25 - Amor em papel e tinta
CONTEM CENAS INADEQUADAS PARA MENORES DE 18 ANOS
Itachi observava o movimento dos seios de Konan, enquanto a mulher ofegava constantemente. A mulher estava montada nele, soltando gemidos discretos com medo de acordar o acampamento inteiro. Ele segurava firme em seus quadris acompanhando o movimentar que cada vez mais se intensificava. Quando ela se satisfez, ele se virou rapidamente sobre ela e continuou a se movimentar até que chegasse no ápice. Ele saiu de cima da mulher antes mesmo que finalizasse por completo e se limpou com um lenço. Tudo que ele menos queria naquele momento era receber outro feto numa caixa.
— Me desculpe por isso. — Ele disse a Konan que mantinha-se deitada de lado apoiando a cabeça no braço.
— Tá tudo bem, isso faz parte do ato, você querendo ou não.
— Você sabe que não é sobre você, né?
— Sei sim. Aquilo foi muito traumático para você.
— Nunca imaginei que Tobirama fosse tão baixo dessa maneira. — Itachi disse cerrando os punhos.
— Estamos em guerra, meu imperador. Isso é o mínimo que eles fazem.
— Eu disse a você que poderia ir embora quando quisesse, Konan. Eu te dei a liberdade. Por que ainda fica aqui, comigo?
Konan olhou para a vela que queimava devagar em cima de uma mesinha improvisada dentro da enorme tenda do imperador e pensou em Yahiko. Os dois cresceram juntos. Ela, Yahiko e o franzino menino de cabelos vermelhos chamado Nagato. A infância era pobre, a vida muito difícil. Por muitas vezes os três dormiram com fome abraçados um ao outro debaixo de uma caverna tentando se proteger do frio.
Ela ainda se lembrava de como tudo ali era complicado e mesmo assim eles viviam felizes. O destino infelizmente foi cruel. Quando não se tem muitas opções as pessoas ficam à mercê do que está disponível. Nagato conheceu uma certa pessoa que lhe ensinou sobre como era mais fácil tirar de quem tinha muito. E eles começaram a roubar. Um grupo de mercenários, assassinos e ladrões. Invadiam vilas, roubavam comidas, roupas, remédios, estupravam mulheres.
Zetsu era um homem sem escrúpulos que seguia as ordens diretas de uma mulher chamada Kaguya. Tudo para ela era algo banal, até mesmo a vida humana. Mesmo que fossem de seu grupo. Nagato adoeceu e começou a enfraquecer gradativamente. Como a líder o considerava um peso, mandou que Yahiko o matasse. Quando ele recusou a ordem, ela ordenou que os três fossem eliminados.
Para se defenderem, Yahiko reuniu um pequeno grupo que o apoiava e eliminou o grupo. Diziam que o homem era tão feroz que o brilho do olhar parecia em chamas. Infelizmente o motim não impediu que Nagato morresse no processo. Kaguya havia dado a ordem a outra pessoa que executou enquanto eles lutavam.
Yahiko então percebeu que não havia sentido em nada daquilo. Eles ainda estavam foragidos, sem família, lutando para sobreviver. E junto com eles, outras centenas de pessoas padeciam do mesmo infortúnio. Se quisesse fazer a diferença no mundo ele teria que ser bem melhor que isso.
Ele observou o sol nascer naquela manhã, o sol tinha um tom incomum, tingindo as nuvens de vermelho. Foi ali naquele instante que nasceu a Akatsuki. Yahiko se tornou Pain e começou a busca por liberdade.
Eles viajaram por muitos anos reunindo um grupo, disseminando uma ideia diferente das demais. Eles queriam mais do que liberdade e paz, queriam comida na mesa todos os dias, saúde, um lugar para dormir.
O exército nasceu depois, quando o grupo começou a ser ameaçado frequentemente por daimios e senhores feudais que não aceitavam a ideia de igualdade. Se o povo estivesse necessitado, a mão de obra sempre seria mais barata. A Akatsuki agia nas sombras, "costurando" os estragos causados pelos poderosos.
Konan e Yahiko sempre se amaram, isso ela nunca podia negar. Um amor forjado em meio às chamas da tragédia, da tristeza e do luto por Nagato. Consumado dentro de uma caverna próximo a Kirigakure. Um amor vívido e intenso. Ela sempre pensou que lutaria ao lado dele até o fim de seus dias, até aquele momento fatídico.
