observou os companheiros apreensiva e quando ela viu o silêncio reinando absoluto ela acenou para que saíssem.
E assim, com o coração pesado e a esperança como sua única arma, eles partiram. A escuridão os envolveu, mas eles seguiram em frente, juntos. A fuga era a única opção, e eles a abraçaram com todas as forças.
O ar estava carregado de tensão enquanto Yuki e o grupo se esgueiravam pela escuridão. Os olhos vigilantes dos soldados do imperador pareciam segui-los a cada passo. A saída estava próxima, mas o medo os envolvia como uma névoa densa.
Hinata estreitou os olhos e à frente deles ela viu a figura que tanto tentava esquecer. Suas pernas bambearam, o ar parecia ter abandonado seus pulmões. Sentia seu coração bater descompassado. Ela engoliu em seco, lutando contra as memórias dolorosas que o nome dele evocava.
— É aqui que você esteve esse tempo todo, Hinata? — A voz de Sasuke cortou o silêncio da madrugada. Seu tom era gélido, como a lâmina de uma espada. Ele emergiu das sombras, seu manto real esvoaçando ao vento. Seus olhos encontraram os dela, e Hinata sentiu-se encurralada. — Eu implorei para que as informações que chegaram até mim fossem mentira. Uma princesa e duas concubinas chegaram aqui há algum tempo. E agora aqui diante dos meus olhos. Minha amada Hinata e a minha esposa. E pelo que eu vi, o meu filho.
Sakura deu um passo à frente. — Nós não temos mais nada a dizer para você. Nossa jornada é nossa, e você não faz parte dela.
Sasuke riu, um som amargo. — Vocês acham que podem escapar de mim? VOCÊS PERTENCEM A MIM!
Hinata olhou para Neji, que segurava a sua mão com firmeza. Ela não queria voltar para a prisão, para a dor e o desespero. Ela queria ser livre. Ela queria que Sasuke nunca mais a tocasse.
— Não vamos voltar. — disse Sakura, sua voz determinada. — Nós escolhemos a liberdade.
— E esse daí? — Ele apontou para Neji. — Esse aí foi o desgraçado que ousou roubar você de mim?
— Eu sou Neji Hyuuga, eu sou o responsável pela Hinata. Não, sou o marido dela.
— NÃO OUSE DIZER UM ABSURDO DESSES NA MINHA FRENTE DE NOVO! — Sasuke deu um passo à frente desembainhando a espada. — Tocou nela? TOCOU NA MINHA HINATA?
Neji mantinha a postura firme encarando Sasuke. O medo envolveu Hinata como uma mortalha gelada. Ela segurou seu filho no colo, protegendo-o com todo o amor que tinha. Parecia um pesadelo sem fim.
— RESPONDE! TOCOU NA MINHA CONCUBINA?
As memórias do Pavilhão Sândalo inundaram sua mente. As paredes douradas, os corredores silenciosos, os olhares invejosos das outras concubinas. Ela havia sido uma delas, uma mulher destinada a satisfazer os desejos do príncipe. Há quanto tempo não ouvia tal coisa? O título de concubina era uma marca indelével em sua alma.
Sasuke, com sua arrogância e crueldade, havia sido seu senhor e algoz. Ele a tocara com possessividade, como se ela fosse apenas um objeto. Hinata se lembrava das noites intermináveis, dos gemidos abafados, da sensação de estar aprisionada em um mundo de luxúria e dor.
Mas ela havia escapado. Ela havia encontrado coragem para fugir, para proteger seu filho e a si mesma. E agora, com Sasuke diante dela novamente, o passado e o presente colidiam. Ela não seria uma concubina novamente.
— Você não tem mais poder sobre mim — disse Hinata, sua voz trêmula, mas firme. — Eu escolhi a liberdade.
Sasuke sorriu, um sorriso que não alcançava seus olhos. — Você é minha propriedade, Hinata. E ninguém escapa de mim.
Mas Hinata não recuou. Ela olhou para Neji, para Yuki, para Sakura. Eles eram sua família agora, sua força. O ar estava carregado de tensão, e o príncipe Sasuke rugiu, exigindo a atenção de Hinata.
— AO MENOS OLHA PRA MIM! SABE QUANTAS NOITES CHOREI POR VOCÊ? O QUANTO SOFRI? PERDER VOCÊ FOI O MESMO QUE ARRANCAR UM PEDAÇO DA MINHA ALMA. VAI VIR COMIGO QUE É O SEU LUGAR!
Ela se recusou a olhar para ele, mas o peso de seu olhar era como uma corrente em seu pescoço. Neji, sempre protetor, se colocou à frente dela, determinado a enfrentar o príncipe. O choro do bebê ecoava pelo assentamento com Hinata tentando acalmar a criança e a si mesma.
— Antes que ela seja levada por você, eu lutarei com você até a morte — declarou Neji, sua voz firme. Ele estava disposto a arriscar tudo para proteger Hinata e o filho que ela segurava nos braços.
Sasuke riu, um som sinistro. — Hinata e o MEU filho pertencem a mim — disse ele, sua voz gélida. — Eu os levarei, querendo ou não. E levarei a puta ingrata da minha esposa.
Hinata sentiu o medo e a raiva se misturarem dentro dela. — Prefiro a morte a deixar que me toque novamente.
— Então se prepare para ver mais um amado seu morrer. Quando acabar vai voltar comigo e não sairá de lá nunca mais.
