Capítulo 60
"Acho que tudo depende da perspectiva."
— Probabilidade estatística do amor à primeira vista
Naquela madrugada fria que fazia em Forks, dava pra ver os requisitos de uma pequena neve começando a ser formada.
Melanie parecia com a Bela Adormecida, por estar dormindo tão calmamente no quarto improvisado do hospital.
Foi naquele lugar onde Bela deu à luz e a Renesmee, e anos depois a história se repetiu quando Renesmee também deu à luz a Eduarda.
Ambos da família Cullen estavam revisando entre si, para cuidar da Melaine por 24 horas, desde que Kyle trouxe aquele remédio, ela vê mostrando sinais de melhora e aos poucos está despertando os sentidos.
Todos estavam impactados com o casamento do Kyle e a Kelly, porque antes do casamento ele passou a madrugada com ela e fez incontáveis juras de amor.
Jacob e Edward queriam ir tirar satisfação com o garoto, mas Carlise convenceu ao contrário, já que não podiam comprar briga novamente com a família Volturi novamente.
Esme ficará essa noite com a bisneta, ela se sentia útil em poder ajudar nessa fase tão difícil.
Por Renesmee estar grávida, não podia ficar posando com a filha, sua gravidez era de risco, porque foi estranho demais, após anos, ficou estéril.
Esme estava preparada, apesar de não sentir frio, usava um conjunto moleton preto, um cobertor enrolado no corpo e entre as mãos lia um livro que ganhou de presente no seu aniversário, mas por algum motivo, não dei uma oportunidade de ler.
Diferia dos clássicos romances clichês, que já leu ao longo dos séculos na sua existência.
"Doces Estágios da Ilusão" era sobre um garoto que iludiu uma garota, ela resolveu escrever sobre ele, acabou fazendo o maior sucesso, só não contava que ele lerá também o livro dela.
Apesar de ser algo adolescente, ela sempre gostou desse tipo de história.
Distraída com o livro, não percebeu que Melanie remexeu o corpo devagar e aos poucos foi tentando abrir os olhos.
Ao acordar virou para o lado vendo sua bisavó interditada lendo um livro.
— Bissá — Melanie a chamou.
Esme largou o livro e jogou o edredom no chão, ficou animada ao ver que ela acordei.
— Quer algo querida? — Esme perguntou atenciosamente.
— Sinto muita sede, a minha garganta está seca — Melanie respondeu com uma voz fraca.
Esme correu rapidamente até a cozinha de sua casa, pegou o telefone e ligou ao marido avisando que a bisneta acordou, em seguida pegou dois copos, um com água e outro com sangue animal.
Afinal, não sabia o tipo de sede que a garota estava sentindo.
Melanie encarava os próprios braços, vendo que seu braço direito estava ligado a um soro e o esquerdo a fios que iam até um aparelho pregado na parede que estava apitando sem parar.
Esme colocou os dois copos na frente dela, ela pegou a água e bebeu rapidamente.
Melanie ficou aliviada, sua garganta estava queimando.
Viu Carlise chegando, ele estava com um pouco de neve nos cabelos e usava uma roupa de frio por baixo do seu jaleco branco.
Esme saiu do quarto deixando o seu marido examinando a neta. Ele começou a examinar a Melanie vendo como ela estava, aparentemente ele não viu nada de errado com os seus órgãos internos.
— Está sentindo algo Melanie? — Carlisle perguntou, encarando ela diretamente.
— Só senti a garganta queimando então pedi pra bisa me dar água e agora estou melhor — Melanie respondeu.
— Está sentindo fome? — Carlisle perguntou.
— Não — Melanie respondeu.
— Consegue andar direitinho? — Carlisle perguntou.
Melanie estava sentada na cama então desceu devagar, andou até as janelas abrindo as cortinas observando a neve cair, ainda a paisagem da floresta não estava totalmente branca.
— Pelo jeito está tudo ok com você — Carlisle falou — Deite um pouco e durma, amanhã todas as suas perguntas serão respondidas pela manhã — explicou.
Melanie apenas concordou com o mais velho, se deitou na cama, se cobriu e voltou a dormir novamente.
Mal ela imaginava que nesses dias que dormiu, as coisas mudaram e nada seria como era antes.
Carlisle saiu de lá, indo até onde sua esposa estava. Esme não consegui avisar ninguém que a Melanie acordou, as linhas telefônicas param de funcionar devido à neve.
— Como está a nossa bisneta? — Esme perguntou.
— Ele está bem para uma humana — Carlisle respondeu desviando o olhar.
— Mas como? — Esme perguntou confusa.
— A mexa do cabelo colorido dela sumiu, lembra que quando os poderes dela apareceram, ela surgiu? — Carlisle perguntou, Esme apenas concordou com a cabeça — Sei que foi a nossa filha que arrumou o cabelo dela, naquela trança estranha, mas ela não pintaria o cabelo dela, por mais que seja detalhista — justificou.
