Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

▫️▪️DEZOITO▪️▫️

Então, parei de seguir o garoto, cujas írises cintilavam sob o resplandecer da lua, e soltei a sua mão. O próprio voltou os olhos em minha direção, como se estivesse em meio à dúvida.

— Não vem comigo? — indagou ele com o cenho franzido e a mão estendida em seu chamado infantil.

— Tenho medo… — respondi, já ouvindo o sibilar do vento gélido que sussurrava, alertando para segui-lo.

— De quê? — quis saber.

Engoli em seco, as falhas na memória atormentando a minha consciência.

— De estar perdida dentro de mim mesma…

Sigo ao som de uma música instrumental. A sua constante repetição sendo o sinal de que a programação foi abandonada às pressas. Acelero e me perco ao ver uma bifurcação na estrada, não sei qual o caminho mais rápido para chegar à fronteira, porém acredito que qualquer distância, não importa quão longa seja, me levará ao mesmo lugar. Escolho a estrada que aparenta ser menos íngreme e rogo aos céus para que tenha sido a melhor decisão. O chiar da rádio chama a minha atenção, no entanto, em um átimo, a melodia melancólica regressa e sou levada a imaginar como a minha vida mudou tanto nos últimos dias.

Era uma sequência de seguir adiante e não pensar muito, me via em constante pressa sem necessário ponderar a respeito do que fazia e a maneira como lidava com as interferências dos possessores. Agora, que a adrenalina abaixou e tenho somente a mim como companhia, os pensamentos regressam assim como as memórias sofridas que deixei para trás.

Sofia nada me deu do que viveu após o dia da morte dos meus pais, ou nossos pais, e não sei qual a sua realidade diante disso tudo. Então, me vejo sofrer com as lembranças, com o sofrimento dela que deveria ser meu, por mais que a consciência diga que não há mais nada a fazer a respeito. O tempo passou e a dor, por mais que tenha regressado, também é passageira. O presente é o que de fato interessa, assim como cuidar daqueles que ainda vivem e esperam por mim.

Me encontro tão distraída em minha linha de raciocínio que me surpreendo com o solavanco do veículo e, ao olhar para o retrovisor, avisto que fui atingida por um dos maquinários de Dejovan Penedo. A velocidade acresce ainda mais e piso no acelerador como se tudo dependesse desse ato. Sigo arrastando os pedregulhos sem me importar com amassar ou arranhar a lataria. Bom, pelo menos não serei eu a ter que mandá-lo para o conserto após o findar de tudo.

— Mais que praga! — resmungo ao vê-los tão depressa, tão mortíferos que a adrenalina retorna com toda a força.

Ouço o ruído de hélices e ao pôr a cabeça fora da janela, após abaixar o vidro em estilhaços, vejo ser o locutor sobrevoando em um helicóptero que deveria pertencer ao governo. Ouço as sirenes e cogito até que ponto a força policial e o departamento de segurança está ao lado do possessor. Engulo em seco, tomada por uma ansiedade de findar logo com isso e ouço o cantar dos pneus.

Deixo uma mão no volante e, com a outra, seguro a pena cobrindo as minhas mãos com o pó brilhante, encharcando-o cada milímetro com magia e me concentro em apenas solicitar o auxílio sem a interferência dos meus medos. Desejo que os troncos e galhos me ajudem a enfrentar os seres de Dejovan e decido usar do caminho como o meu aliado e, sendo assim, o seu tropeço. Alguém atira de cima e o impacto faz com que eu derrape sobre a estrada de terra. Sinto a minha mão girar o volante, dou uma freada brusca e o veículo derrapa dando meia volta, parando em uma posição invertida a qual seguia.

Praguejo.

Por pouco não levo a cabeça ao encontro do volante.

A minha raiva clama por destruição e sinto a tempestade em seu chamado, uma força que me habita e percorre as minhas veias. O sorriso surge em meus lábios ao imaginar a cidade em completa tormenta, os raios que poderão ser úteis, os raios que levaram Leonã para a sua missão. Os relâmpagos rompem o céu com fúria, os trovões rugindo feito uma fera faminta e as nuvens se tornam carregadas, prestes a desaguar. Enquanto atiram, tendo a mim como alvo, desejo que a natureza elimine cada um deles a sua maneira. Quero ter somente o caminho livre, não importa a que custo.