O príncipe avançou, e Neji se preparou para lutar. A luta entre Neji e Sasuke se desenrolou como uma dança mortal. Os olhos de todos no assentamento estavam fixos nos dois combatentes. Os guardas, inicialmente prontos para intervir, foram ordenados pelo príncipe a se afastarem. A batalha era pessoal, e o destino de todos estava pendurado na balança.
Neji, com sua destreza e força, lutava com a determinação de um homem que tinha tudo a perder. Ele desviava dos golpes de Sasuke, mas a desvantagem era evidente. O príncipe era implacável, sua espada cortando o ar com precisão mortal.
Hinata assistia, seu coração apertado. Ela se lembrava do dia em que Sasuke havia decapitado Naruto. As imagens daquela batalha sangrenta voltaram à sua mente. E ali, naquele momento, Sasuke estava prestes a fazer o mesmo com Neji.
— NEJI!
As espadas se chocavam, faíscas voando no ar como estrelas em guerra. O som metálico ecoava pelo campo de batalha, uma sinfonia de morte e desespero. Sasuke, o guerreiro implacável, tinha Neji na mira, a lâmina afiada prestes a ceifar sua vida.
Mas então, como um raio, Minato interveio. Seu olhar era fogo, a dor da perda de seu filho, Naruto, alimentando sua determinação. Ele encarou Sasuke, os olhos refletindo anos de sofrimento e desejo de vingança.
— Estão brotando da terra como baratas.
— Aqui terei minha vingança, Sasuke. Pela morte de meu filho, Naruto Uzumaki.
Sasuke riu, um som cruel que ecoou entre os combatentes. Ele se aproximou de Minato, a lâmina ainda manchada com o sangue de Neji. — Logo você encontrará seu filho.
E então, a dança das espadas recomeçou. Minato, apesar de sua idade avançada, era ágil e habilidoso. Mas Sasuke era implacável, seus golpes rápidos e precisos. O príncipe estava determinado a provar sua superioridade.
Enquanto isso, Yuki acenou para Neji e as outras mulheres. Elas deveriam escapar, levar Hinata e Sakura para longe do perigo. Mas os soldados inimigos bloquearam seu caminho, impedindo-as de avançar.
Minato estava sendo empurrado para trás, a força de Sasuke esmagando-o. O príncipe sorriu, satisfeito:
— Você não passa de um velho, Minato. Morrerá desonrado.
Yuki assistiu, impotente, enquanto seu mestre caía no chão. Sentiu seu coração bater acelerado, o medo tomando conta de cada fibra de seu ser. A situação era desesperadora. Minato estava prestes a morrer. Ela não podia permitir isso, não depois de tudo que ele fez por ela.
Sem pensar duas vezes, Yuki correu em disparada em direção ao local onde a batalha acontecia. Sakura gritava seu nome, mas Yuki estava determinada. Ela precisava salvar Minato, custasse o que custasse.
Ao chegar lá, Yuki viu a espada de Neji caída no chão. Ela a pegou com firmeza, sentindo o peso da responsabilidade. Sasuke estava concentrado em Minato, sua expressão fria e calculista. Yuki não hesitou. Ela avançou na direção de Sasuke, sua espada erguida.
Os olhos do príncipe se estreitaram ao vê-la. E uma risada fria reverberou. — Yuki, a favorita do meu irmão? Quem você pensa que é para me desafiar?
— Se for homem o bastante, pode vir.
Yuki não recuou. Ela ergueu sua espada, pronta para enfrentar o príncipe. Os golpes se sucediam. Yuki desviava, atacava, defendia. Seu coração batia no ritmo da luta, a adrenalina correndo em suas veias. Ela não podia perder, havia muita gente que dependia disso. Hinata, Hiroshi, Neji, Sakura, Minato.
Sasuke era habilidoso, mas Yuki estava determinada. Ela lembrava das histórias de coragem e honra que seu pai lhe contara quando criança. A espada de Neji brilhou à luz da lua, cortando o ar com precisão. Yuki investiu contra Sasuke, seus olhos fixos nos dele. O príncipe estava surpreso com a destreza da ex-concubina. Ele a considerava uma afronta, e sua fúria aumentava a cada golpe.
Mas a arrogância de Sasuke o traiu. Em um movimento rápido, ele tentou acertar Yuki, encurralando-a. No entanto, a jovem guerreira rolou no chão, esquivando-se com agilidade. E então, com um único golpe, ela decepou o braço do príncipe.
Sasuke caiu no chão, urrando de dor e amaldiçoando Yuki. Seu sangue manchava a terra, e sua aura de poder estava quebrada. O enorme grupo que se formou ao redor deles ficou no mais absoluto silêncio. Yuki arfando sem parar
— MALDITA PUTA, VENHA AQUI QUE VOU TE MATAR DESGRAÇA!
Yuki rodeava o príncipe, sua espada brilhando com o vermelho vivo do sangue do regente. A vitória estava ao alcance de suas mãos. No entanto, a alegria da mulher se dissipou rapidamente quando uma voz ecoou pelo campo de batalha.
— O que significa isso?
Yuki ficou paralisada, olhando para o homem que amara mais do que a própria vida. Ele estava ali, testemunhando o ato que ela havia cometido. As memórias inundaram sua mente. Os momentos de felicidade, as promessas feitas sob a lua, os beijos roubados.
— Yuki, é mesmo você? — A voz do imperador era de decepção e seus olhos eram penetrantes. Desejou tantas vezes vê-lo e ali naquele momento ele olhava para ela coberta pelo sangue de Sasuke.
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