Capítulo 35
''Algumas ações que foram tomadas no passado, são para garantir um amanhã maior para a futura geração.''
— T.Q.O.
Alice ficou ríspida ao ouvir aquela palavra, que agora não vinha na sua mente em qual língua era, mas a palavra fenris no português era lobo.
Uma lenda antiga surgiu por volta do século XV, onde crianças híbridas recebiam um tipo de tatuagem nos ombros representando as fases da lua, eles podiam unir suas habilidades trazendo o caos ou a salvação a suas respectivas espécies.
— Não, existe essa geração nesse século — Alice falou tentando se recompor.
— Porque pensa que os Volturi vieram atrás da sua sobrinha neta? — Ângela a questionou.
— Eles pensaram que não seria possível uma gravidez da Renesmee — Alice rebateu.
— Eles não dão ponto sem nó, tenho certeza que previram o mesmo que eu, quando minha neta disse estar grávida de um transmorfo, sabia que a luta iria começar, principalmente com a minha visão — Ângela falou retirando os óculos escuros, revelando seus belos olhos castanhos — Alguns conservadores retiram os freios do carro do irmão de consideração da Claire, eles estavam levando o meu bisneto para um jogo de futebol ao lado da esposa grávida e a filha — explicou — O único que sobrevivente foi o ele, de algum modo se sentiram ameaçadas, uma família que nem ao menos sabia a existência de vampiros ou lobos — falou magoada.
— Por isso a Jéssica foi embora? Eles estão ameaçando ela? — Alice perguntou preocupada.
— Não, alguns cientistas encontraram arquivos sobre as habilidades de cura da Claire, mas agora estão todos numa cova, nunca mais irão nos perturbar e os arquivos foram perdidos — Ângela falou sem um pingo de remorso na voz.
— Sabia que os Volturi não se metem em questão de lobos, deve ter outra pessoa por trás de tudo isso — Alice falou.
— Se for isso irei descobrir pra defender a minha família, não importo de ir até às últimas consequências — Ângela falou terminando de beber o seu café e pegando o da Alice — Não se preocupe, ninguém saberá que por um tempo fui a filha de vocês, nunca tive a oportunidade de agradecer por tudo que fizeram comigo, obrigada — falou, deixando o dinheiro em cima da mesa e saiu.
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Melanie Black
Ao sair do banho vejo a Jess chorando, me aproximo dela, ela apenas me entrega o seu celular me mostrando a mensagem do Juan.
Ele sempre foi das mais antigas, mas agora mandar um texto enorme aquele, sinceramente não esperava isso dele.
Mas, era claro visível a aparência do Juan havia mudado, seus cabelos compridos agora estavam curtos e começou a adotar no seu visual as roupas mais escuras.
— Porque está chorando? — perguntei confusa — Pensei que estaria pulando de alegria — concluiu.
— Controlar os sentimentos é tão difícil pra mim, que sempre sente demais e depois se ferrou no final — me lembrou.
Não tinha as palavras certas pra dizer naquele momento, então apenas sai de perto dela.
Me afastei dela, indo retirar o meu celular do carregador, ligando ele e em seguida o wi fi.
Começou a travar o meu celular, de tantas notificações no Facebook e no Whatsapp.
Resolvi abrir somente a mensagem a notificação do Facebook que tinha um texto enorme marcado na nossa foto.
Era uma foto minha e dele, tomando milkshake na lanchonete perto do colégio.
" Essa foi a primeira foto nossa como casal, me lembro de tantas vezes ficar com as mãos suadas só de falar com você.
Sua doçura no olhar, sempre me fez ter medo de te ver chorar, tentei várias vezes pensar numa declaração perfeita, mas nunca consegui, sabe muito bem quando trata de você as palavras somem da minha mente.
Sabe que não sou bom em textos, então por favor não fique brava e nem irritada, se não for algo que esteja esperando.
Mas, de todo coração te desejo o bom e o melhor, que seus dias sejam tão mágicos assim com o baile da Cinderela, mas me prometa que se for perder um dos sapatinhos que seja comigo.
Saiba que apesar de tudo, terá um ombro amigo e principalmente alguém que te protegerá de tudo e de todos.
Enfim, parabéns tudo de bom e mais lindo na sua vida, curta bastante o seu dia ao lado de quem te ama.
Beijos, do seu namorado mais lindo."
Me sentei em frente à minha penteadeira, Jess veio ficando atrás de mim, pegando um pente e alguns grampos.
Separou alguns fios de lado esquerdo dos meus cabelos e começou a fazer uma trança embutida que ia do topo da minha cabeça até a lateral esquerda, até atrás da orelha.
Deixou apenas alguns fios da frente soltos, que devido aos meus fios ondulados deram um certo charme ao penteado.
Sinto o cheiro do meu pai e em seguida ouço os sapatos do meu pai, batendo no piso de mármore.
Ele estava sem camisa como de costume, calças jeans escuras e uma bota.
Como a porta estava aberta, ele veio entrando, ao ver a minha irmã ele correu até ela, a segurando no colo e a subindo.
— Sabia que esse cheiro era inconfundível, minha pequena Deusa da natureza está de volta — Meu pai falou a enchendo de beijos.
— Tenha calma pai, estou bem já — Jess falou sorridente.
— Preciso ir logo para o colégio, ainda tenho uma prova pra fechar o semestre — falei com uma expressão entediada.
— Então vou com você — Jess falou .
— Pensei que iria ficar filha, já que temos muitas coisas pra esclarecer — Meu pai falou.
— Logo saberá de tudo pai — Jess falou.
— Ah, acreditou que eu esqueci o seu aniversário, minha Cinderela — Meu pai falou se aproximando de mim, me pegando no colo e rodopiando — Parabéns minha eterna Cinderela — falou beijando a minha bochecha.
— Obrigada pai — agradeci — Ah Jess muito obrigada pela roupa e por ter arrumando o meu cabelo, estou muito linda — falei sorridente.
— Não precisa agradecer, estava passeando com a minha mãe, então quando essa roupa na vitrine me lembrei de você — justificou.
Nós três fomos em direção à cozinha, estava morrendo de fome, sinto um cheiro gostoso de bolo de cenoura com cobertura de chocolate e me servi com uma enorme caneca de leite com café.
Ofereci pra Jess, que negou na hora justificou que já comeu antes de vir pra cá.
Vejo a minha mãe entrando na cozinha, ela estava usando uma camiseta de manga azul-marinho, calça jeans clara e uma sapatilha preta.
— Parabéns filha — Minha mãe desejou sorridente, se aproximou de mim me dando um forte — Eu e o seu pai compramos um presente — falou me entregando um embrulho verde.
— Obrigada mãe e pai — agradeci, vendo meu pai entrar na cozinha.
Ambos apenas me encararam sorridente, pude ver o quão desconfortável estava a Jess com tudo isso.
Ao desembrulhar o presente vejo ser um par de brincos pequenos com desenho de lobos brancos e um colar fino dourado com uma pedra com formato de lua cheia azul-escuro e de cinza uma meia-lua no meio.
— São lindos — falei sorridente — Irei usar na minha festinha — falei deixando numa caixinha na mesinha.
— Ah, fico feliz que você voltou Jéssica — Minha mãe falou notando a presença dela.
— Obrigada — Jéssica agradeceu forçando um sorriso.
Minha mãe e Jess nunca foram íntimas, arrisco a dizer que minha mãe não gosta dela, apesar de tudo ela é filha do meu pai, sinto terem que ser um pouco mais próximas.
Escuto barulho da buzina de um carro, não combinei do meu namorado vir me buscar em nada.
O cheiro dele era uma mistura de vários animais, não conseguia distinguir o que ele era.
— Ele chegou — Jess falou animada — Pai e Mel precisam que conheçam alguém — falou nos guiando até pra fora.
Ao sairmos nos deparamos com um carro que não tinha a parte de cima, de cor prata e no volante tinha um garoto de cabelos castanhos lisos até no ombro, usava óculos escuros e uma jaqueta de couro marrom.
Ele parecia ser um típico bad boy, que nem os garotos que saíram dos filmes.
— Não me diga que esse é o seu namorado — zombei.
Meu pai estava com cara de poucos amigos, após ouvir a minha brincadeira inocente.
Já a minha mãe mantinha a postura rígida de sempre.
Jess não era o tipo de garota que curtia caras assim, ela tem uma queda por engomadinhos.
— Lógico que não — negou fazendo uma expressão de nojo — Ele é meu irmão gêmeo — falou com uma certa tranquilidade no tom de voz.
— Como assim? — Eu e o meu pai perguntamos confusos.
— Me desculpem por jogar essa bomba, mas em breve irei contar tudo pra vocês — falou com um certo mistério nas palavras.
— Até quando vão aparecer bastardos do meu marido? — Minha mãe perguntou irritada — Estou cansada disso, apareceu essa garota que parece que saiu de velório e agora um garoto encrenca — falou saindo irritada.
Meu pai correu atrás dela.
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