— Precisamos fazer uma reunião de família quando tivermos certeza da sua teoria — Esme falou.
— Não é uma boa opção, meu amor — Carlise negou — As coisas estão indo mais longe do que pensava, aquele antídoto que o Reyes trouxe, era para um veneno, tenho certeza com dedo dos Volturi nesse casamento, preciso convocar a escolhida, antes que saia tudo do controle e uma guerra se forme — explicou.
— Sabe que precisa de provas, querido pra abrir um inquérito — Esme lembrou.
— Sei disso, mas tenho os componentes do antídoto e posso provar que Melanie foi envenenada já que foi a filha do Aro que lhe entregou o antídoto ao jovem príncipe, sinto que foi por isso que ele se casou com ela — justificou.
Esme apenas encarou o marido, apesar de parecer muita, teoria da conspiração, algumas coisas que ele disse, encaixava nas perguntas não respondidas.
Na manhã seguinte, Carlise se despediu da esposa, precisava voltar ao hospital ainda, mas antes pelo caminho passou na casa de Renesmee para lhe dar a boa notícia.
Renesmee estava sentada no sofá em frente a clareira enrolada em um edredom vermelho.
Jacob estava chegando com algumas lenhas no braço, apesar da neve caindo, insistia em ficar sem camisa e usava apenas uma bermuda jeans escura.
Primeiro Carlise examinou Renesmee pra ver como estava indo à gravidez, aparentemente estava indo tudo bem, em breve o novo membro da família nascerá.
— Aconteceu algo com a minha filha? — Jacob perguntou preocupado.
— Ela finalmente acordou — Carlisle respondeu.
Jacob soltou um pulo de alegria e Renesmee não conseguiu conter o sorriso.
Eles se arrumaram e saíram, indo em direção a mansão Cullen.
Já Carlise no caminho ao hospital, conseguiu ligar para os filhos avisando que a Melanie tinha acordado.
Ligou ao hospital avisando que no máximo demoraria meia hora para voltar.
Ele seguiu em direção a empresa Reyes, era um enorme prédio no centro da cidade, apesar do passar dos anos a cidade tem evoluído bastante.
Kyle não estava tendo aulas presenciais mais, ele estudava online e daqui a uns meses iria se formar com a sua turma.
Ambos os amigos dele se afastaram, depois do casamento a sua mãe foi embora, Kelly se mudou para sua mansão, ambos dormem em quartos separados.
O prédio era enorme, pegou um elevador lotado de gente, estava bem quente devido ao ar condicionado.
Ao chegar no escritório sou atendido pela Claire usando uma camiseta branca, blazer rosa, calça jeans escura de cós alto e um scarpin preto. Seus cabelos estavam amarrados num coque alto e deixando alguns fios loiros caírem sobre o seu rosto.
Ela estava anotando umas coisas na agenda, ao perceber a presença dele, ela parou o que estava fazendo e o encarou.
— Bom dia, Doutor Cullen — Claire falou sorridente.
— Olá, bom dia, Senhorita Bennett — Carlisle falou, dando um meio sorriso.
— O que traz o senhor aqui? — Claire perguntou surpresa.
— Vim falar com o Kyle — Carlise respondeu — Ele está ocupado? — perguntou.
— Não — Claire respondeu — Avisarei que está o senhor está aqui — falou pegando o telefone, pra ligar pra ele — O senhor pode entrar, segunda sala à direita — avisou.
Kyle usava uma camiseta social azul-claro, calças preta e um sapato marrom.
Kyle estava finalizando uma ligação, ao ver Carlisle fez um sinal para ele poder se sentar, numa cadeira em frente a dele, na mesa do escritório.
— Oie bom dia Doutor Cullen — Kyle desejou — O que traz o senhor aqui? — perguntou indo direto ao ponto.
Kyle não parecia estar surpreso, parecia que algo dentro dele, sabia o que estava por vir.
— Sei que você se casou pra salvar a minha bisneta, andei analisando os componentes do antídoto, ela foi realmente envenenada — Carlisle falou com total certeza.
Kyle fez um sinal de silêncio pra ele com a boca, retirou de dentro da gaveta uma pasta com alguns documentos.
Carlise nada disse, apenas saiu sem dizer nenhuma palavra, se despediu de Claire e depois foi até o seu carro, pensando em tudo que acabara de acontecer.
Ao chegar no hospital, não tinha nenhum paciente para ser atendido, então se trancou na sua sala analisando os papéis entregues do Kyle, eram provas que incriminavam Aro Volturi.
Tinha um bilhete pregado nele com o endereço da escolhida, e um horário para encontrá-la.
Para sua surpresa não era uma garota e sim um homem que aparentava ter 35 anos. Agora ele teria uma grande decisão nas mãos para tomar.
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