Capítulo 34
" Cinderela nunca pediu um príncipe encantado. Ela apenas queria um belo vestido e um dia incrível com quem mais ama."
— T.Q.O.
No dia seguinte...
Melanie Black
Acordei e não tinha um pingo de ânimo pra levantar da cama, ainda estava encarando o teto.
Estava tão desanimada para o meu aniversário, nesses últimos dias as coisas têm mudado drasticamente.
Teoricamente já tenho 17 anos completos, se fosse ser contado pela minha data de nascimento real, mas escolhi ser no mesmo dia de todos os anos, no dia que reencontrei a minha família, é uma data muito especial a todos, que conscientemente é hoje.
O engraçado é que nos livros o protagonista desperta os poderes com 15 ou 18 anos, mas no meu caso foi com 17.
Realmente é a frase que a minha avó René falou sobre mim ''Nem todos os contos de fadas são perfeitos, porque quem escreve somos nós mesmos.''
Acabei tomando essa frase pra mim, depois de tudo que descobri sobre o meu passado e vivi durante esses anos.
Meu treinamento com os meus avós Cullen e o meu pai tem sido bem pesado, mal tenho tempo pra sair com o meu namorado, apesar que dele também anda muito ocupado por questões de família real.
Diariamente olho nas redes sociais pra ver se a Jess ou a mãe dela estão online pra me responderem, mas nada disso acontece, suas contas das suas redes sociais continuam desativadas.
Já a Katharine apesar de ter uma amizade sólida, a gente tem se afastado um pouco depois de todo lance com a mãe dela.
Resumindo Celina tentou reaver a minha guarda devido à herança deixada pelo senhor Bracho o meu pai adotivo, mas ela não consegui porque Renesmee e Jacob assumiram publicamente que sou filha biológica deles.
Por ser a única herdeira da grande fortuna, foi tudo pra minhas mãos, mesmo as filhas da Celine terem sido registradas com o sobrenome dele, não houve alteração no testamento.
Enfim, ainda só com 18 anos que irei poder movimentar tudo, mas pretendo dar uma parte dessa herança a Katharine a única que realmente merece algo e ela, por ter sido tão boa comigo ao contrário de sua mãe e as suas irmãs.
Fui tirada dos meus pensamentos, ao sentir um cheiro de flores campestre era inconfundível, apenas uma pessoa tinha esse aroma pelos seus poderes.
Saiu disparada em direção à janela, me deparo com a Jess voando numa grande altura, seus braços estavam pra baixo criando um tipo de redemoinhos com as folhas secas.
Jess parecia uma fada da natureza. Ela usava um macacão preto, cinto cinzas para marcar bem o corpo e uma bota preta. Seus cabelos estavam amarrados num rabo de cavalo bem alto e um batom vermelho.
— Estou de volta maninha — falou adentrando o meu quarto e dando um forte abraço.
Ao me deparar com o seu abraço, lhe dei um tapa na testa.
— Por onde estava? — perguntei irritada.
— Não posso te falar — respondeu desviando o olhar — Só digo que agora está tudo bem, por isso estou se voltando — justificou.
— Ok — concordei revirando os olhos — Pelo menos veio para o meu aniversário — falei forçando um sorriso.
— Com essa animação, vai espantar os convidados — zombou.
— Não queria comemorar meu aniversário sem você — falei cruzando os braços.
— Não seja rabugenta, agora estou aqui, então tire esse pijama das meninas poderosas e vá se arrumar — mandou.
— Affs sua chata — falei mostrando a língua.
Afinal ela tinha razão, já eram 9 e meia da manhã.
— Só vou arrumar a roupa e vou — avisei.
— Nada disso, eu tenho uma roupa especial pra você usar — avisou.
— Tá bom, Jéssica — falei indo em direção ao banheiro.
Tomei um banho um pouco demorado, resolvi dar uma lavada nos meus cabelos.
Ao terminar enrolei a toalha nos meus cabelos, vesti as minhas roupas íntimas, peguei na sacola que estava pendurado na porta, ao abrir vejo um vestido médio vermelho de seda que parecia um terno na parte de cima se não fosse a manga curta com babados e no meio uma fita, marcando bem a cintura.
Ao vesti-lo, me olhei no espelho, me lembrei de ser igualzinho o da Blair Waldorf.
Eu e Jess éramos fãs de Gossip Girl desde dos nossos 14 anos, porque começamos a frequentar a festa de adultos, então queríamos aprender a ser estilosos, apesar da ajuda da minha tia Alice queria achar um estilo próprio.
Eu sempre gostei muito da Blair Waldorf, a sua personalidade era muito parecida comigo, tentava sempre recuperar-se não importa o que aconteça.
