Capítulo 52
"Não estou preparada para esse capítulo da novela da minha vida."
— SUSANA VIEIRA
No dia seguinte.....
Ana Letícia
Ontem o enterro do meu marido foi tão triste, não consegui parar de chorar por nenhum minuto, me arrependo do como as coisas aconteceram.
Meu filho acabou de acordar, percebi que os seus cabelos estavam bagunçados e o rosto bem amassado.
Ele ainda estava usando o seu pijama do homem aranha, toda vez que ele estava na pior se vestia de cosplay pra dormir.
— Bom dia, filho — desejei, bebendo uma xícara de café.
— Bom dia, mãe — desejou, se aproximou e me deu um beijo na bochecha.
A mesa da sala de jantar estava recheada das comidas favoritas do meu filho que era bolo de fubá cremoso, chá, café, chocolate quente, pão francês, manteiga, mussarela e queijo.
Ele se serviu com um pedaço de bolo com chocolate quente, comia em silêncio.
Eu e o meu filho nunca fomos próximos, mas parece que aumentou mais ainda a nossa distância.
Escuto o barulho da campainha, empregada atendeu.
Engraçado, que nem o barulho chamou a atenção do meu filho.
Percebi ser o tabelião oficial da corte real como sempre estava usando um terno preto ao lado do Johnny que estava com um terno cinza.
— Desejam nos acompanhar para o café da manhã? — perguntei.
Ambos negaram, apenas cumprimentaram o meu filho, ambos seguimos em direção ao antigo escritório do meu falecido marido, ainda bem que não estou de pijama, por isso é bom acordar e se arrumar.
Estava usando camiseta branca, calças pretas de cós alto, bota marrom e um quimono azul-claro de mangas longas.
Meus cabelos estavam amarrados num coque, não tive tempo se ir ao salão esses dias.
— O que devo a honra da visita de vocês? — perguntei.
— Vim ler o testamento e o senhor Jasper veio como minha testemunha — Tabelião respondeu.
— Pedirei ao meu filho que se troque para ouvir — avisei.
— Não há necessidade para que o rei se troque, apenas exijo a presença dele — Tabelião pediu.
Fui em direção a sala de jantar, meu filho estava comendo um pão com manteiga e bebendo mais chocolate quente.
— Filho vamos para o escritório — pedi.
Ele limpou a boca com um guardanapo e me seguiu.
Percebi que o Tabelião e o Johnny estavam sentados em duas cadeiras na frente da mesa.
Meu filho se sentou na cadeira do centro e eu fiquei em pé ao seu lado.
Tabelião pegou uma enorme pasta, começou a ler o testamento.
" Eu, Esteban Bartolomeu Reyes, nascido e criado na cidade de Forks, sou casado com a Ana Letícia Gomes Reyes.
Sou empresário e rei, por herança de meu falecido pai Rony Silver Reyes.
Estando em perfeito juízo e em pleno gozo de minhas faculdades intelectuais, sem nenhuma interdição, na presença de (03) três testemunhas a seguir qualificadas:
Johnny Jasper, Ananda Okanawe Jasper e Carlisle Cullen.
Livre de qualquer induzimento ou coação, resolvo lavrar o presente testamento particular onde exaro minha última vontade, pela forma e maneira seguinte:
PRIMEIRO: Deixo todos meus bens ao meu filho e único herdeiro Kyle Rhydian Reyes.
SEGUNDO: Deixo para o meu afilhado Juan Okanawe Jasper, 50% das ações da minha empresa.
Declaro não existir testamento anterior em qualquer de suas formas legais.
Nada mais tendo a lavrar, dou por encerrado o presente testamento na presença das três testemunhas acima qualificadas, para as quais li a íntegra do que nele se contém que o confirmará em juízo, de conformidade com a lei. Dou, assim, por concluído este meu testamento particular."
Em seguida ele mostrou às assinaturas, que comprovam a legitimidade do documento.
Percebi que o meu marido havia me deixado sem nada, apenas com os bens que ele me deu enquanto éramos casados.
Percebi o sorrisinho sarcástico do Johnny ao saber que o seu filho agora tinha poder na empresa e que eu não teria mais direito a nada.
Queria protestar, mas não podia fazer uma cena, afinal o meu filho não iria me colocar na rua.
Percebi que o meu filho me encarou com uma expressão surpresa, nem ele entendeu o que o pai fez.
— Porque meu pai não deixou nada pra minha mãe? — Meu filho perguntou confuso.
— Segundo ele, quando ambos estavam casados, ele deu muitas propriedades a ela — Tabelião explicou ajeitando os óculos.
— Entendi — Meu filho concordou.
— Não se preocupe com isso filho, não preciso de mais nada, tenho você aqui — falei lhe dando um beijo na bochecha, ele apenas forçou um meio sorriso.
