28 - Veja o que vem no horizonte
CONTEM CENAS INADEQUADAS PARA MENORES DE 18 ANOS
Espreitando-se silenciosamente atrás dos arbustos um par de olhos castanhos observava um grupo de mercenários saqueando uma casa nos arredores de Kirigakure. O número de mercenários foi aumentando nos últimos meses. Diziam que uma aliança entre os daimiôs começou a se formar contra o atual Imperador.
A maioria dizia que o atual Imperador era mole demais se comparado ao anterior e que o segundo na linha de sucessão era um príncipe mimado que só queria saber de se embriagar. Eles exigiam um império sobre uma comando novo.
O grupo formado por seis pessoas invadiram a casa, bateram na mulher e na filha e arrastaram o pobre homem para fora de sua casa. Reviraram tudo que tinha ali rindo e debochando da situação.
Uma neblina começou a subir lentamente dificultando a visão que já não era muito boa com o tempo parcialmente turvo de um amanhecer nublado. Um deles ouviu um barulho vindo da floresta.
— Ouviu isso?
— O que? — Um segundo perguntou sem entender nada.
— Isso. — O barulho surgiu detrás de um segundo arbusto. — É melhor sair porque vamos te achar de todo jeito!
O silêncio fazia-se presente deixando os homens ali tensos e aflitos. A mulher abraçada a filha chorava sem parar, enquanto o marido já estava desacordado depois de ter apanhado tanto. Ouviu-se um som de guizos e da neblina uma pequena figura surgiu por detrás do grupo, acertou a parte de trás da perna de um primeiro, que caiu urrando de dor, que ela finalizou cortando a garganta, perfurou as entranhas de um segundo, decepou a perna do terceiro e em seguida o acertou no peito, se jogou em cima do quarto e lhe arrancou a cabeça e ela desviou de um ataque e acertou em cheio o seu peito. Os movimentos foram rápidos que o sexto não viu de onde veio a criatura e acertou cinco homens bem maiores com uma agilidade impressionante.
— Desgraçado! — O sexto sacou a katana desafiando o forasteiro e uma luta frenética começou. Infelizmente para ele, o desconhecido foi mais rápido e decepou sua cabeça num corte limpo.
A mulher abraçada à filha tremia sem parar olhando fixamente para o pequeno desconhecido. Sua estatura era baixa, o rosto parcialmente coberto, vestia uma armadura que parecia ser maior que seu corpo esguio, os cabelos curtos, castanhos e cacheados. Ele se aproximou das duas, tirou a máscara e um rosto delicado surgiu e foi naquele instante que a mãe percebeu que se tratava de uma mulher.
— Tá tudo bem, estão seguros agora. — a voz doce confirmou a suspeita.
— Yuki! — Um segundo de cabelos loiros veio na direção dela. — Eu disse para me esperar!
— Estava procurando argila na beira do riacho, Deidara.
— Eram importantes! — Ele olhou os corpos caídos no chão. — Você fez tudo sozinha?
— Ao contrário de você, passei os últimos meses treinando duro. Agora deixa de conversa e vamos levá-los para o acampamento. O homem está gravemente ferido, a Sakura vai dar uma olhada nele.
— Muito obrigada! Sou eternamente grata a você. — A mulher se ajoelhou diante dela.
— Não precisa fazer isso. Estamos aqui para ajudar vocês.
Elas seguiram Yuki e Deidara até o acampamento que não estava muito longe dali. O grupo estava acampado escondido no meio da floresta auxiliando as famílias de Kirigakure. A ex-concubina havia solicitado ao líder que fosse exclusivamente para aquela região.
Como eles estavam há muito tempo no mesmo lugar, eles migraram para um local no meio da floresta. A ideia era futuramente começar um assentamento, e talvez até mesmo uma vila. O grupo de abrigados começou a montar casas, cercar o local de muros altos de madeira e pedras. As tendas começaram a dar lugar a pequenas habitações feitas pelos refugiados. Um progresso grande para poucos meses. O local tinha muitos recursos e havia muita mão de obra.
