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CapΓtulo sete.
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Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β
O princΓpio da primavera naquela regiΓ£o ainda era o despedir do inverno,o frio hostil ainda era comum. As temperaturas ainda estava muito baixas e por vezes havia geada visΓvel,logo pela manhΓ£. O frio que fazia era insuportΓ‘vel e incomodava a todos os seres que esperavam a primavera com anseio, nΓ£o sΓ³ por suas cores leves e apaixonantes mas sim pelo calor aconchegante do sol. As abelhas precisavam.
ChloΓ© acordou de sΓΊbito arfando ao sentir uma imensa dor de cabeΓ§a,pontadas desconcertantes na regiΓ£o entre o umbigo e a cintura. Sentia dor atΓ© na regiΓ£o lombar da coluna e o lugar onde deveria estar o estΓ΄mago, estava agora aninhado um conjunto completo de dor e sofrimento. Seu aspecto era derrotado e muito cansado,as cΓ³licas menstruais e as coisas que viu na noite passada a pertubaram profundamente, desde a mente atΓ© o fΓsico.
E dessa vez, temia que fosse real.
Tomou um banho gelado e desceu para o salão, pelos degraus da escada, corrimão e quase tudo hall viu sangue seco nos azulejos com desenhos de palha. Assustada por aquela recepção continuou ignorando tentando seguir com sua vida, até um certo tempo. Ela estranhando tudo aquilo, seguiu a trilha vermelha que a conduzia para fora no quintal dos fundos onde havia um monte de gente aglomerada olhando qualquer coisa espantados. Algumas crianças choravam e outras estavam com expressáes cinzas e sem vida,abraçadas umas nas outras. Chloé atravessou o mar de pessoas para também contemplar oque for de tão chocante,mas preferiu não ter visto e não ter levantado da cama naquele dia.
Perdeu o equilΓbrio, assim que seus olhos captaram a imagem do corpo do guarda carcomido da garganta as partes do abdΓ΄men e um pouco das pernas,as roupas estavam esfarrapadas e sujas de sangue seco,mas ainda assim, sangue. Muito sangue.
Moscas lambiam o sangue das feridas do cadÑver e zumbiam fazendo um barulho incómodo a audição, a imagem captada por seus olhos e fixada profundamente em seu cérebro foi muito forte obrigando-a a afastar-se para vomitar o nada em seu estômago.
A diretora quando chegou meia hora depois,comunicou as crianΓ§as que nada havia acontecido. πΆπππ π π ππ ππππππΜ§ππ πππ π ππ πππππ .
Que tudo ficaria bem, mesmo com a presença dos policiais e uma ambulÒncia. A diretora omitiu a maioria das informaçáes cruciais as autoridades,como o desaparecimento suspeito de uma das crianças. Mandando todas as crianças para tomarem o café da manhã na hora do almoço para não ter de olhar os olhares acusatórios e inocentes dos órfãos. Tudo estava um caos, ninguém de verdade estava com fome mas obedeceram a ordem rumando a sala de jantar cabisbaixos e sem moral.
ChloΓ© por sentir as dores menstruais recolheu se num canto olhando sem interesse o sanduΓche de salame com um enorme nΓ³ na garganta. A imagem do cadΓ‘ver do guarda voltava a sua mente toda vez que piscava os olhos, aquilo nΓ£o ajudava na formação do apetite resolveu entΓ£o apenas deixar o prato de lado e tomar seus medicamentos aproveitando para pegar a correspondΓͺncia.
Ao sair para pegar as correspondΓͺncias na caixa de correio,os policiais presentes na parte frontal do orfanato encostados no carro olharam-na por longos minutos agonizantes, como se fosse a culpada, e realmente sentiu culpa pesar em seus ombros,ela pegou as correspondΓͺncias entrando no orfanatoΒ de novo.
ChloΓ© deixou todas as contas por pagar na mesinha de centro da sala levando consigo somente oque lhe era de interesse, a carta de Eliane. Seu aniversΓ‘rio era hoje e nΓ£o esperava que duas desgraΓ§as acontecessem em simultΓ’neo,a morte horrenda e inexplicΓ‘vel do guarda e sua menstruação. A indisposição que lhe abatia sempre que a lua chegava para si, era indescritΓvel as dores de cabeΓ§a, coluna na regiΓ£o da bexiga,as borbulhas e espinhas no rosto e sem contar que seu corpo inflamava sozinho,como se pudessem fermento na massa de pΓ£o. Tudo de uma ΓΊnica vez, e ao mesmo tempo.
