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🎡 EPÍLOGO 🎠

E, enfim, chegamos ao início de uma longa jornada…

Vinte e um dias depois

O despertador toca e desperto em um sono infindável. Analu está em seu quarto, percebo pelos risos e as histórias que narra, brincando com um bitty que tem ambos os olhos pregados com precisão, já que fiz uma cirurgia de emergência quando a menina veio até mim em desespero.

Ergo-me e me preparo para mais um dia sétimo, sentindo-me bem por não ter tido mais pesadelos ou sonhos confusos. A calmaria chegou enfim.

Continuo encarando o vão entre a parede e a porta, imaginando quando a minha vida se tornou tão monótona. Parece que vivo sempre o mesmo dia, contudo, não reclamo. Nem todo mundo consegue ter uma vida tranquila.

Refaço todo o trajeto matinal até o banheiro e depois — que já me vejo desperta o suficiente e vestida em um vestido confortável e fresco em um tom de verde-claro — me encaminho preguiçosamente até a cozinha.

Espreguiçando, bocejando e sorrindo, talvez sonhando acordarda também.

Início mais um almoço, mais um de tantos em que preparo o mesmo cardápio. O relógio ressoa o seu tique taque moroso e me distraio em considerar como será o dia de amanhã, fazendo planos que nem memoro se cumpro depois. Encaro a janela, o tempo seco e abafado, mas ainda assim me encanta os olhos. O sol radiante sobre nuvens desvanecidas e céu azul.

Seco as mãos, por mais que não estejam molhadas, e volto a fazer o almoço, queimando a mão ao tocar acidentalmente na panela aquecida. Ouço um leve estalo na consciência, a quentura em meus dedos desejando me lembrar de algo que já esqueci. Então, revivo a sensação de estar em um lugar tão quente quanto, mas não sei se foi somente um sonho ou faz parte da realidade. Em que momento poderia ter ido lá? Nem ao menos sai de casa nos últimos dias…

Analu corre serelepe em minha direção, o bitty, como sempre, sendo arrastado para as suas aventuras. Se ele pudesse falar, com toda certeza diria: chega, Analu, me deixa quieto por alguns minutos!

No entanto, o pobre prossegue em silêncio.

— Mamãe, mamãe! — chama ela eufórica, tendo os fios loiros presos de lado, os cachos em uma bagunça que me dará trabalho para desembaraçar. Nem aparenta a menina sonolenta dos últimos dias.

Abaixo-me para ficar em uma altura próxima da sua.

— Oi, minha florzinha!

A menina segura o urso com força e me convida a chegar mais perto, uma vez que ela deseja sussurrar algum de seus segredos; como se um alguém externo pudesse nos ouvir.

Uma das alças finas do meu vestido pende pelo braço e ajeito, o resvalar dos meus dedos sobre a pele me causando uma sensação difusa. Como se algum já houvesse tocado exatamente ali, embora não tenha sido eu.

— O que aconteceu com os bebezinhos? Com o Blênio e a Zaya? — indaga baixinho, a sua dúvida se fazendo minha. Franzo o cenho, sem saber de quem se tratam.

Ergo-me um tanto depressa.

Será os seus coleguinhas da creche?” Algo me diz que não são.

Então, pares de olhos infantis me encontram na memória e mais um estampido mental me faz segurar a parede mais próxima, uma vez que me sinto prestes a cair.

O mundo gira e gira, me vejo dentro de um carrossel que percorre em uma velocidade superior ao que considero seguro.

Portanto, rememoro uma viagem confusa, no qual fui imersa nas entranhas das desventuras. Recordo de faces que jamais desejei esquecer, de pessoas que tentavam contra a minha vida e aquelas que me ajudaram quando já não tinha mais forças. Logo, me vem a dor e o estrondo da explosão e de como tudo se tornou normal desde então.

Elérgia, a cidade dos Anjos e todo o confronto havia desaparecido. As crianças em nenhum segundo se fizeram presentes em minhas lembranças. Eu vivi uma mentira em todos esses últimos dias, presa em uma casa que considerei ser minha.

A imagem da minha mãe se torna tão nítida em minha memória que chega a ser palpável e ela me diz, mesmo que não seja real, que preciso cumprir com a minha palavra.

“Já enfrentamos tanto…” disse ela em sua aparência jovial, no entanto, poderia ver as marcas causadas pelo homem que ela julgava amar. “Sempre a considerei mais forte que eu.” Concluiu, afagando os meus cabelos infantis.

Porém, me perdi, mamãe, a minha força se foi quando desisti de mim…

Mas, talvez, seja a hora de me erguer. Me vejo caminhar em direção ao limiar e encaro a cidade em toda a sua extensão… A cidade das Crianças Perdidas.

— Vamos dar uma volta, Lulu. Que tal um passeio no parquinho? — Engulo em seco. Temendo o que possa encontrar ao sair, mas dessa vez sei que não voltarão a roubá-la de mim.

Abro a porta de entrada, a primeira vez desde que regressei, e foco meus olhos de avelã em avaliar todo o perímetro e me surpreendo ao ver a residência de Elérgia, ao longe, ainda em seu lugar. A imponente construção de pedra e metal.

“O que está acontecendo?” Indago internamente.

O tempo seco e o solo rachadiço me fazem estremecer. Encaro uma estrada de areia e cascalhos e contemplo a residência de Elérgia intacta, quando eu mesma assisti o seu desabar.

A cidade de Sólon não se vê tão distante e as lembranças de Leonã me invadem. Um aperto surge em meu peito. Por que?

“Por que estou na cidade dos sonhos roubados?” Um vinco se forma em meu semblante.

Analu segura a minha mão, a dela tão pequena que temo o tempo em que ela deixará de ser assim. Ela me encara e os seus olhos brilhantes me transpassam uma força que apeteço ter um dia.

— Mamãe, acho que eles tão em peligo — constata em sua esperteza. A feição determinada, quase igual a que um adulto teria. Me apaixonei mais uma vez por ela, assim como em todos os dias. — Consigo sentir.

Ainda que temerosa, recordo a promessa que fiz, em meio às sombras da verdade sobre o lugar onde vivia, e em meio ao desespero em ficar longe da minha menina. Não me importo sobre quem são os pais das crianças — muito menos se eles não tiveram a força necessária para lutar como tentei deter — visto que já senti a mesma dor que eles ainda sentem. Estive na mesma posição de temor e incerteza.

Seguro a mão da minha criança com força e decido fazer as pazes com a minha própria imagem infantil refletida em meu interior e em tudo que permitir esquecer através da névoa sépia que Elérgia me cobria.

Resgato a força que tive ao fugir na infância e vislumbro a rosa desenhada em meu pulso acender em uma luz rubente.

Sinto-me encorajada por ela, por mim, por nós e a nossa conexão se faz mais forte.

— Então, meu amor, chegou a hora de salvá-los.

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