Madara suspeitava de que um grupo estava agindo nas sombras com desejos de liberdade, de paz e ajudando necessitados. Quando os encontrou, eles lutaram bravamente por suas vidas. O então imperador era um homem implacável que estava disposto a tudo pela vitória. A batalha aconteceu nas margens de um rio que dividia Amegakure e Kirigakure. A maioria do grupo de Yahiko. Os poucos que sobraram ele ordenou que batessem em retirada.
— Yahiko! Não podemos vencer! — Konan disse com apreensão na voz, enquanto se escondiam dos ataques frequentes do exército de Madara. A chuva caía torrencialmente, mal dava para ver o inimigo. Atrás deles um rio corria ferozmente. A maior parte do grupo estava sendo subjugado.
— Eu não vou desistir!
E Konan sabia que isso era verdade. Ele jamais desistiria, nem que morresse no processo. Ela então tomou a decisão mais difícil de sua vida. Sozinhos a beira do rio que parecia cada vez mais cheio, ela olhou nos olhos de seu amado e sentiu o coração apertado. Ela o abraçou fortemente tentando conter as lágrimas.
— Yahiko... espere por mim.
— O que está dizendo?
— As pessoas precisando de crer em alguma coisa. Em alguém. E não há ninguém mais recomendado para isso.
— Konan... não!
— Eu já cumpri meu papel.
— Eu jamais vou permitir isso!
— Eu sei. — Konan selou um beijo em Yahiko e em seguida o empurrou para dentro do rio.
Em seguida, ela correu na chuva constante, correu na direção de um dos aliados do imperador, um homem de cabelos pretos e compridos com o olhar intenso e vívido, como se estivessem em chamas. Os dois batalharam intensamente. Konan não era considerada a maior guerreira da Akatsuki à toa. Mesmo assim, ela acabou derrotada. O homem se aproximou dela, que estava caída no chão e se agachou ao lado dela.
— Confesso que jamais vi mulher tão forte e determinada quanto você.
— Mate-me.
— Eu não posso. Eu entendo pelo que lutam e não deixarei que uma mulher como você arrisque sua vida à toa.
— Eu... prefiro que me mate.
— Não. Ele está vindo. Eu prometo que não farei mal a você. Farei jus à sua coragem de me enfrentar sozinha.
— Itachi! — A voz do homem vindo na direção deles era de Madara. — O que está esperando?
— Ela será minha concubina.
— Hum... você e seu irmão tem gostos peculiares. Apesar que devo admitir que a beleza dessa mulher é digna de nota.
A partir daquele dia, ela tornou-se uma das concubinas do Príncipe Itachi. Ele não era como os outros que pareciam sempre querer mostrar seu poder sobre as mulheres ali. Itachi era silencioso, discreto, inteligente e extremamente gentil. Ele a manteve ali, e nunca a obrigou a nada. Apenas dizia que um dia lhe daria a liberdade. Mas ele não desejava que ela fosse prisioneira de outro homem, ou uma cortesã.
Demorou um tempo, mas Yahiko entrou em contato com ela. Através de um espião enviado para o castelo. A emoção tomou conta dela. O recado era simples: sobreviva, irei buscar você. Então ela começou a mandar cartas a Yahiko às escondidas tentando dar um pouco de vantagem a eles. Era um risco a se correr.
Konan não desejava outro homem além de Yahiko, mas a solidão de ambos foi se preenchendo aos poucos dentro daqueles muros do Palácio. Um sentimento indescritível que era descrito através de nuances e detalhes. A forma gentil como ele elogiava seus origamis, ou a forma como ele sorria discretamente entre uma conversa e outra. Embora a forma de diálogo deles sempre foi mais silenciosa. Em meio a tudo isso, ela se deixou levar e entregou tudo que tinha a ele. Ao homem que parecia ter nascido para ser Imperador.
— Meu coração sempre pertencerá a outro... — Ela disse quando terminaram naquela noite. Em meio aos lençóis de algodão brancos.
— Eu sei. Jamais te pediria isso. Algum dia alguma mulher preencherá meu coração também.
