-- Nenhum vestígio da criatura, nada. - diz o tradutor.

-- Meu Deus! - o comandante brasileiro olhando o estrago causado pela explosão.

Anton fica apontando para trás do alojamento e fazendo sinais para que os outros o sigam.

-- O que esse russo maluco quer hein?! - soldado se agachando, ele verifica algumas pegadas recentes.
-- Ele quer nos mostrar a perfuração do lago.
-- Peça para esperar. Mas o que você achou aí soldado?
-- Pegadas, mas quem andaria descalço no gelo e numa temperatura dessas?

Anton vê  as pegadas, balança a cabeça com uma expressão de pavor e  sai correndo desesperado.

-- HEI! ESPERE! - o tradutor.

-- Vamos atrás dele, ele não parece bem. - o capitão e o tradutor o seguem correndo.

O soldado ignora os dois e segue as pegadas, indo para o lado oposto e entrando no laboratório russo.

Os brasileiros alcançam o cientista.

-- Mas o que ele está fazendo? - o capitão.
-- Ele disse que precisa ter certeza, mas ele sabe que o monstro não está mais lá embaixo. - o tradutor observando-o colocar a roupa de mergulho.
-- Eu vou com ele. - o capitão pega outra roupa pendurada na parede e começa a vestir.

Anton o ajuda, depois aciona o botão e o elevador se posiciona. Ele aponta para o capitão entrar e aciona o botão novamente, pega a câmera verifica as luzes, e a pistola de luz infravermelho e sobe no elevador. Os dois descem.

-- Que Deus os proteja! Espera aí, até parece que realmente existe um monstro por aqui. - ele senta e ri.

Enquanto isso...

O soldado chega na sala do vestiário, ela está intacta. Ele escuta o barulho do chuveiro e vai sorrateiramente até lá e vê uma mulher tomando banho de costas para ele.

O Capitão e o cientista russo encontram uma cratera, bem no meio do fundo do lago, um buraco grande o bastante para passar uma baleia cachalote com folga.

-- Nós examinamos o lago todo com as sondas mais modernas do mundo, isso não estava aqui antes, foi daí que ele saiu. - Anton falando consigo mesmo, como se pensasse alto.
-- Meu Deus vamos subir! O meu corpo nunca presenciou tanto medo, e seja lá o que tem aí embaixo, causa pavor só de existir!