Sentou no sofÑ, lendo as letras impressas naquele pedaço de papel. Seus olhos deslizavam rÑpidos sob as linhas de pensamentos e sentimentos de Eliane Miller. Piscou constantemente para não chorar comovida por saber que ela ainda esperava por si do lado de fora daqueles muros. Chorou de alegria. Tirando um tempo para se recuperar do seu choro de felicidade e pensar na proposta escrita na carta. Era muito tentadora,mas serÑ que conseguiria?
Seus olhos caΓram na assinatura dela,numa caligrafia bem desenhada e bonita. A recordando das vezes que fizeram o dever de casa minutosΒ antes da aula isso por negligΓͺncia no dia anterior em que estavam muito ocupadas assistindo um show de stand up comedy sabendo exatamente que Eliane tinha uma caligrafia feia. Comprimiu os lΓ‘bios de tristeza e saudades,ali no orfanato se sentia sozinha, invisΓvel e sem voz, se sumisse ninguΓ©m iria dar a falta. Sua presenΓ§a no mundo era somente um borrΓ£o de tinta invisΓvel num quadro branco. ImperceptΓvel, indiferente.
Em seus olhos um ardor estranho se iniciou e de repente, lÑgrimas de saudades molhavam o papel impresso colorido com emojis alegres, ela por alguns segundos queria chorar como uma criança. A dor matava e se tornava sufocante dia após dia,um pedaço seu faltava. Sentia, sabia porque sem esse pedaço não estava plena e nunca estaria.
Esse pedaΓ§o sempre foi: ππππΜπ...
Ela limpou as lΓ‘grimas que insistiam em cair com a manga comprida da blusa,encostou as costas no sofΓ‘ esparramado o corpo desajeitada para amenizar as cΓ³licas e poder relaxar a coluna. Seus olhos procuravam por Alex na multidΓ£o de crianΓ§as que entravam e saΓam, parecia que era a hora do interrogatΓ³rio. As crianΓ§as menores eram acompanhadas por duas cuidadoras e um punhado de adolescente estavam aglomerados num canto. Seis policiais grandes em massa e altura entraram olhando tudo em volta procurando por pistas, fazendo uma varredura completa com os olhos por toda extensΓ£o do hall sumindo em direçáes diferentes logo em seguida.
Os minutos andavam e vΓ‘rios garotos foram interrogados pelos policiais que ocuparam a sala da diretora Elva,a qual andava de um lado a outro com seus sapatos de salto grosso castanhos iguais ao conjunto de terno feminino de saia que apresentava nesse fatΓdico dia.
Alex, entretanto, surge descendo a escada com um pequeno sorriso, os cabelos ΓΊmidos,a calΓ§a azul escura de pano, que na verdade era o uniforme masculino do orfanato, caia perfeitamente nas pernas adolescentes dele e a camiseta de botΓ΅es,abertos mostrando indecentemente o peitoral levemente definido,por ser jogador de basquete no timeΒ da escola. Ele caminha despreocupado entrando na cozinha regressando minutos mais tarde com um sanduΓche muito recheadoΒ e um copo de suco nas mΓ£os. Ele ingressou para interrogatΓ³rio ainda muito tranquilo para um ser humano comum com sentimentos.
Chloé o observou atenta buscando resposta para que tipo de animal destroçaria um humano adulto e como Alex conseguia ser tão indiferente face um incidente daquele tamanho.
β ChloΓ© querida, vΓ‘ para a fila. β uma das cuidadoras, muito baixinha e gordinha de bochechas salientes e rosadas,seu nome era Ruby, falou estendendo a mΓ£o ajudando-a a levantar.
β ainda tem muita gente,espere eles serem acusados que eu vou.
β interrogados mocinha, interrogados.
β na verdade,o interrogatΓ³rio Γ© sim uma espΓ©cie de acusação. Porque ainda nΓ£o se conhece o culpado entΓ£o todos sΓ£o consideradosΒ suspeitos. Entretanto, ninguΓ©m aqui faria um ato tΓ£o grotesco, porque nenhum humano conseguiria fazer aquele estrago, mas pelo que percebi estΓ£o acusando todo mundo aqui.
A cuidadora Ruby sorriu sem saber como responder,ela mesma foi interrogada e foram realmente perguntas acusatΓ³rias.
ChloΓ© sorrio para mostrar que estava tudo bem e se levantou a contragosto caminhado devagar arrastando os pΓ©s parando na fila estranhamente quase inexistente,alguns meros instantes haviam mais pessoas nela.
A porta da diretoria foi aberta ela olhou a garota que saia de lΓ‘,sem reação,viu tambΓ©m o braΓ§o peludo de um policial que ordenava aos suspeitos a adentrarem,engoliu em seco pois jΓ‘ esteve num interrogatΓ³rio antes e nΓ£o queria repetir a experiΓͺncia. Encolheu os ombros ao entrar seguida por quatro pares de olhos castanhos claros olhando-a, analisando seu perfil. Sentou na cadeira ouvindo o bater suave da porta.
β boa tarde,meu nome Γ© Kaus e meu parceiro Γ© Ulfr. Apresente-se.
Kaus se apresentou do modo mais cordial que aquele semblante fechado que ele carregava podia fazer. As mãos dele estavam uma sobre uma prancheta portÑtil com folhas de papel soltas e a outra segurava uma caneta, estÑ que parecia um palito de fósforo diante dos dedos grande e grosso. Os olhos dele a prendiam num tipo de feitiço onde ele parecia estar vendo sua alma.
β ChloΓ©. β respondeu desviando os olhos, enquanto ele rapidamente procurava seu nome na lista obtida com a diretoria Elva.
Torcia os dedos das mΓ£os em seu colo aflita e inquieta como sempre ficava diante de pessoas como aquele policial; piorando as coisas a pressΓ£o do silΓͺncio tornou o ar demasiado condensado impossibilitando a tarefa de respirar, e ela tinha medo atΓ© de respirar errado.
β ChloΓ© Calocagatia,onde esteve noite passada? β aqueles olhos.
β no quarto dormindo com as outras meninas. β tremeu a voz de leve ao responder,recebeu um olhar duro. Engoliu amedrontada.
β como era o comportamento do guarda?
Questionou Ulfr posicionadode pΓ© a sua trΓ‘s.
β nΓ£o sei dizer. Normal...?
Havia dúvida na voz, oque gerou desconfiança nos dois, Kaus fechou o semblante sentando direito na cadeira se reclinando para frente farejando a mentira debaixo do seu olho esquerdo encoberto pela franja lateral. Chloé se remexeu incomodada, tremendo afastando-se para trÑs.
β vocΓͺ notou algo estranho no comportamento dos adolescentes ou do guarda?
β nΓ£o. Sempre a mesma rotina, escola orfanato, orfanato escola. E todos se comportam normalmente β disse escondendo deles a estranha aproximação de Alex.
β oque vocΓͺ considera normal? β Kaus questionou erguendo com maestria a sombrecelha grosa do olho esquerdo.
β Oque? β perguntou sem ter compreendido o sentido da questΓ£o.
β esqueΓ§a. β dessa vez foi Ulfr quem falou de suas costas, mostrando que ainda estava presente no lugar.
β porquΓͺ tem arranhΓ΅es no seu pescoΓ§o?
Kaus inquiriu, olhando cada movimento dos mΓΊsculos faciais numa atenção nunca vista antes por ela. Ele fechou o semblante passando a lΓngua nos lΓ‘bios pegando nas fotos do corpo mostrando a ela.
β pelo que me contaram,os cacos de vidro da jarra foram os responsΓ‘veis.
β pelo que te contaram? β disse desacreditando das suas palavras.
β sim, tenho epilepsia. E esses ferimentos foram causados pelas crises .
Eles fizeram um som de garganta acusatΓ³rio a fazendo todo corpo tremer de medo.
β vocΓͺ vΓͺ essas fotos? Oque vocΓͺ acha que pode ter feito isso?
β nΓ£o sei. Mas conforme as marcas, isso sΓ£o mordidas.β apontou na foto analisando com cuidado. β um humano nΓ£o tem essa mordida,oque significa que sΓ³ pode ser um animal. Dos grandes. Mas na reserva nΓ£o tem animais carnΓvoros,pelo menos nΓ£o documentados.