Alguns dias depois.......
Melanie Black
Era mais um dia comum em Forks High School, hoje seria o fechamento do bimestre, como o Kyle e o Juan estão de luto ainda, por isso nem vieram pra saber os resultados.
Meg não voltou ao colégio, boatos dizem que ela se mudou para o da reserva.
Eu derramou suco na minha camiseta do colégio, por sorte a Jess sempre trás roupas a mais e me emprestou a sua ciganinha de mangas longa cropped preta, me deixando com um estilo meio patricinha, pelo que estava reparando no espelho.
Por sorte veio com calças jeans claras de cós alto e a minha sapatilha verde-escuro.
Dei uma ajeitadinha nos meus cabelos, quando estava terminando de fazer um rabo de cavalo ouço pelo interfone do colégio a diretora solicitando a minha presença na diretoria.
Achei bem estranho isso, tenho certeza que a Jess e o Nathan ouviram, tenho certeza que não ficaram preocupados comigo.
Ao entrar na diretoria me deparo com a Ana Letícia, a minha sogra ao lado de ninguém menos que a nojenta da Kelly, percebi que a diretora saindo pra nos deixar a sós.
A ex rainha continuava com sua mesma postura de superioridade e seus cabelos perfeitamente arrumados num coque alto, usava um vestido cor vinho escuro, tamanho médio de mangas compridas, meia calça arrastão preta e um salto alto preto.
Kelly estava usando uma camiseta de mangas longas preta, saia de cós alto com uma enorme fenda e um coturno preto.
Seus cabelos que antes eram loiros agora são pretos, lisos, batiam até a altura dos seus seios,
usava um batom vinho escuro e um óculos escuro.
Me sentei numa cadeira no canto da parede, vendo Kelly ajustar duas cadeiras, para ambas me encarem .
— O que devo a honra da visita de vocês? — perguntei sarcástica.
— O meu filho foi embora de casa já faz três dias, pensei que era coisa de muleke, procurei ele e não achei nem rastro — Ana Letícia respondeu.
Quando ela disse isso, senti o meu coração querer sair pela boca, não era uma sensação ruim, mas isso me deixou nervosa.
Ele não iria embora sem ao menos avisar pra mim, apesar que se ele me contassem, eu iria contra aquela ideia maluca.
— Saiba sogrinha que ela também não sabia de nada, foi uma total perda de tempo, assim como o meu ex cunhado — Kelly falou revirando os olhos irritados.
Então a coisa está mais séria do que imaginava, mas algo dentro de mim, dizia estar tudo bem com ele.
— Estou apenas perdendo o meu valioso tempo com você — Ana Letícia falou raivosa.
— Me desculpe por não poder ajudar — pedi sem olhar pra ela — Mas caso ele se comunique comigo, pedirei pra ele voltar — assegurei.
Vejo Ana Letícia saiu pisando passos firmes, dava pra ouvir perfeitamente os barulhos do salto batendo no chão do chão.
Kelly retirou os óculos escuros, exibindo seus olhos castanhos meio avermelhados, agora entendi a sua mudança de cabelo e seu cheiro está diferente, ela se tornou uma vampira completa.
— Sabe Melanie, agora entendo você quando descobriu que não era totalmente órfã, ter uma família sobrenatural, é bem melhor do que uma convencional — falou apoiando a mão na cadeira — Antes que eu vá, irei te dar um último aviso — falou ríspida, sinto um ar gelado invadido a diretoria — Nessa cidade você pode ser considerada a Cinderela, mas no final desse conto de fadas, quem fica com o príncipe e a princesa perdida — falou empurrando com força a cadeira — Farei de tudo pra te ver cair — falou, colocando novamente os óculos e saindo.
Ela estava mais louca que nunca, preciso tomar cuidado com ela e também preciso saber o que aconteceu com o meu namorado.
Agora se não me engano era aula no laboratório de Química, quando estou andando pelo corredor em direção ao local, vi Jess vindo por uma encruzilhada, não teve como desviar trombamos fortemente, ambas caímos no chão.
— Aiiii — ambas falamos ao mesmo tempo, levando a mão até a cabeça.
— Ainda bem que está bem, Mel — falou ainda sentada no chão.
— Estou bem, apesar de ter sido ameaçada pela nojenta Kelly — falei fazendo uma careta.
— Não acredito que ela teve essa audácia, darei um jeito nela — Jess falou cerrando os punhos, dava até pra ver sua veia saltada na testa.
Nathan se aproximou de onde estávamos, ajudando a gente a se levantar do chão.
— Nem perguntarei porque ambas estão no chão, mas vim avisar que logo vão falar as notas — avisou.
Apenas concordamos e fomos para o laboratório.
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