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9 | me encontre

   

      Devo avisar que Victor não conseguiu dormir naquela noite. Virando de um lado para o outro, era como se o sono fugisse dele assim como ele fugia de seus medos. Derrubou o cobertor no chão, ficando vulnerável ao vento frio que entrava pela janela que ele, acidentalmente, deixou aberta. O vento trouxe com ele algumas folhas secas que, sem explicação, formaram um redemoinho em volta do garoto. Ao acordar com o estranho barulho das folhas batendo umas nas outras, Victor se viu confuso sobre o que estava acontecendo.

A confusão se viu presente no rosto de forma ainda mais evidente no momento em que as folhas emanaram uma luz forte e voaram pela janela, indo embora tão de repente quanto haviam chegado. Victor viu que as folhas voaram em direção a casa. Por que era como se ela o chamasse para dentro mais uma vez? Naquele instante, Victor sentiu que tinha algo que precisava ser feito.

De mansinho, Victor deixou sua casa com cuidado para que sua mãe não o visse. Com certeza o prenderia dentro de casa por um bom tempo como forma de punição. Com coragem, pegou um pedaço de madeira e uma lanterna, caminhando em direção àquela casa mal-assombrada. Ah, sim, o caminho não foi nada fácil. Precisou lidar com o silêncio das ruas e sussurrar do vento em seu ouvido. Victor até mesmo achou ter escutado alguém dizer para que ele continuasse em frente. Teria mesmo escutado isso?

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A Viúva Negra e sua companheira Larva tiravam um cochilo em uma teia enquanto Emily e Jack reviravam cada canto daquele cômodo. A propósito, eles já estavam cansados de tanto procurar por algo que eles sequer sabiam do que se tratava. Exausta, Emily se sentou em uma poltrona. Pensativa, ela apoiou a mão no queixo.

— Eu não entendo... – Jack falou baixinho.

— Jack, você realmente não se lembra de nada sobre você mesmo? Estamos aqui há horas procurando algo que nos leve a uma menina que sequer conhecemos. Por que se importa tanto? Ela não é nada sua, por que continuar? – Emily o questionou.

— Sinto que ela precisa de ajuda. Talvez esteja presa em algum lugar da casa.

— Ou nem esteja aqui.

— Emily...

— Jack, não respondeu minha pergunta. Não se lembra de nada?

E por um momento, Jack parou para pensar sobre isso.

— Me lembro do vento. Mas ao mesmo tempo me lembro do frio. Se eu me esforçar, sinto o cheiro de flores. Talvez eu escute risadas. – e entristecido, Jack colocou as mãos nos olhos como se quisesse esconder sua dor — Eu nem sequer posso chorar...

— Meu pai também está morto. – a voz de Victor foi ouvida à porta.

Espantado, Jack se virou para ele enquanto Emily se levantou da poltrona.

— O que está fazendo aqui? – perguntou a noiva, surpresa.

— Quero ajudar vocês. Vocês não me assustam, muito menos ele. – respondeu Victor, com o dedo apontado para Jack.

— Por que eu não te assusto? – o esqueleto perguntou.

— Por que você me lembra alguém. Além do mais, eu sou muito corajoso. 

O vento soprou pela janela e trouxe com ele um pequeno papel velho. Passou pelos olhos de todos até cair no chão, aos pés de Victor. Não houve movimento por parte de nenhum dos três de imediato, apenas o olhar de desconfiança em seus rostos. E depois de pensar por alguns segundos se deveria ou não, Victor pegou o papel. Contudo, não entendeu o que ele queria dizer com aquilo.

"Me encontre".

— Me encontre. – ele leu em voz alta — Quem é você...?

Sem aviso, o papel se desfez em dezenas de minúsculos pedaços, emanando um brilho azul, o mesmo que Victor tinha visto na janela. Se transformou em uma borboleta que voou para o corredor. Para onde estaria indo? Os três foram depressa atrás da borboleta que não parou até chegar ao jardim. O que podemos dizer sobre o jardim, aliás? Não havia muita coisa nele que pudesse ser apreciada. Ali onde não existia outra coisa a não ser galhos e árvores secas por toda sua extensão. A borboleta pousou em um desses galhos. Jack foi o primeiro a dar um passo à frente.

— Não apenas esta casa, como também esta cidade, me trazem sensações que já senti antes, mas não sei de onde. É como se eu conhecesse este mundo tão bem quanto minhas próprias mãos. – disse Jack, olhando para elas.

— Meu pai costumava vir aqui escondido da minha mãe. Ele vinha até aqui para explorar. Meu pai costumava ser muito medroso. – Victor se lembrou, achando engraçado — Minha mãe me contou uma história. Certa vez, quando eram mais jovens, eles iam se casar. Meu pai estava morrendo de medo de se casar.

— Pelo visto, os casamentos são assustadores para algumas pessoas. – Jack comentou.

— Casamentos assustam aqueles que não amam de verdade. – Emily retrucou.

— Então acha que meu pai não amava minha mãe? 

— Talvez gostasse muito ao ponto de não querer decepcioná-la. – Jack respondeu.

Emily deu um passo à frente, abraçando o próprio corpo.

— Quando eu estava viva, ia me casar com o homem que eu considerei ser o amor da minha vida. Estava cega, pensando que poderia ser livre dos meus pais. Meu pai era pobre. Disse que eu me casaria com um homem que eu sequer conhecia. E para não me casar, fugi, levando joias e um pouco de dinheiro. O homem por quem me apaixonei tirou a minha vida. Senti ela passando pelos meus dedos. – Emily colocou a mão em suas costelas — Ele me deixou sozinha no frio.

— Não devia falar sobre coisas que te machucam. – Jack se aproximou.

— Enfrentar nossas dores nos deixa mais fortes. – a noiva completou. 

Aquela frase fez sentido para Jack, embora não houvesse nada que ele quisesse enfrentar para se tornar mais forte. Talvez a frase fizesse mais sentido se ela tratasse de seu passado. Para Jack, o maior medo que assolava sua mente era viver a eternidade sem saber quem ele foi durante toda sua vida. Seu medo era nunca descobrir quem ele foi, bem como nunca saber quem ele poderia ter sido se estivesse vivo.

A propósito, o sumiço de Jack causou grande alvoroço na Cidade do Halloween. Obviamente o prefeito se viu zangado com o esqueleto, já que até ontem, ele tinha sido visto andando pela cidade. O prefeito ficou ainda mais irritado ao receber a notícia de que alguém de fora da cidade tinha sido visto dentro dela. Ah, sim, o prefeito teria muito tempo para se livrar de toda a sua frustração. É verdade que ele também se zangou quando descobriu que alguém que não era um Assustador tinha estado no Mundo dos Vivos na noite de Halloween.


Ele andava de um lado para o outro em seu gabinete, enquanto os outros monstros faziam apenas ficar em silêncio e observar os movimentos do prefeito com atenção. Os lobisomens olharam um para o outro, preocupados. Certamente o prefeito diria que deveriam procurar por Jack e isso não era algo que eles gostariam de fazer.

— Não descobriram nada sobre aquela mulher?! – esbravejou o prefeito, não escondendo sua irritação.

— Ela é da Terra dos Mortos. – um dos lobisomens respondeu — Essa cidade fica depois do Deserto do Rio Seco. É conhecida por ter música onde quer que você vá, e uma felicidade muito estranha. Quero dizer, por que alguém comemora o fato de estar morto? Não sabemos o que ela queria no Outro Lado, a única coisa que sabemos é que Jack estava com ela e que foi cúmplice de seu plano.

— Isso é inadmissível! – gritou o prefeito, totalmente inconformado — Vão até a casa de Jack de novo e se ele não atender, derrube a porta! Eu quero explicações e eu quero tê-las agora!

Os lobisomens, juntos dos vampiros, marcharam até a casa de Jack, no alto da colina. Depois de subir os poucos degraus que levavam até a porta, um dos lobisomens gritou:

— Jack, o prefeito quer falar com você! Ele quer saber quem é aquela mulher! – disse ele, esperando por uma resposta que não veio — Jack, abra a porta! ... Jack! – o lobisomem se irritou e arranhou a porta — Vamos entrar. É melhor que ele não esteja se escondendo.

Foram longos degraus até o topo. Ficaram tão cansados que desabaram no chão quando chegaram. Os vampiros não podiam voar, era muito estreito. Certamente bateriam suas cabeças.

— Maldito esqueleto. Por que foi morar em um lugar tão alto? – um deles reclamou.

Quando se levantaram, olharam em volta procurando por Jack, mas em vão. A casa de Jack era relativamente organizada, exceto por aquele monte de livros ali no canto. Por que alguém gostaria tanto de ler? Para aqueles monstros, isso não fazia sentido, embora fizesse para Jack. Um dos vampiros pegou um dos livros com as pontas dos dedos como se tivesse medo. Passou as páginas lentamente até ver o desenho de uma cidade; de certo deveria ser a cidade que os Assustadores costumavam ir no Halloween. Jack fez questão de colorir o lugar com dezenas de cores e o encher de alegria. Na outra folha, um desenho de Emily.

— Jack está do Outro Lado. – afirmou o vampiro com toda certeza do mundo.

— O que ele estaria fazendo no Mundo dos Vivos? – o lobisomem coçou a cabeça. É verdade que ele tinha muitas pulgas.

— Nós vamos descobrir. – o vampiro fechou o livro — Nós iremos até lá.

O prefeito odiou saber disso, é claro. Estava tão nervoso que girou sua cabeça para mostrar sua expressão de raiva enquanto andava de um lado para o outro. Ora, quem aquele esqueleto pensava que era? Simplesmente deixar a cidade sem mais nem menos; sem uma explicação sequer?! Inadmissível!

— Jack cometeu um erro! Além de trazer alguém da Terra dos Mortos para cá, foi para o Mundo dos Vivos em um dia que não é Halloween. Isso é terrível!

— Por que isso é tão terrível? – perguntou o palhaço, completamente fora do que estava acontecendo.

— Por que isso já aconteceu uma vez e não acabou bem, não se lembra?! Eles quase descobriram o que existia depois da morte. Não é uma coisa que deva ser contada para os vivos. Eles precisam descobrir sozinhos. – foi quando o prefeito se deu conta de algo importante — Temos que trazer o Jack de volta imediatamente!

E que mistério é esse, hein??? Espero que estejam gostando. Acho que muitos não receberam notificação do capítulo anterior, espero que isso seja concertado logo.

Mas o que estão achando?

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