09 - Aquecendo a Neve
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Yuki estava se acostumando aos poucos com a nova rotina. Embora ainda sentisse como se tivessem roubado sua vida. Mas, ela pelo menos podia ler e escrever. A amizade com Anko também lhe ajudava. E estava começando a gostar também de Lady Hinata que gentilmente a visitava uma vez por semana. O que ela ainda não estava acostumada era dormir todas as noites com o príncipe.
A jovem olhava para o teto, ainda de madrugada. O sol ainda iria demorar a nascer. Ela acordou abrindo os olhos devagar e tentou se mexer na cama. Mas sentiu o peso sobre seu corpo que a fez sentir o coração palpitar. O príncipe estava dormindo profundamente deitado de bruços com o braço sobre seu peito e a perna sobre os quadris dela. E quanto mais ela tentava se mexer mais ele se aconchegava sobre ela.
Yuki então desistiu e ficou parada esperando o dia clarear. Cada movimento contava. Entretanto, quando o dia já estava raiando ele apertou mais as pernas sobre ela e Yuki sentiu algo firme a pressionando. A jovem sentiu o rosto queimar e começou a suar frio. Não pode ser aquilo. Pode?
Mas, a curiosidade é um defeito e ao mesmo tempo uma qualidade e Yuki sempre foi curiosa. Devagar ela deslizou sua mão até a parte de baixo de seu corpo por debaixo das cobertas onde a pressão havia se originado e com a ponta dos dedos ela apertou devagar. O príncipe parecia ter soltado algum murmúrio, mas ela continuou.
— Contadora de histórias... se não tirar a mão daí eu não me responsabilizo pelos meus atos. — A voz grave de Itachi a fez dar um salto da cama e bater a cabeça na parede com seu rosto queimando como brasa.
— I-isso... era... era... — A voz de Yuki mal saia de sua garganta. A jovem tremia sem parar enquanto Itachi ria discretamente da situação.
— Se acalme mulher! É só um...
— Não quero ouvir! — Yuki gritou tapando os próprios ouvidos e fechando os olhos.
Itachi se aproximou da jovem se deleitando com a situação. Não se lembrava de ter rido tanto e nem tampouco de ter presenciado algo do tipo. Ele sentou-se diante dela, ainda sobre a cama e tocou as mãos dela as retirando devagar de seu rosto que ainda estava vermelho.
— Se acalme, contadora de histórias. É algo que todo homem tem.
— Ai que vergonha!
— Você não cresceu numa fazenda?
— Sim, mas o que isso tem a ver?
— Então! Tinha animais fêmeas, mas tinha machos.
— Por que estamos tendo essa conversa? Eu lhe conto mais histórias! Ou... jogar Go! — O nervosismo de Yuki divertia Itachi em níveis que ela jamais poderia imaginar.
— Você sabe o que tem aqui, não sabe?
— Claro que sei! Eu só não sei o porquê dele estar... estar...
— O que, contadora de histórias?
— Você sabe!
— Eu sei, mas quero ouvir você dizer...
— Nunca!
— Aahhh. Conta tantas histórias e não consegue dizer "Duro".
— Ahhh! Para com isso! Por que ele estava assim? — Yuki cobria o rosto desejando desaparecer dali a todo momento.
— Humm. Vai ver eu estava sonhando...
— Com todo respeito príncipe... Mas, eu devo dizer. Que pervertido! Sonhos eróticos?
Itachi se aproximou de Yuki que se afastava se encolhendo como uma tartaruga. Quando não tinha mais para onde ir ela encostou as costas na parede e ele colocou a mão ao lado de sua cabeça e com a outra mão tocou seu queixo e seu rosto. Yuki sentia seu coração bater tão forte que ela podia jurar que ia desmaiar a qualquer momento. Ele aproximou-se dela a uma distância mínima entre seus lábios.
— Yuki... — Aquela era a primeira vez que ele a chamava pelo nome e ela nunca gostou tanto de ouvir seu nome sendo pronunciado. — Nunca teve um sonho erótico?
— Não..
— É estranho no começo, mas você sente tudo como se fosse de verdade. E o corpo da gente reage. Quer saber como o seu reage? Você fica bem... Úmida... Se é que me entende.
O príncipe se afastou olhando para Yuki com satisfação. A concubina havia lhe dado uma manhã muito divertida. A jovem estava arfando ainda imóvel encostada na parede com o rosto vermelho. O príncipe não queria seu corpo, ele fez questão de dizer isso. Mas, por que a provocar daquela maneira?
— Contadora de histórias, onde aprendeu a jogar Go?
— Com meu pai. — Ela respondeu sem entender muito bem a pergunta.
— E o que mais você sabe? Matemática, caligrafia?
— Sim, senhor.
— Hum. A propósito, já faz muitos dias que não me entrega nada da história.