Volto a dirigir em uma velocidade acima do que é considerado seguro. A ventania atrapalha o pilotar do helicóptero e as nuvens densas me cobrem para que eu fique camuflada. Ainda sinto os projéteis raspando a lataria e imagino uma grande massa de ar desviando-as para outra direção. Ouço um estouro e mais uma vez preciso ser ágil na direção, desviando para a direita e esbarrando em uma árvore que não tomei nota.

Sabia que eles não facilitariam.

A pena cai embaixo do banco do passageiro e o brilho nas minhas mãos são pequenas fagulhas incapazes de realizar qualquer desejo. Escuto a melodia infantil de carrosséis e a essência da magia inunda os meus sentidos, de alguma maneira, sinto como sendo essa uma prova de que estou perto dos limites que separaram as cidades e uso o resquício da magia que me resta nos dedos para que um raio atinja o helicóptero. Assisto o seu cair, o embrenhar nos galhos e árvores. Suspiro, acreditando que ganhei um pouco de tempo, embora tenha certeza que não venci a batalha inteira.

Avisto a muralha perto, altiva e de pedras prateadas, e me firmo no pensamento de que vencerei esse desafio, por mais que a dor em meu corpo me dilacere. Não posso ceder ao cansaço agora, não depois de tudo que passei. Paro, deixando o veículo em meio a estrada e busco a pena embaixo do banco e arrasto a pelúcia comigo.

Ponho a mão sobre o quadril — após ter um espasmo pungente — e um rastro de sangue surge nela, porém, não há tempo para curativos ou qualquer outra coisa. Caminho, manquejando até a muralha; segurando o bramido, sentindo as pernas dormentes, o suor impregnado em minha roupa; e tento atravessá-la. Todavia, diferente das outras vezes que sinto a textura maleável, apenas pedras encontram os meus dedos. Franzo o cenho confusa, para segundos depois ter a certeza e soltar um lamento. Portanto, sei o porquê de não poder atravessar, o possessor dessa cidade não autorizou a minha passagem para a próxima e estarei presa aqui até que ele me dê o seu aval.

Dejovan caminha à passos trôpegos, a respiração entrecortada e a feição de quem está debochando do meu empecilho; embora seu estado seja pior que o meu. Uno as duas mãos sobre a pena e pulverizo os seus grânulos em mim, sentindo o meu corpo receber a força necessária para fazê-lo concordar com o meu desejo.

Não entregarei os pontos agora.

Não atravessei quase toda Elérgia em vão. Não me vejo tão destruída para nada.

— Me autorize! — berro, a voz soando enrouquecida e formando em minhas mãos uma magia poderosa, tão forte que a sinto me consumir internamente. Os raios em tons verdejantes despontam de meus dedos, a esfera cintilante possui a capacidade de cegar os olhos daqueles que a admirem por muito tempo. — Não me faça atacar você, Dejovan. Não quero fazê-lo, mas não terei escolha caso prossiga em sua negação.

Contudo, a sua morte não seria uma opção…

Desde quando me tornei uma assassina? Não poderia me tornar alguém no qual desprezaria e entendo que a força, em minhas mãos, poderá destruído.

O homem simplesmente permanece estático, incapaz de fazer o que peço e ouço o meu grito de frustração se esvair. É um misto de dor e sofrimento que esvai junto as lágrimas que não controlo mais. Não sou uma assassina e seria incapaz de tirar a vida de alguém por mais impiedoso que ele seja. Então, miro a fonte do poder para o meu mais novo alvo. Pedras. Pedras sobre pedras que deverão desabar, ou assim espero. Contudo, ao enviar a esfera em direção a parede, nada acontece além da explosão que me faz cair no chão arranhando mais os braços e as pernas.

Fraquejo.

Esse não pode ser o fim, não depois de tudo, não agora que estou tão perto…

“Somos todos os filhos e filhas de Elérgia.” Ouço em minha consciência, um recado de alguém que jamais ouvi e me joelho, ainda trôpega, clamando a força de Elérgia para me ajudar.

Talvez a magia não tenha lados e não decida quem está certo ou errado em uma disputa.

“Abre a passagem para mim… por favor” ouço a voz da minha consciência de maneira frágil, quebradiça e desesperada.

Reconheço de todas as formas possíveis e incontestáveis que não estou sozinha em minha súplica, constatando que há outros suplicando o mesmo que eu. Sinto o aroma ainda mais adocicado, ouço o som do sino dos ventos e recebo o aconchego do calor de Sólon. Testemunho a delicadeza de Rosella e o encanto da mulher que considerei ser a minha tia. O abraço de Sofia. O sorriso de Analu.

O céu derrama esferas de luz multicoloridas — representando cada cidade — que flutuam em minha direção. Elas são quentes, vibrantes e desaparecem ao tocá-las, adentrando na pele e correndo por minhas veias feito sangue. Uma porta se abre para mim e não espero que se feche ou que me impeçam de entrar, embora ainda sinta quando a mão do possessor tenta segurar a minha e me puxar para fora dela. Entretanto, lhe dou o meu golpe certeiro em sua face, me livrando do seu aperto. Entro sem qualquer cuidado, assistindo o portal se fechar e vislumbro o lugar onde a minha florzinha está.

Um relógio soa um tique-taque abafado, contando os minutos que faltam para o fechamento dos portões e o desespero me ganha apressuradamente.

— Analu! — grito, tendo um bitty amarelado esperando ver a sua dona.

Pares de olhos infantis se volvem em minha direção e contemplo todas as crianças que foram roubadas dos seus pais. De bebês a crianças na idade de Analu, poucos são acima da faixa etária dela, e recordo do relato da outra Sofia sobre ser enviada para cá, de modo a cuidar dos mais novos.

Reparo que não há nenhum resquício de céu aberto, ou até mesmo a aparência de uma cidade similar as outras. Tudo é alvo, das paredes ao teto e ao chão. Apenas os atrativos são chamativos e coloridos, mas nada que me chame tanta a atenção.

Talvez o meu problema seja ser adulta ou não ser desejada aqui…

— Sosô, é você? — Ouço a voz da minha menina e, ao voltar o meu corpo na direção em que a ouço, me surpreendo e levo a mão ao peito.

— Leonã…— O vejo segurar a nossa filha em seus braços e questiono se ele sabia todo o tempo quem ela era.

A sua feição não aparenta agrado e satisfação. Na verdade, nada — além da sua face — me remete ao homem que encontrei dias atrás ou daquele que vivi por tantos anos.

— Não deveria estar aqui, Sofia. — diz. A voz soando um tanto destoante da comum.

Não entendo… O que aconteceu com ele? Será ser efeito da cidade em que desapareceu?

Seus olhos amarelos me encaram vazios e os meus, de avelã, procuram algo familiar neles.

— Devolve a minha filha. Levarei ela e todas as crianças daqui! — asseguro e, por mais que tenha tantas perguntas para lhe fazer, esse não é o momento mais apropriado.

Não há tempo para distrações.

— Não, Sofia, hoje não levará ninguém! — replica e engulo em seco.

Eu reconheço essa voz de algum lugar…

Assisto Analu em sua tentativa de se desvencilhar dos braços de Leonã, mas o homem não parece se abalar com isso.

O meu coração acelera e as minhas mãos suam com a ansiedade em tomá-la de uma vez por todas. Suspiro fundo, sentindo os lábios trêmulos, os olhos da minha criança se veem avermelhados de tanto chorar.

— Tia Sosô, me leva daqui, não quero ficar com eles. — Suas palavras me doem o peito e vejo os olhos esperançosos da minha menina, como se por dentro ela soubesse que estou aqui por ela.

Não poderia deixá-la ir para longe outra vez…

— Lembra do que conversamos mais cedo? Precisa se comportar, doce criança! — ameaça o homem que deveria protegê-la e volto a encará-lo, esperando o momento em que ele cairá em si.

— Me solta! Eu quero ir com a tia Sofia! — vocifera a minha menina.

Sei que não posso fazer nada. Machucada, com o sangue esvaindo, não tenho forças para um combate físico com Leonã. Então, preciso de um plano, algo que o faça tirar a atenção da pequena.

As crianças aparentam estarem atordoadas e me questiono se sabem da verdade sobre elas, sobre o passado que tinham com a família.

— Leonã eu sei, eu deveria ter lhe dito quando tivemos tempo, mas a Analu é a minha filha, nossa filha… — inicio, voltando às vistas para os arredores, indo com parcimônia em direção ao centro. — Minha tia, ou quem pensei ser a minha tia, a levou assim que nasceu. Você não lembra, Leonã? Não lembra de nada? Não era assim que deveria ter sido… — prossigo e ouço o tiquetaquear do mecanismo do relógio soar mais forte, compreendo que me resta pouco tempo até a batida final.

— Mas, você é o pai dela…

Tique

— Eu sinto muito, eu vi você morrer…

Taque

— E não vou perder ela de novo…

Tique

— Você e essa sensação que me causa, não irão tomá-la de mim!

Taque

Avisto uma luz reluzente e vermelha próximo do que aparenta ser uma porta e no impulso, tendo apenas o último segundo, aperto o botão que abre vários vãos nas paredes e até mesmo no portal que dá para a cidade das Crianças Perdidas. Os pequenos olham os arredores com os cenhos franzidos e sei que agora elas se lembram de tudo.

Um sinal de alerta soa penetrante e intenso, ouço das crianças o desespero, as lágrimas e os soluços, em querer saber onde estão os seus pais e, ainda assim, Leonã não solta a nossa criança.

— Por favor, Leonã, só devolve a minha filha! — rogo em meio ao caos que eu mesma causei. O alarme ressoando tão alto que um zumbido se faz presente em meu juízo.— Você sabe o quanto lutei para chegar até aqui… Me dá ela! Me deixa ficar com ela! — imploro aos berros. Descontrolada e enraivecida.

Entretanto, não há tempo para mais nada.

Escutamos uma explosão, tão alto e retumbante que meus ouvidos aparentam estarem prestes a estourar e um clarão, de um branco imaculado, inunda a minha visão. Corro em direção a Analu, me fazendo de escudo para ela, mas o fulgor é tão intenso que sinto apenas o impacto do meu corpo moribundo sobre o chão algente.

Os gritos das crianças, e o alvoroço que o momento provoca, clamam para que me erga, para que seja forte e resolva tudo: o som dos carrosséis que não cessam, o aroma doce e enjoativo em demasia, o branco que não desparece. Contudo, não tenho forças, não tenho controle sobre o meu corpo e a minha mente se vê cansada, exausta.

“Está na hora de dormir, mamãe?” Admiro uma pequena Sofia questionar para a mulher que se faz ausente.

Sinto-me tremer, um frio invadir a espinha e tudo o que há por dentro.

Eu havia feito tudo que existia de possível? A ideia de ter falhado me faz encher os olhos e jorrar mares inteiros.

Encontro-me prestes a desligar para sempre. Não há tempo para muito quando meus olhos fecham e o meu corpo silencia, somente ouço a Analu e o seu último protesto.

— Mamãe!

Então, é assim que tudo acaba? É essa a última imagem que a minha criança terá de mim?

Minha mente, resoluta, busca prosseguir em alerta.

Ainda assim, mesmo com todo o meu anseio em permanecer firme, o peso da minha mente vai se esvaindo feito as águas de um rio que encontra, sem pressa, a cascata e a leveza em minha consciência me faz perder o findar da minha lucidez.

A imagem da minha mãe é o que aprecio em meu derradeiro sopro de vida e a sua voz me embala uma última vez.

“Sofia, o grande passo para a liberdade é o recomeço.”

Eu sinto muito, mamãe…

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro