Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

▫️▪️DEZ▪️▫️

— Vamos, vamos depressa! — apressou, a criança, segurando a minha mão.

— Para onde estamos indo? — questionei, sentindo-me em desassossego.

— Para a cidade das Crianças Perdidas — disse ela. — O lugar em que um riso faz falta e o medo vive sempre à espreita…

Em uma das cidades encantadas de Elérgia, o espaço aparentava estar sufocante e sofrido. A pequena menina, separada de sua amada protetora, prosseguia em seus prantos e tormentos. Hora ou outra percorria determinada em direção as outras centenas de crianças que estavam felizes, no que poderia se considerar um abrigo. Ela gritava, entre soluços e bramidos, que desejava voltar para casa e os mais velhos se questionam o porquê da criança recém-chegada ainda não ter esquecido daqueles que ficaram para trás.

Analu observava os carrosséis coloridos, a música sempre elevada e as passadas saltitantes dos demais. Ela não conseguia sentir a alegria que reverberava feito um sopro moroso do vento e nem mesmo a residência, que mais parecia um lar encantado, resplandecia aos olhos da menina.

O telhado parecia feito de doces retorcidos e cristalinos, as paredes construídas com pedaços de bolachas cobertas por algo cremoso e comestível. Contudo, compreendia que nada disso poderia ser real, visto que ela mesma acompanhava todos os dias a sua casa feita de madeira e tijolos, cobertas por limo e sujeira. Tão desgastada que poderia romper a qualquer instante. Apesar da pouca idade, a menina já entendia que belo eram os sonhos de uma noite bem dormida e disforme via-se a realidade que sua protetora enfrentava diariamente.

Sofia não aprovava cenas de birra — pensou Analu, enquanto fungava sentindo falta do seu urso de pelúcia. — no entanto, a florzinha sabia que esse era o único modo de voltar para casa. Quanto mais alto gritasse, maior seria a distância que a sua voz alcançaria e, dessa maneira, alguém poderia levá-la de volta para a sua tia.

Muitas crianças, de várias faixas etárias, chegavam todos os dias. Algumas delas não entendiam muita coisa, outras mal começaram a falar, todavia somente Analu sobrecarregava as energias, pondo tudo em risco. As paredes estremeciam por constantes minutos, a energia dos brinquedos falhava em intervalos longos e o ar perdia, durante o dia, o aroma adocicado que atraía os menores e os deixavam encantados. Ninguém, das crianças responsáveis pelo lugar, possuía ideia do que fazer para acalmá-la, além de esperar que tudo tivesse o seu sossego e que no fim de mais um longo dia ela voltasse a dormir.

O tic tac do relógio central alertava para os pequenos raptores que o tempo estava em seu findar e os portões, que os trouxeram uma vez, se preparavam para fechar.

O ciclo se completaria em poucos dias…

— Fique calma, querida, ela já está aqui — asseguravam os mais velhos em uma vã tentativa de consolá-la, já que a menina atrapalhava o constante preparo e adaptação dos recém-chegados.

Uma nova leva de humanos em miniatura atravessaram o portal, sorridentes e encantados com a beleza do lugar que aparentava ser mágico em demasia para ser real. Analu, ao ver o mundo que conhecia através da greta, correu em direção das novas crianças imaginando que, por fim, poderia sair dali e voltar para casa. No entanto, antes de alcançar o pequeno espaço que jazia aberto, a magia os trancafiou mais uma vez sem deixar quaisquer vestígios da sua porta de saída. Os pequenos braços da criança batiam contra uma parede alva e infinita, os fios dourados refletiam sob o brilho tênue dos carrosséis e os olhos já se viam avermelhados e inchados de tanto chorar.

— Sosô, sou eu a Analu. Você pode me ouvir? — indagou, a menina, para o vazio.

Analu secou as lágrimas com o dorso das mãos, fungando mais uma vez antes de sua nova tentativa. Encostou a cabeça contra a parede, na sua esperança infantil de ouvir uma resposta soar além dela.

— Aprendi a lição, tia Sosô, já pode abrir a portinha agora! — continuou. Contudo, por incansáveis minutos, o silêncio foi a sua única resposta.

Analu alteou o pranto, principalmente ao ver todos os pequenos assistindo-a em seu momento de esperança, e imaginou que estavam zombando de seu sofrimento. Então, para surpresa dos demais, as novas crianças tomaram as suas dores e seguiram chorando também. Os soluços se espalharam feito fogo sobre a palha seca e tudo aquilo que jazia aceso na cidade entrou em um intenso curto-circuito. Um acender e apagar de luzes, um surgir de espaços vagos entre as paredes que serviam como portais para os mais experientes.

— Faz alguma coisa, Blênio! — comandou, em desespero, uma das meninas mais velhas.

Ela se via tão próxima de sua partida para uma nova cidade, que ansiava esse momento mais do que qualquer outra coisa e a presença de Analu somente lhe causava problemas que poderiam impedi-la de partir.

O garoto de olhos amedrontados não sabia a quem temer. Voltou o seu olhar para Analu e engoliu em seco, sentindo a angústia de ter sido ele a tentar acalmá-la nos últimos dois dias; o que não fora a melhor das tarefas.

— Zaya, creio que não tem mais jeito… Estamos perdendo muito tempo com ela — confessou Blênio, ainda se sentindo perdido em toda aquela confusão de lágrimas e lamentos.

A mais velha desviou o olhar dos outros para encará-lo e suspirou profundamente imaginando ter que recorrer a sua última alternativa. A garota de fios negros e sorriso cortante segurou um bebê, com pouco mais que um ano, e seguiu em direção a entrada do lar no qual poderia convocar o reforço.

— Temos que chamar o padrinho!

O alerta enviado para Elérgia havia alcançado, finalmente, todas as cidades. A criança, em seu desalento, enfraquecia até mesmo aqueles que prezavam pela segurança de seus moradores e só havia um alguém, naquele lugar, capaz de mudar o declínio de todo o mundo mágico; alguém que poderia trazer o equilíbrio outra vez.

Os escudos mágicos foram se afrouxando, o tempo a alcançando mais depressa e os desafios se abrandando.

Naquele instante, todos os protetores das cidades se encontravam preparados, não mais, para impedi-la de seguir…

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro