'' O amor é um áudio de WhatsApp visualizado, sem resposta."

Jéssica Bennett

Nesses dias que fiquei afastada de Forks, fui tão torturante que apenas ficava trancada na mansão da minha bisavó, treinando com ela e o meu tio-avô.

Eu tive sorte que o Nathan voltou do colégio interno, então ele deixou eu usar as redes sociais dele pra ver como estava o pessoal, eu parecia ser uma stalker doida, atrás de informações.

O que mais me surpreendeu foi ver que ambos os três estavam mais unidos que nunca, era foto juntos pra todo lado e marcações.

Admito que me senti incômoda, eu sei que a vida não tinha que parar devido à minha ausência, mas parece que tudo ficou melhor sem mim.

O mais doido foi que descobri que ele era o meu gêmeo, temos aparência totalmente diferente, mas particularmente temos o gosto parecido.

Na hora a minha mãe ficou com tanta raiva, mas quando a minha bisavó explicou os motivos, ela se acalmou melhor, porque em primeiro lugar era a segurança dos seus filhos.

Por sorte consegui voltar no dia do aniversário da Melanie, então voltei de madrugada pra casa e no dia seguinte acordei bem cedo pra lhe fazer uma visita.

Não devia ter jogado essa informação sobre o meu gêmeo e ter saído daquela maneira, mas afinal a Mel estava atrasada pra ir fazer a prova do final do semestre.

Pelos contatos da minha avó, iriam me dar alguns trabalhos pra pelo menos ficar na média.

Vejo que o meu pai, veio atrás da sua esposa, ela nunca gostou de mim desde do começo, não fiz nada pra ter o ódio dela.

Entramos no carro do meu gêmeo, indo em direção ao colégio.

No caminho pedi pra Mel não comentar nada pra ninguém sobre o meu gêmeo, não sabíamos se estávamos seguros.

Poucas pessoas sabiam do meu parentesco com a família Petrelli, então seria perfeito fingirmos ser namorados.

Apesar de tudo, eu quero correr para os braços do Juan, estava muito machucada, sei que não devo sempre ouvir o meu coração.

Não irei me iludir com um texto, que provavelmente ele escreveu no desespero.

Ele iria ser matriculado na minha sala, para começar no próximo semestre, pude ver que ao estacionar o seu carro atraiu atenção de várias garotas.

Me lembrou no dia que o avô da Mel, veio buscar ela no colégio, foi a mesma reação das garotas.

Ao descermos do carro, todos olhares se direcionaram a minha irmã.

— Não devia ter vestido uma roupa dessas pra mim, vir ao colégio, está chamando muito a atenção — Melanie falou desconfortável.

— Você é uma Cullen, é natural chamar atenção, está maravilhosa com essa roupa — falei sorridente.

— Ambas estão lindas — Meu gêmeo elogiou.

— Obrigada — Ambas agradecemos em simultâneo.

— Amor, não se esqueça de nós buscarmos depois — falei dando um beijo na bochecha dele.

Ele deu partida e foi embora, eu e a minha irmã, acenos pra ele.

Percebi que o Juan estava olhando tudo de longe, encostado na parede do portão do colégio.

Me assustei pelo fato dele estar com os cabelos curtos, ele não parecia nada com aquele filhinho de papai irritante que eu gostava tanto, seus cabelos estavam num ar mais rebelde, usava uma camiseta branca, blazer vermelho aberto apenas na metade, calças jeans clara, meia 3/4 e um all star branco.

— Olá minha gótica — Me cumprimentou dando um passo a frente, ficando no meio de mim e a minha irmã — Será que podemos conversar? — perguntou colocando as mãos no bolso e olhando para o chão.

Eu estou vendo errado ou ele estava todo tímido comigo? O que fizeram com o Juan?

Parei de me perguntar isso, recompus a minha postura ereta e rígida ao mesmo tempo, precisava ser firme e mostrar quem estava no controle.

— Me desculpe Juan, mas não temos nada o que falar, tenha tanta coisa pra resolver — mentir.

— Recebeu o texto que te mandei? — perguntou, tocando gentilmente no meu ombro.

— Recebi, era fofo — respondi.

Ele retirou a mão do meu ombro com uma expressão decepcionada, desviou o olhar de mim, encarando a minha irmã.

— Mel — a chamou — Apenas estou avisando que o Kyle está doente, não sei bem o que ele tem, mas provavelmente é algo de lobos — contou.

— Obrigada por avisar — Mel agradeceu.

Saímos de perto dele, olhei para Mel com um olhar que ela sabia bem, quando não queria comentar sobre o assunto.

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Nathan ainda estava tão confuso com tudo que estava acontecendo, ter que viver atrás de uma farsa novamente, desde dos 7 anos viveu longe da sua mãe e irmã.

Devido aos seus poderes terem se desenvolvido no momento do acidente com os meus tios, se transformou em um pássaro e fugiu, tanto é que foi o único sobrevivente, mas por causa disso acabou ficando 3 anos sem voltar a forma humana.

Ele dirigia de volta pra casa de sua mãe, já que acabou de deixar as meninas no colégio.

Em breve ele irá começar a estudar com as irmãs, porque ainda não terminou o ensino médio.

Ele não percebeu uma garota de cabelos cacheados num tom de loiros escuros cruzando a rua, ela estava com os fones no ouvido, usava uma camiseta preta longa com estampa de uma caveira branca com ossos em baixo, bota de cano alto preto e uma blusa bem maior que a camiseta de manga preta aberta com a sua touca na cabeça.

Ele freou o carro rapidamente, mas por susto ela caiu no chão.

Nathan desceu rapidamente do carro indo ao encontro da garota, o celular dela estava no chão com a tela quebrada no meio.

— Me desculpe — pediu, se ajoelhou para ajudá- la a se levantar.

— Não preciso de ajuda — falou grossa.

Os olhos verdes do garoto arregalaram, ele conhecia bem aquela voz, apesar de terem se passado tantos anos, era impossível não reconhecê-la.

— Katherine? — Nathan perguntou com uma voz firme.

Ela ainda estava no meio da rua, agachada no chão, quando os olhos azuis encontram com os verdes, Nathan sentiu aquele choque novamente como se os anos não estivesse passado.

— Nathan? — Katherine perguntou surpresa — O que faz por aqui? — perguntou confusa.

Quando o garoto ia responder, escutaram algumas buzinas, ambos se levantaram envergonhados.

Ela retirou o celular do chão e se recompôs.

— Me desculpe, agora tenho que ir, estou um pouco atrasada pra faculdade — Katherine falou saindo apressada, deixando o rapaz a encarar confuso.

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Renesmee estava tão brava com o seu marido, que começou a jogar todas as roupas dele pela janela.

Ela sabia que antes dela existiam várias outras mulheres, mas ela não admitia o fato dele ter filhos da mesma idade da sua filha.

Pra quem não entende os lados ocultos do mundo sobrenatural, estão dizendo que ela foi corna.

Ela sempre odiou ser o centro das atenções e principalmente estar na boca do povo.

Agora sabendo que ele tem gêmeos, as coisas ficaram piores ainda.

Jacob olhava as suas roupas sendo jogada pela janela, ele não entendia esse ataque de ciúmes dela.

— O que está acontecendo? — Jacob perguntou confuso.

— Já basta ter uma filha com aquela mulher e agora descubro que vai foram gêmeos — Renesmee falou irritada — Durante anos quando achei haver perdido a nossa filha e nunca mais iria poder engravidar, mas a vida resolveu sorrir pra mim novamente, me dando o fim novamente de ser mãe — Renesmee falou colocando a mão em seu ventre.

Jacob arregalou os olhos surpresos, parecia que aquele dia estava ficando mais louco ainda, agora somando tudo tem 4 filhos, se alguém contasse isso pra ele a meses atrás chamaria de doido.

— Por favor meu amor, não tenho culpa nenhuma de ter engravidado a Claire de gêmeos, você sabe melhor que ninguém que tudo aconteceu, quando ainda era uma criança, era errado eu te olhar com outros olhos — Jacob desabafou — Desde que era pequena te tratei como uma irmã mais nova, como eu disse o imprinting pode ser de várias maneiras — concluiu.

Renesmee respirou fundo, deixando as lágrimas escorrerem em seu rosto, os hormônios da gravidez haviam lhe tornado temperamental e sensível.

— Não vamos mais brigar, sou apenas seu marido — Jacob falou passando a mão no rosto da sua esposa — Desde do começo pensei que era apaixonado pela Bella, mas, no fundo era por você, algo dentro de mim, dizia que haveria o seu nascimento, em algum momento da minha neta existência — falou se abaixando e dando um beijo na barriga dela — Eu sou completamente apaixonado por você e os meus filhos — finalizou — De quantos meses está? — perguntou, olhando em seus belos olhos castanhos.

— Estou indo para o quarto mês — Renesmee respondeu.

— Porque não me contou antes? — Jacob perguntou confuso.

— Estava tentando encontrar o momento certo, mas parecia que nunca era essa hora — Renesmee falou pensativa.

— Pelo menos agora encontrou — Jacob falou beijando a esposa apaixonadamente.

Ao se separarem do beijo, ambos olharam um ao outro.

— Se caso aparecer mais um filho seu perdido por aí, eu juro que não serão suas só suas roupas que serão jogadas pela janela - Renesmee ameaçou, arrancando um sorriso do marido.