Já a Jess sempre se identificou com o visual da Jenny Humphrey por usar mais preto e ser tão elegante, ela era a sua principal inspiração.
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Enquanto Melanie tomava o seu banho, Jéssica aproveitou para desativar as duas redes sociais favoritas que eram o Instagram e o Whatssap pessoal, para ver o que perdi nos dias que ficou fora.
Ela tinha dois números, um que a maioria do pessoal que ela conversava tinha e outro só para pessoas da sua família e amigos íntimos.
Ela se surpreendeu ao ver várias mensagens da Melanie e do Kyle, tinha apenas uma do Juan.
Seu coração apertava e as mãos estavam trêmulas por ver o grande texto que o seu crush escreveu.
" Filhinho de papai irritante 😶:
Sei que talvez nem receba essa mensagem, perdi a conta de quantas vezes digitei e apaguei, mas, não consigo expressar a minha indignação de não poder falar com você ou saber se está bem ou não.
Percebi tarde demais que te amava, você era uma pessoa que eu gostava de irritar, apesar de não ser a única gótica do colégio, era a única garota que me chamava tanta atenção.
Desde que te vi pela primeira vez quando tínhamos 7 anos, você estava naquela sorveteria da dona Délia, seu sorvete de morango caiu todo no chão, estava armando o maior barraco na ventania toda que estava as árvores.
Queria ter me aproximado de você e lhe dado outro sorvete pra parar de chorar.
Mas sua mãe foi mais rápida, lhe dando outro sorvete e lhe tirando dali.
Ambas eram tão parecidas, se vestiam igual com aquele vestido rosa bebê.
Mas o que mais ficou gravado na minha mente eram seus olhos azuis que nem o céu.
Pensei que nunca te veria, até que nos encontramos na escolinha, você com seu jeito marrento assustou todo mundo, menos a Melanie que se tornou sua melhor amiga e depois eu e o Kyle.
Quando meus pais disseram sobre a noiva que eu iria conhecer, foi bem no dia que ia me declarar pra você.
Sei que não era desculpa, mas depois de 10 anos de reprimir os meus sentimentos, finalmente sinto vontade de revelar.
Espero que quando voltar, possamos ter aquela conversa que foi adiada durante esse tempo todo. "
Ela não podia acreditar que a distância fez ele perceber que realmente estava apaixonado por ela.
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Alice se levantou bem cedo, optou por usar um vestido azul-médio de mangás e suas botas pretas.
Seu marido foi a uma cidade próxima trazer algumas decorações para o aniversário de sua sobrinha neta.
Alice seguiu em direção a uma doceria famosa que havia em Forks, encomendou um bolo enorme de três andares prestígio o favorito da Melaine, enfeitado com glacê num tom lilás com um enorme laço no meio, fiz questão que colocasse até mesmo uma coroa na parte de cima para ser colocado as velinhas depois.
Ela percebeu que ao sair da doceria alguém a observava, e tão diminuiu os passos indo em direção ao um beco.
— Sabia ser você Alice — Uma senhora idosa falou sem conseguir esconder o sorriso.
Apesar de parecer ser bem de idade, mantinha os seus cabelos bem pintados de preto estavam num coque alto perfeitamente presos, usava uma camiseta branca, jaqueta de couro preta e uma calça jeans preta.
Alice sorriu, ao reconhecer aquela senhora, era uma velha amiga que não a via há anos.
— Ângela? — Alice perguntou sem conter o seu sorriso.
— Que bom, se lembrou de mim, mamãe — Ângela zombou.
— Vamos conversar num lugar mais calmo — Alice sugeriu.
— Ok — Ângela concordou.
Ambas se sentaram numa lanchonete que estava ali perto.
Ângela pediu um café e Alice também, para disfarçar um pouco.
— Lembra de quando disse que nossos destinos estavam entrelaçados? — a questionou — Então realmente não estava brincando — brincou.
— Me esqueço da sua enorme capacidade de ver o futuro assim como eu — Alice falou desviando o olhar — Está meio longe do seu lar, sinto que tem um propósito pra ter vindo tão longe — falou lhe encarando.
— Me lembro de quando era pequena, você e o seu marido me salvaram só circo, por um tempo éramos uma família feliz — Ângela falou retirando os óculos escuros — Por um momento pensei que ficariam comigo e tornaram os meus pais, mas na primeira oportunidade me deixaram num abrigo e nunca mais voltaram — falou com uma certa amargura na voz.
A garçonete chegou com o café de ambas.
— Temos que falar sobre a nova geração de Fenris — falou bebendo um pouco de café.
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