β isso nΓ³s jΓ‘ sabemos...
Ulfr se prenucuou de novo, só que dessa vez falou próximo ao seu ouvido, causando um arrepio de medo e formigamento electrizante da cabeça aos pés.
β que instrumento vocΓͺ usou para assassinar esse homem? β o acusador Kaus elevou a voz e se debruΓ§ou mais sobre a mesa para seu rosto ficar a pouco espaΓ§o do dela. ChloΓ© recuou suando frio tremendo de medo engolindo em seco antes de ganhar a voz.
β Eu nΓ£o matei esse homem!
β porquΓͺ vocΓͺ o matou?
β vocΓͺ estΓ‘ me escutando? Eu disse que nΓ£o matei esse homem. Eu nΓ£o machucaria ninguΓ©m,odeio a violΓͺncia e detesto ver sangue! E porquΓͺ motivos eu mataria o guarda do orfanato?
β Ele abusou de vocΓͺ? β Ulfr perguntou com um tom jocoso,no misto de curiosidade e acusação.
Chloé baixou os olhos para os dedos enquanto suas faces ficavam rubras, ela corou como nunca antes. Era como se seu pai tivesse a perguntado se jÑ teve a primeira menstruação. Se é que ela tem um pai,na verdade.
β NΓ£o. Claro que nΓ£o. Afinal, que perguntas sΓ£o essas?Β β rubra de vergonha questionou incomodada por todas as inquisiçáes esdrΓΊxulas e muito estranhas para um interrogatΓ³rio.
βΒ vocΓͺ estΓ‘ presa. algeme ela. β Declarou Kaus se levantando mostrando o porte corporal muito grande, mas grande do que imaginava.
β o quΓͺ? PorquΓͺ?. β assustada questionou ao ser algemada e arrastada para a sala. Os outros olhavam-na chocados nΓ£o esperavam alguΓ©m saΓsse dali algemado pela polΓcia.
β tens direito de ficar em silΓͺncio tudo que dizeres serΓ‘ usado contra vocΓͺ no tribunal.
β mas eu nΓ£o fiz nada. β retrucou envergonhada e rubra de raiva.
Eles param a prosição por uma mulher pequena tomada pela raiva caminhando como um furacão até eles. Ela vasculhava algo na bolsa , andando pisando duro no chão de azulejos castanhos com salto de ponta grossa pretos, combinado com o vestido azul escuro que a mesma trazia.
β oque pensam que estΓ£o fazendo? Ela nΓ£o Γ© porra nenhuma de criminosa,Γ© sΓ³ uma menina com epilepsia. Soltem ela agora! β Explodiu Lena falando palavrΓ£o,se esquecendo de que haviam crianΓ§as no local ordenando a soltura da sua paciente.
βΒ as evidΓͺncias apontam para ela, minha senhora. β Kaus disse olhando calmo a mulher de cima a baixo com desdΓ©m em suas feiçáes rudes.
β ela Γ© doente! Olhe os resultados dos exames. β π ππ’ π‘πππ₯π! Resmungou retirando os papΓ©is de uma pasta vermelha dentro da bolsa entregando a ele. Ela pegou em ChloΓ© abraΓ§ando-a e a afastando daqueles homens maus.
O policial ergueu uma sobrancelha ao ler aqueles papΓ©is, trocando olhares grosseiros com a mΓ©dica. Um silΓͺncio constrangedorΒ se formou e ele por fim ordenou a um dos seu homens que soltassem-a. E foi naquele momento que ela notou os outros quatro policiais que surgiram num passe de mΓ‘gica com luvas e plΓ‘stico transparentes contendo cotonetes sujos por vΓ‘rias coisas de cores diferentes, pedaΓ§os de roupa e as coisas do guarda. Eles saΓram marchando e todos voltaram a respirar aliviados.ChloΓ© por sua vez correu envergonhada, subindo as escadas e nΓ£o tendo um lugar exato para descarregar suas frustraçáes no formato de lΓ‘grimas num lugar onde nΓ£o era tomado pela população e com privacidade, onde quer que se esteja naquele orfanato.
