Capítulo 16
"Chega um dia em que você percebe que virar a página é a melhor sensação do mundo, porque você percebe que há muito mais no livro do que a página em que estava preso."
— Zayn Malik
No dia seguinte......
Melanie Black
Acordei com o meu pai chamando, não queria ir pra aula hoje. Mas depois da conversa que tive com os meus pais, eles acham que eu tentar seguir a vida como se nada tivesse acontecido era a melhor escolha.
Olho no espelho vendo que meus cabelos ainda não voltaram ao normal, preciso arrumar uma roupa pra ir ao colégio e seguir de cabeça erguida.
Tomei um banho rápido pra não me atrasar muito pra tomar café da manhã, saí usando o meu roupão branco ele era tão macio que eu ficava usando ele.
Peguei no guarda-roupa a minha camiseta de uniforme, coloquei uma blusa preta de manga, gargantilha preta que parecia ser mais uma travessinha de cabelo, jaqueta verde-escuro e uma calça jeans escura com alguns rasgados no joelho.
Hoje o clima estava um pouco frio e o tempo fechado, provavelmente irá chover mais tarde.
Coloquei as minhas botas de inverno, apenas passei um lápis preto no olho e ajeitei os meus cabelos.
Estava pronta, fui pra cozinha tomar café da manhã, estava faminta, por sorte a mesa já estava posta com pães franceses, leite, café, achocolatado, maçã e banana.
Comecei a me servir com um de cada coisa, meu pai se sentou na mesa se juntando a mim.
Percebi que a minha mãe não estava conosco. Meu pai estava usando uma camiseta de frio vermelha, calça jeans clara e tênis marrom.
— Pai, cadê a mãe? — perguntei.
— Está na casa dos avós — respondeu — Foi falar com a sua tia Alice — explicou.
— Ah sim entendi — concordei — É porque ela sempre está aqui no café da manhã connosco, principalmente quando é período escolar — expliquei.
— Ontem ela ia falar com você sobre isso — falou — Mas como você estava estudando não queria incomodar — explicou — Percebi que a Jéssica não estava mais lá no quarto — falou preocupado — Porque ela foi embora sem avisar? — perguntou.
— Ela saiu devido ao ocorrido de ontem com a água, mas eu suponho que ela está desconfiada quem causou isso fui, já que saiu correndo — respondi magoada.
— Quando pretende contar a ela que tem poderes também? — perguntou.
— Eu não sei pai — respondi — Irei encontrar o momento certo — justificou.
Começamos a comer em silêncio, ao terminar me levantei indo escovar os meus dentes. Ao terminar de escovar os dentes, passei um gloss incolor nos meus lábios. Meu pai me levou na sua moto até o final da floresta, onde a Jess estava me esperando.
Ela estava sentada no degrau da calçada me esperando, ao se levantar percebi que ela estava usando uma camiseta de manga preta, camiseta de uniforme, saia de cós alto xadrez preto listrada de branco, amarelo e preto, meia calça preta transparente, meia preta de três quarto e all star preto.
Seus cabelos estavam soltos, cheio de ondas perfeitamente feitas, estava com um delineado gatinho preto bem chamativo nas pálpebras e um gloss vermelho.
Jess nunca foi de se arrumar, ela sempre ia para escola de uma maneira neutra. Acredito que ela está querendo chamar atenção do Juan.
— Oie Jess — Eu e o meu pai a cumprimentamos.
— Oi Mel — falou me abraçando — Oi pai — falou lhe dando um abraço.
— Tenham uma ótima aula, filhas — desejou dando um beijo na testa de cada uma de nós.
Caminhamos em direção ao colégio, ainda bem que era bem perto. No caminho a Jess, não quis conversar comigo, não entendi nada o que estava acontecendo.
Sempre conversamos no caminho, ela sempre foi tão comunicativa. Uma rua antes de chegar no colégio, tinha uma lanchonete onde o meu namorado estava comendo um sanduíche ao lado do seu amigo.
— Melhor você ir cumprimentar o seu namorado — sugeriu.
— Olha finalmente a muda resolveu falar — zombei — Eu sei que você está muito medo pelo que aconteceu ontem, eu também estou, mas somos irmãs e sempre iremos nos defender uma à outra — a lembrei.
Peguei na mão dela, a puxando até a mesa dos garotos. Kyle estava usando sua tradicional jaqueta do time que era de inverno, calça jeans clara, cinto preto com detalhes de corrente e bota preta.
Seus cabelos como sempre estavam de uma maneira rebelde, o que o fazia ficar mais lindo ainda.
— Oie meu amor — falei.
Me aproximei e me sentei no colo dele, lhe dando um beijo rápido. Juan estava usando a mesma jaqueta do time de moletom que o meu namorado, calça moletom cinza e tênis branco.
Seus cabelos estavam sem gel hoje, deixou eles um pouco mais rebeldes. Olho em direção ao seu amigo, que nos olhava meio sem jeito.
— Olá Juan, bom dia — desejei.
— Eu vou indo entrando na frente vejo você depois Mel — Jess falou, saindo sem ao menos olhar para o Kyle ou até mesmo para o Juan.
— Amor gostei do seu novo visual — Kyle falou quebrando o gelo — Apesar que você com o cabelo curto te faz ficar com uma expressão mais madura — justificou — Não sei explicar, você está com uma pegada mais de rockeira — explicou — Mas continua mais linda — me elogiou.
Kyle sempre repara no meu visual, acho tão fofo quando ele me elogia e faz essas observações.
— Senti falta dos meus cabelos lisos, mudar ocasionalmente é bom, gosto de estar em constante mudanças até me reencontrar totalmente — justificou.
— Ela ainda está brava pelo que aconteceu? — Juan perguntou me encarando.
— Olha Juan você não devia ter falado assim com a Jéssica — respondi — Por trás daquela casca-grossa tem uma garota sensível — o lembrei — Pense mais nas suas palavras de antes dizê-las, não sabe o que você passa na vida do outro então seja sempre por isso deve ser gentil sempre entendeu? — aconselhei.
— Obrigada pelo conselho, Mel — agradeceu — Vou fazer o possível para me dar bem com a Jéssica — falou.
— Quer um pedaço do meu sanduíche? — Kyle perguntou — Ou se quiser eu posso pedir um para você também — sugeriu.
— Não precisa meu amor — respondi — Já tomei café da manhã muito bem reforçado — expliquei.
Uma limousine para no meio fio ao lado das mesas onde estavam sentados. A porta é aberta de lá desce a Meg, estava toda arrumada ao extremo.
Ela realmente fazia jus ao papel de patricinha, os alunos que passavam em volta param pra olhar a garota nova aluna.
Ela usava um sobretudo branco com detalhes pretos, luvas pretas de couro, meia calça branca e uma bota preta alta.
Usava um arquinho preto no cabelo de um lacinho fofo, seus cabelos estavam lisos com leves enrolados nas pontas.
Meg se aproximou dando um beijo demorado no Juan.
— Oie Kyle e Melanie — Meg nos cumprimentou — Melanie podemos conversar um momento? — perguntou me encarando.
— Tá bom — concordei.
Os garotos nada disseram, apenas saíram pra nós deixarmos sozinhas.
Já sabia o assunto que ela iria falar, não senti nenhum arrepio no corpo ou algo do tipo, aquelas palavras do meu pai me trouxeram uma certa segurança.
— Já sei do assunto que quer tratar e não estou nada interessada. — avisei.
— Então se sabe o assunto, não preciso explicar que sua guarda ainda está com a minha mãe — falou convencida — Quando você desapareceu, minha mãe contratou os melhores detetives pra te procurar, por encontrarem um corpo de uma menininha morta pensaram que poderia ser você — justificou.
— Ela foi morta por lobos selvagens — falei me lembrando.
O corpo da menina foi encontrado, uma semana depois que estava morando com o casal Black, foram alguns ciganos lobos que vieram.
Alegaram que mataram a menina, porque ela iria expulsá-los. Houve uma enorme briga entre a tribo e os ciganos.
— Não irei voltar a morar com vocês, eu morri no momento que fugi de casa — falei cruzando os meus braços na altura dos meus seios.
— Sabe muito bem perante a lei, você ainda é responsabilidade da minha mãe — me lembrou.
— Podemos continuar fazendo de conta que eu morri, não devo nada a vocês e nem a mim — concluiu — Só quero seguir a minha vida em frente e esquecer do meu passado — expliquei.
— Se quisermos isso, estaremos infringindo a lei — falou.
Do jeito que a Meg está falando até parece ser uma pessoa certa, tantas coisas que ela fez de ruim pra mim, agora quer pagar de boa samaritana.
— Saiba que minha mãe não irá desistir de você — ameaçou.
— Nem os meus pais adotivos — ameacei.
— Ela não irá desistir sem lutar — concluiu.
— Então que comece a briga — falei saindo rapidamente de perto dela.
Segui em direção a porta do colégio, onde o meu namorado estava me esperando.
— Porque estava discutindo com a Meg? — perguntou curioso.
— Basicamente eu sou uma Cinderela dos contos de fadas modernos — desabafou — Depois de anos a minha ex madrasta ao lado das três filhas voltou — desabafei.
Estávamos andando de mãos dadas, atraindo os olhares dos outros do colégio.
— Perai aquela sua madrasta malvada é a mãe da Meg? — perguntou espantado.
— Infelizmente é sim — concordei.
— Já contou aos seus pais, o que está acontecendo? — perguntou.
— Ainda não — respondi — Pode indo pra sala só vou ao banheiro um minuto — avisei.
Ele retirou a mochila das minhas costas, indo até à sala de aula e eu segui em direção ao banheiro.
Fui ao banheiro dando uma lavada no meu rosto, pela primeira vez enfrentei a Meg de frente.
Sai do banheiro indo em direção à sala de aula. O casal perfeitinho vulgo Meg e Juan estavam sentados no lado da porta, encostados na parede.
Me sentei entre o Kyle e a Jess, mas especificamente no lugar no meio da sala.
Jess tentava a todo custo esconder estar desconfortável com o Juan e a Meg, ele estava mexendo nos cabelos dela.
Ter a Meg aqui irá dar ruim, apenas os lobos sabem a minha verdadeira origem, ou melhor dizendo pensam que sabe.
Os meus pais ainda não contaram que sou a filha biológica deles.
No colégio todos acreditam que eu sou apenas a filha adotiva que veio de um orfanato em um outro estado.
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