— Eu... posso lhe contar agora? Ou o meu príncipe já está de saída?
— Pode. Acordamos muito cedo. Bom, você me acordou.
Yuki se levantou da cama ainda desnorteada pela atitude do príncipe e sentou-se diante dele.
— Da última vez, te disse que o homem solitário iria procurar respostas. E assim ele fez. Por muito tempo ele andou o mundo à procura de uma resposta para sua pergunta. Nos vales, nos desertos, até a mais alta das montanhas, mas ninguém sabia a resposta. O homem só aumentava sua tristeza e frustração e começou a pensar que não havia lugar para ele naquele mundo. Juntou todo o dinheiro que tinha e mandou construir uma torre. A mais alta de todas para ficar bem longe das pessoas. A construção demorou vinte anos e quando finalmente ficou pronta ele se mudou para o alto da torre, acima das nuvens e das montanhas e lá se isolou. Desejando viver ali para o resto da vida.
— Você sempre para nas melhores partes. E o resto?
— Ainda não terminei.
— Hum. Bem, me ajude a vestir meu quimono. Tenho que ir.
— Sim senhor. — Yuki se levantou e o ajudou a se arrumar sendo observada pelo príncipe por cima dos ombros. Quando terminou, Itachi se aproximou dela e sussurrou em seu ouvido.
— Yuki... você já se tocou?
— Que? Não! Nunca! Isso é errado! — O rosto tingiu-se de rubro mais uma vez.
— Não é não. Vai pegar os seus dedinhos e tocar a sua intimidade delicadamente. Se não conseguir, é só me dizer que a hora que você quiser, eu mesmo tocarei em você.
— Para que isso? O senhor disse que não se interessa pelo meu corpo.
— Isso não vem ao caso, quero que sinta, que saiba como é a sensação. Que deseje.
— Eu pertenço ao senhor. Eu não tenho esse direito, tenho?
— Tem sim. O corpo é seu. E ele irá me interessar, quando assim desejar.
Itachi não disse mais nada. Tocou a mão de Yuki e beijou delicadamente seus dedos a fazendo estremecer. Se ela dissesse que já o desejava, iria se arrepender?
(...)
O príncipe causou em Yuki um sentimento estranho e confuso. De fazer ela o esperar ansiosamente em seus aposentos. Queria ele por perto. Sentir o cheiro levemente refrescante, tocar sua pele quente. Mas, ela queria entender mais sobre a vida. E não podia dizer a ninguém. Isso a enlouquecia.
— Está inquieta hoje, senhora. — Anko perguntou ao ver a expressão ansiosa de Yuki.
— Anko, você já esteve com um homem?
— Bem... há bastante tempo, mas sim. Eu acabei me desvirtuando com um homem casado e fui expulsa de casa pelo meu pai. O tal homem para não me mandarem para um bordel me vendeu para o Palácio Imperial.
— Sinto muito Anko.
— Tudo bem, errada fui eu de confiar. Mas, a senhora tem alguma dúvida com relação às relações carnais com o príncipe?
— Então... é que... — Yuki não podia dizer que ainda era virgem. — Eu... quero agradá-lo melhor.
— Bom, eu não sei como te ajudar. Mas, o homem de que lhe falei gostava de algumas coisas em particular. Embora não veja em que mais pode melhorar, já que o príncipe dorme aqui todas as noites.
Para jogar Go e ouvir histórias.
— Claro.
A paz do Pavilhão Margarida foi tomada com os gritos vindo do portão. Yuki se levantou e tentou observar de onde vinha o barulho. O portão abriu bruscamente com os guardas gritando para que a mulher parasse.
— Lady Mei, a senhora não tem autorização para entrar aqui!
— Com que pensa que está falando? Sou uma das concubinas do Príncipe herdeiro, eu vou onde eu quiser!
— Só Lady Hinata pode entrar!
Mei ignorou os guardas e parou diante de Yuki a olhando de cima para baixo com superioridade. Yuki manteve-se em silêncio apenas aguardando o que a concubina queria.
— Então... você é a ratinha insignificante que se deita com o MEU príncipe todas as noites?
Yuki olhou para a mulher alta e ruiva e tentou ser o mais cordial possível. — A que devo a honra de sua visita? Lady Mei?
— Eu vou ser bem rápida. Aproveite enquanto pode. Você não irá conquistar o príncipe assim tão fácil. Eu tenho mais experiência e dou tudo que ele precisa. Logo ele vai se cansa de você e voltar para os meus braços porque em breve serei transferida para o Pavilhão Peônia.
— Que bom para você. Espero que essa graça seja alcançada logo.
— Farei da sua vida um inferno.
Mei girou sobre os calcanhares e saiu desfilando até o portão sendo acompanhada pelos guardas e duas de suas servas. Yuki soltou os ombros pesadamente e sentou-se novamente.
— Não ligue para ela, Lady Mei é muito ciumenta.
— Mesmo assim, ela é bonita, voluptuosa, alta e elegante. Parece uma rainha. E eu?
— Se só a beleza fosse um dos atributos que agradasse o príncipe, Lady Konan e Lady Kurenai seriam as mais visitadas e nenhuma delas é. O Príncipe Itachi é diferente de tudo que já vimos.
Yuki assentiu, mas mesmo assim ficou o resto do dia desanimada. Não sabia reagir bem aos conflitos e sempre sofria depois sobre como poderia reverter a situação e não se indispor com ninguém. E como todas as noites, o príncipe chegou à noite e começaram jogando Go, mas ele notou a mulher de cabeça baixa.
— Aconteceu alguma coisa, Contadora de histórias?
— Não senhor.
— Está cabisbaixa.
— Deve ser cansaço.
Yuki não quis entregar a concubina afrontosa, temendo que ela fosse severamente punida. Preferiu esconder seus sentimentos de frustração. Quando se deitaram na cama, Itachi manteve-se a uma certa distância da jovem para impedir que acontecesse como na noite anterior.
Yuki entretanto estava pensativa. Ele tinha mulheres como Mei a disposição dele, então porque dormir com alguém como ela e não tocá-la de forma alguma? Era um tipo de teste?
— Se quer perguntar algo, pergunte. — Itachi disse notando a inquietação de Yuki.
— O senhor gosta de dormir aqui com alguém sem graça como eu?
Itachi se virou para Yuki e a encarou com os olhos escuros. — Sim. Eu gosto. Não quer que eu durma aqui?
— Imagine! Eu quero sim! É que... Eu soube que suas concubinas são belíssimas.
— Sim. Você também é uma delas.
— Meus seios são pequenos e eu não tenho quadris avantajados... e... — Yuki teve a frase interrompida ao sentir a mão do príncipe sobre o seu seio por cima do quimono.
— Para mim são ótimos. — Ele o massageou devagar, fazendo Yuki arfar. Quando viu o olhar de Yuki brilhando, ele colocou a mão por dentro do quimono e sentiu o toque quente da pele dela e o mamilo enrijecido.
— P-por que está fazendo isso? — Yuki mal conseguia falar.
— É melhor começar devagar, né? Se preferir a minha mão pode ir para outro lugar se assim desejar.
Yuki tentava resistir em vão. Quando ele acariciou o mamilo dela, ela começou a ceder e experiente como era, ele entendeu o que ela queria dizer. Começou pelo pescoço da jovem o beijando de leve até chegar em lábios onde depositou um beijo de leve. A mão dele foi abrindo o quimono dela deixando a pele à mostra e a peça íntima fina que cobria a feminilidade dela. Ele se virou sobre ela pressionando seu corpo forte contra os seios dela e a beijou com urgência e desejo. Um beijo tão quente que fazia Yuki perder o ar e desejar coisas que jamais imaginou. Seus lábios desceram por seu pescoço e encontrou seu seio e sugou os mamilos rosados com vontade.
— Por favor... — Ela implorava entre sussurros e suspiros. — Me toque.
— Mostre-me onde.
Yuki direcionou a mão do príncipe até a sua intimidade. Itachi olhou nos olhos de Yuki com uma ternura que ela ainda não tinha visto. E atendendo ao pedido dela a tocou por dentro da peça íntima fina enquanto a jovem arfava com o rosto corado. Uma imagem que lhe cobria de satisfação. Yuki se contorcia com a sensação apertando seu corpo contra o dele. Quando ela se satisfez, ele parou e abraçou fortemente lhe depositando um beijo no alto da cabeça.
— Meu príncipe... a algo mais que possa lhe satisfazer? — Yuki perguntou ao notar que o homem estava enrijecido.
— Por hoje só me abrace e durma abraçada comigo.
— E...
— Isso eu resolvo mais tarde...
— Eu não entendo. — Yuki disse confusa.
— Você ainda tem que terminar de me contar a história.
Yuki não entendia muito bem. Ela achava que a maioria dos homens se resumia somente a isso. Mas, o que Itachi queria dela estava além do corpo, do ato. Só que ela ainda era ingênua demais para entender.
(...)
Yuki acordou pela manhã e olhou para o lado da cama que estava vazia. Itachi já havia partido antes mesmo que ela acordasse. Ela ouviu a movimentação vindo do lado de fora e saiu para ver do que se tratava. Ela esfregou os olhos e bocejou e viu os eunucos carregarem seus livros do Pavilhão.
— Anko, o que está acontecendo? Por que estão levando meus livros?
— Senhora, que bom que acordou. Vamos nos mudar!
— Para onde Anko???
— Para o Pavilhão Peônia! O Pavilhão da Favorita do príncipe Itachi!
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