Yuki se aproximou montada em seu cavalo, do portão principal feito a pouco tempo e acenou para que o vigia abrisse. A mulher e a filha dentro da carruagem estavam espantadas com o que viam. Uma pequena vila nascia no meio da floresta.
A ex-concubina puxou a rédea do cavalo e parou diante de uma cocheira, desceu e o amarrou. Cada vez mais sua aparência se distanciava da jovem Lady que fora um dia. As leves cicatrizes pelo corpo indicavam que ela tinha ido a mais batalhas do que jamais imaginou na vida, tinha músculos, o olhar era frio e as mãos calejadas.
De dentro de uma das habitações, Sakura saiu apressada ajeitando o que parecia ser um avental. Tinha um pano na cabeça, luvas nas mãos. A médica daquele lugar era oficialmente a ex-princesa.
— Sakura, o homem na carroça parece ter sofrido várias lesões. — Yuki disse apontando para o homem deitado.
— Tragam aqui para dentro.
Yuki viu Deidara e os outros tirarem o homem da carroça e em seguida foi até Hinata. Ela sempre era a primeira que ela visitava. O pequeno que ela deu o nome de Hiroshi.
A mulher de olhos perolados cantava uma canção de ninar, segurando a mãozinha do bebê. Yuki respirou fundo e se aproximou da jovem mãe que abriu um largo sorriso.
— A titia Yuki chegou!
— Como está este anjinho? — Yuki se aproximou do bebê e brincou com ele. A risadinha dele enchia o lugar de uma alegria tão grande que nem parecia que a quase um ano elas estavam sofrendo num cativeiro.
— Logo será sua vez. — Hinata disse pesarosa.
— A Sakura e a velha Chiyo me disseram que as possibilidades são poucas. A infecção não foi tratada a tempo, então... pode ser que eu tenha muita dificuldade. Elas não sabem exatamente. Nossos recursos aqui são poucos.
— Eu ainda acredito. Tenho fé nisso.
— Obrigada meu anjo. — Yuki deu um beijo no rosto de Hinata e depois seguiu para o local que tornou-se sua casa. A pedido dela, uma casa singela de 4 cômodos foi erguida no alto, próximo a uma árvore de salgueiro distante de todos os outros. Ela gostava do silêncio e da brisa fresca que tinha ali. Havia na casa: uma cama, uma mesa com quatro cadeiras, um banheiro e uma cozinha.
Ela entrou na habitação e tirou a pesada armadura que a muitos dias ela carregava. Os hematomas esparramados pelo corpo, o ombro onde a armadura estava deixou um ferimento quase na carne viva. Ela encheu a banheira com um pouco de água fria, acendeu o fogo, colocou água para ferver e depois colocou na água do banho. Nada demais, apenas para quebrar um pouco a friagem. Ainda era inverno, o frio ainda era constante, embora o local onde estavam tivesse uma temperatura um pouco mais quente.
Ela terminou de se despir e entrou na água sentindo o corpo relaxar. A jornada havia sido dura. Em cada lugar que ela foi ela procurou por Kisame, não importava quanto tempo demorasse ela iria confrontar o homem que matou seus pais e ter sua vingança. Era só isso que ela desejava. Quando ela saiu do banho, Yahiko já a aguardava sentado numa das cadeiras junto ao fogão de lenha tentando se esquentar do frio.
— Oi... — Ele disse sorrindo.
— Oi...
— Yamato me informou que tinham voltado. Corri para te ver.
— Precisava de um banho. O sangue e a lama fizeram uma crosta que achei que nem ia sair mais.
— E como foi?
— Nem sinal do maldito. Parece estar se escondendo.
— Ele não vai dar bobeira.
— E por aqui? — Yuki disse pegando uma chaleira com água e colocando sobre a chapa do fogão.
— O assentamento tá cada vez melhor. Acredito que aqui será uma vila.
— Muita acolhedora pelo visto.
Yahiko olhou para Yuki e deu um sorriso discreto. — Senti sua falta.
— Também senti a sua. — Ela se aproximou do líder e beijou delicadamente seus lábios. Um beijo que depois foi se intensificando e terminou com os dois se amando em meio aos lençois.
Os dois tentaram ser discretos. Mas todos ali sabiam que eles se tornaram bem mais que amigos.
(...)
Naquela manhã fria, o som das trombetas reverberou por todo o assentamento. O vigia de cima gritou que haviam cavaleiros se aproximando. Todos ali ficaram apreensivos. Yuki e Yahiko se vestiram e saíram rapidamente do quarto até a entrada principal.
— Fiquem em alerta!
O portão se abriu devagar, Hinata estreitou o olhar. A imagem do homem no cavalo foi surgindo e seu sorriso foi se abrindo. Cabelos pretos lisos e longos e olhos perolados.
— Neji!
O homem entrou devagar de cavalo cumprimentando a todos, acompanhado de um grupo pequeno. Conversou com Yahiko, explicou sua situação e pediu abrigo. O homem sorriu e apenas disse que ele era bem vindo ali. A ex-concubina estava na varanda de sua casa com seu filho no colo. Viu Yahiko apontar na direção dela e depois o primo seguiu na direção dela.
— Hinata! — Ele a abraçou fortemente e deu um demorado beijo em seus lábios.
— Pensei que nunca mais te veria.
— Eu prometi a você que voltaria.
— Este aqui é o Hiroshi. — Ela disse sorrindo orgulhosa, mostrando o filho.
— É a cara do pai dele.
— É, mas ele terá um coração nobre e gentil.
— Farei questão disso. Irei criá-lo como se fosse meu.
— Eu te amo tanto Neji.
— Eu também te amo.
— Vem vamos entrar! Farei algo para você. Chame seu amigo para entrar.
— O Kiba já está se sentindo em casa! — Ele disse vendo o amigo se divertindo contando histórias.
(...)
Sakura terminou de cuidar do último paciente e caminhou em direção à sua casa. De longe ela avistou Kakashi que também havia retornado de sua jornada. Ela tinha sentido coisas estranhas por ele desde a última vez que conversaram em frente à fogueira. O achava estranhamente atraente mesmo com o rosto coberto.
Ela só não sabia como lidar com isso.
Devagar ela se aproximou do homem de maneira sorridente. Ele olhou para ela de maneira gentil.
— Bem vindo de volta!
— Obrigada.
— Como foi a viagem?
— Bem, eu acho. Ah! Eu estava me esquecendo. — Ele mexeu numa bolsa de couro e tirou de dentro um pequeno embrulho. — Para você.
— Para mim? — a rosada sentiu as bochechas queimarem.
— É, abre.
Ela abriu devagar e viu uma tira vermelha bordada com pérolas. — É... lindo.
— É bem longe do que estava acostumada, mas...
— É maravilhoso. — Ela o surpreendeu com um abraço.
— É para usar no seu cabelo durante o dia a dia, para que fique arrumada enquanto cuida dos pacientes.
— Kakashi, eu tenho que dizer uma coisa para você. Mas não pode ser agora.
O rosto dela estava vermelho e ela tremia, ele olhou nos olhos dela intensamente. — Venha até minha casa hoje a noite.
— Claro! Digo, sim!
A moça corada se afastou e passou o resto do dia pensando em Kakashi. Tinha algo nele que a deixava fascinada. Talvez fosse o seu ar misterioso ou a simpatia e gentileza que ele sempre a tratava. Com a mente fervilhando, ela saiu de sua casa à noite quando todos já haviam se recolhido e seguiu para os aposentos dele.
O coração batendo acelerado, o ar entrava com dificuldade em seus pulmões como se tivesse esquecido como se respirava. Ela se aproximou da porta e antes que pudesse bater ele a abriu.
— Oi...
— Oi.
Os olhos dele cruzaram com os dela, ele abaixou o olhar e depois abriu passagem para que ela entrasse. Os gentis olhos de jade olhavam para ele como duas estrelas brilhantes. E depois ela virou as costas tentando criar coragem.
— Desculpa por te incomodar. Eu estava pensando em falar com você há meses. Mas eu não tive oportunidade e preciso dizer antes que seja tarde e você... — Sakura disse em disparada ainda de costas para ele. Ela sentiu a mão dele tocar seu ombro e a virar para ele antes que terminasse a frase.
— Eu sei o que vai dizer. Mas sou um pouco velho para você não acha?
