Capítulo 57
"É estranho saber que não vai dar certo, e ainda desejar."
Uma semana depois.....
Kyle Reyes
Uma semana torturante que não vejo à minha namorada.
Ela estava internada em um hospital particular na casa dos Cullen.
Ninguém exatamente sabe o que está acontecendo com ela, suas crises estão cada vez piores.
Os gêmeos nem tocam no assunto, para todos no colégio, ela está fazendo uma viagem com os pais, já que ambos não estavam sendo vistos.
Por causa dessa grande responsabilidade que estou tendo que resolver os assuntos do reino e da empresa, não estou tendo tempo pra visita-la na frequência que eu queria.
E ainda tenho que conciliar o estudo, admito que se não fosse pela ajuda do meu padrinho, eu estaria surtando.
Aquele local quente do escritório e esse terno preto, estão me fazendo suar demais, odiava me vestir assim, mas não podia abdicar, afinal estou no meu local de trabalho.
Por sorte era o último documento, já escureceu e a maioria dos empregados tinha ido embora.
Claire é uma secretária incrível e primeira amiga.
Ao terminar tudo, dispensei ela e depois fechei a empresa.
Queria poder ir visitar a Mel, mas infelizmente já estava tardiamente.
Ao chegar na mansão, pensei o quão vazia estava aquela casa, nunca pensei que me sentiria tão sozinho assim.
Fui direto para o meu quarto, arrumei uma roupa pra vestir e a empregada arrumei a banheira pra mim poder tomar banho.
Ao terminar o banho relaxante de banheira, me sequei e já sai do banho arrumado.
Estava usando o meu conjunto moletom azul-escuro e meus chinelos pretos havaianas.
Desci as escadas, andando com a toalha esfregando ela nos meus cabelos.
Sinto um cheiro diferente e me deparo com o dono dele, era a Kelly que estava sentada no sofá.
Kelly estava usando um vestido curto preto com bolinhas brancas estilo regatinha e uma bota de cano alto marrom.
Seus cabelos estavam com uma trança na parte de cima e embaixo estava solto com um efeito ondulado.
— O que está fazendo aqui? — perguntei-lhe encarando.
— Vim ver como estava, me preocupei com você — Kelly respondeu, pondo uma mecha do seu cabelo atrás da orelha — Sabe fiquei sabendo o que aconteceu com a Mel, fiquei com tanta, dó dela — falou, secando as falsas lágrimas.
— Pra você é Melanie — a repreendi — Não tem direito de chamar a minha namorada pelo apelido que somente os amigos dela podem — a lembrei.
— Affs — resmungou — Não discutimos com isso, já que vim lhe contar uma coisa — avisou.
— O que seria? — perguntei, me sentando no sofá em frente dela.
— Apenas ouça com atenção — pediu — O que a Melanie está sentindo, séculos atrás isso aconteceu com um dos membros da família Volturi, eles têm um remédio que pode ajudar ela a melhorar — revelou — E estou com esse remédio na bolsa — falou chacoalhado uma bolsinha pequena preta.
Pela sua expressão deu pra ver que ela estava falando a verdade.
— Isso é bom — falei animado — Precisamos levar para o Doutor Cullen, ele irá poder salvar a Mel — expliquei.
— Mas pra ter esse remédio tem uma condição — falou com uma expressão malvada.
Eu sabia ser bom demais pra ser verdade, nunca que a Kelly fará caridade para alguém, muito menos pra Melanie, sempre tem algo por trás das suas intenções.
— Qual é a condição? — perguntei, indo direto ao ponto.
— Tem que se casar comigo — respondeu sorridente — Se não aceitar logo, sua preciosa Mel irá morrer — avisou.
Pisquei várias vezes, não acredito que Kelly desceu num nível tão baixo, quer fazer de tudo pra se casar comigo, tenho certeza que não é uma obsessão boba e sinto que tem planos por trás disso.
Pelo que ouvi estavam buscando alternativas no mundo todo, nem mesmo transformá-la em vampira garantirá a sua sobrevivência.
Entre a vida da minha namorada e me casar com a Kelly, sempre colocarei a vida dela em primeiro lugar, mesmo que ela me odiei depois.
— Digamos que eu aceite me casar com você, quem garante que a Melanie vai mesmo acordar? — perguntei.
— Sou uma vampira de palavra — respondeu — Irei te entregar hoje se me der sua palavra, irá demorar dois dias pra ela acordar e nesse tempo irá haver os preparativos do casamento — explicou.
— Tá bom — concordei.
Tirou da bolsa um frasco e me entregou.
— Obrigado — agradeci.
Sei que todos irão me odiar, mas farei de tudo pra manter a Melanie viva, mesmo que eu não esteja ao lado dela.
Peguei as chaves do carro, indo em direção a casa dos Cullen, acelerei o máximo que eu pude.
Ao chegar lá, do lado de fora da casa vejo os gêmeos ao lado da senhorita Clair, ao me aproximar percebi estarem chorando.
Encostei o carro e me aproximei ainda mais dos três.
Jess usava uma regata branca com estampa de uma banda que não reconheci, jaqueta de couro preta, calças de couro preta e all star preto.
Ela usava uma touca preta na cabeça, devido ao frio que fazia essa noite.
Natan estava usando uma blusa de frio vermelha, calças jeans claras e um tênis de cano alto marrom. Ele usava uma touca cinza na cabeça.
Já a senhorita Claire estava com o mesmo vestido social azul-marinho que estava trabalhando, colocou uma meia calça preta e uma bota preta apenas.
— Boa noite a todos — desejei.
— Boa noite — responderam em perfeito couro.
Jess continuava a chorar, foi para um canto, mas devido à minha super audição pude ouvir do que se tratava.
— Filha, faz uma semana que venho aqui, pra colocarem um pouco do meu sangue no soro dela e nada, me desculpe por não poder salvá - la — pediu.
Nathan correu até a gêmea e a aninhou num abraço ao lado da senhorita Claire.
Pelo papo de ambas, dava pra perceber que ela estava nas últimas e eu seria o seu único salvador.
Corri em direção a casa, conhecia bem o caminho então fui até o quarto que Mel estava.
A casa estava bem silenciosa, pelo o que fiquei sabendo a família toda viajou atrás de alguma alternativa para salvá- la.
Vejo o Doutor Cullen medindo os batimentos cardíacos da Melaine, seu olhar estava bastante triste.
Ele estava usando uma camiseta azul clarinho, calças jeans claro, tênis marrom e um jaleco branco.
Já a Mel estava com um pijama branco de hospital e um lençol azul cobrindo o seu corpo.
Seus cabelos estavam perfeitamente arrumados numa trança, deve ter sido a Esme que arrumou ela.
— Provavelmente amanhã a noite ela irá morrer — falou desviando o olhar — Se quiser se despedir dela, faça isso agora — mandou.
— Obrigado — agradeci — Me arruma uma seringa com a agulha — pedi.
— Porquê? — perguntou confuso.
— Isso irá salvar a Mel — respondi, retirando o frasco de dentro do bolso.
— Essa será a nossa última tentativa — avisou.
Ele pegou uma seringa e aplicou a injeção no soro da Mel, na maneira que ia pingando as gotinhas, percebi que ela estava melhorando a sua aparência.
Doutor Cullen olhou com uma expressão aliviada e saiu para ligar aos familiares.
Estava sentado numa cadeira ao lado da cama dela, segurando a sua mão firmemente.
Já eram 4 horas da manhã e até agora não consegui nem sequer cochilar.
Precisava saber se ela realmente ficará bem, apesar de Kelly ter garantido, uma pontinha de mim, não confia 100% nela.
— Mel — falei acariciando a mão dela — Fiz um trato com a Kelly Volturi, irei me casar com ela, porquê não poderia viver num mundo que você não existisse — justificou — Sabe o que por você eu morreria, choraria, faria qualquer coisa e até mesmo mentiria — a lembrei — Por isso entrarei nesse casamento falso com ela, mesmo não sendo totalmente feliz, mas espero que um dia me perdoe e encontre um homem que te ame, assim como eu sempre vou te amar — pedi, entre às lágrimas e dei um beijo na testa dela.
Finalmente entendo o significado daquela famosa frase:
''Muitos amores foram feitos pra ser sentido, e não para serem vividos''
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