E essa mulher viria algum tempo depois. Cabelos cacheados e olhos castanhos e inocentes. Uma jovem doce e pura como a neve. Não por acaso, seu nome era Yuki.
Itachi havia se apaixonado. E embora ela sentisse algo estranho, ela jamais o julgou. Ela também amava outro. Quando ela viu a felicidade estampada no rosto de seu príncipe, ela entendeu que logo estaria nos braços de Yahiko.
Mas o destino das pessoas são traçadas por linhas finas e frágeis, muito fáceis de arrebentar. O Palácio do Fogo foi invadido, seu informante que levava as cartas para Yahiko estava morto, a favorita de seu príncipe, que havia se tornado recentemente Imperador, havia sido sequestrada. E ela lutou para evitar isso. Estava disposta mesmo a morrer ali pelo filho de seu imperador. Por que Itachi era um homem bom, assim como Yahiko era.
Itachi estava vulnerável. Recebeu a notícia da morte precoce de seu filho ainda no ventre de sua amada da pior forma possível, mesmo assim ele cumpriu o que prometeu. Com os olhos opacos como se a vida tivesse abandonado seu corpo, ele lhe deu a liberdade.
— Meu senhor... tem certeza disso?
— Sim. Lhe darei uma boa quantia, um título e você poderá escolher qualquer lugar do mundo para viver. É uma mulher livre, Konan.
— Eu nem sei o que dizer.
— Apenas aceite. Prometi a você liberdade como prometi a Yugao, à Kurenai e até mesmo a minha amada Yuki. Embora meu conceito de liberdade fosse ela ao meu lado como minha Imperatriz.
Konan ficou um bom tempo olhando para Itachi. O que decidir naquele momento? Ir para longe e procurar Yahiko? Ou ficar ali com Itachi. O Imperador estava sozinho. A mãe havia o traido, o irmão era um mimado arrogante que agora também era um alcoólatra. Itachi estava precisando de ajuda e ela não conseguiria deixá-lo naquele momento.
— Não vou a lugar algum. Ficarei ao seu lado. Lutarei por você, meu imperador. — Konan se ajoelhou diante do homem que a ergueu do chão naquele mesmo instante e a beijou intensamente. Tudo a partir dali estava confuso. Sua mente sempre na dúvida entre se amava ou não Itachi.
(...)
De volta de seus pensamentos, Konan olhou para Itachi para responder sua pergunta. Por que ainda estava ali com ele? A resposta poderia ser qualquer uma. Mas o que mais gritava em sua mente era: "porque ela o amava". Mas era possível amar duas pessoas ao mesmo tempo e na mesma intensidade?
— Está sozinho, não posso permitir tal coisa.
Itachi levou as duas mãos à cabeça e as lágrimas caíam devagar. — Eu nunca quis nada disso. Todo esse sofrimento está me consumindo. O que mais me dói é pensar em Yuki, eu não sei nem ao menos se ela está viva. De que forma que aquele feto veio parar em minhas mãos. Se foi arrancado dela. O tempo está passando e parece que cada vez mais ela fica longe de mim.
Konan abraçou o Imperador ainda nua e desejou que todo aquele sofrimento passasse. Queria que ela chorasse ao invés dele, que ele fosse feliz. — Você tem que ser forte. Não há mais ninguém para estar no lugar que você está.
— Sasuke está mais instável que nunca. Quando não está matando aldeões com crueldade, está deitado no chão completamente bêbado.
— É o imperador Corvo agora. Não se deixe fraquejar.
A conversa dos dois é interrompida por Kabuto que entra na tenda discretamente, o que faz Konan ficar constrangida. Itachi se coloca na frente dela para proteger seu corpo, enquanto ele mesmo cobria suas partes com um lençol.
— Sim, Kabuto? Eu estou um pouco ocupado.
— É urgente, alteza. Nossos espiões encontraram um esconderijo numa ilha remota. Dizem que algumas testemunhas avistaram um comboio indo para lá há algumas semanas. E um deles era um homem de cabelos brancos. Parece que tinha carruagens e numa delas ele pode jurar que viu três mulheres dentro delas.
Itachi ficou surpreso e uma fagulha de esperança brotou em seus olhos. Konan por outro lado se viu imersa num sentimento que ela jamais imaginou sentir: Ela sentiu ciúmes.
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