Abriu a boca para gritar de fΓΊria,mas a fechou sem forΓ§as para fazer qualquer escΓ’ndalo. Sentou na cama enxugando os fiapos de lΓ‘grimas nos cantos dos olhos com a manga da blusa,olhou os remΓ©dios desgostosa era culpa dessa doenΓ§a maldita! Sentia em seu Γ’mago, o rancor de si mesma pela fraqueza, a incapacidade,a sua languidez e falta de vivacidade tudo por conta da maldita morte de sua mΓ£e. O seu peito enchia-se de raiva e Γ³dio quente e esse fazia o sangue borbulhar nas veias preenchendo as tubulaçáes nΓ£o sΓ³ de oxigΓ©nio, pois uma sede primitiva e irreal chegava a sua mente clamando e ansiando por carne. πΆππππ ππππππ. Seja ele racional ou nΓ£o.
A raiva constante reprimiu o rΓ‘pido desejo de consumir carne quente de um animal vivo.
Suas lΓ‘grimas desprenderam de seus olhos e caΓram no piso superior,os dentes rangiamΒ em brutalidade machucando a mandΓbula. Ali ela sabia que seria vista por alguΓ©m e seu primeiro passo vacilante por pouco nΓ£o a levou ao chΓ£o,recompΓ΄s a postura correndo para o telhado do orfanato. Todos iam para lΓ‘ observar as estrelas pelo telescΓ³pio portΓ‘til que o orfanato recebeu numa doação. LΓ‘ em cima ninguΓ©m a veria chorar, ninguΓ©m veria que ela tambΓ©m era feita de carne e osso,sentiu o vento no rosto quando alcanΓ§ou oque almejava, a brisa agitava os cabelos em ondulação,caiu de joelhos cravando as unhas no telhado sentindo a massa reduzir e ouvir o cantar da natureza.
Os olhos tornaram-se opacos e sua visΓ£o nublou,as lΓ‘grimas queimavam nas bochechas como se tivesse feridas nelas. Levantou-se em questΓ£o de segundos olhando ao redor, ouvindo e sentindo.
Precisava de sangue,o corpo aclamava o sangue de alguΓ©m.
πΆβπππΜ!ππππ ππ π‘πΜπ ?
πΆβπππΜ ! π΄πππππΜ§π!
E mesmo sedenta por sangue alguém chamava por si e não podia ignorar,assim,esqueceu o desejo somente para escutar a voz doce e preocupada procurando por si. Ela sabia quem ela era,mas a imagem dela estava se apagando de sua mente rapidamente. O rosto da mulher não existia mais... embora soubesse de que a voz que chamava pertencia afigura desconhecida da sua lembrança vaga.
Forçou a voz para responder a quem empraza-lhe de forma angelical.
β ππΜπ β a tentativa nΓ£o passou de um assobio mal feito,a chama de reencontra-la crescia mais e mais dando toda vivacidade a voz β ππππΜπ! β Gritou alto a forte sendo sufocada com o vento,levando a tossir para respirar, contudo de nada valia.
β πΆβπππΜ !Β ππΜπ ππΜ ππππ π’π πππ π π,πππ πππ£ππ. β suplicou, aflita numa pressa e agonia sΓ³ vista por mΓ£es π para com seus filhos.
ChloΓ© sorriu para sua mΓ£e a sua frente,o rosto dela estava desfocado mas ainda a reconhecia. Fechando os olhos por falta de oxigΓ©nio caindo para trΓ‘s.
Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β Β
O vento batia contra o corpo magro daquela menina, fazendo seus cabelos voarem por todos os lados como espuma ao sopro de uma brisa noturna. As roupas largas agitavam com a corrente fresca com cheiro a folhas molhadas.
Pela floresta uma grande quantidade de ar rodopiou no chão ao encalço de uma Ñrvore num redemoinho breve que logo se dissipou no ar, carregando com ele cheiros.
Os vΓ‘rios aromas florestais e silvestre do derretimento dasΒ pequenas camadas de gelo e o brotar dos rebentos das flores, Γ‘rvores e da grama.
E mesmo tendo todos esses aromas,a fragrÒncia de maturação de uma fruta nunca passa despercebido. O odor exótico salpicado de doçura de mel na mesma intensidade de pimenta pairava no ar, atraindo abelhas. Primitivos como eram,o despertar era sempre celebrado. Caçando e copulando.
Em suas tocas escondidas a algures, respirando do odor de uma fΓͺmea madura e estranha todos sabiam do seguinte:Β ππππππ ππ£ππ ππβπ-ππ.
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