O quarto e último dia de encontros  começa no bosque perto dos terrenos no castelo, mas especificamente o local é um pomar que dá frutas o ano inteiro independente da estação.

Nele se encontra o rei esperando Kora Kamal com uma sexta de palha em mãos, pois ambos vão colher frutas para as cozinheiras fazerem um doce para o jantar da abertura de ranques que é basicamente um pedido do público para se ver quem está sendo a preferida do rei de uma forma mais direta.

— Bom dia senhorita de Virgem. — O rei a comprimenta assim que ela chega acompanhada de seu guarda pessoal que se afasta assim que a deixa próxima do homem de fios roxos.

— Bom dia vossa majestade, estou animada para apanhar frutas só fiz isso uma vez com a minha irmã.

— E seus amigos? — O rei pergunta enquanto pega uma banana azul.

— Eu só tenho uma amiga, que é a Lennon Etel, mas ela sempre foi difícil de convencer a fazer coisas ao ar livre e eu também não saio muito de casa.

— E pelo que eu vejo você é uma apaixonada pela natureza, não é? — Kora assente, sorrindo mínimo. — Então vamos começar.

Eles caminharam por todo caminho de árvores frutíferas até pararem rente ao tronco de uma das melhores maçãs brancas, que existem em todo mundo. Eden colhe um e a corta no meio dividindo com a Virgínia que de longe pode ser confundido com o tronco da árvore marrom, pois seu vestido é cabelos tem a mesma cor só o tom de pele que é um pouco mais claro.

— Seu pai foi um dos meus condes,  não foi? — Kora fica visivelmente desconfortável com a pergunta do rei do Horóscopo.

— Sim ele vendeu o título a cinco anos atrás para o pai da Papoula Deimos, por conta de uma aposta.  — O rei assente se martirizando um pouco por mais uma vez acabar com clima do encontro.

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A tarde do rei para seu alívio iria ser calma, pelo menos em teoria. O encontro dele com a penúltima competidora da competição dos Signos, Lennon Etel, será uma tarde para observar o pôr do sol tomando um chá de hortelã, o preferido da garota de Leão.

Ela é deixada pelo seu guarda na subida das escadas em caracol que dá para um dos telhados do castelo púrpura.

— Vossa majestade. — Lennon o chama pois o mesmo estava de costas para onde ela está.

— Não falta muito para o sol se pôr, por que não se senta? — Eden aponta para uma das cadeiras brancas, a qual ela senta sem pestanejar com ele vindo logo atrás.

— O dia hoje foi um dos mais bonitos, não é? —  Ela pergunta e ele apenas assente enquanto serve o chá para a mesma. — Está uma delícia. — Mais uma vez a garota de leão tenta arrancar mais palavras do rei.

— Por que não me conta mais sobre você. – Ele pede observando o chão sem ao menos fitá-la o que a incomoda bastante.

— Acho que só não fui parar no orfanato, que três das competidoras viveram por conta do meu pai postiço, eu devo muito a ele. 

— Como é sua relação com a sua irmã?

— Não é tão ruim quanto parece, Liron tem a forma independente dele, mas é um doce quando convém, mas eu queria lhe pedir uma coisa, posso?

— É claro que pode.

— Não quero conversar sobre ninguém além de mim, tudo bem?

— Mas como vou saber mais sobre sua vida se quer falar sobre ninguém além de si mesma? Quero saber como é sua amizades, quero saber como é o convívio seu com as pessoas, você não  irá se casar consigo mesma.

— Me desculpe, é que são tantos os boatos de vossa majestade com a minha irmã que estou me sentindo com um pouco de ciúmes o que me irrita. — Lennon percebe que errou ao soltar a língua ao ver feição serena de Eden se tornar dura.

— Boatos? — O rei olha estreito para ela enquanto questiona.

— Esqueça, certo? — Ela sorrir sem graça o que não adianta muito, o rei do Horóscopo se põe de pé.

— Não se preocupe com boatos senhorita de leão, eu irei me casar com quem melhor me agradar aproveite e avise para suas companheiras de competição. — Dito isso o rei sai de onde estão, a deixando se martirizando sozinha.

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Liron passou a manhã ensaiando em como iria se comportar, mas hoje pela tarde durante o almoço onde apenas as competidoras estavam não foi muito bom para sua paciência pois os olhares atravessados das outras meninas a incomodou tanto que a deixou estremamente irritada durante o resto do dia.

— Eu deveria dizer que quebrei a  perna? — A garota de sagitário pergunta ao capitão que a observa enquanto ela se arruma.

— Acho que ele a levaria para esse encontro da mesma forma, só não vá fazer besteira, esqueça o que aconteceu no almoço pode ser coisa da sua cabeça depois de tudo que aconteceu. — Ele se aproxima dela ficando rente a cadeira da penteadeira onde ela se encontra sentada.

— Talvez seja mesmo, eu só tenho que ser o encontro mais monótono dos que ele teve.

— Se é assim que deseja. — Liron acena que sim terminando por fim de arrumar o cabelo.

Ele se põe de pé olhando uma última vez no espelho antes de ir até o capitão que estava na salinha de entrada do quarto.

— Vamos? — A sagitariana pergunta ao perceber que o capitão ficou petrificado enquanto lhe fita. — O que? Ficou ruim? — Ela veste um vestido laranja parecido com o que chegou, só que menos espalhafatoso, que vai até um pouco a baixo do joelho, com alças de fitas e borboletas bordadas pelo tecido. Liron cogitou em não usá-lo, por como rei a chamará da última vez, mas não tinha vestido mais confortável e não iria usar calças e ser condenada pelo rei, além é claro da maioria dos outros vestidos machucar ainda mais o ferimento quase bom em seu braço.

— Não... quer dizer, você está ótima. Vamos? — Aiden gagueja vergonhosamente, tanto que fica vermelho.

Antes que Liron fale algo que o vá deixar ainda mais envergonhado alguém bate na porta. Os dois se entre olham confusos, mas sem demora o capitão abre a porta.

— Vossa majestade? — Ao escutar o questionamento de Aiden Liron se põe na frente do mesmo.

O único questionamento que vem na cabeça dela é "o que diabos o rei está fazendo ali?" Todas as outras garotas foram guiadas por seus guardas até ele.

— Boa noite, Liron, vim acompanhá-la até o nosso destino. — Também ao contrário dos outros encontros o rei ao menos disse para onde eles iriam ou chegou a perguntar a sagitáriana onde ela gostaria de ir.

— Boa noite, então vamos. — Ela olha uma última vez para o  capitão que suspira fazendo um sinal para a mesma ir logo.

— Está doente capitão Aiden? — O rei pergunta.

— Não. — Aiden responde claramente confuso com a pergunta.

— Achei que estivesse, seu rosto está bem vermelho deveria ir tomar um ar. —  O tom áspero de Eden não deixar se passar despercebido.

Liron como já estava impaciente antes faz um gesto de mão para que o rei ande na frente, mas o mesmo lhe oferece o braço para que ela entrelace ao dela. O sorriso do rei que parece tão falso quanto o gesto cavalheiro dele, faz com que a garota de sagitário pense em recuar, mas o dia mentalizando que iria passar despercebida em meio a tanto encontros a fez aceitar, para sua sorte  o braço que ele se empoleirou não foi o machucado.

— Por que veio me buscar?

— Eu não poderia o risco de mais alguém saber o nosso paradeiro.

— Vai me matar nesse encontro e quer que ninguém encontre o meu corpo? — Liron pergunta com um tom sarcástico, claramente brincando, mas como já percebemos o rei tem uma certa dificuldade em distinguir esses tipos de coisas.

Eden para em meio ao corredor fitando Liron como se tivesse brotado outra cabeça em seus ombros.

— Eu estava brincando. — Ela rapidamente diz quando ver que mais vez o não entendeu o sarcasmos em sua voz.

— Não brinque com isso, borboletinha, não tem a menor graça, eu não sou o monstro que você pinta. — Liron apenas assente, querendo sumir.

Para ela o encontro já tinha sido arruinado.