— Não.
— E se o que tiver debaixo dessa máscara decepcionar você?
— Não vai. Eu tenho certeza.
— Eu não sou digno de uma princesa como você.
— Isso sou eu que decido. Além do mais não sou princesa a muito tempo. Por favor... — Ela tocou o rosto dele na beirada da máscara, ele segurou suas mãos olhando intensamente em seus olhos. — Me deixe saber o que é ser amada ao menos uma vez.
Ele soltou os braços dela e ela delicadamente removeu sua máscara. O rosto do homem foi surgindo e os olhos dela ficaram fascinados com o que viram. O rosto perfeito, lábios bem desenhados, o nariz perfeito e dentes brancos. Uma delicada pinta abaixo do queixo.
— Gostou do que viu?
— Muito. — Os lábios dela encontraram os dele num beijo que começou tímido e tornou-se caloroso.
Sakura sentiu o calor incendiar seu corpo, a pele arrepiada. A mão dele subiu por sua coxa embaixo da saia e encontrou sua intimidade e ela arfou jogando a cabeça para trás enquanto os lábios dele mordiscavam seu pescoço. A princesa sentia um prazer intenso que jamais imaginou sentir.
Ele a pegou no colo entrelaçando as pernas dela envolta de seu corpo e a carregou até seu quarto e a deitou na cama. As habilidosas mãos despiram o corpo da princesa com agilidade e seu corpo pálido e delicado surgiu. Os seios pequenos e os mamilos rosados, a cintura fina, os quadris largos e as coxas torneadas.
— Sei que não é a sua primeira vez, mas eu quero que se sinta confortável. Aqui não é nem de longe o Palácio em que está acostumada.
— Para mim é como se fosse a primeira vez e eu não ligo para nada disso. Se estiver comigo, se for você, tudo será maravilhoso.
O homem se despiu sobre o olhar atento da princesa. Os olhos de jade capturaram cada detalhe. Ele era musculoso, o braços fortes a envolveram e ele a beijou mais uma vez, e enquanto ele se deliciava com os macios seios dela, adentrou o corpo dela a fazendo soltar um gemido leve que foi aumentando conforme ele se movimentava.
As unhas dela cravaram as costas dele e em seguida ele se sentou e a puxou para cima para sentar-se sobre ele. Sakura sentia como se estivesse no paraíso, num lugar onde não havia tristeza e ela não precisava ser abusada por um príncipe mesquinho.
Quando ela atingiu o clímax seu corpo inteiro tremia, ela se agarrou a ele fortemente querendo que aquele momento nunca se acabasse. Ela queria Kakashi para sempre. Ali naquele momento, ela soube o que era amor de verdade.
(...)
O sol nasceu lentamente no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa. Seus raios dourados se espalharam pelas montanhas, iluminando o assentamento que se aninhava entre as altas rochas. Yuki e Yahiko estavam treinando com suas katanas, os movimentos fluidos cortando o ar fresco da manhã.
Enquanto isso, o guarda na torre de madeira observava atentamente. Seu olhar se estreitou quando ele avistou uma nuvem de poeira no horizonte. Ele gritou do alto:
— INIMIGOS!
Os moradores começaram a se agitar, sussurrando entre si. Alguns pegaram suas armas, outros correram para proteger seus filhos e idosos. O guarda desceu apressadamente da torre, gritando para que todos se preparassem para a batalha iminente.
Yuki e Yahiko pararam seu treinamento. As katanas foram embainhadas, e os soldados se alinharam na entrada do assentamento. O sol continuava a subir, lançando sua luz sobre a cena tensa. O vento sussurrou pelas árvores, como se também estivesse ciente da ameaça que se aproximava.
— Fomos descobertos? — Yuki perguntou a Yahiko enquanto vestia a armadura.
— Não sei! Hey! Chame os outros!
— O que está acontecendo? — Kakashi perguntou saindo de sua casa acompanhado de Sakura.
— Tem um exército vindo!
Do alto, um segundo guarda ficou pálido com o que viu e gritou o que Yuki jamais imaginou ouvir naquele momento.
— É O IMPERADOR CORVO!
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