Estação Antártica Comandante Ferraz
Hora do almoço, refeitório lotado, com os seus 20 lugares ocupados. De repente entra uma mulher com um macacão vermelho.
- Ei gente, chegou um helicóptero russo no heliporto.
- Como assim Sônia? A base Russa mais próxima fica muito distante daqui. - o cozinheiro saindo da cozinha.
- Pedro, a base Russa de pesquisa sim, mas eles tinham uma base no lago Vostok também. De lá, eles poderiam chegar em qualquer base científica. - Ana.
Todos ficam curiosos, largam as suas comidas e vão seguindo até o heliporto do lado de fora da base.
- Capitão, o que aconteceu com eles? Se perderam? Acabou o combustível? - pergunta um senhor de idade careca.
- Paulo, eles estão tentando se comunicar, mas é complicado. Eu mandei chamar o Charles, o único que fala inglês fluente na estação.
- Veja senhor, parece que houve algum acidente. Como está no saco, com certeza está morto. - Paulo.
Os Russos tentam entrar na base, mas os brasileiros não deixam. Eles seguem os protocolos de segurança.
- Calma, vamos esperar o tradutor chegar e vamos analisar a situação. - comandante fazendo sinais com as mãos para que eles tenham calma.
- Desculpem pela demora, estava em uma reunião por vídeo chamada.
- Pergunte a eles o que aconteceu.
- Eles disseram que um monstro das profundezas do lago está caçando eles, inclusive que já matou 3 cientistas.
- Meu Deus! Cláudio, quais as chances disso ser verdade?!
- Olha Marcos, eu adoraria que fosse verdade, mas sabemos que não é.
- Os caras estão insistindo, como explicar uma coisa dessas?
- Alguma explicação racional tem. Eles podem ter se contaminado com alguma alga marinha por exemplo, ou terem matado os seus colegas por acidente e inventaram essa história maluca.
- Matar 3 pessoas por acidente?! - cochicha um dos cientistas enquanto abre os braços e ergue os ombros.
- Capitão. O que eu digo a eles?
- Pergunte se há a possibilidade desse monstro marinho ainda estar na base.
- Cara eu não acredito que o Capitão vai nos enviar para checar! - Sônia.
- Eu o conheço bem, nessas situações complicadas ele gosta de ter o controle, sabe? Ele vai querer ter certeza do que aconteceu por lá, é certo que vamos ter que ir, se prepara minha amiga. - respondeu o piloto da estação, enquanto bate no ombro dela e entra na estação.
Algum tempo depois...
- Capitão, o senhor não acreditou nessa historia de monstro, ou acreditou? - o piloto fala com ele ao se aproximar da aeronave.
- É o meu dever verificar, eu não acredito em monstros se é o que realmente quer saber, mas algo aconteceu, e já que eles disseram que não voltarão para lá e levará 3 dias até que possam embarcar no nosso navio para o Brasil, temo pela segurança da nossa base. Prometo que não vamos demorar, descemos lá, verificamos se há os tais vestígios descritos por eles e retornamos.
- Até porque Capitão, está previsto uma tempestade para daqui há umas 4 horas, é o tempo de irmos e voltarmos, praticamente. - Ana enquanto verifica o painel do helicóptero.
Estão no helicóptero; o tradutor, o Capitão, Francisco o piloto, Ana a copiloto, Anton Padalka e mais um soldado com um fuzil.
Anton Padalka fala apontando para a arma do soldado.
- O que diabos ele disse?
- Que essa arma é igual a nada para aquela criatura.
- Que cara esquisito! Isso aqui é made in Brazil, é experimental ainda mas em breve o mundo todo vai querer comprar! - responde o soldado batendo de leve na sua arma.
Algum tempo depois, eles avistam a base russa.
- O que causou aquele incêndio? - pergunta o tradutor.
Anton Padalka responde em inglês.
- Uma explosão causada pelo escapamento do gás da estação.
- Hum, uma coincidência incrível um monstro assassino milenar das profundezas e um acidente dessa magnitude. - disse o soldado.
Anton fala.
- Ele disse que o monstro abriu os registros, que de alguma forma adquiriu o conhecimento de que o gás podia mata-los... Foi de madrugada, estavam todos dormindo, por sorte ele acordou para ir ao banheiro e viu a porta da médica da sua equipe aberta, e com a luz acesa.
Ele continua a contar o ocorrido.
- Ao entrar no quarto, se deparou com o seu corpo desfalecido ao lado da cama, havia aquelas marcas estranhas envolta do pescoço e a sua boca estava assustadoramente aberta. Ele acordou os outros e na hora em que eles moveram o corpo para fora, o dormitório e boa parte da base explodiu. Imediatamente eles entraram no helicóptero e voaram para cá.
O helicóptero pousa.
- Vamos descendo todo mundo, sejam rápidos ou ficaremos presos aqui até a tempestade passar. - piloto.
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